Top 55 – Os melhores jogos no estilo metroidvania para o Nintendo Switch

Top 55 – Os melhores jogos no estilo metroidvania para o Nintendo Switch

28 de setembro de 2024 Off Por Markus Norat

Explorar vastos mundos interconectados, desvendar segredos ocultos em cada canto e enfrentar inimigos desafiadores enquanto desenvolvemos habilidades que nos tornam mais fortes a cada passo: essa é a essência do gênero Metroidvania. Um gênero que, ao longo dos anos, se consolidou como um dos mais amados tanto pelos fãs de jogos de plataforma quanto pelos entusiastas de aventura e exploração. A combinação única de progressão não linear e combate envolvente faz dos Metroidvanias experiências cativantes, que prendem o jogador em mundos ricos, cheios de mistérios e reviravoltas.

A origem do gênero remonta a dois gigantes do universo dos videogames: Metroid e Castlevania: Symphony of the Night. Lançados em momentos históricos diferentes, esses jogos ajudaram a estabelecer as bases do que hoje conhecemos como Metroidvania. Com a mecânica central focada na exploração de cenários complexos, cheios de passagens secretas e áreas bloqueadas que só podem ser acessadas após adquirir novas habilidades ou equipamentos, eles criaram um ciclo de progressão que recompensa tanto a curiosidade quanto a persistência do jogador. Mais do que apenas mapas vastos, esses jogos nos oferecem um sentimento de superação e descoberta, como se estivéssemos desbravando um labirinto cheio de surpresas, onde cada vitória é uma nova porta aberta.

No entanto, o gênero não permaneceu estagnado. Ao longo das décadas, ele evoluiu, ganhou novas camadas de profundidade e complexidade, e o mais importante: encontrou no cenário dos jogos independentes um terreno fértil para se reinventar e florescer. Desenvolvedores ao redor do mundo, com orçamentos reduzidos, mas transbordando criatividade, começaram a criar suas próprias interpretações do Metroidvania. Cada um desses jogos trouxe uma nova visão para o estilo, adicionando mecânicas inéditas, visuais artísticos deslumbrantes e histórias emocionantes que capturaram o coração dos jogadores. Hoje, podemos dizer com confiança que estamos vivendo uma era dourada para os Metroidvanias.

E não há plataforma melhor para experimentar o melhor que o gênero tem a oferecer do que o Nintendo Switch. O híbrido da Nintendo, com sua capacidade de ser jogado tanto na TV quanto no modo portátil, parece ter sido feito sob medida para o gênero. A portabilidade permite que os jogadores levem suas aventuras de exploração para qualquer lugar, seja em uma longa viagem ou em uma pausa rápida no dia a dia. Além disso, a biblioteca do Switch é uma das mais diversificadas e ricas em títulos de Metroidvania, oferecendo uma variedade impressionante de jogos que vão desde os clássicos atemporais até as inovações modernas que expandem as fronteiras do que esse estilo pode ser.

Mas o que torna os Metroidvanias no Switch tão especiais? Parte da resposta está na mistura de nostalgia com inovação. Ao revisitar mundos que homenageiam os clássicos do passado, muitos jogos conseguem capturar o espírito dos primeiros títulos, enquanto introduzem mecânicas que os tornam frescos e excitantes para novos jogadores. A arte detalhada e muitas vezes deslumbrante, que vai desde o pixel art retrô até gráficos modernos desenhados à mão, proporciona uma imersão visual única. A trilha sonora, em muitos desses títulos, amplifica a experiência emocional, com músicas que variam de temas misteriosos e melancólicos a trilhas épicas de batalha. Mas, acima de tudo, é a sensação de progresso contínuo, de superação, que faz desses jogos verdadeiras joias para qualquer fã de aventura.

Imagine-se, então, com o controle nas mãos, desbravando um vasto mundo subterrâneo, onde cada sala revela algo novo. A princípio, você se sente pequeno, vulnerável, mas conforme adquire novas habilidades, como saltar mais alto, nadar por áreas antes inacessíveis ou disparar poderosos raios de energia, começa a perceber que o mundo à sua volta se desdobra diante de você. O que antes era intransponível agora é uma trilha aberta, pronta para ser explorada. Esse é o poder de um bom Metroidvania: ele nos transforma de exploradores hesitantes em mestres de um universo interconectado.

Nesta matéria especial, vamos explorar os melhores jogos no estilo Metroidvania para o Nintendo Switch. Cada um desses títulos foi cuidadosamente escolhido por sua capacidade de capturar a essência do gênero, ao mesmo tempo que adiciona algo novo e emocionante à fórmula. Desde os jogos que redefiniram o gênero até as criações mais recentes que o levam a novas alturas, você encontrará aqui uma seleção que promete desafiar sua mente, testar suas habilidades e, acima de tudo, proporcionar horas de pura diversão e descobertas inesquecíveis.

Prepare-se para mergulhar em mundos vastos e cheios de segredos. Ajuste seu equipamento, aperfeiçoe suas habilidades e embarque conosco nessa jornada para descobrir os melhores Metroidvanias que o Nintendo Switch tem a oferecer. Seja você um veterano experiente no gênero ou um recém-chegado curioso, esta lista será o seu mapa-guia, revelando os caminhos que conduzem às mais incríveis aventuras de exploração, combate e superação. Esteja pronto, pois a jornada (e que jornada…) começa agora:

Os 55 melhores jogos no estilo metroidvania para o Nintendo Switch:

55 – Worldless

Worldless é um daqueles jogos que te pega de surpresa e não te deixa mais largar o controle. Um Metroidvania que desafia as convenções do gênero ao trazer um estilo visual minimalista, mas ao mesmo tempo fascinante, e uma jogabilidade que mistura ação, exploração e combate de uma maneira única. Desde o momento que você inicia a jornada, fica claro que Worldless não é apenas mais um jogo de plataforma — ele é uma verdadeira obra de arte interativa, desenhada para te envolver completamente em um mundo misterioso e surreal.

O jogo te coloca em um universo abstrato, onde seres sem forma definida, entre o mundo físico e o espiritual, estão em busca de compreensão e transcendência. A estética etérea e os gráficos estilizados, com uso inteligente de luzes e sombras, fazem com que cada cenário pareça saído de uma pintura digital. Esse estilo artístico minimalista não só contribui para uma imersão total, mas também reforça a sensação de que você está em um lugar que transcende o tempo e o espaço. A trilha sonora atmosférica complementa perfeitamente o visual, criando uma experiência sensorial única enquanto você avança por áreas que parecem desafiadoramente desconhecidas, mas ao mesmo tempo te chamam para desbravá-las.

A jogabilidade de Worldless é onde o jogo realmente brilha. Como qualquer bom Metroidvania, a exploração é o coração da experiência. O mapa é vasto e cheio de segredos ocultos, mas o que torna Worldless especial é o modo como ele te recompensa pela curiosidade. Não existem caminhos lineares aqui — cada área oferece diferentes rotas para descobrir, habilidades para desbloquear e puzzles que desafiam sua mente tanto quanto o combate testa seus reflexos. A progressão é orgânica e, à medida que você vai evoluindo, novas camadas do mundo se revelam, incentivando aquele sentimento irresistível de “só mais uma área”.

Mas o que diferencia Worldless de outros Metroidvanias é a maneira como o combate é integrado ao jogo. Em vez de ser puramente focado em reflexos rápidos, o sistema de batalha mistura elementos de turn-based com ação em tempo real, criando uma dinâmica única. Cada luta é como um quebra-cabeça estratégico, onde não basta apenas apertar botões — é preciso pensar nas suas ações, prever os movimentos do inimigo e utilizar suas habilidades de forma inteligente. As animações fluídas e os efeitos visuais durante o combate tornam cada batalha um espetáculo, e quando você derrota um inimigo mais poderoso, a sensação de conquista é imensa. Além disso, conforme você avança, seu personagem vai ganhando novas habilidades que não só te ajudam a superar desafios no combate, mas também permitem explorar áreas que antes eram inacessíveis, dando aquele gostinho de descoberta que os fãs de Metroidvania adoram.

Outro ponto alto de Worldless é a sua narrativa enigmática. Em vez de entregar a história de maneira óbvia, o jogo prefere deixar que o jogador descubra os detalhes por conta própria, através da exploração do mundo e da interação com os elementos visuais e sonoros. É uma história contada mais por meio da atmosfera do que por diálogos ou textos extensos, o que te faz sentir como se estivesse desvendando um mistério a cada passo. Esse tipo de narrativa silenciosa, quase introspectiva, não só te mantém engajado, mas também instiga a curiosidade, tornando cada avanço no jogo uma pequena vitória pessoal.

O design de níveis é outro aspecto que merece destaque. Em Worldless, cada área parece ter sido projetada com um propósito claro, desde os desafios de plataformas até os inimigos colocados estrategicamente para testar suas habilidades. Há uma fluidez na transição entre diferentes partes do mapa, o que faz com que a exploração nunca pareça repetitiva ou cansativa. Além disso, o jogo sabe dosar muito bem os momentos de tensão com os de tranquilidade, alternando entre sequências de combate intensas e momentos de pura exploração contemplativa, onde você pode simplesmente absorver a beleza e o mistério do mundo ao seu redor.

A sensação de imersão em Worldless é tão profunda que você mal percebe o tempo passar enquanto joga. Cada novo poder desbloqueado, cada nova área descoberta, cada novo inimigo derrotado — tudo contribui para aquela vontade de continuar, de ver o que mais o jogo tem a oferecer. E mesmo quando você acha que já viu tudo, o jogo te surpreende com mais algum segredo ou desafio, provando que sempre há mais a descobrir nesse mundo sem limites.

Worldless é um daqueles jogos que não só respeita as tradições do gênero Metroidvania, mas também ousa levar a fórmula a novos horizontes. Com sua jogabilidade envolvente, visual hipnotizante e uma narrativa que instiga a curiosidade, ele se destaca como uma experiência inesquecível no Nintendo Switch. Para quem busca algo que vá além do convencional e ofereça uma aventura cheia de surpresas e momentos épicos, Worldless é, sem dúvida, uma escolha obrigatória. Uma verdadeira obra-prima que, assim como seu nome sugere, transcende os limites do que conhecemos e nos convida a explorar o desconhecido com entusiasmo e admiração.

54 – 9 Years of Shadows

9 Years of Shadows é o tipo de jogo que te envolve desde o primeiro momento e não te deixa mais soltar o controle. Ele te coloca em um mundo sombrio e repleto de mistérios, onde a escuridão praticamente engoliu toda a esperança, e é exatamente aí que você entra. O jogo é um Metroidvania clássico, mas com uma abordagem moderna e cheia de personalidade. Desde os gráficos lindamente desenhados até o sistema de combate ágil e intuitivo, ele se destaca como uma experiência memorável no Nintendo Switch. A sensação de explorar cada canto desse mundo devastado, desbloquear novas habilidades e superar inimigos desafiadores te faz sentir como um verdadeiro herói em uma jornada épica de redenção.

Você joga na pele de Europa, uma heroína movida pela vingança e pela necessidade de restaurar a luz em um mundo consumido pelas trevas. A história, embora simples em sua premissa, ganha força na medida em que você avança, descobrindo segredos e enfrentando desafios cada vez maiores. Mas não é apenas a narrativa que te mantém imerso — o verdadeiro destaque de 9 Years of Shadows está na jogabilidade, que é pura adrenalina. A movimentação fluida, o combate dinâmico e as habilidades que você adquire ao longo da jornada fazem com que cada nova área explorada seja uma experiência recompensadora.

O jogo se desenrola em um vasto mapa interconectado, repleto de segredos, passagens escondidas e áreas que só podem ser acessadas após adquirir novas habilidades. É aquele tipo de Metroidvania que recompensa a exploração, incentivando o jogador a voltar para áreas anteriores com novos poderes, abrindo caminhos que antes pareciam intransponíveis. Esse ciclo constante de exploração e descoberta é o que torna 9 Years of Shadows tão viciante. A cada nova habilidade desbloqueada, a sensação de progresso é palpável, e a curiosidade de saber o que mais o jogo tem a oferecer só aumenta.

Os cenários são um show à parte. Cada área do mapa tem uma identidade visual própria, com ambientes que vão desde castelos góticos até florestas misteriosas e cavernas sinistras. A paleta de cores muda drasticamente conforme você avança, passando de tons sombrios para paisagens vibrantes à medida que a luz vai sendo restaurada no mundo. E não é apenas visualmente que o jogo impressiona — a trilha sonora também é um dos pontos altos, com músicas orquestradas que elevam a atmosfera do jogo a um novo patamar. Cada nota parece cuidadosamente posicionada para intensificar o clima de cada área, tornando a experiência ainda mais imersiva.

Mas não pense que 9 Years of Shadows é apenas sobre exploração e cenários bonitos. O combate é outro aspecto que brilha no jogo. Você vai enfrentar hordas de inimigos, cada um com padrões de ataque únicos que exigem agilidade e estratégia para serem derrotados. O jogo não facilita, e isso é um dos seus grandes atrativos. Os chefes, em particular, são lutas épicas, com designs impressionantes e mecânicas de combate que testam todas as habilidades que você acumulou até aquele ponto. Derrotar um desses chefes não é só gratificante — é a prova de que você dominou o jogo, e a sensação de vitória é indescritível.

O sistema de upgrades também é muito bem implementado. Ao derrotar inimigos e explorar o mundo, você coleta recursos que podem ser usados para melhorar suas habilidades e armas. Essa progressão é essencial para enfrentar os desafios cada vez mais difíceis, e o jogo faz um ótimo trabalho em equilibrar a curva de dificuldade. À medida que você se torna mais forte, os inimigos também se tornam mais desafiadores, garantindo que o jogo nunca se torne repetitivo ou fácil demais. Essa sensação constante de evolução é o que mantém o jogador engajado do começo ao fim.

Outra característica que faz de 9 Years of Shadows uma experiência única é a maneira como ele mistura diferentes estilos de gameplay. Embora seja, em sua essência, um Metroidvania, o jogo traz elementos de RPG, como a personalização de habilidades e equipamentos, e até mesmo momentos que lembram os melhores jogos de ação e plataforma. Essa fusão de estilos mantém o jogo fresco e emocionante, mesmo após horas de jogatina.

Além disso, o jogo tem uma profundidade emocional que surpreende. À medida que você avança e conhece mais sobre a história de Europa, fica claro que sua jornada não é apenas sobre salvar o mundo, mas também sobre enfrentar seus próprios demônios internos. A narrativa consegue equilibrar momentos de ação intensa com momentos de introspecção, criando uma experiência que vai além do simples combate. Essa dualidade entre luz e sombra, tanto no enredo quanto no design visual, é o que torna o jogo tão cativante.

E falando em luz e sombra, uma das mecânicas mais interessantes de 9 Years of Shadows é a maneira como você utiliza essas forças durante o jogo. Europa não apenas luta contra a escuridão externa, mas também precisa aprender a canalizar a luz para superar obstáculos e resolver puzzles. Esses momentos de quebra-cabeças são bem integrados à jogabilidade, proporcionando uma pausa na ação frenética e permitindo que o jogador use sua inteligência para progredir.

O ritmo do jogo é impecável. Ele sabe exatamente quando te desafiar com combates intensos e quando te dar um momento de respiro para explorar ou apreciar os detalhes do cenário. Essa variação mantém a experiência sempre envolvente, sem nunca se tornar monótona. E mesmo quando você acha que já viu de tudo, o jogo consegue surpreender com novas mecânicas, inimigos ou áreas para explorar.

No geral, 9 Years of Shadows é uma verdadeira obra-prima do gênero Metroidvania. Ele consegue equilibrar perfeitamente a exploração, o combate e a narrativa, criando uma experiência que vai deixar qualquer fã do gênero totalmente imerso. Com gráficos deslumbrantes, uma trilha sonora épica e uma jogabilidade que mistura estratégia e ação de forma fluida, ele é o tipo de jogo que você simplesmente não quer largar até ver tudo o que ele tem a oferecer. E quando os créditos finais rolam na tela, a sensação de satisfação é imensa, mas com aquele toque de “quero mais”. Se você está procurando uma aventura intensa, desafiadora e visualmente impressionante, 9 Years of Shadows é, sem dúvida, uma escolha imperdível no Nintendo Switch.

53 – Rusted Moss

Rusted Moss é aquele tipo de jogo que te surpreende do começo ao fim, e é perfeito para quem curte desafios, exploração e uma pegada bem intensa no estilo Metroidvania. Ele te joga em um mundo pós-apocalíptico, dominado por uma natureza enferrujada e criaturas bizarras, enquanto você assume o controle de uma protagonista poderosa, mas que precisa evoluir constantemente para sobreviver nesse ambiente hostil. O game, além de ser visualmente deslumbrante, carrega um ritmo frenético e te mantém preso à tela enquanto você tenta desvendar os segredos desse mundo estranho e decadente.

Logo de cara, Rusted Moss te deixa imerso em um universo que mistura tecnologia e magia de uma maneira sombria e fascinante. A estética única do jogo, com ambientes detalhados e cheios de texturas enferrujadas, dá uma sensação de abandono, como se o mundo tivesse sido tomado por uma força maior que tudo destruiu, mas ao mesmo tempo permite o crescimento de uma nova vida. Essa dualidade entre destruição e renascimento permeia o jogo inteiro, tanto visualmente quanto na jogabilidade, onde você constantemente enfrenta os restos do passado enquanto descobre novas formas de sobreviver nesse futuro distópico.

A jogabilidade é, sem dúvida, um dos pontos altos de Rusted Moss. Ele traz toda aquela vibe clássica de um Metroidvania, com mapas gigantescos e interconectados, mas adiciona um toque bem diferenciado: um sistema de movimento dinâmico que te permite explorar o mundo com mais liberdade. Utilizando um gancho que lembra mecânicas de jogos de plataforma, você pode se balançar pelos cenários com uma fluidez incrível. Esse sistema de física bem construído te dá total controle dos seus movimentos, o que é crucial tanto para evitar armadilhas mortais quanto para alcançar áreas secretas que estão fora do seu alcance no início do jogo. Cada novo poder adquirido te transforma em uma máquina de movimentação ágil, e você vai se pegando cada vez mais ousado ao explorar o ambiente ao seu redor.

O combate em Rusted Moss é desafiador e brutal, do jeito que os fãs de jogos no estilo adoram. Você enfrenta uma variedade de inimigos que exigem atenção constante e estratégia, e os chefes, em particular, são um espetáculo à parte. Cada batalha de chefe é única, com padrões de ataque imprevisíveis e visuais arrebatadores. A sensação de derrota quando você é esmagado por um desses inimigos poderosos só é superada pela euforia de finalmente superá-los após várias tentativas. E é isso que torna o jogo tão viciante — ele te pune, mas ao mesmo tempo te recompensa com uma sensação de realização incomparável quando você finalmente domina os combates.

Outro ponto que chama muito a atenção em Rusted Moss é a forma como ele mistura elementos de RPG à progressão do personagem. Conforme você avança, é possível aprimorar suas habilidades e personalizar seu estilo de combate, permitindo uma adaptação constante ao estilo de jogo que você prefere. Se você gosta de ser mais ágil e esquivar dos ataques dos inimigos, você pode focar em habilidades que aumentam sua mobilidade. Se prefere um estilo mais ofensivo, é possível desbloquear melhorias que transformam suas armas em verdadeiras máquinas de destruição. Essa flexibilidade garante que cada jogador tenha uma experiência única, tornando o game altamente rejogável, já que você pode testar diferentes builds e abordagens.

Mas não é só de combates e habilidades que vive Rusted Moss. A exploração é um dos aspectos mais gratificantes do jogo. O mapa é gigantesco e recheado de segredos esperando para serem descobertos. Desde áreas ocultas que só podem ser acessadas com novas habilidades até itens colecionáveis que estão escondidos em cantos obscuros, há sempre algo novo para encontrar. Esse senso de progressão constante é o que te mantém avançando, com aquela sensação maravilhosa de estar sempre descobrindo algo novo. Além disso, o jogo faz um trabalho incrível em te guiar de forma sutil, sem segurar a sua mão. Ele te encoraja a experimentar, a tentar coisas novas e a explorar cada cantinho, recompensando sua curiosidade com novos segredos e upgrades que te ajudam a se tornar mais poderoso.

