30 Jogos que Você Deveria Jogar no Nintendinho (Nintendo Entertainment System – NES / Family Computer – FAMICOM)
3 de abril de 2021Por: Cosmão
O Nintendo Entertainment System – NES (Family Computer – FAMICOM) (também conhecido aqui no Brasil como Nintendinho), foi lançado em 1985 em território norte americano, mais precisamente dia 18 de outubro, chegando dois anos antes no Japão. Esse console foi o grande responsável por reviver a indústria dos videogames, que vinha em declínio desde 1983, período que ficou conhecido como “o crash de 1983“.
O NES também ficou famoso pela política que a Nintendo adotava à época, em que as softhouses ficavam restritas, mediante a um contrato, a publicar jogos apenas para o console da Nintendo. Esse método acabou prejudicando demais a concorrência (mais detidamente: o Master System); tal fato é, inclusive, considerado um fator primordial no sucesso do console da Nintendo por um bom período de tempo.
Mas, não vamos nos ater à história do NES neste especial, afinal, clicando AQUI, você pode conferir a brilhante história desse console de 8 bits da Nintendo e em como ele um dia, salvou essa indústria que todos nós amamos tanto. Essa matéria vem em caráter de comemoração ao console e, como em quase toda comemoração que fazemos aqui, mais uma lista de jogos desconhecidos da maioria das pessoas chega para se juntar aos demais consoles que já passaram por essa seção de especiais. Com vocês, os 30 Jogos Que Você Deveria Jogar no Nintendinho!
OBS: essa lista não está em ordem de preferência, nem em ordem alfabética; foi numerada apenas para que fique mais organizada. Alguns jogos podem até ser de conhecimento de algumas pessoas, mas tentei listar 30 que muita gente sequer já tenha ouvido falar.
30 – Conquest of Crystal Palace
Lançamento: 1990
Produtora: Quest
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1
Conquest of Crystal Palace faz parte da seleta lista de jogos desconhecidos do NES. Após a internet se tornar acessível à todos, foi um dos primeiros jogos a ser amplamente divulgado devido à sua qualidade. No game, controlamos Farron com a missão de resgatar seu reino das mãos perversas de Zaras.
O game funciona muito bem como um jogo de plataforma simples, baseando-se em saltos e ataques com a espada de Farron. De fato, ele lembra um pouco a série Ninja Gaiden, mas sem a rapidez e fluidez dos controles da mesma. O jogo é bem longo e encontramos inclusive lojas no meio do caminho para comprar novos itens como botas que pulam mais alto, energia e até magias diferentes.
29 – Digger – The Legend of the Lost City
Lançamento: 1990
Produtora: RARE
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1
Digger foi o primeiro jogo da Rare no Nintendinho. No game, controlamos Digger T. Rock com a missão de explorar várias cavernas em busca da saída e de itens escondidos, como explosivos e diamantes. Mas, para atrapalhar o herói, serpentes, pedras, moscas e toda a sorte de inimigos bizarros aparecem no subsolo. Rock pode usa sua pá para eliminar os inimigos enquanto procura novos túneis ou cava buracos durante a exploração.
Na verdade, Digger é um jogo bastante primitivo para o NES, com controles meio duros e uma dificuldade bem acima da média. Mas não deixa, nem por isso, de ser um bom e competente jogo da empresa que um dia no futuro nos daria Donkey Kong Country entre tantos outros clássicos. Digger requer um tempo de aprendizado de suas mecânicas, pois morrer no game é relativamente normal.
28 – Sword Master
Lançamento: 1992
Produtora: Athena
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1
A história simples e a ação comumente encontrada em jogos da época dão a receita em Sword Master. Aqui controlamos um cavaleiro com a missão de destruir um feiticeiro do mal que se apoderou de seu reino. Para tal, o herói deverá atravessar florestas, fossos, castelos, cidades abandonadas e enfrentar seus vários perigos pelo caminho.
O interessante de Sword Master é sua mecânica de combate: em muitos momentos não basta bancar o maluco e sair dando espadada em tudo que vier pela frente. Alguns inimigos, principalmente chefes, tem movimentos sincronizados e muitas vezes vão defender suas investidas.
Nessa hora, aprender o padrão dos inimigos e consegui atacá-los e se defender ao mesmo tempo é a chave para vencer as etapas. Esse fator faz toda diferença e acaba diferenciando Sword Master da maioria dos jogos similares da época. Vale lembrar também que em Sword Master, cada inimigo derrotado aumenta sua barra de experiência, logo, vale a pena matar tudo que puder.
