Análise de Asterix

25 de abril de 2022 0 Por Markus Norat

Por: Cosmão

Ficha do Jogo:
Data de lançamento: 1993
Gênero: Plataforma
Desenvolvedora: Bit Managers, Infogrames
Publicadora: Atari, Infogrames
Plataforma: Super Nintendo Entertainment System

Quando eu tinha o meu Master System, uma das fitinhas que eu sempre alugava era Asterix. Eu nem sabia de quem se tratava, nem de sua fama nos quadrinhos e desenhos animados, muito menos que se tratava de um personagem famoso da França, talvez o desenho animado mais famoso de lá.

Mas eu adorava o jogo, como talvez muitos de vocês. Era um jogo de plataforma carismático ao extremo, com muitíssimas fases inspiradas, músicas marcantes e gráficos lindos para o videogame. Os anos se passaram e chegaram outras versões para vários consoles, mas nenhuma atingiu o potencial da primeira versão, que foi lançada para o Master System. Nem mesmo essa versão que lhes trago hoje, que foi lançada para o Super Nintendo…

Asterix do Super Nintendo não é um jogo ruim, contudo. É um game de plataforma, estilo que consagrou o personagem e de onde ele nunca deveria ter saído.

O jogo tem vários lances que lembram o jogo do Master System, como as poções, os romanos perambulando pelas fases, Ideiafix que surge às vezes e socos, muitos socos. Enquanto a versão do Master System permitia escolher entre Obelix e Asterix, essa daqui só permite jogar com o magrinho ranzinza.

Claro, a história gira em torno do sequestro de Obelix, obviamente só jogamos com Asterix… Mas até dá pra jogar de 2 jogadores, como acontece na versão do Master System, sendo que sem o gordão carismático…

O jogo tem gráficos bacanas, com um colorido bem típico do SNES, ele usa uma palheta de cores muito próxima de Super Mario World, dá pra notar bem isso nas fases de neve e nos efeitos das moedinhas no ar.

Bom, como todo jogo de plataforma, esse estilo precisa ter controles bons, ou o jogador vai mais se frustrar do que conseguir jogar alguma coisa. E nisso esse jogo peca por detalhes que poderiam ter sido polidos antes do jogo ter sido lançado…

São coisas talvez idiotas, mas é bom lembrar que, no mesmo estilo e com o mesmo personagem, a Sega criou um dos melhores jogos de plataformas da época e, porque não, de todos os tempos! Esse aqui chegou perto, se não fosse por dois detalhes: controles um pouco zoados e uma sensação de pobreza nos cenários…

Vou explicar! Os controles usam 3 botões: um pra socar, um pra saltar e um pra correr, o que gera saltos maiores apertando o botão de salto junto. O problema é que, correndo, Asterix pula DEMAIS, e como o jogo tem várias plataformas estreitas, conciliar pulos precisos nesse tipo de plataforma se torna uma tarefa árdua e estressante.

Poucos jogos conseguiram unir essas duas habilidades de forma soberba, como o magistral Super Mario World fez.

Sobre os cenários, achei tudo muito morno, com poucos detalhes, uma árvore ali, uma montanha ali, um morrinho acolá, alguns romanos e alguns corvos voando… SÓ ISSO! Podem reparar, os inimigos às vezes se resumem em apenas corvos voando…

Claro, isso muda nas fases mais adiantadas, em que inimigos mais chatos aparecem, mas mesmo assim, esse situação deu um tom meio vago ao jogo, o que destoa muito de todo o carisma da versão que foi lançada para o Master System. Quem sabe o designer que fez as fases estava naqueles dias ruins…

Uma coisa que já ia esquecendo de comentar é sobre as músicas desse game. Nossa! As músicas são extremamente… chatas! Poderiam ter incluído músicas melhores aqui, já que se trata de um jogo de plataforma alegre. Ora, até a versão do Mega Drive (Genesis) tem músicas mais caprichadas; realmente esculacharam total nessa versão do jogo para o Super Nintendo.

Os itens coletáveis vão desde as famosas poções já citadas, até moedas que ficam espalhadas pelos cenários (se você coletar 100 moedas receberá uma vida), ganchos de ouro (valem 3 moedas, se não me engano), capacetes e artefatos deixados pelos romanos ao morrerem, que aumentam a pontuação no final das fases e os eternos frangos, que valem energia extra.

Nada muito longe dos outros jogos do estilo, mas achei bacana esse lance de capacetes e moedas, isso deveria ter em todo jogo. Sim, eu gosto de coletar todo tipo de tranqueira em jogos de plataforma, sou um completo tarado por isso.

Por isso, apenas! E talvez por Coca-Cola também… ou Doritos!?

Bom, finalizando, eu insisto para, que aquelas pessoas que curtem jogos de plataforma, devem jogar esse jogo do Asterix para o Super Nintendo, que é um jogo muitas vezes esquecido, mas que pode agradar quem gosta de um pula-pula com muitos itens espalhados. Não é nenhuma maravilha da tecnologia como os jogos do Mario e sua turma, mas cumpre o seu papel de certa forma.

O melhor: coletar itens.

O pior: saltos fora de sincronia.

Eu já falei: que a versão do Master System é inesquecível? XD

Nota Final: 6.5

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