A narrativa de Rusted Moss é envolvente e misteriosa, tecendo uma história de decadência e esperança em meio a um mundo devastado. O enredo não é entregue de maneira óbvia; ele é fragmentado, como se estivesse escondido nos detalhes do mundo que você explora. Personagens misteriosos aparecem, cada um com suas próprias motivações e segredos, e cabe a você juntar as peças da história enquanto avança. Essa abordagem faz com que o jogador se sinta parte ativa da narrativa, como se estivesse realmente descobrindo os segredos desse universo em ruínas. Cada descoberta, cada pequena revelação sobre o que aconteceu com o mundo, aumenta ainda mais sua imersão no jogo.

Os visuais são simplesmente deslumbrantes. Com uma estética pixel art detalhada e cheia de personalidade, Rusted Moss entrega ambientes ricos em detalhes e atmosferas distintas. Desde vastas áreas industriais cobertas por musgo e ferrugem até paisagens naturais estranhas e belas, cada cenário é uma obra de arte por si só. E o melhor de tudo é como o design visual trabalha junto com a jogabilidade, oferecendo pistas sutis sobre onde ir e o que fazer sem precisar de tutoriais óbvios ou setas de navegação. A trilha sonora também merece destaque, com uma mistura de músicas eletrônicas e atmosferas mais sombrias, que complementam perfeitamente a ambientação do jogo.

Outro aspecto interessante de Rusted Moss é o equilíbrio perfeito entre momentos de pura adrenalina e momentos de reflexão e exploração. O jogo sabe dosar bem as cenas de ação com pausas estratégicas, onde você pode respirar e explorar com calma, apreciando os detalhes do ambiente e descobrindo novos caminhos. Esse ritmo dinâmico mantém a experiência fresca e envolvente, sem cair na repetição. Cada vez que você volta para uma área que já explorou, sempre há algo novo para encontrar, seja um caminho que antes estava bloqueado ou um novo segredo que você só consegue acessar com uma habilidade recém-desbloqueada.

No geral, Rusted Moss é uma experiência imperdível para qualquer fã de Metroidvania. Ele pega tudo o que amamos no gênero — exploração, combate desafiador, upgrades constantes — e eleva a outro nível com sua jogabilidade fluida, história intrigante e visuais de cair o queixo. Se você está procurando um jogo que vai te manter vidrado por horas a fio, desafiando sua habilidade e te recompensando com descobertas constantes, esse é o jogo ideal. Prepare-se para mergulhar em um mundo desolado, mas cheio de vida e segredos, onde cada batalha e cada nova área explorada te aproxima mais do domínio total sobre esse universo fantástico. Rusted Moss é, sem dúvida, uma joia brilhante no catálogo do Nintendo Switch, um título que merece estar no topo da sua lista de prioridades se você ama exploração e desafios intensos.

52 – Pronty

Pronty é um daqueles jogos que te puxam para uma aventura inesperada e incrivelmente imersiva no universo dos Metroidvanias, mas com um toque completamente diferente: um mundo subaquático repleto de mistérios, criaturas bizarras e uma atmosfera única. No momento em que você assume o controle de Pronty, um guerreiro aquático biomecânico, você já percebe que essa não será uma jornada comum. O jogo te transporta para um oceano pós-apocalíptico, onde a humanidade está quase extinta e criaturas marinhas monstruosas dominam as profundezas. A missão? Proteger o que resta da civilização e enfrentar ameaças submersas que só você pode parar.

O ponto de partida já te coloca no clima de tensão e exploração, e o cenário subaquático dá ao jogo uma pegada completamente diferente do que estamos acostumados a ver no gênero Metroidvania. Mergulhar em ambientes amplos e misteriosos, cercado por ruínas de uma civilização submersa, enquanto nada entre corais brilhantes e paisagens aquáticas deslumbrantes, cria uma imersão única. Cada nova área explorada parece parte de um oceano alienígena, com paisagens de tirar o fôlego e criaturas que variam entre o fascinante e o assustador. É um jogo que combina perfeitamente a beleza do mundo marinho com o perigo que se esconde em cada canto.

Uma das coisas mais empolgantes de Pronty é como ele subverte as expectativas com a jogabilidade. Em vez do típico combate corpo a corpo, aqui você controla Pronty com a ajuda de uma arma viva chamada Bront, uma espécie de peixe robótico que funciona como uma lança ou projétil guiado. Essa mecânica é extremamente divertida e adiciona uma camada estratégica aos combates, já que você pode controlar a direção do ataque enquanto movimenta Pronty de forma independente. Isso permite que você seja mais tático, especialmente quando enfrenta hordas de inimigos ou chefes gigantescos. E que chefes! As batalhas contra essas criaturas são intensas, desafiadoras e incrivelmente recompensadoras. Cada chefe é uma verdadeira obra de arte, com designs únicos e padrões de ataque que exigem atenção total e habilidade para serem derrotados. Derrotar um deles não só traz uma sensação de vitória, mas também a recompensa de desbloquear novas áreas ou habilidades.

Falando em habilidades, a progressão em Pronty é outro aspecto que o torna um dos melhores Metroidvanias para o Nintendo Switch. À medida que você avança, Pronty adquire novos poderes que não apenas tornam o combate mais dinâmico, mas também permitem acessar áreas antes inexploráveis. É aquela clássica mecânica de Metroidvania que adoramos: voltar a áreas antigas com novas habilidades e descobrir segredos que estavam bem debaixo do seu nariz o tempo todo. Isso mantém o jogo fresco e instiga a curiosidade do jogador, sempre te incentivando a explorar mais e mais. E as recompensas por essa exploração são incríveis — desde power-ups que melhoram seus status até novos equipamentos que mudam completamente a forma como você joga.

Os controles subaquáticos também são um destaque. Diferente de outros jogos que se passam na água e muitas vezes tornam o movimento lento ou desajeitado, Pronty é incrivelmente fluido. A movimentação é rápida e precisa, o que torna a exploração submersa uma verdadeira delícia. Você pode nadar para todos os lados com agilidade, o que é crucial tanto para evitar inimigos quanto para resolver os puzzles do jogo. E sim, há muitos puzzles! Eles são bem integrados à exploração e ao combate, exigindo que você pense fora da caixa para progredir. Esses desafios fazem com que o jogador use as habilidades adquiridas de maneira criativa, criando momentos de satisfação quando finalmente resolve um quebra-cabeça particularmente difícil.

Outro ponto alto de Pronty é a estética visual. O design gráfico é simplesmente espetacular, com uma arte desenhada à mão que faz cada canto do jogo parecer uma pintura em movimento. Os cenários subaquáticos são detalhados e cheios de vida, desde os restos de cidades afundadas até os recifes coloridos que escondem inimigos e segredos. A paleta de cores é vibrante, mas ao mesmo tempo sombria o suficiente para refletir o estado decadente do mundo que você está tentando salvar. Tudo isso é complementado por uma trilha sonora atmosférica que vai te levar diretamente para o fundo do oceano. As músicas são suaves, mas ganham intensidade nos momentos certos, especialmente durante as batalhas contra os chefes, fazendo com que cada confronto pareça ainda mais épico.

A narrativa de Pronty também merece destaque. Embora o jogo não force a história de maneira expositiva, ela está presente em cada pedaço do cenário e nas interações que você tem com o mundo. Há uma profundidade emocional subjacente à jornada de Pronty, que envolve a preservação de um mundo quase destruído pela humanidade. Esse aspecto ecológico da narrativa se reflete tanto nos inimigos que você enfrenta quanto nos ambientes que explora, criando uma crítica sutil, mas poderosa, ao impacto da humanidade no meio ambiente. É um jogo que, de maneira inteligente, conecta sua jogabilidade ao seu enredo, fazendo você se sentir parte de algo maior enquanto explora as profundezas oceânicas.

Pronty não só oferece um desafio à altura dos jogadores mais experientes em Metroidvania, como também é acessível o suficiente para aqueles que estão descobrindo o gênero. O nível de dificuldade é balanceado de forma a ser desafiador, mas justo. Cada derrota ensina uma lição, seja sobre como usar melhor suas habilidades ou sobre como abordar um determinado inimigo. E isso faz com que o jogo nunca se torne frustrante — você sempre sente que pode melhorar e superar o obstáculo que está à sua frente. E quando finalmente o faz, a recompensa é ainda mais doce.

Em resumo, Pronty é uma adição imperdível ao catálogo do Nintendo Switch, especialmente para os fãs de Metroidvania. Ele pega todos os elementos que amamos no gênero — exploração, combate, progressão e puzzles — e adiciona uma camada única com seu mundo subaquático, mecânicas de combate inovadoras e uma estética visual deslumbrante. É um jogo que vai te prender do começo ao fim, te desafiando constantemente e te recompensando com descobertas incríveis e momentos de pura adrenalina. Se você está procurando uma nova aventura que combina o melhor do gênero com um cenário nunca antes explorado dessa forma, Pronty é a escolha perfeita. Prepare-se para mergulhar de cabeça em um mundo cheio de mistérios e desafios, e descubra por que esse jogo se destaca como uma das melhores experiências Metroidvania no Nintendo Switch.

51 – Bō: Path of the Teal Lotus

Bō: Path of the Teal Lotus é aquele tipo de jogo que parece ter saído diretamente de um sonho. Um Metroidvania que combina de maneira magistral uma estética encantadora, influências da mitologia japonesa e uma jogabilidade que é ao mesmo tempo desafiadora e imersiva. Desde o momento em que você coloca os olhos no jogo, fica claro que essa é uma experiência única, que te transporta para um mundo de fantasia cheio de cores vibrantes, criaturas místicas e paisagens deslumbrantes, enquanto você assume o controle de Bo, um pequeno ser determinado a desvendar os mistérios que o cercam.

Uma das primeiras coisas que impressionam em Bo: Path of the Teal Lotus é o visual. Cada cenário parece pintado à mão, como se você estivesse explorando uma obra de arte viva. A paleta de cores é suave e cheia de tons pastéis, o que dá ao jogo uma vibe meio onírica, e os detalhes inspirados na cultura japonesa, desde templos antigos até criaturas mitológicas, fazem com que você se sinta dentro de uma lenda. É um jogo que brilha em todos os sentidos visuais, e cada nova área que você explora traz um nível de beleza que vai te deixar de boca aberta. É impossível não ficar impressionado com o nível de dedicação colocado nos visuais, que são tão envolventes quanto a própria jogabilidade.

Mas Bo: Path of the Teal Lotus não é só um jogo bonito, ele entrega uma jogabilidade de primeira, digna dos melhores Metroidvanias. A movimentação é fluida e precisa, com Bo se movendo de forma ágil pelos ambientes, o que é essencial, já que o jogo exige habilidade e controle total nos desafios de plataforma e nas batalhas. A mecânica de combate é focada em ataques rápidos e evasões precisas, criando um sistema de luta que é ao mesmo tempo simples de aprender, mas difícil de dominar. E não se engane pelo visual adorável do jogo: ele vai te desafiar a cada passo. Desde as criaturas menores que surgem no seu caminho até os chefes imponentes, você precisará de reflexos rápidos e uma boa estratégia para sobreviver.

E falando nos chefes, eles são uma atração à parte. Cada um deles é uma criatura inspirada no folclore japonês, e as lutas são verdadeiros espetáculos visuais e de design. Com padrões de ataque variados e visuais gigantescos, essas batalhas são desafiadoras e, ao mesmo tempo, extremamente gratificantes. A sensação de derrotar um desses inimigos colossais depois de vários minutos de pura adrenalina é uma das melhores partes do jogo. É o tipo de desafio que te mantém focado, faz você repensar sua estratégia a cada tentativa e, quando finalmente consegue vencer, te dá uma sensação de vitória imensa.

Além das batalhas, Bō: Path of the Teal Lotus se destaca pela exploração. O jogo traz aquele típico mapa interconectado dos Metroidvanias, onde você vai adquirindo novas habilidades que te permitem acessar áreas antes inexploráveis. E a sensação de progresso é constante. Cada habilidade nova que Bo ganha não só te ajuda a vencer inimigos mais poderosos, mas também a alcançar lugares antes inacessíveis, o que te faz voltar para áreas antigas para descobrir segredos que você não tinha notado antes. É aquele ciclo clássico que todo fã do gênero adora: a sensação de desbloquear o desconhecido, descobrir novos caminhos e, claro, ser recompensado com itens e upgrades que tornam sua jornada ainda mais empolgante.

Uma das coisas mais legais em Bō: Path of the Teal Lotus é como o jogo mistura ação com momentos de pura contemplação. Há momentos em que você está no meio de uma luta frenética contra uma horda de inimigos, mas também há aqueles momentos mais tranquilos, onde você simplesmente explora um cenário lindíssimo, resolve puzzles que te fazem pensar e absorve a atmosfera única do jogo. E esses momentos de calma são tão importantes quanto os de ação, porque eles te dão a oportunidade de se conectar mais com o mundo que o jogo constrói ao seu redor. A trilha sonora, suave e melódica, acompanha perfeitamente esses momentos, criando uma imersão que é difícil de descrever, mas fácil de sentir.

A narrativa de Bo: Path of the Teal Lotus é outra camada que adiciona profundidade ao jogo. Embora o enredo não seja entregue de forma direta, ele está sempre presente nos detalhes do ambiente e nos personagens que você encontra pelo caminho. A jornada de Bo é ao mesmo tempo uma busca pessoal e uma aventura épica, e você sente o peso disso conforme avança. Os temas de redenção, coragem e autodescoberta estão presentes em cada pedaço da história, e o jogo faz um excelente trabalho em te envolver emocionalmente sem precisar ser excessivamente expositivo. É o tipo de narrativa que te faz refletir enquanto você joga, criando uma conexão ainda mais forte com o personagem e o mundo ao seu redor.

E claro, nenhum Metroidvania estaria completo sem uma boa dose de upgrades e customizações, e Bo: Path of the Teal Lotus entrega isso com maestria. Conforme você avança, vai desbloqueando novos poderes e habilidades que te tornam mais forte e mais ágil, mas o mais interessante é como essas habilidades se integram à jogabilidade de forma natural. Não são apenas movimentos extras que você usa esporadicamente; cada nova habilidade é essencial para o seu progresso, tanto no combate quanto na exploração. E isso faz com que cada novo upgrade tenha um peso real na sua experiência, transformando Bo em uma verdadeira força a ser reconhecida.

O ritmo do jogo também é algo digno de nota. Bo: Path of the Teal Lotus sabe exatamente quando te desafiar e quando te dar um momento de respiro. Os picos de dificuldade são bem balanceados, e o jogo nunca se torna frustrante. Mesmo nos momentos mais desafiadores, você sente que sempre há uma maneira de superar os obstáculos, e isso mantém a motivação lá no alto. Além disso, o design de níveis é impecável, com uma progressão suave que vai te levando naturalmente de uma área para outra, enquanto você desbloqueia atalhos, descobre segredos e enfrenta novos desafios. É uma experiência fluida e bem pensada, que nunca te deixa perder o ritmo ou o interesse.

No geral, Bō: Path of the Teal Lotus é uma joia rara no catálogo do Nintendo Switch, especialmente para quem ama Metroidvanias. Ele pega tudo o que há de melhor no gênero — exploração, combate, progressão e desafios de plataforma — e adiciona um toque único com sua estética inspirada na cultura japonesa e sua jogabilidade refinada. Cada aspecto do jogo é cuidadosamente elaborado para criar uma experiência imersiva e desafiadora, mas ao mesmo tempo acessível para jogadores de todos os níveis. Se você está procurando por um jogo que vai te desafiar, te emocionar e te deixar boquiaberto com sua beleza, esse é o jogo certo. Prepare-se para embarcar em uma aventura épica e inesquecível no mundo encantado de Bo, e descubra por que esse jogo já está conquistando seu espaço entre os melhores Metroidvanias do Nintendo Switch.

50 – Narita Boy

Narita Boy é uma verdadeira explosão retrô de nostalgia e originalidade, e isso fica claro logo nos primeiros minutos de jogo. Desde o momento em que você inicia essa jornada, você é mergulhado em um mundo digital cheio de vibrações dos anos 80, com um visual neon espetacular que parece ter saído direto de um sonho pixelado. Mas o que torna essa experiência ainda mais especial é como o jogo combina uma estética old-school com uma jogabilidade moderna e cheia de fluidez. Você é Narita Boy, um herói lendário de um mundo virtual chamado Digital Kingdom, e sua missão é salvar esse universo cibernético de uma ameaça sombria conhecida como HIM.

O enredo é simplesmente cativante e te prende desde o início. A história é cheia de referências tecnológicas e culturais dos anos 80, mas ao mesmo tempo constrói um universo próprio, único e incrivelmente envolvente. O jogo consegue misturar de forma inteligente conceitos de ficção científica com toques de fantasia e elementos mitológicos, criando uma trama que te faz querer desvendar cada detalhe. No controle de Narita Boy, você empunha a mítica Techno-Sword, uma arma lendária capaz de canalizar poderes digitais devastadores. E é com essa espada que você parte em uma jornada épica para restaurar as memórias perdidas do criador do mundo digital, que foram apagadas por HIM, uma entidade maléfica que busca controlar tudo.

A jogabilidade é onde Narita Boy realmente brilha. Ele combina combates intensos e ágeis com uma exploração profunda, como todo bom Metroidvania deve ser. Cada luta é um espetáculo visual, com você desferindo golpes rápidos e precisos, enquanto tenta esquivar dos ataques inimigos com reflexos rápidos. A Techno-Sword não é apenas uma arma comum, ela tem poderes incríveis que podem ser desbloqueados ao longo do jogo, o que torna o combate cada vez mais dinâmico e estratégico. Além disso, você também tem a capacidade de disparar raios de energia e usar habilidades especiais que tornam cada confronto uma verdadeira dança de neon e explosões. As batalhas contra chefes são especialmente desafiadoras e inesquecíveis, cada uma com seu próprio conjunto de padrões e estratégias, exigindo que você se adapte rapidamente e use tudo o que aprendeu até o momento.

Mas o jogo não é só ação frenética. A exploração também é um dos pilares da experiência, e o Digital Kingdom é um lugar vasto e cheio de segredos. O mapa é interconectado de uma forma que te convida a voltar para áreas já visitadas após adquirir novas habilidades, abrindo caminhos antes inacessíveis e revelando itens escondidos que te ajudam a ficar mais forte. Essa mecânica de exploração é parte essencial do gênero Metroidvania, e Narita Boy faz isso com maestria, oferecendo sempre aquela sensação de descoberta recompensadora que os fãs do gênero adoram. A cada nova habilidade ou poder desbloqueado, você sente que está ficando mais forte e mais preparado para os desafios que ainda estão por vir, e isso mantém a empolgação lá em cima durante toda a campanha.

Visualmente, o jogo é um verdadeiro espetáculo. Cada cenário parece uma obra de arte em movimento, com camadas de pixel art detalhadas e cores vibrantes que saltam na tela. O estilo visual é fortemente inspirado na estética dos anos 80, com tons neon, efeitos de glitch e paisagens que parecem saídas de um filme de ficção científica daquela época. A combinação de arte retrô com uma trilha sonora eletrônica futurista cria uma atmosfera envolvente e única, transportando o jogador para o mundo digital de uma forma imersiva como poucos jogos conseguem fazer. A trilha sonora merece um destaque especial: as batidas eletrônicas que acompanham sua jornada são absolutamente fantásticas, criando um ritmo pulsante que complementa perfeitamente a ação e a exploração. Em momentos de maior intensidade, a música acelera e te empolga ainda mais, enquanto nos momentos de exploração mais tranquila, ela cria um clima de mistério e descoberta.

