As baratas realmente sobreviveriam a um apocalipse nuclear?

As baratas realmente sobreviveriam a um apocalipse nuclear?

6 de junho de 2025 Off Por Markus Norat

Descubra o que a ciência já testou sobre a resistência das baratas à radiação e se elas merecem mesmo a fama de “imortais do apocalipse”

Se o mundo acabasse hoje em uma explosão nuclear, dizem que só sobrariam duas coisas: as baratas… e o pânico geral. Essa ideia virou uma das lendas urbanas mais conhecidas da cultura pop. Mas será que isso é verdade mesmo ou só mais um mito espalhado por filmes e memes?

Neste artigo especial do Revolution Arena, você vai entender por que as baratas são consideradas tão resistentes, o que a ciência descobriu sobre sua sobrevivência à radiação e se realmente poderiam dominar a Terra após um desastre nuclear.

🪳 De Onde Veio Essa Fama?

A ideia de que as baratas resistem a tudo vem da sua impressionante capacidade de adaptação. Elas existem há mais de 300 milhões de anos — sim, elas estavam aqui antes dos dinossauros — e conseguiram sobreviver a diversas mudanças climáticas, geológicas e até extinções em massa.

Além disso, baratas conseguem:

  • Viver sem comida por até um mês.
  • Ficar sem cabeça por uma semana (e morrer apenas por desidratação).
  • Respirar através de pequenos furos no corpo (espiráculos), o que as torna menos dependentes de oxigênio imediato.

Tudo isso contribui para a fama de “sobreviventes absolutas”. Mas e quanto à radiação?

☢️ Baratas e a Radiação: O Que a Ciência Descobriu?

A resposta é sim, elas são mais resistentes à radiação do que os humanos — mas não são invencíveis.

Um experimento famoso conduzido no programa MythBusters e estudos da época de Hiroshima e Chernobyl mostraram que as baratas conseguem suportar doses de radiação bem maiores que as letais para seres humanos, mas há um limite.

Confira a comparação:

OrganismoDose letal aproximada (rad)
Ser humano500–1.000 rad
Barata alemãaté 10.000 rad
Barata americanacerca de 6.400 rad
Moscas da frutaaté 64.000 rad

Ou seja, baratas não são as mais resistentes entre os insetos, mas ainda superam humanos por uma margem considerável.

🔬 Por Que Elas Aguentam Tanto?

O segredo está na biologia simples e no ciclo celular lento. Como a radiação afeta principalmente células em rápida divisão, organismos com crescimento lento e poucos processos celulares constantes (como as baratas) sofrem menos danos imediatos.

Além disso, seu corpo achatado, hábitos noturnos e vida escondida em rachaduras e subterrâneos as protegem naturalmente de exposições diretas.

🤔 Mas Elas Sobreviveriam ao Fim do Mundo?

Depende do tipo de apocalipse. Se estivermos falando de um cenário nuclear com altíssimos níveis de radiação por toda parte, até as baratas sucumbiriam eventualmente. Mas em regiões menos afetadas, sim — elas poderiam continuar existindo quando muita vida já tiver sido exterminada.

Contudo, não há qualquer evidência de que elas dominariam o planeta ou evoluiriam para algo novo. Apenas continuariam vivendo como sempre: discretas, resistentes, e provavelmente… na sua cozinha.

✅ Conclusão: Resistentes, Sim. Imortais? Nem Tanto

As baratas realmente têm uma resistência incrível à radiação e são muito mais duronas do que os humanos em um cenário nuclear. Mas não são invencíveis. Elas sobrevivem onde muitos não conseguem, mas até mesmo esse inseto milenar tem limites.

Então, na próxima vez que alguém disser que só as baratas vão sobreviver ao apocalipse, você já sabe: é meio verdade… e meio exagero científico.

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