27 – Kabuki – Quantum Fighter
Lançamento: 1991
Produtora: Human Entertainment
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1
A história de Kabuki – Quantum Fighter é, de certo modo e guardadas as devidas proporções, similar ao que acontece na série Assassin’s Creed. Aqui, devido à um virus que se alastrou pelo planeta em 2056, o coronel Scott O’Connor se voluntaria para entrar no computador central da Terra e resolver o problema. Para tal, ele tem seu cérebro transformado em código binário e é introduzido no sistema, que o reconhece em sua forma ancestral de um dançarino Kabuki.
Se a história já é original o bastante, o mesmo não pode ser dito do gameplay, que segue a cartilha dos bons jogos de plataforma do Nintedinho. E quando eu digo dos bons, estou falando que Kabuki lembra bastante clássicos como o Batman, Ninja Gaiden, Shatterhand e até mesmo Vice.
O game se desenrola por diversos cenários variados, indo desde esgotos até masmorras e florestas. O ataque peculiar de Kabuki é seu cabelo, que é usado como um chicote, além do mesmo poder lançar projéteis que podem ser melhorados conforme o progresso do jogador.
26 – Ninja Crusaders
Lançamento: 1990
Produtora: NMK
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 2
Um grande mal assola o mundo e vários ninjas, oriundos do Japão (de onde mais viriam?), decidem se unir para por um basta nisso. Mas, a maioria deles é massacrada, restando apenas alguns espalhados pelo mundo. Dois deles, Talon e Blade, são recrutados para essa difícil missão. Apesar de, por motivos óbvios, o jogo lembrar bastante a consagrada série Ninja Gaiden, Ninja Crusaders tem suas particularidades e diferenças interessantes.
Primeiro, é um jogo mais amigável que qualquer jogo clássico do Ryu Hayabusa. Aliás, isso pode ser dito apenas do começo do mesmo, pois lá pela metade a coisa se torna tão complicada que fica difícil avançar. Outra diferença é o modo para dois jogadores, bem interessante e divertido. No final das contas, Ninja Crusaders é uma ótima alternativa aos solitários jogos de ação do NES, mas não espere muita facilidade, pois com um mísero hit você perde uma vida.
25 – Super Robin Hood
25 – Super Robin Hood
Lançamento: 1985
Produtora: Oliver Twins
Gênero: Plataforma
Jogadores: 1
A história por trás de Super Robin Hood é tão fantástica quanto a premissa do jogo em si. Os irmãos Oliver (Philip e Andrew) com apenas 17 anos desenvolveram o jogo sozinhos num PC, no próprio quarto onde dormiam. Trabalhavam quase o dia todo no código do jogo, muitas vezes revezando entre eles para que o trabalho não parasse. A Codemasters (Micro Machines), ofereceu uma grana preta pros caras pelo jogo, que prontamente o venderam.
O game vendeu bem na época pra vários sistemas, o que influenciou a Codemasters a refazer o jogo para o Nintendinho, lançando-o num cartucho com 4 jogos denominado Quattro Adventure.
O jogo em si se resume à Robin Hood preso em masmorras e tendo que se virar para escapar e coletar todos os tesouros que precisa. Uma tela antes da fase em si começar mostra os tesouros a serem capturados. O jogo tem um controle bastante responsivo, além de gráficos convicentes e uma animação caprichada.
A dificuldade fica por conta de desviar dos obstáculos, bem como descobrir como passar de certos lugares (Hood pode correr e escorrer por baixo de vãos, por exemplo). Pra quem gosta de jogos que te obrigam a pensar e calcular cada passo dado, Super Robin Hood é um prato cheio.
24 – Faxanadu
Lançamento: 1989
Produtora: Hudson Soft
Gênero: Ação / RPG
Jogadores: 1
Faxanadu faz parte do universo Xanadu, um antigo RPG de ação da Falcon que saiu em 1985 para uma porrada de sistemas, tendo inclusive remakes para Sega Saturn e Windows. Esta versão de NES conta a história de um herói sem nome que, ao retornar à sua cidade natal, a encontra em escombros. A motivação dele agora é procurar saber o que aconteceu, enquanto conversa com os moradores que restaram e tenta se equipar para vencer o mal.