A história de Narita Boy é contada de forma fragmentada, com pedaços de memórias e diálogos que revelam gradualmente os segredos do Digital Kingdom e de seus habitantes. Há uma carga emocional inesperada conforme você explora as memórias do criador e descobre mais sobre sua vida e os eventos que levaram à criação desse mundo virtual. Esses momentos introspectivos dão profundidade à narrativa, fazendo com que você se conecte não só com o protagonista, mas também com o criador e os personagens que encontra ao longo da jornada. O jogo consegue equilibrar momentos de ação frenética com uma história tocante e cheia de simbolismos, criando uma experiência rica e emocionalmente envolvente.

Outro ponto de destaque em Narita Boy é a criatividade no design dos inimigos e chefes. Cada um deles é único, com visuais bizarros e futuristas, como se fossem criaturas nascidas do caos digital. Alguns são monstruosidades imponentes que parecem querer devorar o mundo digital, enquanto outros são mais ágeis e astutos, te desafiando de maneiras inesperadas. E os chefes, claro, são o ápice desses encontros. Cada chefe traz não só uma ameaça física, mas também um desafio intelectual, onde você precisa estudar seus padrões de ataque, entender suas fraquezas e reagir rapidamente. A sensação de vencer esses chefes após várias tentativas é indescritível — uma mistura de alívio e empolgação que só os grandes jogos conseguem proporcionar.

Embora o combate e a exploração sejam os pilares da jogabilidade, Narita Boy também se destaca pelos quebra-cabeças inteligentes que você encontra ao longo do caminho. Muitos desses desafios estão diretamente ligados à narrativa e ao universo do jogo, exigindo que você pense fora da caixa e use suas habilidades de maneira criativa para avançar. Esses momentos de resolução de puzzles quebram o ritmo frenético das lutas e adicionam uma camada extra de profundidade ao jogo, oferecendo uma pausa para reflexão e estratégia.

Com uma ótima mistura de exploração, combate frenético, narrativa profunda e trilha sonora envolvente, Narita Boy cria uma experiência completa e satisfatória, que vai te manter vidrado do começo ao fim. Se você é fã de Metroidvanias, ou simplesmente ama jogos que oferecem algo único e emocionante, este é um título que você não pode deixar passar.

49 – Animal Well

Animal Well é o tipo de jogo que te pega de surpresa e te leva para uma jornada inesperada por um mundo cheio de mistérios, enigmas e uma atmosfera única. Ele é, sem dúvida, um dos Metroidvanias mais intrigantes e envolventes que você encontrará no Nintendo Switch. Desde o momento em que você entra nesse mundo pixelado e sombrio, você sente que há algo especial ali. O jogo te coloca em um ambiente estranho e isolado, onde cada canto parece esconder um segredo, e a sensação de solidão e descoberta é quase palpável.

O que mais chama a atenção em Animal Well é como ele consegue ser simples e profundo ao mesmo tempo. Você começa sem saber quase nada sobre o mundo em que está, sem explicações óbvias ou tutoriais longos. A beleza do jogo está justamente em te deixar descobrir tudo por conta própria. Esse mistério constante mantém o jogador sempre curioso e atento a cada detalhe, buscando entender como tudo funciona e o que exatamente está acontecendo. Cada nova área que você explora é um quebra-cabeça em si, com enigmas sutis que te fazem parar e pensar. O jogo recompensa aqueles que são observadores e que têm paciência para experimentar e descobrir as suas próprias respostas.

Visualmente, o jogo pode parecer simples à primeira vista, mas não se engane: Animal Well é uma verdadeira obra-prima de pixel art. As animações fluidas e os detalhes minuciosos nos ambientes fazem com que o jogo tenha uma beleza única. O uso de iluminação e sombras no cenário é brilhante, literalmente. Você vai notar como a luz é usada de maneira criativa para esconder e revelar passagens, segredos e até perigos. Essa mecânica de iluminação não só dá profundidade ao mundo, mas também cria uma tensão constante, já que muitas vezes você não sabe o que está à espreita nas sombras ou em cantos que parecem inofensivos. Isso adiciona uma camada de suspense e te deixa com aquela sensação de estar sendo observado, mesmo quando você está sozinho.

O design de som em Animal Well é outro aspecto que não pode passar despercebido. O jogo quase não tem uma trilha sonora constante; em vez disso, utiliza sons ambiente e efeitos sonoros para criar uma atmosfera tensa e imersiva. Os barulhos de criaturas ao longe, o som de água pingando, o vento soprando pelas cavernas – tudo isso faz parte de uma construção de mundo que te coloca no centro da experiência. E quando a música finalmente entra, é de uma forma sutil e precisa, aumentando o impacto emocional de certos momentos e deixando o jogador completamente envolvido naquele mundo.

A jogabilidade, por sua vez, é uma mistura equilibrada de exploração e resolução de puzzles. Diferente de muitos jogos do gênero, Animal Well não foca tanto no combate. Em vez disso, a ênfase está na exploração inteligente e no uso criativo dos recursos que você encontra ao longo do caminho. Você terá que ser astuto para progredir, porque o jogo adora te desafiar de maneiras inesperadas. Cada nova habilidade que você adquire não é apenas um novo poder para enfrentar inimigos, mas uma ferramenta essencial para desvendar os segredos mais profundos desse mundo. Isso faz com que cada descoberta seja empolgante e recompensadora, criando aquela sensação deliciosa de “eureka!” que é o coração de todo bom Metroidvania.

Os inimigos que você encontra em Animal Well também são únicos, e o jogo faz um excelente trabalho em te surpreender com criaturas que, muitas vezes, são mais inteligentes do que parecem. Alguns deles não podem ser derrotados de maneira tradicional, o que te força a pensar fora da caixa e usar o ambiente ao seu favor para superá-los. E falando em ambiente, o jogo é cheio de áreas escondidas e passagens secretas que só podem ser acessadas depois que você adquire certas habilidades. Isso incentiva a exploração constante, e você se verá voltando para áreas antigas com uma nova perspectiva e um novo arsenal de habilidades para descobrir segredos que antes estavam fora de alcance.

Outro aspecto brilhante de Animal Well é como ele lida com a narrativa. O jogo não entrega sua história de forma óbvia ou direta. Em vez disso, ele a apresenta de forma fragmentada, por meio de pistas visuais, textos criptografados e interações com o ambiente. Isso cria um senso de mistério e te faz querer explorar cada canto para entender o que realmente está acontecendo naquele mundo. E acredite, há muito o que descobrir. O enredo está lá, mas cabe a você montá-lo peça por peça, como um quebra-cabeça gigante que vai se revelando aos poucos.

Apesar de ser um Metroidvania, Animal Well se destaca por não seguir todas as convenções do gênero de maneira estrita. Em vez de focar em combate frenético ou habilidades superpoderosas, o jogo opta por uma abordagem mais cerebral, onde a exploração e o uso criativo das mecânicas são mais importantes do que derrotar hordas de inimigos. Isso o diferencia de outros títulos do gênero e o torna uma experiência mais contemplativa, onde você realmente sente que está desbravando um mundo cheio de segredos esperando para serem descobertos.

Animal Well também é perfeito para aqueles que amam uma boa dose de desafio intelectual. Os quebra-cabeças no jogo não são fáceis, e muitos deles vão te fazer quebrar a cabeça por um bom tempo. Mas isso é justamente o que torna o jogo tão recompensador. Quando você finalmente resolve um enigma ou descobre uma nova área, a sensação de realização é incrível. E essa sensação se mantém ao longo de toda a jornada, porque o jogo nunca para de te surpreender com novas mecânicas e desafios.

O jogo consegue equilibrar perfeitamente momentos de tensão, exploração e descoberta, criando uma experiência que é tão instigante quanto bela. E a cereja no topo desse bolo pixelado é a forma como ele te faz sentir parte daquele mundo. Você não é apenas um personagem passando por um cenário – você é parte integral daquela história, e cada decisão, cada movimento, cada descoberta é fruto da sua própria curiosidade e inteligência.

Animal Well é, sem dúvida, uma joia rara no catálogo do Nintendo Switch, e um dos Metroidvanias mais intrigantes e inovadores que você vai encontrar. Ele pega tudo o que há de melhor no gênero – exploração, puzzles, atmosfera – e coloca seu próprio toque especial, criando uma experiência imersiva que vai te deixar vidrado do início ao fim. Se você é fã de jogos que desafiam sua mente e te recompensam com momentos de pura satisfação, esse é o título que você precisa experimentar. Prepare-se para mergulhar de cabeça nesse mundo misterioso e descobrir por que Animal Well já está sendo considerado um dos melhores Metroidvanias dos últimos tempos.

48 – Ghost Song

Ghost Song é uma daquelas experiências que te agarram logo nos primeiros minutos e não soltam mais. Ele te lança em um mundo misterioso e solitário, onde você controla uma personagem que acorda sem memória em um planeta desolado e coberto por uma atmosfera estranha e opressiva. Esse é o tipo de jogo que mistura elementos de exploração, combate desafiador e uma narrativa envolvente, e ele faz isso com uma maestria impressionante. Desde o momento em que você começa a jogar, é impossível não se sentir fascinado por aquele mundo sombrio e cheio de segredos.

O que mais impressiona em Ghost Song é o quanto ele consegue criar uma atmosfera rica e imersiva. Você está em um planeta alienígena, cercado por ruínas esquecidas, criaturas hostis e paisagens desoladas. O design do jogo consegue passar uma sensação constante de isolamento, como se você realmente estivesse explorando um lugar que há muito foi abandonado pelo tempo. Esse ambiente é complementado por uma trilha sonora minimalista e melancólica, que se encaixa perfeitamente com a ambientação, criando uma atmosfera de solidão e mistério. Cada passo que você dá é acompanhado por sons sutis do vento, dos ecos nas cavernas, e da vida alienígena ao redor, o que te deixa sempre em alerta, como se a qualquer momento algo pudesse sair das sombras.

A jogabilidade de Ghost Song é fluida e precisa, oferecendo um combate que mistura ação rápida com momentos de estratégia. Você conta com uma arma de fogo e ataques corpo a corpo, e o jogo faz questão de desafiar suas habilidades em ambas as frentes. Os inimigos são variados, e muitos deles exigem que você estude seus padrões de ataque para encontrar a melhor maneira de derrotá-los. O combate é satisfatório, e cada confronto deixa aquela sensação de recompensa quando você consegue derrotar um inimigo particularmente difícil. O controle da personagem é ágil, o que é essencial, já que o jogo exige que você tenha reflexos rápidos e saiba quando avançar ou se defender.

Mas não é só de combate que vive Ghost Song. A exploração é uma parte central da experiência, e o mundo em que você está é vasto e interconectado, típico de um bom Metroidvania. Existem várias áreas para descobrir, cada uma com sua própria estética, inimigos e segredos escondidos. O mapa é meticulosamente construído para te incentivar a revisitar lugares já explorados, especialmente quando você desbloqueia novas habilidades que te permitem acessar áreas antes inacessíveis. Esse ciclo de exploração, descoberta e desbloqueio de habilidades é o que mantém o jogo tão viciante. A cada nova habilidade que você encontra, o jogo abre mais possibilidades, e você sente uma sensação constante de progresso, o que é fundamental para manter a empolgação lá em cima.

E falando em habilidades, Ghost Song faz um trabalho brilhante em equilibrar a progressão do personagem. Ao longo do jogo, você desbloqueia novos poderes e melhorias, que não só tornam o combate mais interessante, mas também te ajudam a explorar melhor o ambiente. Seja um salto mais alto para alcançar plataformas distantes ou um novo tipo de ataque que te permite derrotar inimigos específicos, cada nova habilidade se encaixa de forma natural na jogabilidade, e você nunca sente que está recebendo algo desnecessário. Isso faz com que cada upgrade tenha um peso real, e a sensação de se tornar mais forte ao longo do tempo é uma das maiores recompensas do jogo.

A narrativa é outro ponto forte de Ghost Song. Apesar de não ser contada de forma tradicional, com diálogos extensos ou cutscenes longas, a história está presente em cada detalhe do mundo e nas interações que você tem com os poucos personagens que encontra pelo caminho. Esses encontros são raros, mas cada um deles traz mais contexto para o que está acontecendo naquele planeta desolado. Você começa a juntar as peças da história aos poucos, como um grande quebra-cabeça, e essa maneira fragmentada de contar a história te mantém sempre curioso para saber mais. A sensação de mistério é constante, e o jogo faz questão de nunca entregar todas as respostas de uma vez, o que aumenta ainda mais o interesse e a vontade de explorar cada canto do mapa em busca de pistas.

Os chefes de Ghost Song merecem um destaque especial. Cada um deles é um desafio único, com mecânicas específicas que exigem que você pense e se mova rápido. As lutas contra chefes são épicas, e o design desses inimigos é espetacular, com criaturas alienígenas gigantescas e bizarras que parecem ter saído direto de um pesadelo. Essas batalhas são momentos de pura adrenalina, e você vai precisar de todas as habilidades que aprendeu até aquele ponto para vencer. A sensação de derrota pode ser frustrante, mas a vitória, quando finalmente conquistada, é extremamente satisfatória, deixando claro que todo o esforço valeu a pena.

Visualmente, o jogo é uma obra de arte. O estilo pixelado é detalhado e belíssimo, com cenários que variam de cavernas escuras e misteriosas a paisagens alienígenas repletas de flora e fauna estranhas. Cada ambiente tem uma atmosfera própria, com paletas de cores que refletem perfeitamente o tom da área. Seja uma floresta alienígena luminosa ou uma base abandonada em ruínas, o design visual do jogo é um espetáculo à parte, e você vai querer explorar cada canto apenas para ver o que o próximo ambiente tem a oferecer.

Ghost Song também faz um ótimo trabalho em te deixar imerso no seu mundo sem depender de grandes exibições gráficas. A beleza do jogo está nos detalhes, na forma como as sombras se movem, como os inimigos surgem das profundezas e como cada nova área parece esconder um segredo esperando para ser descoberto. É um jogo que te faz querer parar e observar, que te convida a explorar cada recanto, a cada vez que você desbloqueia uma nova habilidade ou descobre um atalho.

No geral, Ghost Song é uma experiência completa e envolvente que captura tudo o que os fãs de Metroidvania adoram, mas com sua própria identidade única. Ele não tenta reinventar o gênero, mas sim aperfeiçoá-lo com uma atmosfera rica, uma história intrigante e uma jogabilidade que é ao mesmo tempo desafiadora e extremamente recompensadora. É o tipo de jogo que te prende do começo ao fim, sempre te deixando com aquela vontade de descobrir o que vem a seguir.

47 – Momodora: Reverie Under Moonlight

Momodora: Reverie Under Moonlight é um daqueles jogos que conseguem capturar sua atenção logo de cara com seu estilo visual deslumbrante e uma atmosfera sombria e misteriosa. Desde o momento em que você assume o controle de Kaho, uma sacerdotisa com a missão de salvar seu reino da escuridão, fica claro que esta não será apenas mais uma aventura no estilo Metroidvania — é uma experiência que vai te envolver emocionalmente, ao mesmo tempo em que te desafia com sua jogabilidade precisa e combate frenético. É um jogo que te transporta para um mundo repleto de segredos sombrios, batalhas intensas e uma estética pixel art tão bem trabalhada que cada cenário parece uma pintura viva, carregada de detalhes que te fazem querer explorar cada canto.

Logo no início, você percebe que há algo diferente em Momodora: Reverie Under Moonlight. A atmosfera é melancólica, quase triste, mas ao mesmo tempo te instiga a descobrir o que está acontecendo nesse mundo decadente. O design dos cenários é simplesmente incrível — uma mistura de florestas escuras, castelos imponentes e cavernas assombradas, tudo envolto em uma aura de mistério e perigo. Cada ambiente é meticulosamente detalhado, e o uso de sombras e iluminação cria um contraste poderoso que reforça a sensação de urgência e desolação da jornada de Kaho. E, claro, há aquela sensação constante de estar à beira do desconhecido, com cada nova área revelando mais sobre o passado sombrio daquele mundo.

A jogabilidade é um dos pontos mais fortes de Momodora. O combate é ágil, preciso e extremamente satisfatório. Você empunha uma folha encantada, que serve tanto para ataques corpo a corpo rápidos quanto para combates à distância, usando um arco e flecha. A combinação dessas mecânicas cria um sistema de combate fluido, onde cada batalha se torna uma dança entre esquivar e atacar, com uma curva de dificuldade que te desafia a melhorar constantemente. E o mais impressionante é como o jogo equilibra perfeitamente momentos de ação frenética com fases de exploração mais tranquilas, dando ao jogador tempo para respirar e refletir antes de mergulhar de novo na ação. A sensação de progressão é excelente — a cada chefe derrotado ou habilidade desbloqueada, você se sente mais poderoso, e isso é fundamental em um bom Metroidvania.

E por falar em chefes, prepare-se para enfrentar alguns dos inimigos mais desafiadores e visualmente impressionantes que você verá em um jogo indie. Cada chefe tem sua própria mecânica e padrões de ataque, exigindo que você use tudo o que aprendeu até aquele ponto. Esses combates não são apenas batalhas de força, mas sim testes de habilidade e paciência. Você vai se ver estudando os movimentos dos chefes, tentando descobrir a melhor maneira de derrotá-los, e a satisfação de vencer é imensa. É o tipo de jogo que te faz suar nas mãos enquanto luta contra essas criaturas gigantescas e aterrorizantes, mas que te dá aquela sensação de conquista inigualável quando finalmente as derruba.

Mas Momodora não é só combate e exploração. Há uma narrativa sutil e tocante que permeia o jogo, revelada aos poucos à medida que você avança. Não espere diálogos longos ou cenas cinematográficas — a história aqui é contada de maneira mais silenciosa, através de fragmentos de informações, encontros com personagens misteriosos e os próprios cenários. Você sente a tristeza e o peso da missão de Kaho enquanto explora esse mundo em ruínas, e é difícil não se envolver emocionalmente com o destino da sacerdotisa e das pessoas que ela tenta salvar. A sensação de desolação que permeia o jogo cria uma atmosfera única, que te faz refletir sobre os temas de sacrifício, perda e redenção que o jogo aborda de forma tão poética.

A exploração é outro ponto alto. O mundo de Momodora é interconectado, como todo bom Metroidvania deve ser, e há muitos segredos escondidos esperando para serem descobertos. À medida que você adquire novas habilidades, como a capacidade de rolar ou disparar flechas encantadas, novas áreas se abrem e você percebe que há muito mais a ser explorado do que inicialmente parecia. Essa sensação de desbloquear novas partes do mapa é extremamente recompensadora e te mantém sempre curioso sobre o que pode estar à frente. E, claro, o jogo está repleto de itens escondidos que podem melhorar suas habilidades ou te dar vantagens em combate, então a exploração nunca é em vão.

A trilha sonora de Momodora também merece elogios. Ela complementa perfeitamente o tom melancólico do jogo, com músicas suaves e atmosféricas que se encaixam como uma luva na exploração dos cenários sombrios e desolados. Em momentos de maior tensão, a música se intensifica, criando um clima de suspense que te deixa na ponta da cadeira. E, em outros momentos, a trilha sonora é quase inexistente, dando lugar aos sons do ambiente, como o vento soprando nas árvores ou o som distante de uma criatura se movendo nas sombras. Essa escolha de design sonoro cria uma imersão incrível, fazendo com que você realmente sinta que está sozinho em um mundo devastado e misterioso.

Outro aspecto que torna Momodora uma experiência tão rica é o seu sistema de dificuldade. O jogo oferece um desafio justo, mas nunca punitivo. Você vai morrer, e vai morrer bastante, mas cada morte é uma lição aprendida. O jogo te incentiva a melhorar, a observar padrões de ataque e a ajustar suas estratégias, sem nunca ser frustrante. E quando você finalmente consegue passar por uma área difícil ou derrotar um chefe complicado, a sensação de vitória é incomparável. Essa progressão baseada no aprendizado é uma das razões pelas quais o jogo é tão viciante — você sempre sente que está ficando melhor, que está dominando as mecânicas e se tornando mais habilidoso.

