Sony anuncia demissões em massa e o fechamento do estúdio de Londres
27 de fevereiro de 2024A Sony confirmou o desligamento de 900 funcionários, representando uma redução de 8% de sua força de trabalho. Esta reestruturação terá um impacto significativo, culminando no fechamento total do PlayStation Studios’ London Studio, além de reduções no Firesprite studio e em várias outras funções da SIE no Reino Unido.
Jim Ryan, a voz da Sony nesta tempestade, expressou em uma postagem a difícil decisão de compartilhar as notícias com a comunidade PlayStation, que para eles significa “tudo”. Ryan destaca que as demissões afetarão empregados globalmente, incluindo estúdios, em um esforço para preparar a empresa para o futuro diante de uma indústria que “mudou imensamente”.
O objetivo é claro: ajustar a empresa para continuar entregando as experiências de jogo que desenvolvedores e gamers esperam, ao mesmo tempo em que se propulsa a tecnologia futura do gaming. A comunicação de Ryan destaca a importância de se reorganizar e simplificar para manter a capacidade de oferecer a melhor experiência de jogo possível (será?!).
A onda de demissões não poupa regiões, afetando empregados “em todas as regiões da SIE”. Em particular, o fechamento do London Studio, conhecido por trabalhar em um novo jogo online para o PlayStation 5 ambientado em uma versão fantástica de Londres, sinaliza o fim de uma era. Reduções também são esperadas nas equipes da Guerrilla e Firesprite, esta última desenvolvedora do Horizon: Call of the Mountain para PS VR2.
O processo de reestruturação é descrito como uma decisão “incrivelmente difícil”, mas necessária para o crescimento contínuo da empresa e desenvolvimento da marca. A Sony promete suporte a todos os funcionários afetados, oferecendo programas de suporte de carreira e benefícios de demissão, ressaltando o respeito e a apreciação pelos esforços e contribuições de cada um.
Esta notícia chega em um momento de introspecção para a indústria, com a GDC publicando seu relatório de 2024 sobre o Estado da Indústria de Jogos, revelando que 35% dos desenvolvedores de jogos foram impactados por demissões no último ano. A preocupação com mais cortes de emprego permanece alta, refletindo uma indústria em constante evolução e incerteza.
A partida de Jim Ryan, prevista para o próximo mês, marca o fim de uma era para a divisão PlayStation, que ele liderou desde fevereiro de 2019. Sua liderança ocorreu em um período de sucesso, mas também de grandes desafios para a marca.
Este momento é um lembrete da volatilidade do setor de jogos e da necessidade de adaptação constante diante de mudanças rápidas. É inegável que a Sony, é uma gigante na indústria, e mesmo assim não é imune a essas mudanças; mas o que nós devemos nos questionar é o seguinte: esse enorme número de demissões que aconteceram nos últimos meses reflete um problema financeiro na indústria de games? A resposta é NÃO! Ora, sabemos que os jogos estão caros de produzir, mas também estão caros para o consumidor final e, todas essas empresas que demitiram estão lucrando e muito com o setor de games. A Microsoft, que também demitiu uma porra de gente na sua divisão Xbox e a Sony não vivem apenas de games, mas as duas empresas estão muito, muito, muito longe de estarem tendo prejuízo; nem sequer retração nas vendas está havendo. Há uma atual previsão, divulgada pela própria Sony, de o PS5 deverá vender menos este ano, e isso é bem óbvio, já que a empresa não terá nenhum título grande próprio para apresentar ao seu público durante 2024, enquanto a Microsoft está prometendo descer a lenha com vários títulos grandes nas suas plataformas Xbox (e até nos concorrentes também), e isso tudo, porque ainda nem falamos da Nintendo… Ora, a Nintendo sim é uma empresa que respira games e vive só de games, hardware ou das licenças dos seus personagens que surgiram no mundo dos games (diferente da Sony e Microsoft, que são empresas com linhas de produtos e serviços extremamente diversificadas), e ninguém vê nenhuma declaração da Nintendo sobre cortes, demissões etc……. A Nintendo tem a sua renda maior proveniente dos games e não está com o penico na mão, como acontece com as outras gigantes… por que está acontecendo tudo isso? não é – no mínimo – curioso? Seria de fato uma crise financeira ou uma crise criativa e/ou organizacional?
Para a comunidade de jogadores só resta uma certeza: essas empresas multibilionárias estão reclamando de barriga cheia. Infelizmente, a parte fraca, que são os funcionários (atualmente ex-funcionários) pagaram a conta com seus empregos, mas os jogadores são clientes e não têm obrigação que aguentar drama de empresa nenhuma.
Ora, se as empresas de games querem mais dinheiro, parem de lançar tanto jogo “sem futuro” e voltem a produzir games bons e divertidos.
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