O jogo é um belo RPG de ação, calcado naqueles moldes antigos dos jogos de NES. Portanto, espere controles duros e uma dificuldade acima de qualquer coisa. O simples ato de descobrir portas pra entrar no cenário já evidencia que o game busca não facilitar nem um pouco a vida do jogador. Conversar com pessoas, comprar armas, escudos, armaduras, magias e chaves diversas é o mote central, ainda que bater em monstros e tentar se manter vivo nas inúmeras dungeons também seja primordial.
23 – Whomp ‘Em
Lançamento: 1991
Produtora: Jaleco
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1
Whomp ‘Em é a adaptação americana de Saiyuki World 2: Tenjokai no Majin, portanto, continuação do primeiro Saiyuki, lançado em 1988 e que detém um histórico bastante complicado de se entender. Haja vista, a série Saiyuki, que compreende 2 jogos no NES, nasceu de uma adaptação do original Wonder Boy in Monster Land, jogo da Sega pela Westone, lançado originalmente para arcades. Talvez por não ter conseguido os direitos autorais na época, a Jaleco pegou o game original e o readaptou completamente, mudando personagens, história e gráficos, mas com o teor muito similar ao original.
Igualmente ao primeiro jogo, Saiyuki 2 (ou Whomp ‘Em, como foi chamada a versão americana), é também baseado na história chinesa Journey to the West, que recebeu inúmeras adaptações tanto nos jogos quanto na TV.
Se no original japonês o personagem é o próprio King Monkey, aqui o negócio foi adaptado para um guerreiro indígena americano, mas não perdeu-se quase nada com isso, já que ambos são praticamente idênticos. O jogo é bem bacana, com fases que podem ser escolhidas e onde cada chefe derrotado dá uma arma diferente ao herói, tal como na série Megaman.
22 – Shadow of the Ninja
Lançamento: 1990
Produtora: Natsume
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1 ou 2
A Natsume foi responsável por inúmeros jogos de extrema qualidade na época do Nintendinho. Jogos lendários como Shatterhand, Power Blade, Abadox e este que vos trago são considerados a nata do console que, muitas vezes, são esquecidos no mar de jogos excelentes pro console. Shadow of the Ninja lembra bastante o jogo da Tecmo, Ninja Gaiden, por ter a mesma temática e movimentos similares. Mas o jogo da Natsume vai um pouco além, apresentando um modo para dois jogadores simultâneos que fez a diversão de muita gente na época.
Seguindo a cartilha dos 8 bits da Nintendo, o jogo não é nem um pouco fácil, tendo inimigos comuns que podem ceifar sua barra de energia num piscar de olhos caso não saiba o padrão deles. Por isso mesmo, Shadow of the Ninja é mais um daqueles jogos de aprendizado, onde decorar fases e padrões de chefes e inimigos é o grande segredo para se dar bem. E fazer isso ao lado de um amigo é uma das melhores coisas que a Natsume fez pelos jogadores na época!
21 – StarTropics 2
Lançamento: 1994
Produtora: Nintendo
Gênero: Ação / Aventura
Jogadores: 1
Se o primeiro game fez história no NES, com um gameplay envolvente, uma história muito bacana e personagens marcantes, esse segundo acabou passando na sombra dele e pouca gente sequer tem conhecimento sobre. Zoda’s Revenge foi o penúltimo jogo lançado para o NES e exclusivamente no território americano, o que já o caracteriza automaticamente como RARO. Mas, pra quem ainda quiser jogá-lo sem ser nos emuladores tradicionais, o Virtual Console do Wii já abriga o game desde 2008.
Diferente do primeiro game, onde tudo rolava em um arquipélago enorme, StarTropics 2 acontece em várias épocas do tempo, desde o egito antigo até os tempos medievais, tudo coroado com uma história maluca envolvendo entidades como Cleopatra, Merlin e até Leonardo Da Vinci e pedras parecidas com Tetris, para por fim à três clones de Zoda, o vilão do primeiro jogo.
Em termos de gameplay, Mike agora tem uma movimentação muito mais livre e os cenários também tem um level design mais interessante, inclusive com plataformas em vários níveis. É um jogo muito bom e especialmente indicado pra quem gostou do primeiro.
20 – The Last Ninja
Lançamento: 1991
Produtora: Bean Software
Gênero: Ação / Aventura
Jogadores: 1
The Last Ninja é um dos jogos mais diferentes para o Nintendinho. Nascido em diversos computadores da época e portado para outra porção deles, essa versão do NES é uma das mais convidativas de todas elas, mesmo que o jogo não passe nem perto dessa palavra. Na verdade, The Last Ninja é um dos jogos mais complicados de se aprender a jogar e eu tiro meu chapéu pra quem, naquela época, alugou esse game e conseguiu terminá-lo na raça.