Além disso, Momodora é incrivelmente acessível para jogadores novos no gênero. Embora o jogo seja desafiador, ele nunca te joga em situações impossíveis de resolver. As mecânicas são simples de entender, mas profundas o suficiente para oferecer uma experiência gratificante tanto para novatos quanto para veteranos de Metroidvania. E isso é uma das maiores forças do jogo: ele consegue equilibrar complexidade e simplicidade de uma forma que o torna atraente para todos os tipos de jogadores.

No fim das contas, Momodora: Reverie Under Moonlight é uma joia rara. Ele pega todos os elementos que amamos nos jogos de exploração e os mistura com uma narrativa envolvente, uma atmosfera impecável e um combate fluido e desafiador. É uma experiência que vai te prender do começo ao fim, te fazendo querer explorar cada canto desse mundo sombrio e descobrir todos os seus segredos. Se você é fã de Metroidvanias, este é um jogo que simplesmente não pode faltar na sua coleção. E mesmo que você seja novo no gênero, Momodora é o título perfeito para começar, oferecendo um desafio acessível, mas incrivelmente recompensador, em um mundo que você não vai querer deixar tão cedo. Prepare-se para embarcar nessa aventura épica e descobrir por que Momodora é tão amado por todos que têm a chance de explorá-lo.

46 – Rebel Transmute

Rebel Transmute é uma experiência que vai direto ao coração dos fãs de Metroidvania, oferecendo um jogo eletrizante que mistura exploração, combate, e uma narrativa envolvente em um mundo alienígena que não para de surpreender. Desde o momento em que você inicia essa jornada, é impossível não ser sugado para o universo único e misterioso que o jogo apresenta. Estamos falando de um game que faz com que você queira explorar cada centímetro de seu vasto mapa interconectado, onde cada nova habilidade adquirida abre portas — literalmente e figurativamente — para novas descobertas e desafios. E não pense que vai ser uma caminhada tranquila. Rebel Transmute sabe como te desafiar, mas faz isso de uma maneira que te faz voltar para mais a cada tentativa, criando uma mistura viciante de frustração e realização.

A história por trás do jogo gira em torno de uma protagonista determinada a encontrar respostas sobre seu passado enquanto enfrenta um mundo perigoso e desconhecido. O game começa com um acidente espacial que te deixa isolado em um planeta remoto, e logo fica claro que você está no meio de uma trama muito maior. Há algo grandioso acontecendo nesse lugar, e cabe a você descobrir o que é. A narrativa é apresentada de forma inteligente e gradativa, revelando segredos conforme você explora mais e mais o mundo ao seu redor. Não é um jogo que te entrega tudo de bandeja; em vez disso, você vai montando o quebra-cabeça aos poucos, encontrando fragmentos de história através de interações sutis com personagens e objetos, o que cria uma imersão profunda no universo.

O mundo de Rebel Transmute é vasto, e a sensação de exploração é simplesmente fantástica. Cada nova área que você acessa traz consigo desafios únicos e inimigos variados, todos esperando para testar suas habilidades. O mapa é um verdadeiro labirinto, e a cada nova habilidade que você desbloqueia, uma nova parte desse mundo se revela, te incentivando a revisitar áreas antigas e descobrir passagens que antes estavam escondidas. Essa progressão é incrivelmente satisfatória, e o jogo faz um trabalho brilhante em te manter motivado a explorar. Há sempre algo novo para descobrir, seja uma nova habilidade, um inimigo inédito ou um pedaço da história que estava faltando.

A jogabilidade é fluida e responsiva, o que é fundamental para um Metroidvania de sucesso. O combate em Rebel Transmute é ágil e estratégico, te forçando a dominar não só suas habilidades ofensivas, mas também a aprender quando é o momento certo para se esquivar ou contra-atacar. Os inimigos são variados, e muitos deles têm padrões de ataque que exigem que você pense rápido e reaja de maneira precisa. Isso faz com que cada encontro seja tenso e emocionante, especialmente nas batalhas contra chefes. E falando nisso, os chefes do jogo são verdadeiros testes de habilidade. Cada um deles apresenta um desafio único e te obriga a usar tudo o que aprendeu até aquele ponto para derrotá-los. As lutas são épicas, intensas, e sempre deixam aquela sensação de conquista quando você finalmente sai vitorioso.

Um dos aspectos mais marcantes de Rebel Transmute é o visual. O jogo aposta em um estilo de arte pixelada que é ao mesmo tempo detalhado e atmosférico. Cada cenário é desenhado com cuidado, e a paleta de cores sombria e vibrante dá ao mundo um tom único, que combina perfeitamente com a sensação de isolamento e mistério que permeia o jogo. As áreas são diversificadas, e você vai encontrar de tudo, desde florestas alienígenas até cavernas sombrias, laboratórios abandonados e ruínas tecnológicas. Tudo isso é apresentado com um nível de detalhe impressionante, fazendo com que cada nova área que você explora pareça viva e cheia de história. Além disso, o design dos inimigos é igualmente criativo, com criaturas que parecem ter saído direto de um pesadelo futurista.

A trilha sonora de Rebel Transmute merece uma menção especial. Ela é atmosférica, envolvente e, em muitos momentos, te coloca ainda mais dentro do clima de mistério e aventura. As músicas variam de acordo com o ambiente, indo de trilhas suaves e assombrosas em áreas de exploração para sons mais intensos e pulsantes durante as batalhas. Essa dinâmica sonora te mantém no limite, ajudando a criar uma imersão total na experiência. O som dos ataques, as explosões, os passos da protagonista – tudo é muito bem feito e te faz sentir cada ação com mais intensidade.

Outro ponto que destaca o jogo é a forma como ele trabalha com a progressão de habilidades. Rebel Transmute segue o estilo clássico de Metroidvania, onde cada nova habilidade desbloqueada permite acessar áreas antes inexploráveis, mas o jogo consegue implementar essas mecânicas de forma criativa. As habilidades que você ganha não são apenas úteis no combate; muitas vezes, elas são ferramentas essenciais para resolver os desafios de exploração, como alcançar plataformas distantes ou abrir passagens secretas. Isso faz com que cada nova habilidade se sinta relevante e empolgante, e o jogo sempre te incentiva a experimentar e descobrir como essas novas ferramentas podem ser usadas de maneira inovadora.

E claro, o jogo também tem aquele toque de desafio que os fãs de Metroidvania adoram. Não pense que Rebel Transmute vai te pegar pela mão e te guiar por um caminho tranquilo — ele exige que você esteja atento, que pense estrategicamente e que esteja sempre pronto para se adaptar a novos obstáculos. A curva de dificuldade é muito bem balanceada, começando de forma acessível, mas escalando rapidamente à medida que você avança. E isso é o que torna o jogo tão viciante. Cada novo desafio superado te dá uma sensação incrível de progresso, e você sempre fica com aquela vontade de jogar “só mais um pouquinho” para ver o que vem a seguir.

Rebel Transmute é um daqueles jogos que conseguem capturar a essência do que torna o gênero Metroidvania tão amado. Ele tem todos os elementos que você espera — um mundo expansivo e interconectado, combate ágil e satisfatório, habilidades que te fazem querer explorar cada canto e uma história intrigante que vai te prender do começo ao fim. Mas além disso, o jogo tem um toque próprio, uma identidade única que o faz se destacar entre tantos outros jogos do gênero. Seja pelo seu estilo visual, pela atmosfera imersiva ou pelo desafio gratificante, esse é um título que qualquer fã de exploração e combate precisa experimentar no Nintendo Switch.

Então, se você está buscando uma aventura que te desafie, te recompense e te deixe totalmente imerso em um mundo alienígena cheio de segredos, Rebel Transmute é exatamente o que você está procurando. Prepare-se para perder horas descobrindo tudo o que esse incrível Metroidvania tem a oferecer — e acredite, cada segundo vai valer a pena.

45 – Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth

Desde o momento em que você inicia essa jornada mágica e repleta de perigos, é impossível não ser arrebatado pelo charme desse universo inspirado na lendária série de fantasia Record of Lodoss War. O game traz consigo uma mistura única de nostalgia e inovação, resultando em uma experiência que vai prender a atenção de jogadores tanto veteranos quanto novatos nesse estilo.

Ambientado em um mundo deslumbrante e repleto de detalhes, o jogo segue a história de Deedlit, uma elfa poderosa e habilidosa que acorda misteriosamente em um labirinto místico, sem ter ideia de como foi parar ali. A partir desse ponto, sua missão é descobrir a verdade sobre esse lugar misterioso e desvendar os segredos que cercam a sua presença ali. A narrativa é envolvente, com diálogos profundos e interações que gradualmente revelam os mistérios por trás do labirinto, enquanto personagens conhecidos da série vão surgindo para te ajudar ou te desafiar. Mesmo que você não esteja familiarizado com o universo de Record of Lodoss War, não se preocupe — o jogo se sustenta sozinho e entrega uma história que te captura de imediato, te incentivando a explorar e a conhecer mais sobre esse mundo encantador.

O ponto alto de Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth é, sem dúvidas, a jogabilidade extremamente refinada e viciante. Com controles precisos e responsivos, o jogo te coloca no papel de uma Deedlit ágil e repleta de habilidades mágicas que vão se expandindo conforme você avança. Desde o começo, é perceptível o quanto os movimentos e ataques da protagonista são fluidos, o que transforma cada confronto em um espetáculo visual e estratégico. Deedlit pode alternar entre diferentes espíritos elementais, como fogo e vento, cada um oferecendo habilidades distintas que são não apenas essenciais para vencer os inimigos, mas também para resolver os quebra-cabeças do ambiente. Essa mecânica de troca de espíritos se torna rapidamente um dos pilares do combate e exploração, forçando o jogador a pensar estrategicamente sobre qual espírito usar em cada situação.

E quando se trata dos combates, o jogo brilha ainda mais. Com uma gama de inimigos variados e inteligentes, cada encontro exige que você pense rápido, combine ataques e saiba o momento certo de esquivar. A sensação de controlar Deedlit enquanto ela se esquiva graciosamente dos golpes inimigos e responde com ataques poderosos é simplesmente incrível. E conforme você avança, enfrentando inimigos cada vez mais fortes e obtendo novas habilidades, a complexidade do combate aumenta, tornando cada luta uma experiência dinâmica e empolgante. Essa progressão natural do poder de Deedlit faz com que você se sinta verdadeiramente mais forte a cada nova habilidade desbloqueada, e o uso criativo dessas habilidades é essencial para superar os desafios que o jogo coloca no seu caminho.

Além do combate, Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth oferece uma experiência de exploração recompensadora, como todo bom Metroidvania deve ser. O mapa é intrincado e cheio de caminhos interconectados, com segredos escondidos em cada canto. Conforme você explora o labirinto, vai encontrar portas trancadas, passagens ocultas e áreas que só podem ser acessadas depois de adquirir novas habilidades. Essa estrutura meticulosamente projetada faz com que a exploração seja viciante, e cada nova descoberta traz um senso de satisfação inigualável. É aquele sentimento clássico de olhar para o mapa e perceber que ainda há uma área inexplorada, que você sabe que pode acessar agora graças a uma nova habilidade — e a curiosidade e empolgação de ver o que te espera nesse lugar é o que te mantém jogando por horas a fio.

A ambientação do jogo é outro ponto que merece ser destacado. Com um estilo visual inspirado por animes e pixel art de altíssima qualidade, cada cenário parece ter sido pintado à mão, com cores vibrantes e detalhes impressionantes. As animações de Deedlit e dos inimigos são incrivelmente suaves, e o design dos cenários consegue capturar a essência de um mundo de fantasia repleto de magia e mistério. Seja explorando florestas assombradas, ruínas antigas ou castelos imponentes, cada área do jogo é um deleite visual, com uma riqueza de detalhes que faz com que você queira parar para apreciar cada quadro. E tudo isso é complementado por uma trilha sonora épica, que consegue passar desde a melancolia de uma floresta silenciosa até a tensão de uma batalha contra um chefe colossal.

Falando em chefes, as batalhas contra esses oponentes são verdadeiros pontos altos da aventura. Cada chefe é único, tanto em termos de design quanto em mecânicas de combate, e essas lutas exigem que você use tudo o que aprendeu até aquele momento. A troca entre espíritos é essencial para lidar com os ataques devastadores dos chefes, e cada vitória traz aquela sensação de alívio e conquista que só um bom desafio pode proporcionar. Essas batalhas não são apenas testes de força, mas também de raciocínio e habilidade, fazendo com que você sinta que cada vitória foi merecida.

Outro aspecto que não pode passar despercebido é como Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth consegue ser fiel ao material original, respeitando a história e os personagens do universo de Lodoss War, mas ao mesmo tempo trazendo algo novo e fresco para os jogadores. As interações com personagens icônicos como Parn, Ghim e outros trazem um nível extra de profundidade e nostalgia para quem já é fã da série. No entanto, mesmo para quem nunca teve contato com esse universo antes, o jogo é acessível e envolvente o suficiente para se sustentar por si só. A maneira como o enredo é apresentado, com diálogos curtos e objetivos, evita qualquer sensação de estar perdido na história, mas ao mesmo tempo entrega o suficiente para manter o jogador intrigado e interessado.

E o melhor de tudo é que Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth não se alonga desnecessariamente. O jogo respeita o tempo do jogador, oferecendo uma experiência compacta, mas densamente rica. Não há momentos de enrolação ou áreas desnecessárias. Cada ambiente, cada inimigo e cada item parecem ter sido colocados com um propósito específico, fazendo com que você sinta que está sempre progredindo, seja encontrando um novo atalho, desbloqueando uma nova habilidade ou enfrentando um desafio inesperado. Essa atenção ao design é o que faz com que o jogo se destaque entre tantos outros do gênero, entregando uma experiência que é ao mesmo tempo concisa e completa.

No final das contas, Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth é mais do que um simples Metroidvania — é uma aventura épica que captura a essência do gênero enquanto adiciona sua própria dose de magia e mistério. Com um combate refinado, uma exploração viciante e um universo que respira vida e história em cada pixel, este é um título que não pode faltar na biblioteca de nenhum fã do gênero. Se você quer mergulhar em uma jornada cheia de ação, desafios e segredos, prepare-se para acompanhar Deedlit nessa saga emocionante que vai te prender do começo ao fim e te fazer querer explorar cada pedacinho desse labirinto mágico e encantador.

44 – Astalon: Tears of the Earth

Assim que você começa a jogar Astalon: Tears of the Earth, a sensação é de estar entrando em um mundo sombrio e hostil, onde cada canto reserva perigos ocultos e segredos fascinantes esperando para serem desvendados. A premissa do jogo já é cativante por si só: três personagens com habilidades únicas, cada um com seu próprio estilo de combate e formas de interagir com o ambiente, se aventuram em uma torre amaldiçoada que ameaça engolir o que resta de suas terras devastadas. Tudo isso em busca de uma solução para salvar sua vila do colapso iminente.

A narrativa de Astalon é sombria e cheia de camadas. À medida que você avança pelos corredores da torre e enfrenta as criaturas grotescas que habitam esse lugar amaldiçoado, vai desvendando, aos poucos, um enredo que aborda sacrifício, coragem e o verdadeiro custo do poder. Arias, o espadachim destemido; Kyuli, a arqueira rápida e precisa; e Algus, o mago sábio e poderoso, formam um trio que se complementa perfeitamente, cada um trazendo suas próprias motivações e personalidades para a trama. As interações entre os personagens não só desenvolvem a história, mas também te fazem sentir uma conexão real com eles, criando um vínculo que vai além do simples gameplay.

O charme de Astalon não reside apenas na história envolvente, mas também na sua jogabilidade meticulosamente planejada. O jogo pega a fórmula clássica de Metroidvania e a eleva a um novo patamar ao integrar um sistema de troca de personagens que é fluido e estratégico. Cada um dos três heróis possui habilidades únicas que são essenciais para superar os obstáculos e inimigos encontrados pelo caminho. Arias, com sua espada, é perfeito para combates corpo a corpo e quebra barreiras. Kyuli é ideal para atingir inimigos distantes e alcançar lugares elevados com suas flechas. Já Algus, com seus poderes mágicos, consegue atacar de forma devastadora e até manipular certos elementos do ambiente. A troca entre os personagens é instantânea e extremamente satisfatória, permitindo que você crie combos e estratégias elaboradas para lidar com qualquer situação.

O design dos níveis é um dos pontos altos do jogo. A torre amaldiçoada em que a aventura se passa é um verdadeiro labirinto, repleto de passagens secretas, atalhos e salas ocultas. Não é só uma questão de encontrar o caminho certo; é preciso explorar cada canto para encontrar itens poderosos, relíquias mágicas e habilidades novas que permitem acessar áreas anteriormente inacessíveis. E, como em todo bom Metroidvania, há aquele prazer especial de voltar para uma sala que antes parecia intransponível e, agora, com uma nova habilidade ou personagem, finalmente abrir um novo caminho que revela mais mistérios e perigos. A sensação de recompensa ao encontrar um item raro ou descobrir um novo segredo é inigualável, fazendo com que cada minuto de exploração valha a pena.

Astalon também se destaca pelo nível de desafio que oferece. Os inimigos são variados e cada um tem suas próprias mecânicas de ataque, o que te obriga a pensar rápido e usar as habilidades de cada herói de maneira inteligente. E as lutas contra chefes? Essas são de tirar o fôlego! Cada chefe é um teste de tudo que você aprendeu até aquele ponto, exigindo que você memorize padrões de ataque e use a troca de personagens no momento certo para sair vitorioso. A dificuldade é alta, mas nunca injusta; você sabe que cada morte foi um erro seu, e não por culpa de uma mecânica mal implementada. Isso faz com que as vitórias sejam ainda mais doces e que você sinta uma evolução constante ao longo da aventura.

Outro aspecto que merece destaque é a progressão dos personagens. Além de ganhar novas habilidades e encontrar itens poderosos espalhados pela torre, Astalon também possui um sistema de upgrade onde você pode melhorar os atributos de cada herói, tornando-os mais fortes e resistentes. Isso permite que você personalize ainda mais o estilo de jogo e enfrente os desafios de diferentes maneiras. E a cereja no topo do bolo é o pacto misterioso que Algus fez com Epimetheus, o Titã da Morte. A cada nova morte, você é levado ao reino de Epimetheus, onde pode negociar upgrades e novas habilidades em troca de almas coletadas. Esse sistema adiciona uma camada extra de estratégia, já que, às vezes, a morte de um personagem pode não ser o fim — mas sim uma oportunidade para se fortalecer e voltar ainda mais preparado.

Visualmente, Astalon é um espetáculo à parte. O jogo opta por um estilo pixel art retrô, mas não se engane: cada sprite e cada cenário são desenhados com um nível de detalhe impressionante. A ambientação é sombria e carregada, com uma paleta de cores que combina perfeitamente com o tom sombrio e misterioso do jogo. A atmosfera é reforçada por uma trilha sonora que consegue ser épica e melancólica ao mesmo tempo, com melodias que se alternam entre momentos de tensão e calmaria. A música te envolve e te transporta para dentro desse universo, fazendo com que você sinta cada momento de perigo e cada pequena vitória ao explorar a torre amaldiçoada.

E não podemos esquecer do fator replay. Astalon: Tears of the Earth é um jogo que te incentiva a voltar várias vezes, seja para encontrar todos os segredos, desbloquear finais alternativos ou simplesmente tentar superar a aventura com uma nova abordagem. Cada nova run revela algo que você não tinha visto antes, seja um novo item, um diálogo secreto ou até mesmo um chefe opcional que só aparece se você cumprir certos requisitos. Essa rejogabilidade faz com que o game tenha um valor imenso e se torne uma experiência que vai te acompanhar por um bom tempo.

Astalon: Tears of the Earth é um título que brilha intensamente no vasto catálogo de Metroidvanias do Nintendo Switch. Ele entrega tudo o que os fãs do gênero amam — exploração profunda, combate desafiador, progressão significativa e uma história que te prende do início ao fim — mas ainda adiciona seu próprio toque de originalidade e criatividade. Se você está em busca de um jogo que te desafie, te recompense e te surpreenda a cada novo passo, não procure mais: essa aventura é exatamente o que você precisa. Prepare-se para embarcar nessa jornada épica pela torre amaldiçoada, enfrentar monstros grotescos, desvendar segredos antigos e ajudar Arias, Kyuli e Algus a salvar o que resta de suas terras. Porque em Astalon, cada passo é um teste de coragem, cada vitória é uma conquista épica e cada descoberta é um convite para se perder ainda mais nesse mundo fascinante.

43 – Islets

Islets proporciona uma experiência que consegue surpreender e encantar logo nos primeiros momentos. Desde o início, o jogo te convida a mergulhar em um mundo repleto de ilhas flutuantes, que mais parecem pedaços de sonhos presos no céu. Mas não se deixe enganar pelo visual fofinho e carismático: por trás dessa estética charmosa e colorida, há uma aventura profunda e desafiadora que vai te fazer perder horas e mais horas explorando cada canto, superando obstáculos e descobrindo segredos. Islets entrega uma combinação perfeita de exploração, combate afiado e uma narrativa cativante, com um protagonista adorável e um elenco de personagens memoráveis que deixam a jornada ainda mais envolvente.

A história do jogo gira em torno de Iko, um jovem guerreiro que parte em uma missão para unir as ilhas flutuantes de seu mundo e restaurar a energia vital que um dia conectou esses pedaços celestiais. A ideia de um mundo que já foi inteiro, mas que agora se encontra fragmentado, é uma metáfora poderosa que permeia todo o enredo. Iko carrega consigo a esperança de reconectar as ilhas e devolver a harmonia ao universo, mas o caminho para isso é cheio de perigos e desafios. A trama se desenvolve de maneira simples, mas tocante, com diálogos que alternam entre humor e emoção, fazendo você se importar de verdade com o destino desse mundo e de seus habitantes. Cada encontro com personagens secundários é um deleite, e cada nova descoberta traz um pedaço a mais desse quebra-cabeça narrativo.

O visual do jogo é um espetáculo à parte. Islets aposta em uma estética desenhada à mão, com cenários que parecem saídos diretamente de um livro infantil. Cada ilha tem sua própria identidade visual, com biomas distintos que variam de florestas exuberantes a cavernas sombrias e ruínas abandonadas. A paleta de cores é vibrante e rica, tornando a exploração um prazer para os olhos. A sensação de estar viajando entre essas ilhas flutuantes, cada uma com suas próprias características e segredos, é incrivelmente gratificante. E mesmo com toda a fofura e carisma dos cenários e personagens, o jogo sabe como equilibrar leveza e tensão, especialmente quando você começa a perceber que há algo mais sombrio e perigoso à espreita nesse universo.

A jogabilidade é onde Islets realmente brilha. O controle de Iko é fluido e responsivo, o que faz com que cada salto, ataque e esquiva sejam extremamente satisfatórios. E a sensação de progressão é constante: conforme você avança, vai adquirindo novas habilidades e aprimoramentos que expandem suas opções de combate e exploração. O jogo tem aquele clássico loop de gameplay que os fãs de Metroidvania adoram: você encontra uma área que parece intransponível no início, só para voltar depois, com uma nova habilidade, e finalmente abrir caminho para explorar uma nova seção do mapa. E o mapa é grande, interconectado e cheio de segredos escondidos, o que garante que você sempre terá algo novo para fazer e descobrir.

Um dos grandes destaques de Islets é a forma como ele trabalha a conexão entre as ilhas. A medida que você explora, você descobre formas de ligar essas ilhas, o que abre novas áreas e passagens antes inacessíveis. É uma sensação de progresso tangível e visual, pois você literalmente vê o mundo se unindo novamente conforme avança na história. E a maneira como o jogo utiliza essa mecânica para desafiar o jogador, com puzzles e plataformas cada vez mais elaborados, é impressionante. Cada nova conexão que você estabelece é uma vitória, e o jogo faz um trabalho incrível em te recompensar por cada esforço com novas áreas, habilidades e pedaços da história.

O combate também é um ponto forte. Embora Iko comece a aventura com movimentos básicos e ataques simples, rapidamente você percebe que há muita profundidade no sistema de combate. As habilidades que você desbloqueia não só melhoram a eficiência nos combates, mas também abrem novas possibilidades estratégicas. Enfrentar inimigos diferentes te força a pensar de maneira criativa, usando o ambiente a seu favor e explorando as fraquezas dos adversários. E as lutas contra chefes são um espetáculo à parte! Cada chefe é único, com padrões de ataque que te forçam a ficar em constante movimento e a usar tudo o que aprendeu até aquele momento. Essas batalhas não são apenas testes de habilidade, mas também de paciência e criatividade, o que faz com que cada vitória seja extremamente recompensadora.

Além disso, o jogo apresenta um sistema de melhorias e aprimoramentos que permite personalizar ainda mais o estilo de jogo. Você pode focar em tornar Iko mais resistente, aumentar seu poder de ataque ou investir em habilidades que facilitam a navegação pelo mapa. Isso traz um elemento de RPG para o gameplay, permitindo que você ajuste seu personagem de acordo com o seu estilo de jogo e os desafios que encontra pelo caminho. E como se não bastasse, Islets ainda oferece um bom nível de desafio, com uma curva de dificuldade bem balanceada que vai te manter envolvido do começo ao fim. Não é um jogo fácil, mas também nunca é frustrante; ele sabe como te desafiar de forma justa e te incentiva a melhorar a cada tentativa.

A trilha sonora de Islets é outro elemento que não pode ser ignorado. As músicas são incrivelmente bem compostas e se adaptam perfeitamente ao tom de cada área e momento do jogo. Desde melodias suaves e relaxantes nas áreas mais pacíficas, até trilhas mais intensas e energéticas durante as batalhas contra chefes, a trilha sonora te envolve e ajuda a criar uma atmosfera única. E não são apenas as músicas que se destacam; os efeitos sonoros também são muito bem executados, dando peso a cada ataque, salto e interação com o ambiente.

Um dos aspectos mais cativantes de Islets é a sua capacidade de te fazer sorrir. É um jogo que, apesar dos desafios e da complexidade da exploração, nunca deixa de ser leve e divertido. A forma como os personagens interagem, os diálogos bem-humorados e o charme visual fazem com que você se sinta em uma aventura de contos de fadas, mas sem perder a profundidade que faz um bom Metroidvania. É uma experiência que te faz sentir bem, que te envolve e que te deixa com aquele gostinho de “só mais um pouquinho” a cada nova área descoberta.

Seja você um fã hardcore de Metroidvanias ou alguém que está começando a explorar o gênero agora, Islets é um título que não pode faltar na sua coleção de Nintendo Switch. Ele entrega tudo o que um bom Metroidvania deve ter: uma história cativante, uma exploração recompensadora, desafios instigantes e uma jogabilidade que flui como uma dança bem ensaiada. Com uma combinação de mecânicas sólidas, uma estética deslumbrante e um enredo que te prende, Islets prova que os grandes jogos não precisam ser gigantes em tamanho, mas sim imensos em coração. Prepare-se para se perder nesse mundo encantado, unir as ilhas perdidas e ajudar Iko a restaurar o equilíbrio que foi perdido há tanto tempo. Porque cada passo que você der nesse universo flutuante vai valer a pena, e cada descoberta vai te lembrar do porquê amamos tanto os Metroidvanias.

42 – Ender Lilies: Quietus of the Knights

Ender Lilies: Quietus of the Knights é uma experiência absolutamente cativante e melancólica que te leva para o coração de um mundo sombrio e devastado, onde beleza e desespero caminham lado a lado. Imagine se aventurar em um reino arruinado, coberto por uma chuva eterna que carrega consigo uma maldição cruel, transformando humanos em criaturas monstruosas. É nesse ambiente triste e devastado que você assume o controle de Lily, uma jovem sacerdotisa que desperta sozinha e confusa em um santuário em ruínas, cercada apenas pelo silêncio e pelo eco de um passado sombrio. A jornada de Lily é uma de superação e descoberta, onde ela precisa reunir coragem para enfrentar os terrores que assolam seu lar e, ao mesmo tempo, descobrir o que aconteceu para que todo aquele sofrimento tomasse conta de seu mundo.

Logo de cara, Ender Lilies se destaca por sua atmosfera opressiva e visualmente deslumbrante. O estilo artístico é desenhado à mão, e cada cenário parece uma pintura viva, com paisagens que vão de castelos desmoronados a florestas macabras e cavernas cheias de mistério. O uso de cores frias e sombrias cria um contraste impressionante com a pureza de Lily, que, com seu vestido branco e sua presença angelical, parece ser a única fonte de luz nesse mundo dominado pela escuridão. A sensação de exploração é intensa, e você constantemente se pergunta o que está escondido além de cada canto, atrás de cada porta trancada ou embaixo de cada plataforma que parece inacessível. É uma verdadeira odisseia, em que cada nova área revela detalhes da história e acrescenta camadas ao mistério que envolve a maldição e o passado de Lily.

A trama de Ender Lilies é entrelaçada por uma narrativa minimalista, mas incrivelmente poderosa. A cada novo espectro que você encontra, seja ele um amigo caído ou um antigo inimigo, é possível aprender mais sobre o que levou o reino àquele estado de ruína. As memórias fragmentadas dos cavaleiros e habitantes que sucumbiram à maldição revelam histórias de coragem, traição e sacrifício. Esses fragmentos de memória aparecem de maneira sutil, mas impactante, tornando a jornada de Lily profundamente pessoal. Você começa a sentir que não está apenas lutando contra monstros, mas contra o próprio destino trágico daqueles que um dia foram humanos como ela. Essa camada emocional é o que diferencia o jogo de outros títulos do gênero, pois não é apenas uma luta por sobrevivência, mas também uma busca por redenção e compreensão.

A jogabilidade de Ender Lilies é um dos pontos altos e o que realmente vai te prender por horas. O combate é fluido e estratégico, exigindo que você estude cada movimento dos inimigos e use as habilidades dos espíritos que Lily vai libertando pelo caminho. Ao derrotar cada espectro corrompido, Lily ganha a capacidade de invocar o poder deles, adicionando novos ataques e habilidades ao seu arsenal. É como se cada inimigo derrotado se tornasse um aliado, disposto a lutar ao seu lado para purificar a terra de onde vieram. A personalização é um dos grandes trunfos do jogo: você pode escolher quais espíritos equipar e combinar suas habilidades para criar um estilo de jogo único, que se adapte à sua maneira de encarar os desafios. Seja usando ataques rápidos e letais com lâminas fantasmas, ou apostando em golpes devastadores de cavaleiros espectrais, a escolha é sua, e o jogo te incentiva a experimentar e encontrar a combinação que melhor se encaixa em cada situação.

Outro destaque são as lutas contra chefes, que estão entre as mais emocionantes e intensas que você vai encontrar em qualquer Metroidvania. Cada chefe é único, com padrões de ataque variados e um visual que te faz sentir a imponência e a tragédia de cada criatura. Esses encontros são mais do que simples batalhas; são provas de tudo o que você aprendeu até aquele momento e exigem domínio total das habilidades e reflexos para superar os desafios. As lutas não são apenas difíceis, mas também épicas, te deixando na ponta do sofá a cada golpe desferido e a cada esquiva realizada. Quando você finalmente derrota um desses chefes colossais e vê o espírito deles se libertar, a sensação de alívio e satisfação é indescritível. E, claro, ao derrotá-los, você ganha novas habilidades que abrem áreas antes inacessíveis, fazendo com que cada vitória traga uma recompensa tangível e significativa.

A exploração é um elemento chave de Ender Lilies e, como todo bom Metroidvania, o jogo oferece um mundo interconectado, repleto de caminhos que se entrelaçam e áreas secretas esperando para serem descobertas. Cada nova habilidade que Lily adquire abre novas possibilidades e te incentiva a revisitar locais já explorados em busca de segredos e itens ocultos. A sensação de progressão é constante, e cada nova descoberta traz um novo sopro de vida ao jogo. Você nunca se sente perdido ou desmotivado, pois o design de níveis é feito de maneira a sempre guiar o jogador de forma intuitiva, sem a necessidade de segurar sua mão. A recompensa por explorar e se aventurar fora do caminho principal é encontrar itens de cura, novos espíritos e até mesmo peças adicionais da história que ajudam a preencher as lacunas deixadas pela narrativa principal.

E não podemos deixar de falar sobre a trilha sonora, que é uma das mais memoráveis do gênero. Composta por músicas que variam de temas suaves e melancólicos a faixas intensas e cheias de tensão, a trilha sonora se adapta perfeitamente ao clima de cada área e momento do jogo. As músicas não apenas complementam a atmosfera sombria e misteriosa, mas também ajudam a criar uma conexão emocional profunda com a jornada de Lily. Cada acorde, cada melodia, cada silêncio entre as notas é pensado para te envolver e te fazer sentir cada momento da história como se estivesse vivendo ao lado de Lily.

Outro elemento que dá um charme especial ao jogo é a relação entre Lily e os espíritos que ela encontra. Apesar de serem apenas espectros de pessoas que já se foram, eles desenvolvem uma espécie de lealdade e afeto pela jovem sacerdotisa. Em momentos de descanso, é possível ver Lily conversando com esses espíritos, ouvindo conselhos e palavras de encorajamento, o que adiciona uma camada emocional extra à narrativa. A solidão de Lily é quebrada por esses laços sobrenaturais, fazendo com que a jornada pareça menos solitária e mais calorosa, apesar de toda a escuridão ao redor.

Ender Lilies: Quietus of the Knights é uma jornada memorável que consegue equilibrar exploração, combate e narrativa de forma magistral. É um jogo que te faz refletir sobre sacrifício, resiliência e esperança, ao mesmo tempo em que te desafia a ser o melhor jogador que pode ser. A combinação de um mundo belamente devastado, personagens cativantes e mecânicas de gameplay sólidas torna este um título obrigatório para qualquer fã de Metroidvania. Se você está buscando um jogo que consiga te emocionar, te desafiar e te prender do começo ao fim, Ender Lilies é exatamente o que você precisa. Não é apenas mais um jogo no catálogo do Nintendo Switch, mas sim uma obra-prima que merece ser explorada em cada mínimo detalhe, uma experiência que vai ficar na memória muito tempo depois de você colocar o controle de lado. Prepare-se para uma aventura inesquecível e para conhecer um dos mundos mais tristes e belos já criados no gênero.

41 – Alwa’s Legacy

Alwa’s Legacy é aquele tipo de jogo que te envolve desde os primeiros minutos e te transporta para um mundo repleto de magia, aventura e desafios clássicos, tudo com um toque moderno que mantém a experiência sempre refrescante. Com uma atmosfera que mistura nostalgia e inovação, este jogo é um verdadeiro tributo aos tempos de ouro dos Metroidvanias, mas com uma identidade própria que o faz brilhar intensamente no Nintendo Switch. Imagine uma mistura perfeita de exploração, puzzles e combate, tudo embalado em um visual retrô belíssimo e uma trilha sonora encantadora que faz você querer mergulhar de cabeça em cada canto desse universo místico e vibrante.

A história começa com Zoe, uma heroína corajosa e cheia de determinação, despertando em um mundo desconhecido, sem lembranças de como chegou até ali. É uma jornada de redescoberta, onde cada passo a leva mais perto de desvendar os mistérios que cercam sua origem e o destino desse reino mágico em decadência. O que realmente cativa em Alwa’s Legacy é a forma como o jogo constrói sua narrativa de maneira simples, porém eficiente, deixando espaço para que o jogador se sinta motivado a explorar cada parte desse mundo, coletar artefatos antigos e interagir com personagens únicos, todos com suas próprias histórias e desafios a oferecer. A trama não é apenas um pano de fundo, mas sim um fio condutor que te guia por templos antigos, masmorras traiçoeiras e florestas cheias de perigos ocultos, criando um senso de propósito a cada nova descoberta.

O design de mundo é um dos pontos altos da experiência. Cada área é interconectada e repleta de segredos, caminhos escondidos e quebra-cabeças que vão testar tanto sua habilidade quanto sua inteligência. As seções do mapa são cuidadosamente construídas para incentivar a exploração, com muitas passagens secretas, atalhos e itens escondidos que recompensam os curiosos e atentos. Conforme você avança, novas habilidades são desbloqueadas e abrem ainda mais possibilidades de exploração, fazendo com que áreas antes inacessíveis se tornem novas oportunidades para explorar e descobrir. É aquela sensação clássica dos Metroidvanias, onde você volta a lugares já visitados apenas para encontrar um novo caminho com uma habilidade recém-adquirida, e essa sensação de progressão é deliciosamente recompensadora.

Mas não pense que Alwa’s Legacy se limita a te guiar por um labirinto de corredores e salas vazias. A ambientação de cada área é rica em detalhes e atmosfera, e o jogo sabe como mudar o ritmo entre momentos de tensão e calmaria, criando uma experiência que nunca se torna repetitiva. Um dos maiores triunfos aqui é o equilíbrio perfeito entre combate e resolução de puzzles. Os quebra-cabeças são inteligentes, bem elaborados e exigem que você pense fora da caixa para progredir. Muitas vezes, você se verá usando habilidades de maneiras criativas, como manipular a gravidade, conjurar blocos mágicos ou até mesmo alterar o fluxo de água para abrir novos caminhos. É um jogo que desafia a lógica e recompensa a experimentação.

O combate é igualmente divertido e satisfatório. A princípio, Zoe parece ter um arsenal limitado, mas conforme avança, ela ganha novas magias e habilidades que permitem um estilo de luta mais dinâmico e estratégico. Você vai precisar dominar o uso desses feitiços para superar hordas de inimigos e enfrentar chefes que representam verdadeiros testes de habilidade e paciência. Cada confronto é um quebra-cabeça por si só, e a vitória não vem apenas por esmagar botões, mas sim por estudar os padrões dos inimigos e saber quando atacar ou defender. Isso traz uma camada de complexidade que mantém o combate sempre interessante e desafiador.

Outro destaque inegável de Alwa’s Legacy é a direção artística. O jogo ostenta um estilo visual inspirado nos clássicos de 16 bits, mas com detalhes modernos que o fazem se destacar no vasto catálogo do Switch. As cores vibrantes, os cenários belamente desenhados e a animação fluida tornam cada frame uma verdadeira obra de arte. Os efeitos de luz e as partículas mágicas em cada feitiço lançam um brilho que dá vida ao mundo e intensifica ainda mais a imersão. E como se não bastasse, a trilha sonora complementa perfeitamente essa estética, com músicas que variam de temas épicos e enérgicos a melodias mais calmas e introspectivas, dependendo da situação e do local onde você está. É o tipo de jogo que faz você querer pausar por um segundo apenas para apreciar o visual e a música, deixando cada descoberta ainda mais marcante.

Uma característica que diferencia Alwa’s Legacy de muitos Metroidvanias é sua liberdade na progressão. O jogo permite que você explore seu mundo com um grau de não linearidade impressionante, oferecendo múltiplos caminhos para alcançar seu objetivo. Isso significa que não há uma única maneira de jogar; cada jogador pode descobrir segredos e resolver desafios à sua própria maneira, o que dá ao jogo um valor de replay altíssimo. Você sempre sente que há algo mais para descobrir, algum segredo que ficou para trás ou um desafio opcional que você quer encarar mais tarde. Esse nível de liberdade é uma lufada de ar fresco, especialmente para aqueles que gostam de tomar seu próprio tempo para apreciar cada canto de um mundo de jogo.