O jogo funciona com uma visão isométrica, o que por si só já deve dar um nó na cabeça de quem se arrisca com seus controles. De fato, controlar o ninja Armakuni pelas mais variadas telas tentando solucionar quebra cabeças enquanto luta pra se manter vivo é uma tarefa para, com o perdão do trocadilho, ninjas!
Mas, apesar dos controles serem estranhos numa primeira jogada (numa segunda e terceira também), o game acaba entretendo com seu mecanismo de busca de itens e um visual isométrico interessante no 8 bits da Nintendo. Pense num Out of This World isométrico com um ninja e você terá uma vaga noção do que é The Last Ninja.
19 – Battle of Olympus
Lançamento: 1989
Produtora: Infinity
Gênero: Ação / Aventura
Jogadores: 1
Bastante inspirado em Zelda II, Battle of Olympus é um jogo que requer muitas idas e vindas em várias cidades da Grécia antiga. Por ser um jogo com mecânica de plataforma, mas calcado no gênero adventure, prepare-se não para somente dizimar seus inimigos como também colher informações e conversar com muitas pessoas em cidades. Muitos dos itens do jogo são conseguidos conversando e explorando os mais remotos cantos do mapa do jogo.
Tempos atrás eu fiz uma análise desse jogo, o qual eu destaquei bastante a dificuldade dele. Além dos lances de plataforma e dos ataques curtos do personagem Orpheu, procurar pelos itens e vasculhar os diálogos com vários npc’s é exaustivo. Além disso, não existem INN’s pelo jogo, obrigando o jogador a matar os inimigos e torcer para que dropem pontos de vida. É um jogo com alto teor da dificuldade padrão da época dos 8 bits, mas ainda assim bastante interessante.
18 – Little Samson
Lançamento: 1992
Produtora: Takeru
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1
Poucos jogos são tão encantadores numa primeira jogada como Little Samson. Sua variedade de personagens, o carisma dos mesmos e a jogabilidade impecável fazem deste um dos jogos mais bacanas e esquecidos do sistema de 8 bits da Nintendo. Little Samson foi lançado em 1992 no mercado norte americano, mesmo ano em que a Capcom já fazia escola com Megaman 5 e a Hudson já comemorava o terceiro título da prestigiada série Adventure Island. Talvez por esse motivo o jogo tenha passado meio encoberto, mas, quem conseguiu jogar esse cartucho na época eu aposto que jamais esqueceu.
Aqui controlamos 4 personagens, que, à partir das 4 primeiras fases introdutórias, podem ser escolhidos à qualquer momento. Cada um deles tem uma habilidade diferente, seja na força dos ataques, seja no tamanho diminuto para entrar em locais apertados ou então podendo até mesmo voar. De fato, a variedade de gameplay unida à um ótimo controle, level design genial e uma trilha sonora matadora, fazem deste um clássico absoluto do console que todos deviam ao menos conhecer.
17 – Panic Restaurant
Lançamento: 1992
Produtora: EIM
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1
Imagine um jogo onde controlamos um chef de cozinha renomado, que, por algum motivo bizarro, tem seu restaurante amaldiçoado por outro cozinheiro rival. Cookie, nosso simpático chef, agora precisa entrar no próprio restaurante e combater cebolas, pizzas, panelas e toda a sorte de inimigos culinários com sua frigideira! Sim, esse jogo de plataforma ambientado no mais maluco dos restaurantes é um dos jogos mais inusitados para o NES e que, infelizmente, ficou bastante esquecido no passado.
Todo o design de Panic Restaurant é creditado à Kenji Eno, um renomado designer que, entre outros jogos, ajudou a idealizar clássicos como a série D e também Enemy Zero, para o Saturn. Eno faleceu em 2013 devido à problemas cardíacos com apenas 42 anos, mas todas as suas obras, incluindo este esquecido jogo de NES, ficaram marcadas na história dos games.
16 – Power Blade 2
Lançamento: 1992
Produtora: Natsume
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1
Mais uma vez a Natsume aparece aqui com mais um jogo para quem tem culhões! Se a dificuldade mediana do primeiro jogo não agradou seu paladar hardcore, recomendo muito jogar o segundo jogo da franquia Powerblade! Esse, muito provavelmente, vai saciar sua sede por jogos difíceis, mas com bons controles e mecânicas inteligentes. Powerblade 2 não é um jogo punitivo, mas te obriga a aprender na marra a mecânica de inimigos e das fases se quiser sobreviver.
Diferente do primeiro jogo, aqui o ato de morrer é muito mais comum do que se pensa. A dificuldade do jogo foi aumentada substancialmente, ao mesmo tempo que possibilidades e mecanismos também foram adicionados ao gameplay, como a bem vinda rasteira de Nova para escapar de inimigos e entrar em brechas. Os ataques dele continuam os mesmos com seu velho bumerangue, mas os cenários estão muito mais fatais dessa vez, com espinhos e tetos mortíferos por todos os cantos.
15 – Kings of Beach
Lançamento: 1990
Produtora: Electronic Arts
Gênero: Esporte
Jogadores: 1
Kings of Beach saiu para diversas plataformas na época, incluindo aí o 8 bits da Nintendo, que é a versão que vamos tratar aqui. Este é um dos raros jogos de vôlei não somente para o NES, mas para os videogames em geral. Antes dele, só consigo me lembrar daquele vôlei para o Atari 2600 que joguei demais, por sinal… Enfim, aqui temos um belo exemplar do esporte, mesmo que possa ser jogado apenas por um jogador.
Os comandos em Kings of Beach são simples e o jogo ainda conta com 3 modos de treino para o jogador praticar recebimentos, cortadas e levantadas. O jogo, como é de se esperar, é da época onde a regra da vantagem estava em vigor, portanto, as partidas podem durar um bom tempo dependendo do grau de dificuldade. Além do treino, dá pra se disputar uma partida simples ou um campeonato, onde a dupla vai viajar por vários lugares do mundo, inclusive o Rio de Janeiro. É um ótimo jogo, mas não espere muita profundidade.
14 – Chip’n Dale Rescue Rangers 2
Lançamento: 1994
Produtora: Capcom
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1 ou 2
Uma das coisas mais marcantes do primeiro Chip’n Dale era sua música empolgante na primeira fase. Aquela música emplacou e se tornou praticamente uma marca registrada do jogo. Por mais que o game, como jogo em si, tivesse uma jogabilidade simples e fosse bem raso (basicamente avançar jogando caixas nos inimigos), o jogo cativava tanto pelos personagens quanto pelas músicas.
Esse segundo jogo não contou com uma canção marcante como o primeiro, mas ele faz tudo direitinho também. Eu diria que Chip’n Dale 2 é praticamente uma expansão do primeiro jogo, com mais fases, mais inimigos e mais chefes para enfrentar. O jogo continua com aquela dificuldade padrão, a qual basta evitar levar muito dano que as fases se completam praticamente sozinhas. E o melhor: o multiplayer cooperativo continua presente no jogo.
13 – Nightshade
Lançamento: 1992
Produtora: Bean Software
Gênero: Aventura / Investigação
Jogadores: 1
Eis um jogo que poucas vezes ouvi falar e que saiu exclusivamente no mercado americano para o NES. Nightshade é um daqueles jogos point-&-click que saíam aos montes para os PCs no passado, mas adaptado para o Nintendinho com maestria. Aqui controlamos Mark, com a alcunha de Nightshade, com a missão de investigar diversos assassinatos e resolver os problemas de Metro City com a bandidagem.
O jogo é praticamente inteiro sobre investigação, coleta e uso de itens do cenário. Ao apertar SELECT, um menu com várias ações como usar, investigar, acionar e etc aparece, dando ao jogador diversas opções com as quais ele pode interagir com objetos do cenário.
Mas isso não significa que Nightshade não possui suas partes de ação: ao encontrar bandidos pelo caminho, o jogo muda para uma perspectiva de luta no qual o jogador deve apertar rapidamente os botões para se dar bem. Quando você acaba “morrendo“, Nightshade é colocado em alguma sala com uma armadilha, obrigando o jogador a se virar pra escapar dali e continuar jogando.Sinceramente, é um dos jogos mais bacanas que já tive oportunidade de jogar no NES.
12 – The Guardian Legend
Lançamento: 1989
Produtora: Compile
Gênero: Ação / RPG / Navinha
Jogadores: 1
Pelo gênero descrito muitos devem pensar que Guardian Legend é uma salada de estilos sem o menor sentido. Engana-se quem pensa dessa forma. Guardian Legend é um dos jogos mais primorosos do Nintendinho e é até estranho que não se comenta muito sobre ele nos dias de hoje, principalmente com a internet disponível para todos.