A narrativa e o desenvolvimento dos personagens são entregues de maneira que instigam o jogador a continuar e a buscar respostas. Há momentos de reflexão e de surpresa, onde as memórias e o passado de Zoe são gradualmente revelados, e você começa a entender que há muito mais nessa jornada do que aparenta. O tom melancólico de alguns trechos contrasta com a coragem e determinação de Zoe, criando um equilíbrio que torna a história ainda mais impactante. O senso de mistério que permeia todo o jogo é um incentivo constante para seguir em frente, e mesmo as reviravoltas mais sutis têm um impacto significativo no rumo da história.

E não podemos esquecer do sistema de melhorias que Alwa’s Legacy oferece. Cada habilidade adquirida pode ser aprimorada e adaptada de acordo com seu estilo de jogo. Prefere uma abordagem mais ofensiva, com feitiços poderosos e ataques devastadores? Ou talvez você queira focar em habilidades defensivas e em superar os desafios de plataforma com destreza? As opções são variadas, e o jogo nunca te força a escolher uma única abordagem. Essa flexibilidade torna cada playthrough único, e você se sente no controle da construção e evolução de Zoe, tornando-a uma heroína que reflete suas decisões e seu estilo.

No final das contas, Alwa’s Legacy exala paixão e dedicação em cada detalhe, e que sabe como te cativar com sua narrativa simples, mas eficiente, e seu gameplay fluido e desafiador. Se você é fã de Metroidvanias ou simplesmente ama uma boa aventura repleta de mistério, magia e desafios, então Alwa’s Legacy é um jogo que não pode faltar na sua coleção. É uma experiência memorável que vai te prender do começo ao fim, e que você vai querer revisitar muitas e muitas vezes, só para sentir de novo a magia desse mundo incrível e se perder mais uma vez em suas memórias encantadas e enigmas hipnotizantes.

40 – Disney Illusion Island

Disney Illusion Island é um verdadeiro deleite para os fãs de plataforma e Metroidvania, um jogo que pega todo o encanto e magia dos personagens mais icônicos do universo Disney e os transporta para um mundo de aventuras completamente novo e cheio de surpresas. Desde o momento em que você dá o primeiro salto no controle de Mickey, Minnie, Donald ou Pateta, é fácil perceber que essa não é apenas mais uma adaptação qualquer de um clássico infantil. Em vez disso, o jogo entrega uma experiência meticulosamente construída para capturar o espírito e o charme dos desenhos animados da Disney, ao mesmo tempo em que oferece um gameplay que desafia e diverte, tanto para os fãs mais novos quanto para aqueles que já cresceram com esses personagens.

A premissa começa de maneira simples: os quatro heróis partem em uma missão para ajudar os habitantes da misteriosa Ilha Monoth a resolver um enigma que ameaça a paz e a estabilidade do lugar. Porém, como em qualquer boa aventura Disney, o caminho é recheado de obstáculos, inimigos carismáticos e reviravoltas surpreendentes. O charme de Disney Illusion Island está nos detalhes — desde o design de níveis cuidadosamente elaborado até os diálogos engraçados e cheios de personalidade entre os protagonistas, que parecem ter saído diretamente de um episódio clássico dos desenhos animados.

Logo de cara, o visual vibrante e a animação fluida chamam a atenção. Cada movimento, cada pulo e cada interação é uma ode ao estilo dos clássicos da Disney. O jogo é como uma animação interativa, com cenários desenhados à mão que explodem em cores e reagem conforme você explora. A ilha é dividida em várias áreas distintas, cada uma com sua própria paleta de cores e temas, que vão desde florestas exuberantes e ruínas antigas até laboratórios futuristas. A exploração dessas áreas é uma das partes mais satisfatórias, pois o jogo constantemente incentiva o jogador a retornar a lugares já visitados para encontrar segredos escondidos, usando novas habilidades e movimentos que você desbloqueia ao longo da jornada.

E falando em habilidades, Disney Illusion Island brilha ao utilizar o talento único de cada personagem. Mickey é ágil e leve, capaz de alcançar plataformas mais distantes; Minnie é graciosa e eficiente, ideal para escapar de armadilhas complicadas; Donald é impetuoso e cheio de força, capaz de derrubar obstáculos que bloqueiam o caminho; e Pateta, como sempre, traz aquele toque cômico e desengonçado, mas surpreendentemente útil em situações específicas. Cada um dos quatro personagens tem habilidades que refletem suas personalidades, tornando cada um deles essencial e oferecendo uma experiência de jogo diferenciada. Não importa se você prefere pular com a leveza de Mickey ou esmagar tudo como Donald, o jogo faz um excelente trabalho em equilibrar os poderes e criar puzzles que exigem a colaboração entre as habilidades de todos.

O modo cooperativo é onde Disney Illusion Island realmente ganha vida. Até quatro jogadores podem se juntar para explorar a ilha, e a interação entre os personagens adiciona um nível extra de diversão. É possível ajudar um amigo a alcançar um lugar mais alto, abrir passagens que só podem ser acessadas em dupla e até dar um abraço para recuperar a saúde — sim, um abraço! Essa mecânica simples, mas extremamente adorável, é um reflexo do tom leve e acolhedor do jogo. Tudo em Disney Illusion Island parece feito para criar um sorriso no rosto do jogador, e a cooperação entre os personagens, cheia de piadas e pequenas provocações, reforça esse sentimento.

Mas não se engane: por trás de toda essa fofura e simplicidade visual, há um jogo desafiador que exige habilidade e paciência. Disney Illusion Island mistura elementos clássicos de Metroidvania com plataformas precisas e puzzles intrincados. As áreas se interconectam de forma orgânica, com passagens secretas e atalhos que só podem ser acessados quando você encontra a habilidade certa ou supera um desafio específico. A sensação de recompensa ao desvendar cada novo caminho é enorme, e cada novo poder que você desbloqueia abre uma gama de possibilidades para explorar ainda mais a ilha. É um jogo que constantemente te desafia a voltar, olhar mais de perto e explorar cada centímetro.

Os encontros com chefes são outro ponto alto do jogo. Cada chefe é único e traz consigo desafios que exigem não apenas reflexos rápidos, mas também estratégia e uso inteligente das habilidades dos personagens. A estética dos chefes é exagerada e colorida, mas eles são tão expressivos que parece que você está realmente enfrentando personagens dos filmes da Disney, com cada golpe e movimento carregado de personalidade. Derrotá-los traz uma grande sensação de realização, e o fato de que você pode trocar de personagens durante as lutas, dependendo do estilo que deseja utilizar, adiciona uma camada extra de estratégia.

A trilha sonora é outro espetáculo à parte. Composta por músicas que remetem aos temas clássicos dos parques e filmes da Disney, cada faixa é cuidadosamente orquestrada para combinar com o clima da área que você está explorando. As melodias variam de leves e alegres a épicas e imponentes, acompanhando perfeitamente o ritmo do jogo e intensificando a experiência de forma que você realmente se sente em uma aventura mágica. Cada nota musical, cada som ambiente parece ter sido colocado ali para transportar o jogador para esse mundo encantado.

Outro ponto que vale a pena mencionar é como o jogo lida com a dificuldade. Disney Illusion Island é acessível o suficiente para que jogadores mais novos consigam aproveitar e se divertir, mas também apresenta desafios que vão fazer até os veteranos suarem para encontrar cada segredo ou completar cada seção de plataforma mais difícil. O jogo oferece opções de ajuste de dificuldade, então você pode personalizar a experiência para focar na diversão e na exploração ou aumentar o nível de desafio para testar suas habilidades ao máximo. É uma flexibilidade que raramente se vê e que ajuda a garantir que ninguém fique de fora dessa experiência.

O fator replay também é garantido. Mesmo após terminar a história principal, há uma infinidade de itens colecionáveis para encontrar, áreas escondidas para explorar e segredos que só podem ser descobertos ao usar combinações específicas de habilidades. É um jogo que constantemente te convida a voltar, a explorar mais e a experimentar novas estratégias para desbloquear 100% do mapa. E claro, jogar com diferentes personagens ou com amigos traz uma nova perspectiva à jogatina, tornando cada sessão única.

Se você é fã da Disney ou apenas gosta de Metroidvanias, esse é um título que vai te conquistar pela jogabilidade refinada, pelo visual encantador e pela alegria pura que proporciona a cada minuto. É uma jornada que faz jus ao legado de Mickey, Minnie, Donald e Pateta, e que vai deixar um sorriso no rosto de qualquer um que embarcar nessa aventura.

39 – Owlboy

Owlboy é um daqueles jogos que conseguem capturar o espírito de uma era que parecia perdida e, ao mesmo tempo, trazer algo totalmente novo e empolgante para o gênero Metroidvania. Desde os primeiros segundos, é impossível não ser arrebatado pelo visual deslumbrante, com gráficos pixel art que são uma verdadeira obra de arte. Cada cenário, cada personagem e cada inimigo foi desenhado e animado com um nível de detalhe e carinho que te faz parar para admirar o cenário antes de seguir em frente. Esse jogo é uma prova de que o estilo retrô nunca sai de moda, e que quando executado com maestria, ainda pode deixar os jogadores de queixo caído. No controle de Otus, um jovem coruja mudo que luta para provar seu valor em um mundo que parece conspirar contra ele, você embarca em uma aventura que é tanto uma jornada de autodescoberta quanto uma missão para salvar sua terra natal de uma ameaça ancestral.

Logo de cara, Owlboy se destaca por apresentar uma narrativa profunda e tocante, com personagens que evoluem ao longo do jogo e com quem você realmente se importa. A história de Otus é permeada por um sentimento de inadequação e superação. Por ser incapaz de falar, ele é frequentemente subestimado e tratado como um fardo por muitos ao seu redor. No entanto, é justamente essa fraqueza aparente que se transforma em sua maior força, e ao longo do jogo, vemos um protagonista que encontra seu lugar no mundo através de coragem, amizade e persistência. À medida que você explora cada canto desse universo belamente construído, o jogo te desafia a ajudar Otus a encontrar seu propósito e a descobrir que, mesmo diante de todas as adversidades, ele é um herói em seu próprio direito.

E é claro, nada disso funcionaria tão bem sem a jogabilidade sólida e divertida que Owlboy oferece. O jogo mescla a exploração típica dos Metroidvanias com mecânicas de voo e combate de uma maneira única e fluida. Controlar Otus pelo ar é uma experiência suave e prazerosa, e o jogo se aproveita disso para criar um design de nível vertical e expansivo, que te desafia a explorar o mapa não apenas horizontalmente, mas em todas as direções possíveis. A sensação de liberdade ao planar por vales, montanhas e ruínas esquecidas é incrível, e você nunca sabe o que pode encontrar ao seguir na direção oposta ao que parece ser o caminho principal. Essa verticalidade é utilizada de forma inteligente para esconder segredos, criar desafios de plataforma e entregar uma experiência que vai muito além do tradicional.

Mas o que realmente diferencia Owlboy dos demais jogos do gênero é o sistema de parceiros. Ao longo da jornada, Otus encontra amigos que se juntam a ele e fornecem habilidades distintas que complementam seu arsenal de combate e ajudam a resolver os inúmeros quebra-cabeças que surgem pelo caminho. Cada parceiro tem uma habilidade única: Geddy, o melhor amigo de Otus, é um atirador habilidoso que usa uma arma que dispara com rapidez; Alphonse, um pirata renegado, utiliza um poderoso lança-chamas; e há outros personagens que oferecem novas possibilidades de combate e exploração. A mecânica de carregar seus companheiros e alternar entre eles para se adaptar a diferentes situações de combate ou para acessar áreas que antes eram inacessíveis é um toque genial que adiciona uma camada extra de estratégia e complexidade ao gameplay. Escolher o parceiro certo na hora certa pode fazer toda a diferença, e o jogo te força a pensar fora da caixa e a usar todos os recursos à sua disposição para avançar.

O design dos inimigos e das batalhas contra chefes é outro ponto forte. Cada área do jogo apresenta novos tipos de adversários, que exigem uma combinação de agilidade e habilidades específicas para serem derrotados. As lutas contra chefes são memoráveis e sempre apresentam um novo desafio mecânico, testando suas habilidades de voo, combate e resolução de quebra-cabeças. A satisfação ao derrotar um chefe difícil ou ao encontrar uma nova estratégia para superar uma seção particularmente complicada é enorme, e a curva de dificuldade é muito bem ajustada, oferecendo uma experiência que é desafiadora, mas nunca frustrante. Além disso, a variedade de inimigos e obstáculos mantém o jogo sempre interessante, e você nunca sabe qual será o próximo desafio que encontrará ao dobrar a esquina.

Visualmente, Owlboy é um espetáculo à parte. Os gráficos em pixel art são incrivelmente detalhados, e a animação fluida dá vida a um mundo que parece pulsar com energia. As cores vibrantes e a riqueza de texturas nos cenários tornam cada área única e memorável, seja ela um vilarejo pacífico, uma floresta misteriosa ou as ruínas de uma civilização antiga. As expressões faciais dos personagens são cheias de nuances e ajudam a contar a história mesmo sem palavras, transmitindo emoções que variam da alegria à tristeza, da raiva ao medo. É um jogo que esbanja estilo e beleza, e cada cena parece ter sido pintada com todo o cuidado para garantir que o jogador se sinta realmente imerso nesse universo encantador.

A trilha sonora, composta por temas orquestrados e músicas ambientais, complementa perfeitamente a experiência. As melodias são melancólicas e inspiradoras, acompanhando as emoções de cada momento da história e aumentando ainda mais a imersão. Os sons suaves e épicos se entrelaçam com os efeitos sonoros dos cenários e das batalhas, criando uma atmosfera que te envolve e faz com que cada área tenha uma identidade musical própria. Seja voando sobre planícies tranquilas ou enfrentando um chefe gigantesco, a trilha sonora sempre te coloca no clima certo, adicionando mais profundidade às emoções já presentes na narrativa.

Owlboy também brilha em sua forma de contar a história. O jogo apresenta uma narrativa que, embora pareça simples à primeira vista, vai se tornando mais complexa e envolvente à medida que os personagens e suas motivações são explorados. Existem reviravoltas emocionantes, momentos de introspecção e até mesmo trechos de pura ação e adrenalina. A história de Otus e seus amigos é uma jornada de aceitação, crescimento e, acima de tudo, de superação dos próprios medos. Não se trata apenas de derrotar os vilões e salvar o mundo; trata-se de encontrar o seu lugar nesse mundo e provar, para si mesmo e para os outros, que você é capaz de grandes feitos. Essa mensagem de perseverança ressoa com todos que já se sentiram inseguros ou subestimados, tornando a jornada de Otus profundamente pessoal e tocante.

E mesmo depois de completar a história principal, o jogo ainda te convida a continuar explorando. Existem inúmeros segredos e colecionáveis espalhados pelo mapa, muitos dos quais só podem ser acessados após adquirir novas habilidades ou depois de resolver enigmas desafiadores. Para os completistas, há muito conteúdo extra a ser encontrado, e a sensação de recompensa ao descobrir um segredo bem escondido é sempre gratificante. Owlboy é um jogo que te faz querer explorar cada canto, experimentar cada possibilidade e desvendar todos os mistérios que ele tem a oferecer.

38 – Prince of Persia: The Lost Crown

Prince of Persia: The Lost Crown é o tipo de jogo que te prende desde o primeiro momento com uma combinação irresistível de nostalgia e inovação. Imagine o retorno triunfante do príncipe, mas agora em um formato que mescla tudo o que há de melhor no estilo Metroidvania, um subgênero que nunca para de surpreender. E, olha, a Ubisoft não mediu esforços para trazer de volta esse ícone dos games em uma aventura que vai fazer você sentir a adrenalina pulsando a cada golpe e a cada salto, enquanto explora um mundo repleto de mistérios, desafios e ambientes incríveis. O jogo captura a essência do que tornou a série Prince of Persia tão icônica, mas injeta um sopro de ar fresco com mecânicas e um estilo visual que tornam essa experiência única e memorável.

Se você era fã dos jogos clássicos, prepare-se para se emocionar ao ver o príncipe correndo pelas paredes e executando saltos acrobáticos com uma precisão que beira a perfeição. E se você é novo nesse universo, vai descobrir porque ele é considerado um dos personagens mais influentes dos jogos de plataforma. O que mais impressiona em Prince of Persia: The Lost Crown é como ele combina elementos familiares com inovações que o fazem brilhar no catálogo do Nintendo Switch. A jogabilidade flui de maneira impressionante, com o príncipe se movendo com uma leveza que faz você se sentir no controle total, pronto para enfrentar qualquer desafio que apareça. Cada movimento é fluido e preciso, e você sente um prazer genuíno em realizar acrobacias arriscadas e combos devastadores enquanto atravessa os diferentes cenários.

A história é um mergulho épico em um mundo que mistura a beleza e a mística do Oriente Médio com um toque de fantasia que vai te deixar de queixo caído. Neste capítulo, a narrativa nos leva a acompanhar o príncipe enquanto ele embarca em uma missão para resgatar um ente querido sequestrado por forças sombrias. À medida que ele avança, descobre que há muito mais em jogo do que apenas o destino de uma pessoa. Existe um perigo antigo e misterioso que ameaça destruir todo o equilíbrio do reino. Cada encontro, cada descoberta vai revelando pedaços de um quebra-cabeça maior, criando uma atmosfera de suspense que te deixa sempre na ponta do sofá, querendo saber o que vem a seguir. A trama é envolvente e repleta de reviravoltas, com personagens cativantes que te fazem mergulhar de cabeça nessa história, além de vilões memoráveis que testam não só suas habilidades de combate, mas também sua inteligência e resiliência.

O mundo de The Lost Crown é um verdadeiro labirinto que te desafia a explorar cada canto, a encontrar segredos e a resolver quebra-cabeças complexos. Cada área do mapa está interconectada de uma maneira que te faz sentir como se estivesse desvendando um enorme quebra-cabeça, desbloqueando novas passagens e descobrindo itens que ampliam suas habilidades. A sensação de progresso é constante, e o jogo sabe recompensar bem o jogador curioso que se atreve a sair do caminho principal para explorar becos sem saída e passagens secretas. E é exatamente esse design meticuloso que faz com que o jogo se encaixe tão bem no gênero Metroidvania. Não é apenas sobre seguir em frente e derrotar inimigos, é sobre explorar, experimentar e usar as habilidades recém-adquiridas para abrir novas possibilidades. Essa abordagem faz com que cada sessão de jogo seja única, incentivando a exploração e a experimentação.

Além disso, o combate é um show à parte. O príncipe tem um arsenal de habilidades e movimentos que se combinam em combos espetaculares, que vão desde espadadas rápidas e precisas até golpes devastadores que varrem grupos de inimigos. Cada batalha é um teste de reflexos e estratégia, e a diversidade de adversários te força a adaptar seu estilo de luta. Desde soldados habilidosos e criaturas monstruosas até chefes gigantescos que preenchem a tela e exigem leitura de padrões e paciência, o combate é uma dança coreografada que mantém você vidrado na tela. E claro, como em todo bom Metroidvania, à medida que avança na história, você desbloqueia novas habilidades e equipamentos que tornam o príncipe ainda mais letal e versátil, permitindo que você crie seu próprio estilo de jogo.

Visualmente, Prince of Persia: The Lost Crown é um espetáculo. Os cenários são ricos em detalhes, com palácios majestosos, desertos inóspitos e florestas misteriosas, todos desenhados com uma estética que mistura o realismo e o surrealismo, criando uma atmosfera mágica e imersiva. A direção de arte captura a essência do universo de Prince of Persia, mas com um toque moderno que destaca a beleza de cada pixel. Cada ambiente tem vida própria, e os efeitos de iluminação, sombreamento e animação adicionam camadas de profundidade que realmente te fazem sentir dentro desse mundo fantástico. O design dos personagens também é impressionante, com trajes que refletem a cultura e a tradição do mundo oriental, mas com um toque de fantasia que os torna ainda mais fascinantes. O príncipe, em particular, exala carisma e força, e cada movimento seu, seja ele um salto mortal ou um golpe de espada, é animado de uma forma que o faz parecer mais real do que nunca.

Mas não é só o visual que brilha aqui. A trilha sonora é simplesmente arrebatadora. Composta por faixas que mesclam melodias tradicionais do Oriente Médio com elementos orquestrais e modernos, a música te acompanha e intensifica cada momento, seja em uma batalha épica contra um chefe ou em uma exploração mais calma e introspectiva. As batidas intensas te empurram para a frente em momentos de ação, enquanto as melodias suaves te envolvem em passagens mais emotivas e reflexivas. Cada música parece ter sido criada sob medida para o ambiente em que você se encontra, adicionando camadas de imersão que fazem com que a experiência seja ainda mais rica e impactante.

Outro ponto que merece destaque é como o jogo lida com a progressão e a dificuldade. Não se trata apenas de um jogo de saltos e golpes — The Lost Crown te desafia a pensar, a calcular seus movimentos e a encontrar a melhor abordagem para cada situação. Os quebra-cabeças são engenhosos e exigem que você utilize as habilidades adquiridas de maneiras criativas. Muitas vezes, o jogo te apresenta um desafio e faz você sentir que a solução está quase ao seu alcance, mas exige aquele momento de clareza e insight para finalmente desvendar o segredo. Esse equilíbrio entre combate e resolução de enigmas faz com que o jogo se mantenha dinâmico e envolvente do começo ao fim.

Além disso, Prince of Persia: The Lost Crown acerta em cheio na forma como integra a narrativa ao gameplay. As cutscenes são bem dirigidas, com diálogos afiados e expressivos que dão ainda mais vida aos personagens. A história nunca te tira do controle por muito tempo, e a transição entre gameplay e narrativa é suave e natural, permitindo que você se sinta parte ativa da história em todos os momentos. A sensação de imersão é constante, e você realmente sente que está ao lado do príncipe em sua busca por justiça e redenção.

E mesmo depois de terminar a história principal, o jogo ainda te convida a continuar explorando. Há uma infinidade de segredos escondidos, itens colecionáveis e desafios opcionais que estendem a vida útil do jogo e oferecem recompensas para aqueles que se dedicam a encontrar tudo. Os completistas vão adorar a quantidade de conteúdo extra, e a sensação de recompensa ao finalmente descobrir aquele segredo bem escondido é imensa. Prince of Persia: The Lost Crown é um jogo que te convida a se perder em seu mundo e a encontrar todos os seus tesouros.

37 – Gato Roboto

Observação: Tem detonado completo (guia e estratágia passo a passo) de Gato Roboto aqui no Revolution Arena, pode procurar na seção de detonados!

Gato Roboto é uma explosão de criatividade e diversão no universo dos Metroidvanias. Com um conceito que mistura o absurdo e o adorável, você assume o controle de um pequeno gato, Kiki, que se aventura em uma perigosa missão de resgate dentro de uma base subterrânea misteriosa. E não se deixe enganar pelo seu tamanho ou pela fofura de seu protagonista: este jogo é muito mais do que parece à primeira vista. O título é uma homenagem clara aos clássicos do gênero, mas ao mesmo tempo oferece uma experiência única e inesquecível que não perde o fôlego em nenhum momento. Desde os primeiros segundos, fica claro que a desenvolvedora Doinksoft sabia exatamente o que estava fazendo ao colocar um gatinho dentro de um traje robótico de batalha.

Tudo começa de maneira simples, mas rapidamente se desenrola em uma jornada repleta de perigos, desafios e muito, mas muito carisma. A história é introduzida com um toque de humor: Kiki, o adorável felino do capitão, precisa se lançar em uma missão heroica para resgatar seu dono, cuja nave espacial colidiu em um planeta inexplorado. O capitão está preso e ferido, mas Kiki, com sua coragem felina e um adorável traje robótico, se encarrega de explorar os corredores perigosos da base de pesquisa abandonada para encontrar uma maneira de resgatá-lo. Você rapidamente percebe que esse jogo não é apenas uma paródia, mas uma experiência meticulosamente planejada que consegue equilibrar humor e desafio de forma brilhante.

A jogabilidade é onde Gato Roboto realmente brilha. No controle de Kiki, você navega por um mundo labiríntico que exige inteligência e agilidade para superar. O traje robótico que o gatinho pilota oferece proteção e habilidades ofensivas essenciais, como tiros laser e a capacidade de nadar em água sem perigo. O movimento dentro do traje é incrivelmente fluido, e cada nova habilidade desbloqueada é utilizada para expandir o mundo, permitindo acessar novas áreas que estavam bloqueadas anteriormente. Essa progressão clássica de Metroidvania é executada com perfeição e faz com que o jogo seja viciante. A cada nova habilidade adquirida, surge aquela empolgação familiar de poder voltar para uma área já visitada e descobrir segredos que antes pareciam inalcançáveis.

Mas o jogo não se limita a isso. Em certos momentos, Kiki precisa abandonar seu traje robótico para atravessar passagens estreitas, nadar ou até mesmo interagir com mecanismos que apenas ela consegue alcançar. E é aí que o jogo te surpreende: fora do traje, Kiki é incrivelmente vulnerável, o que adiciona uma camada estratégica e, ao mesmo tempo, cômica ao jogo. Cada vez que você deixa o traje para trás, sente uma mistura de apreensão e alívio, sabendo que a próxima parte do caminho será feita com a destreza de um gato e não com o poder de fogo de um robô. Esses momentos criam um contraste interessante que quebra o ritmo de combate intenso e te faz repensar a abordagem para cada situação.

Os combates são desafiadores na medida certa e os inimigos, embora pareçam adoráveis no estilo visual minimalista do jogo, podem ser mortais se subestimados. Há um ótimo equilíbrio entre ação e exploração, e as batalhas contra chefes são pontos altos que exigem paciência e um bom domínio das habilidades adquiridas ao longo da jornada. Cada chefe tem padrões únicos e requer que você pense fora da caixa para descobrir a melhor forma de derrotá-los. A satisfação ao vencer um chefe particularmente difícil é enorme e te impulsiona a seguir em frente para descobrir o próximo desafio que o jogo reserva.

Falando em visual, Gato Roboto é um exemplo de como um estilo minimalista pode ser incrivelmente expressivo e encantador. A escolha por um esquema monocromático preto e branco, semelhante aos jogos antigos de Game Boy, é ousada e dá ao jogo uma identidade visual única. Mesmo com essa paleta limitada, os cenários são variados e transmitem diferentes atmosferas: desde laboratórios futuristas repletos de computadores piscando até cavernas aquáticas e setores infestados por criaturas alienígenas. Os sprites dos personagens são simples, mas suas animações têm tanta personalidade que você se pega sorrindo a cada movimento de Kiki, seja ela balançando o rabinho ou olhando curiosa para um novo elemento no cenário.

A trilha sonora e os efeitos sonoros complementam perfeitamente o ambiente. Com músicas que capturam o espírito de aventura e mistério, você nunca se sente sozinho ou perdido no vasto labirinto da base. As faixas são compostas de maneira a se intensificar nos momentos de ação e a relaxar em áreas de exploração, garantindo que cada sala que você entra tenha seu próprio tom e ritmo. Além disso, os efeitos sonoros são engraçadinhos e bem sincronizados, como os miados de Kiki, que funcionam quase como uma forma de comunicação entre ela e o jogador. A trilha sonora eletrônica de estilo chiptune, por sua vez, é envolvente e acompanha bem cada momento do jogo, criando uma atmosfera que é, ao mesmo tempo, nostálgica e moderna.

Outro ponto que merece destaque é o humor que permeia toda a aventura. O diálogo entre o capitão e Kiki é cheio de piadas e referências engraçadas, que te fazem sentir que, embora o jogo tenha desafios reais e mecânicas sérias, ele não se leva tão a sério assim. Há momentos que quebram a quarta parede e interações que arrancam sorrisos mesmo nas partes mais tensas da história. É um jogo que sabe rir de si mesmo, e isso o torna ainda mais cativante.

No que diz respeito à duração, Gato Roboto não é um jogo particularmente longo, mas ele aproveita bem o tempo que você passa com ele. A campanha principal pode ser completada em poucas horas, mas o design compacto e eficiente faz com que cada minuto seja aproveitado ao máximo. Não há enrolação: cada área, cada inimigo e cada quebra-cabeça têm um propósito claro e contribuem para o fluxo do jogo. Isso faz com que seja uma excelente escolha tanto para quem quer um Metroidvania rápido e acessível quanto para aqueles que procuram uma experiência mais aprofundada, com segredos e itens escondidos esperando para serem descobertos. A diversão não se perde nem por um segundo, e o jogo te deixa com aquela vontade de explorar mais e mais.

Gato Roboto é uma obra-prima que combina simplicidade e complexidade de maneira brilhante. Ele prova que não é preciso gráficos avançados ou um enredo super elaborado para criar um dos jogos mais memoráveis do gênero. O charme do protagonista, o design de fases inteligente e o equilíbrio perfeito entre ação e exploração fazem deste título uma verdadeira joia no catálogo do Nintendo Switch. Se você é fã de Metroidvanias ou apenas quer algo novo e refrescante para jogar, não pode deixar de conferir essa aventura felina que vai te fazer miar de alegria a cada novo desafio superado.

36 – Timespinner

Timespinner é uma verdadeira pérola perdida entre os Metroidvanias para o Nintendo Switch, um jogo que captura a essência dos clássicos que definiram o gênero, mas que ao mesmo tempo ousa a trilhar um caminho próprio e repleto de personalidade. Imagine um mundo onde as fronteiras do tempo e do espaço não são barreiras intransponíveis, onde cada salto entre passado e presente é um passo estratégico para reverter tragédias e desafiar o destino. Essa é a proposta central desse game surpreendente, que desde o início te envolve com sua trama profunda e cativante, personagens complexos e uma jogabilidade que te deixa sempre na beira do assento, ansioso para descobrir o que vem a seguir.

Tudo começa de forma dramática e emocionante, quando a jovem Lunais presencia a destruição de sua aldeia e a morte de seus entes queridos, tudo sob a cruel opressão do Império Lachiem. Em um último ato de desespero, ela ativa um antigo artefato chamado Timespinner e é arremessada para o passado, separada de sua família e de seu povo. A partir daí, a missão de Lunais não é apenas buscar vingança, mas também explorar a história por trás desse império e descobrir os segredos do próprio Timespinner. Ao longo dessa jornada, o jogo nos apresenta a um universo incrivelmente detalhado, onde cada cenário tem uma história a contar e cada personagem possui motivações e dilemas que se entrelaçam com a busca de Lunais por respostas e justiça.

O que realmente diferencia Timespinner de outros Metroidvanias é a maneira como ele utiliza a manipulação do tempo como um elemento fundamental tanto na história quanto na jogabilidade. Lunais é capaz de parar o tempo por curtos períodos, permitindo que você passe por inimigos ou crie plataformas temporárias usando os projéteis congelados de seus adversários. Esse poder muda completamente a dinâmica do combate e da exploração, oferecendo um leque de possibilidades criativas para superar os obstáculos e derrotar os inimigos. Cada área e cada quebra-cabeça parecem construídos com o intuito de desafiar você a pensar de forma não convencional, aproveitando ao máximo essa habilidade única. E é exatamente isso que faz com que você se sinta mais esperto e habilidoso a cada novo desafio superado.

A alternância entre o presente e o passado não é apenas um truque estético ou narrativo, mas uma mecânica de jogo que influencia diretamente o layout das áreas e a forma como você progride pela história. Os atos de Lunais no passado afetam diretamente o estado do mundo no presente, e explorar essas mudanças é uma das partes mais gratificantes do jogo. Imagine destruir uma barreira no passado para liberar um novo caminho no presente ou conversar com personagens em tempos diferentes para coletar informações cruciais e revelar segredos ocultos. Essas interações entre tempos criam uma profundidade estratégica impressionante e fazem com que você se sinta verdadeiramente no controle do destino desse mundo.

A progressão segue o estilo clássico dos Metroidvanias, com áreas bloqueadas até que você obtenha habilidades ou armas específicas para acessá-las. O jogo te recompensa constantemente por explorar cada canto, com melhorias de saúde, novos feitiços e equipamentos que tornam Lunais uma combatente cada vez mais formidável. O combate, por sinal, é ágil e preciso, com a protagonista utilizando uma variedade de orbes mágicos que oferecem diferentes estilos de ataque, de projéteis rápidos a explosões devastadoras. Isso permite um nível de personalização interessante, onde você pode escolher e combinar habilidades que se adaptem ao seu estilo de jogo ou ao tipo de inimigo que estiver enfrentando.

A história de Timespinner é uma montanha-russa emocional, com temas de perda, traição, redenção e a busca por identidade. O roteiro é cheio de reviravoltas, e a maneira como ele é contado — com diálogos bem escritos e personagens que evoluem de forma significativa ao longo do jogo — mantém você investido até o final. Lunais não é apenas uma heroína em busca de vingança; ela é uma jovem que se vê em meio a um turbilhão de acontecimentos que colocam à prova suas convicções e valores. A medida que ela se depara com os resquícios do passado, é impossível não se conectar com seus sentimentos de raiva, dor e, eventualmente, esperança.

A estética do jogo é uma verdadeira homenagem aos clássicos dos anos 90, com belos gráficos em pixel art que recriam ambientes místicos e deslumbrantes. As paletas de cores vibrantes dão vida a castelos abandonados, florestas sombrias e laboratórios cheios de tecnologia misteriosa, cada um com seu próprio clima e atmosfera. Os inimigos são variados e bem desenhados, e os chefes são particularmente impressionantes, tanto pelo design quanto pelos desafios que apresentam. A trilha sonora complementa perfeitamente o visual do jogo, com músicas que evocam sentimentos de nostalgia, melancolia e tensão. As melodias são compostas de maneira a te imergir completamente no universo de Timespinner, transformando cada nova área em uma experiência sensorial completa.

Outro ponto que merece ser mencionado é como o jogo trata as relações entre os personagens. Ao longo de sua aventura, Lunais encontra aliados improváveis, cada um com suas próprias histórias e motivos para odiar o Império Lachiem. As interações entre eles não são apenas toques sutis, mas sim diálogos e eventos que enriquecem a narrativa e adicionam camadas emocionais à trama principal. A sensação de camaradagem e solidariedade é palpável, e cada personagem traz uma nova perspectiva que te faz reconsiderar as ações do Império e os sacrifícios necessários para derrubá-lo.

Timespinner também acerta em cheio ao oferecer uma boa dose de conteúdo opcional e segredos para os jogadores mais dedicados. Existem áreas secretas, missões secundárias e finais alternativos que incentivam a exploração completa do mapa e a busca por cada pequena peça de lore escondida nos cantos mais remotos do jogo. O sistema de troféus e conquistas, por exemplo, oferece desafios adicionais que vão testar suas habilidades ao máximo, como derrotar chefes sem levar dano ou completar determinadas seções no menor tempo possível. Para os completistas, é um verdadeiro prato cheio, e a satisfação de alcançar 100% de conclusão é enorme.

Além disso, Timespinner não hesita em abordar questões sociais e políticas em seu enredo, usando a opressão do Império como uma metáfora para a resistência e o empoderamento. O jogo toca em temas como liberdade, opressão e luta pelo que é justo, sempre de forma respeitosa e sem perder o foco na experiência de entretenimento que oferece. Essa profundidade narrativa é um diferencial que faz com que o jogo se destaque entre tantos outros títulos do gênero, provando que ele não é apenas mais um Metroidvania, mas sim uma obra com algo a dizer e uma mensagem a transmitir.

35 – Shantae and the Seven Sirens

Shantae and the Seven Sirens é aquele tipo de jogo que pega tudo o que você ama nos Metroidvanias clássicos e mistura com uma pitada de pura magia e muito estilo. Imagine uma aventura vibrante e encantadora, onde a protagonista é uma meio-gênio supercarismática, de cabelos longos e chicotadas poderosas, que desafia monstros e quebra-cabeças em um cenário paradisíaco. Esse é o universo colorido e repleto de ação em que Shantae se lança nesta nova jornada. Dessa vez, a nossa querida guardiã de Scuttle Town é convidada para participar de um festival na Ilha dos Gênios, e, como de costume, nada sai como planejado! No meio de apresentações e celebrações com as outras meio-gênias, suas novas amigas são capturadas por forças misteriosas, e cabe a Shantae desbravar essa ilha enigmática, resgatar suas companheiras e desvendar os segredos sombrios que rondam o local.

O jogo começa com uma explosão de cores e música, e é difícil não se contagiar pela energia positiva que emana de Shantae e seus amigos. Os gráficos exuberantes, dignos de um desenho animado de alta qualidade, dão vida a cada detalhe, seja no cenário de praia iluminada pelo sol ou nas cavernas escuras e misteriosas que você terá que explorar. A arte é um espetáculo por si só, mas a verdadeira mágica acontece quando você começa a sentir o ritmo da jogabilidade fluida e viciante, cheia de combates dinâmicos e plataformas precisas. Cada golpe com o cabelo de Shantae, cada salto bem calculado e cada transformação em animal — agora mais rápidas e fáceis de usar do que nunca — contribuem para uma experiência que se destaca e se firma como uma das mais polidas e divertidas de toda a série.

Uma das grandes inovações de Shantae and the Seven Sirens está no sistema de transformações e fusões. A protagonista ganha a capacidade de realizar as chamadas Fusion Magic, permitindo que ela se transforme instantaneamente em várias criaturas que ajudam na exploração, como um tritão que nada por entre as correntes marinhas ou um tritão que pode nadar rapidamente por cavernas submersas. Essas fusões são integradas de maneira tão fluida que a mudança de forma é praticamente imperceptível e não quebra o ritmo do jogo, ao contrário de títulos anteriores, onde as transformações exigiam pequenas interrupções e animações. Agora, tudo acontece em um piscar de olhos, e isso faz com que cada seção do mapa seja mais acessível e te convida a tentar novas abordagens e combinações de habilidades para descobrir segredos bem escondidos.

Mas não é só isso: Shantae and the Seven Sirens também brilha por trazer de volta aquele design clássico de mundo interconectado, que te desafia a explorar cada canto, voltar atrás e usar as novas habilidades adquiridas para acessar áreas anteriormente bloqueadas. E esse loop de progressão é sempre recompensador, seja com novas habilidades, corações para aumentar sua vida ou cartas colecionáveis que concedem melhorias e modificações interessantes para as habilidades da heroína. Essas cartas, aliás, são uma adição maravilhosa, pois permitem que você ajuste e personalize o estilo de combate da Shantae ao seu gosto, adicionando desde golpes mais fortes até efeitos especiais nos ataques. Isso traz uma camada extra de estratégia, já que é possível experimentar diversas combinações para se adaptar a diferentes tipos de inimigos e desafios.

Falando em desafios, os chefes são um espetáculo à parte. Cada um é único e traz uma dinâmica diferente, exigindo que você use as habilidades recém-adquiridas de maneira criativa para derrotá-los. E sim, os combates são incrivelmente satisfatórios, com ataques que te fazem sentir o impacto de cada golpe, além de um nível de dificuldade que equilibra bem o desafio e a diversão. O humor característico da série também está presente, com diálogos hilários e interações bem humoradas que deixam os vilões mais carismáticos e as situações, mesmo as mais tensas, repletas de um charme inconfundível. É difícil não se encantar com os personagens excêntricos que você encontra pelo caminho, como a sempre presente Risky Boots, que está mais uma vez pronta para aprontar das suas, e as novas meio-gênias, cada uma com uma personalidade distinta e habilidades que te inspiram a querer salvá-las a qualquer custo.

Outro grande destaque é a ambientação do jogo. A Ilha dos Gênios é um lugar vivo e repleto de mistérios a serem desvendados. As áreas são incrivelmente variadas, indo de praias ensolaradas a cidades submersas e templos sombrios escondidos no subterrâneo. A diversidade nos cenários é refletida também nos inimigos, que se adaptam a cada ambiente e apresentam comportamentos diferentes, fazendo com que você esteja sempre em alerta e adaptando suas estratégias de combate. E o que dizer das animações? Cada movimento de Shantae é desenhado com tanto cuidado e estilo que você sente a personalidade dela transparecendo a cada passo, salto e ataque. Desde as expressões faciais até os movimentos das danças mágicas, tudo exala um carisma que é simplesmente impossível de ignorar.