O game da Compile (que também criou Golvellius e tantos outros sucessos), concebe de forma majestosa os três estilos, sendo que existem momentos onde jogamos como uma nave pelo espaço em scroll vertical e em outros como uma heroína vasculhando telas em busca de itens, experiência e caminhos, enquanto atira em vários inimigos por todos os lados.
A grande jogada do Guardian Legend é conseguir mesclar tudo isso sem soar desconexo. Nenhuma das seções de nave está ali só para “variar” o gameplay. Muito menos as seções de exploração com a humanoide atirando pra todo lado enquanto procura evoluir. Todas as partes desse jogo juntas compõe umas das obras mais bacanas que a Compile já criou e que deveria ser mais divulgada por aí.
11 – G.I. Joe – The Atlantis Factor
Lançamento: 1992
Produtora: KID
Gênero: Ação / Tiro
Jogadores: 1
A franquia G.I. Joe rendeu dois ótimos jogos para o Nintendinho. Diferente do A Real American Hero, The Atlantis Factor optou por um caminho mais similar ao clássico Bionic Commando, da Capcom, com um mapa para dividir as fases e com o jogador tendo que passar por várias fases e depois encarar a base dos inimigos Cobra. Ali as missões variam desde instalar bombas, salvar reféns ou encontrar algum item específico.
Ainda é possível escolher seu personagem, mas, novamente diferenciando-se do primeiro jogo, aqui é preciso libertar os outros para que fiquem disponíveis.
The Atlantis Factor aumentou potencialmente a dificuldade do primeiro jogo, principalmente por conta da inclusão do mapa e da obrigatoriedade de passar pelas fases antes de encarar a base. Além disso, o jogo em si reserva fases com uma design mais complexo do que no primeiro game, com inimigos aparecendo de todos os cantos e obrigando o jogador a aprender na marra como se virar. Pra quem curtiu o primeiro, recomendo paciência para encarar esse segundo jogo da série.
10 – Gargoyle’s Quest II
Lançamento: 1992
Produtora: Capcom
Gênero: Ação / Aventura
Jogadores: 1
O primeiro Gargoyle’s Quest foi lançado em 1990 para o Game Boy, tendo uma versão lançada no Virtual Console do 3DS em 2011. A sequência saiu em 1992 para o NES e ambos fazem parte do universo de Ghouls n’Goblins. O jogo funciona como uma espécie de RPG de ação, no qual controlamos Firebrand (um dos inimigos mais casca grossa na série GnG) por uma série de lugares enfrentand hordas de demônios, adquirindo informações e procurando por melhorias.
Uma coisa precisa ser dita desse jogo: ele é implacável com qualquer um que se meta com ele. Gargoyle’s Quest 2 com certeza deveria figurar em qualquer lista de jogos mais difíceis já feitos, mas, por algum motivo, o jogo meio que caiu no esquecimento. Talvez a razão disso seja sua continuação espiritual, conhecido como Demon’s Crest, para o Super NES, que é tido como um dos melhores jogos do sistema.
Mas o jogo do Nintendinho, apesar da dificuldade cruel, guarda um ótimo gameplay misturando exploração com seções de plataforma pra ninguém reclamar.
9 – Crystalis
Lançamento: 1990
Produtora: SNK
Gênero: RPG de ação
Jogadores: 1
Crystalis é, talvez, o único RPG de ação nos moldes de Zelda que a SNK desenvolveu. O jogo é muitíssimo caprichado, cheio de cenários únicos e uma história muito bacana também. O protagonista precisa encontrar os quatro elementos para formar a espada Crystallis, a única capaz de destruir o vilão Draygon e devolver a paz ao mundo. Para saber mais sobre Crystalis, eu fiz um retronado há muito tempo, que pode ser acessado aqui.
Como jogo, Crystalis é um sólido jogo de RPG de ação no melhor estilo Zelda. Enquanto caminhamos pelo mapa, podemos atacar com a espada, coletar dinheiro, experiência e, quando estamos em cidades, conversar com pessoas, resolver enigmas e comprar itens. A dificuldade maior em Crystalis está em vencer seus inúmeros calabouços ou encontrar os itens cruciais para conseguir vencê-los.
8 – Robowarrior
Lançamento: 1988
Produtora: Hudson Soft
Gênero: Ação
Jogadores: 1
Robowarrior já chegou a pintar no meu especial de 7 Jogos do NES, no blog OGFTW, mas, eu não poderia deixá-lo de fora daqui. Trata-se de um belíssimo clone de Bomberman, no qual controlamos um robô em um planeta desolado que precisa achar o caminho até o vilão usando bombas para isso. Sim, lembra bastante Bomberman (da mesma Hudson) no conceito e in-game mais ainda, o que não deixa de ser um elogio ao game.
Muitos dos itens coletados no jogo servem para aumentar sua pontuação, como itens secundários ou para adicionar mais bombas ao seu estoque. Diferente de Bomberman, a explosão das bombas aqui não é no formato de cruz, mas em uma esfera que te obriga a ficar longe dela até que se dissipe. Seu personagem sempre põe a bomba NA FRENTE dele, ao invés de SOB seus pés, como na série Bomberman.
Outra diferença é a quantia limitada de bombas, o que adiciona uma boa estratégia ao jogo. Só se consegue mais bombas destruindo inimigos, mas Robowarrior consegue destruí-los usando seu prático laser em seu braço. Além disso, o tempo é o seu maior inimigo aqui, se ele esgotar é game over na hora!
7 – Heavy Barrel
Lançamento: 1990
Produtora: Sakata SAS
Gênero: Ação / Tiro
Jogadores: 1 ou 2
Com estilo muito parecido com a série Ikari Warriors, Heavy Barrel é um bom jogo de guerra, onde o tiroteio é desenfreado o bastante pra te manter colado na tela o tempo todo. Muito da dificuldade dele vem do fato da tela sempre estar cheia de inimigos, o que te obriga a procurar brechas pra poder atirar em segurança. Além disso, se quiser novas armas é bom guardar as chaves que os soldados vermelhos deixam quando morrem.
Heavy Barrel é um port dos arcades e a versão para NES ficou bem bacana, apesar da lentidão em muitas partes. O lance de pegar chaves para abrir as caixas com os mais variados itens dá um tom estratégico ao jogo ao mesmo tempo que te obriga a decorar onde estão os melhores itens. O lança chamas, por exemplo, é uma das melhores armas, mas fica numa caixa quase no fim da parte de areia da primeira fase.
Alguns itens encontrados nas caixas formam a arma heavy barrel, a mais poderosa de todas, mas é preciso encontrar 6 deles para que se possa usá-la.
6 – Isolated Warrior
Lançamento: 1991
Produtora: KID
Gênero: Ação / Tiro
Jogadores: 1
Nomeado de Max Warrior no oriente, Isolated Warrior trata-se de um shooter com perspectiva isométrica e scroll automático vertical. Falando assim muitos podem não saber do que se trata, mas se você já jogou Zaxxon ou Viewpoint, vai se familiarizar com este jogo da KID. No game controlamos o capitão das forças de resistência de seu planeta, Max Maverick, que se recusa a abandonar seu planeta natal e resolve sozinho enfrentar a horda de alienígenas que o invadiram! Só por esse resumo você já deve imaginar o porquê do nome do jogo!
A mecânica de Isolated Warrior não é de todo ruim, mas mirar corretamente quando está cheio de coisas acontecendo na tela é bastante complicado em alguns momentos, justamente pela perspectiva adotada. Junto à isso está o fato da tela se locomover sozinha, te obrigando a procurar o melhor caminho e desviar dos inimigos. Itens que aumentam seu poder de ataque e que te dá um escudo temporário brotam aos montes na tela, mas é difícil reconhecer tudo numa primeira jogada.
5 – Hammerin’ Harry
Lançamento: 1992
Produtora: Irem
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1
Harry e seu martelo nasceram nos arcades em 1990, sendo portado para o NES em 1992. Seria mais um jogo de plataforma comum se não fosse pela arma peculiar do herói: um martelo enorme! Harry usa o martelo tanto para bater nos inimigos que raptaram sua namorada quanto para destruir coisas do cenário para achar itens. Alguns itens também fazem com que seu martelo adquira novas habilidade e até dobre de tamanho.
O jogo possui músicas bem bacanas e grudentas, além de um jogabilidade simples e fácil de se adaptar. A dificuldade dele também não é muito alta, o que garante uma jogatina descompromissada, assim como sua versão de arcade. O mais impressionante, no entanto, é o visual muito bacana que a Irem conseguiu arrancar do NES: está longe da versão arcade, mas o negócio todo meio SD (super deformed) ficou tão simpático que nem percebemos que se trata de um port.
4 – Legend of the Ghost Lion
Lançamento: 1992
Produtora: Kemco
Gênero: RPG
Jogadores: 1
Nos mesmos moldes de Dragon Quest, Legend of the Ghost Lion conta a história de Maria que, um certo dia seu vilarejo foi atacado por um leão branco. Um herói apareceu do nada e baniu o monstro para longe. Curiosos sobre o fato, os pais de Maria resolvem investigar de onde o animal e o herói haviam surgido e acabam desaparecendo também. O jogo começa com Maria em busca de seus pais, quando é tragada por uma correnteza e vai parar em outro mundo.
A história é meio sem pé nem cabeça, mas serve de pano de fundo para um jogo muito parecido com Dragon Quest, tanto em suas qualidades como em seus defeitos também. Maria, a personagem principal, percorre vilarejos, castelos, masmorras cavernas e descampados, enfrentando monstros e conversando com vários NPCs através de vários menus similares ao da série da Enix. Como se trata de um RPG aos moldes antigos, espere por um grind lento e trabalhoso até poder avançar por novas áreas.
3 – Shinobi
Lançamento: 1989
Produtora: Tengen
Gênero: Ação / Plataforma
Jogadores: 1
Sim amigos, Shinobi chegou por vias escusas ao Nintendinho também. Apesar de ser uma versão bastante capada da original (e também do Master System), o Shinobi do NES é um jogo divertido. Por algum motivo, a Tengen não conseguiu lançar esse port oficialmente em território americano, mas ele foi lançado como sem licensa e eu conheço algumas pessoas que conseguiram alugar o cartucho na época.
A versão para NES de Shinobi traz várias diferenças, principalmente se comparada com a versão do Master System. Primeiro, os níveis das fases foram praticamente abolidos, ou seja: Shinobi ainda pode dar aqueles pulões para o alto, mas tanto faz o nível que você estiver, se alcançar o refém, é só pular normalmente.
Algumas fases foram remodeladas e se tornaram um retão só (como na segunda etapa, onde no Master System era preciso subir pela tela), mas as magias foram aumentadas para 5. É uma versão muito interessante de se jogar, principalmente se você só conhecer as versões de Arcade e Master System.
2 – Frankenstein – The Monster Returns
Lançamento: 1990
Produtora: TOSE
Gênero: Ação
Jogadores: 1
Frankenstein chegou para NES com um jogo muito parecido com Castlevania, no melhor sentido possível da comparação. Unindo um bom gameplay, uma dificuldade alta e bons gráficos, no jogo controlamos um herói disposto a salvar uma bela donzela das mãos de Frankenstein que, por algum motivo resolveu voltar dos mortos e tocar o terror no mundo.
O jogo tem o mesmo estilo de Castlevania, mas fazendo uso de armas temporárias como porretes, pedaços de pau e até magias. A jogabilidade se resume em saltar corretamente e procurar não levar muito dano, pois o jogo é cruel nesse aspecto. Já no começo nota-se que a dificuldade dele é bem elevada, pois acertar corretamente os lobos que vem correndo demanda algum tempo. As fases do jogo são bem variadas, o que mantém o jogador interessado nesse belo e esquecido jogo.
1 – Bubble Bath Babes
Lançamento: 1991
Produtora: C&E
Gênero: Puzzle
Jogadores: 1
Mesmo na época em que a Nintendo controlava a ferro e fogo os jogos que entrariam no seu 8 bits, muitas produtoras lançavam jogos controversos por vias desconhecidas. Bubble Bath Babes é só um desses jogos, um puzzle que mistura bolhas subindo e garotas com peitos de fora. O objetivo é formar um nome com as bolhas que sobem com letras, formando a fase completa e o jogador pode ver uma foto de alguma garota pixelada.
Como jogo em si, Bubble Bath Babes parece uma mistura de Tetris com Puzzle Bobble, onde as bolhas vão subindo e é preciso ir encaixando as cores iguais. Quando não se consegue isso, bolhas transparentes surgem e atrapalham toda a tela. Se as bolhas atingirem a parte baixa, é game over. Devo confessar que o jogo é difícil pra caramba, não consegui passar nenhuma fase sequer e isso me fez pensar: como deve ter sofrido o adolescente nessa época que dependia desse jogo pra ver uns peitinhos…
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