E por falar em danças, esse é outro elemento que voltou com força total em Shantae and the Seven Sirens. As danças mágicas permitem que Shantae não só ative mecanismos e resolva quebra-cabeças, mas também interaja com o cenário de maneiras inesperadas, revelando passagens secretas e itens escondidos. É uma mecânica que te faz prestar atenção a cada detalhe, a cada parede suspeita e a cada sombra que parece um pouco fora do lugar, sempre te encorajando a investigar e experimentar. As danças também são utilizadas em alguns dos melhores quebra-cabeças do jogo, exigindo que você sincronize movimentos e habilidades para desbloquear novas áreas ou enfrentar inimigos poderosos.

O ritmo do jogo é perfeito para quem gosta de ação frenética misturada com exploração detalhada. O mapa é generoso em sua complexidade, mas sem nunca se tornar frustrante. É o tipo de jogo que te dá a satisfação de ver cada canto preenchido, cada segredo descoberto e cada chefe derrotado, e mesmo assim deixa você querendo mais. A transição suave entre ação, exploração e momentos de pausa para interagir com NPCs e entender mais sobre o lore da ilha mantém tudo em equilíbrio, tornando a experiência uma verdadeira montanha-russa de emoções.

A trilha sonora também merece um capítulo à parte. Composta por músicas empolgantes e envolventes, cada faixa é cuidadosamente sincronizada com os eventos e ambientes, elevando a imersão a um nível surpreendente. Das batidas aceleradas dos combates aos temas mais tranquilos e misteriosos das áreas de exploração, a música em Shantae and the Seven Sirens é inesquecível e vai grudar na sua cabeça muito tempo depois que você desligar o console.

Shantae and the Seven Sirens é um daqueles jogos que mostram como um clássico pode se reinventar sem perder sua essência. Ele traz de volta tudo o que os fãs amam na série, enquanto introduz novidades suficientes para manter a fórmula fresca e irresistível. É um Metroidvania que mistura charme, desafio e diversão de uma maneira tão harmoniosa que é difícil não recomendar a qualquer um que tenha um Nintendo Switch. Prepare-se para perder horas e horas explorando cada centímetro dessa ilha mágica, enfrentando desafios de tirar o fôlego e se apaixonando cada vez mais pela destemida e encantadora meio-gênio que é Shantae. Uma verdadeira obra-prima que prova, mais uma vez, que essa série veio para ficar e brilhar intensamente.

34 – Shantae and the Pirate’s Curse

Shantae and the Pirate’s Curse é um verdadeiro clássico moderno do gênero Metroidvania, um jogo que transborda charme e personalidade e consegue unir elementos de ação, exploração e narrativa em um pacote completo que é ao mesmo tempo nostálgico e inovador. Imagine uma aventura repleta de humor, inimigos inusitados, cenários deslumbrantes e uma protagonista que não mede esforços para proteger aqueles que ama. Este é o universo de Shantae, a meio-gênio mais carismática do mundo dos games, que, desta vez, se vê privada de seus poderes mágicos e precisa contar com habilidades totalmente novas e, claro, um aliado inesperado: ninguém menos que sua eterna rival, a pirata Risky Boots!

O enredo de Shantae and the Pirate’s Curse começa exatamente onde o jogo anterior, Shantae: Risky’s Revenge, termina, mas se você não conhece a série, não se preocupe. A trama é contada de forma simples e direta, sem deixar de ser rica e cativante. Após perder suas habilidades mágicas, Shantae descobre que uma ameaça ainda maior está prestes a se libertar. Um antigo e poderoso mal conhecido como Dark Magic começa a infectar as ilhas das Sereias, e somente a união improvável entre Shantae e Risky Boots pode impedir que tudo caia no caos absoluto. Munida de um arsenal de armas piratas e determinada a provar que é uma heroína com ou sem magia, Shantae parte em uma jornada para explorar terras desconhecidas, derrotar inimigos temíveis e, claro, encontrar uma maneira de recuperar seus poderes enquanto tenta conter a nova ameaça.

Logo de cara, o que se destaca em Shantae and the Pirate’s Curse é o design de nível primoroso. As ilhas que Shantae visita são meticulosamente construídas para oferecerem não apenas desafios de combate e plataforma, mas também uma estrutura de exploração que te encoraja a revisitar áreas anteriores com novas habilidades. E é aqui que o jogo realmente brilha: em vez das tradicionais transformações que a protagonista usava para acessar diferentes partes do cenário, como se transformar em um elefante ou um macaco, ela agora conta com um conjunto de habilidades adquiridas dos equipamentos piratas de Risky Boots. Isso inclui o chapéu de pirata, que permite planar por curtas distâncias, as botas para disparadas em alta velocidade, o canhão para realizar pulos triplos e a espada para destruir barreiras. Cada nova habilidade é uma ferramenta que expande enormemente a capacidade de navegação pelos mapas, e a sensação de progressão que você sente ao dominá-las é incrível. A cada novo item obtido, você se vê revisitando áreas anteriores para descobrir passagens secretas e tesouros que antes estavam fora de alcance.

A jogabilidade de Shantae and the Pirate’s Curse é uma mistura deliciosa de combate rápido e ágil com segmentos de plataforma que exigem precisão e raciocínio rápido. A ausência das transformações mágicas é mais do que compensada pelas novas mecânicas, que deixam o jogo ainda mais dinâmico e diversificado. Utilizar o chapéu para atravessar abismos, correr por paredes estreitas com as botas e usar o canhão para alcançar plataformas elevadas se torna uma dança sincronizada que te envolve completamente no ritmo do jogo. Você sente cada conquista, cada item coletado e cada inimigo derrotado como passos em direção ao domínio completo dessas habilidades, o que torna a jornada extremamente gratificante.

E falando em inimigos, o jogo não decepciona quando o assunto é diversidade de oponentes e chefes. Cada ilha apresenta uma gama de criaturas e armadilhas exclusivas, além de chefes que não apenas são visualmente impressionantes, mas também exigem estratégias específicas para serem derrotados. Cada um desses confrontos é um show à parte, com padrões de ataque complexos e a necessidade de usar cada uma das suas habilidades para encontrar o ponto fraco do inimigo. Esses momentos são repletos de tensão e exigem reflexos rápidos e uma boa dose de paciência, mas a sensação de triunfo ao derrotar um chefe particularmente difícil é incomparável.

Visualmente, Shantae and the Pirate’s Curse é um deleite para os olhos. Os cenários são vibrantes e cheios de detalhes, com fundos animados que dão vida a cada local visitado. Desde desertos escaldantes a templos cheios de mistério e florestas exuberantes, cada área é um banquete visual que te faz querer parar e admirar a paisagem. Os personagens são animados de forma incrivelmente expressiva, e cada um deles exala carisma. A equipe da WayForward fez um trabalho espetacular ao dar vida a um mundo cheio de humor e charme, onde até os vilões têm uma certa simpatia e personalidade que os tornam memoráveis. É fácil se apegar a cada personagem que aparece, seja pelas falas hilárias, pelos diálogos cheios de referências ou pelas interações inesperadas e cômicas entre eles.

Outro ponto que merece destaque é a trilha sonora do jogo, que complementa perfeitamente a ação e a exploração. As músicas são contagiantes e cheias de energia, com temas que variam de acordo com o ambiente e a situação. As batidas rápidas e as melodias cativantes ajudam a estabelecer o tom certo, seja em momentos de combate frenético ou em passagens mais calmas e reflexivas. A música de fundo para as batalhas contra chefes, por exemplo, é um verdadeiro espetáculo à parte, elevando a tensão e fazendo você se sentir ainda mais imerso no confronto. É daquelas trilhas que você encontra cantando ou batucando muito tempo depois de ter desligado o console.

O humor característico da série Shantae também está presente em cada linha de diálogo. A química entre Shantae e Risky Boots é algo a se admirar, com provocações e sarcasmo permeando cada conversa entre as duas. Mesmo com suas diferenças, a dinâmica entre elas evolui ao longo da aventura, e você realmente sente que há um respeito mútuo crescendo, o que adiciona uma camada emocional à trama que não se encontra facilmente em jogos do gênero. Além disso, as piadas e os momentos engraçados tornam a experiência leve e descontraída, mesmo nos trechos mais desafiadores.

Shantae and the Pirate’s Curse também é um daqueles jogos que te recompensa por explorar cada canto e prestar atenção aos mínimos detalhes. Há inúmeras áreas secretas, upgrades escondidos e colecionáveis que exigem uma combinação criativa das habilidades de Shantae. E é aí que o jogo cativa ainda mais: cada recompensa descoberta faz você se sentir um verdadeiro explorador, alguém que dominou o ambiente e conquistou cada desafio colocado pelo caminho. A variedade de segredos e a forma como eles são integrados ao mundo fazem com que a exploração nunca pareça repetitiva ou forçada; pelo contrário, você sempre quer saber o que há depois daquela parede suspeita ou o que pode acontecer se você usar o canhão naquele lugar improvável.

Além de todo o gameplay impecável e a narrativa envolvente, o jogo é um exemplo de como é possível inovar dentro de uma fórmula já estabelecida. A ausência dos poderes mágicos não foi um obstáculo, mas sim uma oportunidade para mostrar um lado novo de Shantae e sua determinação. A sensação de superação é constante, tanto para a personagem quanto para o jogador, e isso cria uma conexão única com a história. Você sente que, assim como Shantae, está aprendendo a lidar com as dificuldades e a crescer sem as facilidades que antes tinha à disposição.

Por fim, Shantae and the Pirate’s Curse é um Metroidvania que consegue se destacar entre tantos outros por sua combinação de jogabilidade refinada, personagens cativantes e um mundo vibrante e bem construído. É o tipo de jogo que te prende desde o início e te faz querer explorar cada pedaço de terra, cada caverna e cada ilha até descobrir todos os segredos que esconde. Se você procura por uma aventura empolgante, com personagens memoráveis e um desafio à altura, este é, sem dúvida, um título que merece estar no topo da sua lista de prioridades. Uma obra-prima que mostra como Shantae continua a se reinventar e a brilhar mais do que nunca, consolidando-se como uma das franquias mais amadas e respeitadas do gênero.

33 – La-Mulana 2

La-Mulana 2 é o tipo de jogo que desafia qualquer jogador a entrar em um mundo repleto de enigmas indecifráveis, segredos enterrados e um nível de dificuldade que não perdoa os desatentos. Este metroidvania é um verdadeiro teste de paciência, memória e astúcia, recompensando os mais obstinados com uma sensação de realização que poucos jogos conseguem oferecer. Desde os primeiros momentos, você já sente que está diante de algo único, com uma atmosfera que mistura um senso de descoberta arqueológica com um misticismo profundo e aterrorizante. La-Mulana 2 se passa em um mundo que parece ter saído de um sonho febril, um labirinto sem fim de ruínas, passagens secretas e armadilhas mortais, onde cada passo pode ser o último se você não prestar atenção a cada detalhe.

No centro dessa trama está Lumisa Kosugi, filha do protagonista do primeiro jogo, Lemeza Kosugi. Ela retorna às ruínas de Eg-Lana, um local ainda mais vasto e desafiador do que as ruínas originais de La-Mulana. Mas não pense que Lumisa está simplesmente seguindo os passos de seu pai; ela tem sua própria motivação e personalidade, e isso se reflete na maneira como você irá abordar os quebra-cabeças complexos e enfrentar os perigos escondidos nas profundezas. A história é envolvente e se desenrola aos poucos, com textos enigmáticos, NPCs misteriosos e inscrições antigas que vão se revelando conforme você avança. O jogo te joga em um mar de incertezas e o faz questionar se você está realmente preparado para encarar o que está por vir. Não há tutoriais extensos ou dicas fáceis — o mundo de La-Mulana é implacável e espera que você aprenda com seus erros.

Desde o primeiro momento, você percebe que La-Mulana 2 não é um metroidvania convencional. A maneira como o jogo conduz o jogador é diferente de tudo o que se vê por aí. Em vez de te segurar pela mão, ele te dá uma série de ferramentas e uma quantidade absurda de liberdade, esperando que você seja capaz de desvendar sozinho como tudo funciona. É como se você fosse um verdadeiro arqueólogo, perdido em um labirinto de cultura antiga e enigmas que desafiam a lógica. Cada área do mapa está interconectada de uma forma que faz você se perguntar se o caminho que escolheu realmente levará ao seu destino ou se acabará em uma armadilha mortal. Não é um jogo linear, e nem quer ser. Pelo contrário, ele te obriga a explorar cada canto, coletar pistas e, o mais importante, fazer anotações mentais — ou no papel, se precisar! — para juntar os pedaços desse quebra-cabeça colossal.

Os quebra-cabeças são o verdadeiro coração de La-Mulana 2, e são eles que elevam a experiência a um nível incomparável. Não são apenas questões de puxar alavancas ou ativar interruptores. Os enigmas aqui são profundos, intrincados e, em muitos casos, conectam elementos que você nem imaginava estarem relacionados. Às vezes, a solução para um problema que você encontra no início do jogo só se tornará clara após horas de exploração e a descoberta de um texto críptico do outro lado do mapa. A sensação de frustração é real, mas quando você finalmente entende o que fazer e resolve um enigma particularmente desafiador, a recompensa é um sentimento de êxtase absoluto. É quase como se o jogo fosse feito para te deixar à beira do desespero, apenas para te oferecer aquela pequena vitória que te motiva a seguir em frente.

Além dos quebra-cabeças, La-Mulana 2 também se destaca por seu combate e exploração. Lumisa não apenas enfrenta enigmas, mas também monstros implacáveis e chefes colossais que exigem precisão e estratégia. As batalhas são rápidas e intensas, e cada inimigo derrotado parece uma pequena vitória em um mar de desafios. Os chefes, em particular, são um verdadeiro teste de habilidades. Cada um tem padrões de ataque complexos e exige que você domine as mecânicas de combate, além de explorar o ambiente ao seu favor. Não é o tipo de jogo que você pode enfrentar de maneira descuidada; cada erro é punido, e a morte se torna uma companheira constante, mas não intransponível. Ao contrário de outros jogos que pegam leve com o jogador, La-Mulana 2 não pede desculpas pela sua dificuldade. Ele quer que você se adapte, aprenda e supere.

E essa dificuldade é complementada pela ambientação e pelo design de som. Cada ambiente de La-Mulana 2 tem sua própria identidade, seja uma caverna escura e abafada ou um templo ancestral iluminado por chamas sinistras. Os gráficos, em estilo retrô, são de uma beleza única e combinam perfeitamente com o tom misterioso e desafiador do jogo. Tudo é desenhado de maneira meticulosa, e você sente que cada pedra, cada estátua e cada inscrição foi colocada ali com um propósito. A trilha sonora, composta por temas épicos e sombrios, te transporta ainda mais para esse mundo cheio de segredos. Ela é capaz de deixar você inquieto nos momentos mais tensos e de te dar aquele impulso de adrenalina durante as batalhas contra os chefes. É um exemplo perfeito de como música e design visual podem se unir para criar uma atmosfera que fica gravada na memória.

La-Mulana 2 é um jogo que exige respeito, tanto pelo seu nível de dificuldade quanto pela sua complexidade. É como um teste de inteligência e perseverança que se recusa a ser domado facilmente. Mas para aqueles que se dispõem a enfrentar esse desafio e encarar as horas de tentativa e erro, a experiência é recompensadora de um jeito que poucos jogos conseguem ser. É um metroidvania para aqueles que realmente querem se perder em um mundo e sair dele transformados. Não é apenas sobre vencer o jogo, mas sobre entender o mundo em que você está inserido e superar todos os obstáculos que ele coloca em seu caminho.

Cada sala, cada corredor e cada combate em La-Mulana 2 são memoráveis. É o tipo de jogo que te marca, que te faz pensar mesmo quando você não está jogando. Você se pega lembrando de uma sala específica ou de um enigma que ficou sem resposta, e não consegue descansar até voltar e finalmente desvendar aquele mistério. É um jogo que te desafia de todas as formas possíveis e não te dá nada de graça, mas também não retém a recompensa para quem se prova digno. Quando você finalmente vê os créditos subindo na tela, não é apenas o fim de mais uma aventura. É uma vitória conquistada, uma prova de que você enfrentou os segredos das ruínas de Eg-Lana e saiu triunfante.

Com isso tudo, La-Mulana 2 não é apenas um dos melhores metroidvanias para o Nintendo Switch; é uma experiência que transcende o gênero. É um jogo que testa os limites da sua paciência e inteligência, mas que, ao mesmo tempo, é capaz de te recompensar de uma maneira única, que só quem se aventura por suas ruínas é capaz de entender. Se você está em busca de um desafio real e de uma jornada repleta de descobertas que te faça sentir como um verdadeiro explorador, então prepare seu chicote, equipe suas melhores armas e mergulhe nas profundezas de La-Mulana 2. As ruínas estão te esperando, e o tesouro que você encontrará ao desvendá-las é algo que vai muito além do ouro e das joias.

32 – Wonder Boy: The Dragon’s Trap

Wonder Boy: The Dragon’s Trap é uma verdadeira joia que ressurge do passado e brilha ainda mais em sua versão moderna para o Nintendo Switch, trazendo de volta todo o charme e desafio de um clássico dos anos 80, mas com um visual e jogabilidade que encantam tanto veteranos quanto novatos no gênero metroidvania. Imagine uma mistura perfeita de nostalgia e modernidade, onde cada pixel é recriado com um toque artístico meticuloso e a trilha sonora recebe uma nova roupagem com instrumentos reais, enquanto a essência original do jogo se mantém intacta. Esse é o poder de Wonder Boy: The Dragon’s Trap, que transporta o jogador para um universo vibrante e cheio de magia, mas sem perder o espírito aventureiro e a complexidade de exploração que definiram a série na época de seu lançamento.

Desde o primeiro momento, você sente que está diante de algo especial. A história começa exatamente onde Wonder Boy in Monster Land termina, com nosso herói — ou heroína, dependendo da sua escolha — enfrentando o temido Dragão Mecânico em uma batalha épica. No entanto, o que deveria ser um final glorioso se transforma em um pesadelo, pois ao derrotar o dragão, o protagonista é amaldiçoado e se transforma em uma criatura meio-humana, meio-reptiliana, conhecida como Homem-Lagarto. Agora, sua missão não é apenas derrotar os outros dragões que assolam o reino, mas também encontrar uma maneira de reverter essa maldição e restaurar sua forma original.

O que torna Wonder Boy: The Dragon’s Trap tão empolgante e diferente de outros jogos do gênero é justamente a forma como a mecânica de transformação está inserida no design do jogo. Conforme você derrota cada um dos dragões, a maldição muda o herói em diferentes criaturas, como o Homem-Rato, capaz de escalar paredes; o Homem-Piranha, que pode nadar livremente pelos cenários aquáticos; o Homem-Leão, com sua força bruta e capacidade de quebrar blocos; o Homem-Falcão, que voa por áreas antes inacessíveis; e o Homem-Tigre, que traz um equilíbrio entre saltos e ataques poderosos. Cada uma dessas formas é uma chave que desbloqueia novas possibilidades e caminhos ocultos no mapa, fazendo com que você se sinta compelido a voltar e explorar cada cantinho, agora equipado com habilidades que permitem acessar segredos que antes estavam fora de alcance.

A sensação de progressão em Wonder Boy: The Dragon’s Trap é incrivelmente satisfatória, pois o jogo te força a pensar e planejar cada movimento, cada exploração. Não é apenas sobre enfrentar inimigos e resolver pequenos quebra-cabeças, mas sobre conectar as peças desse enorme quebra-cabeça que é o mapa. A liberdade que o jogo te dá para explorar cada área no seu próprio ritmo, combinado com a necessidade de dominar cada habilidade obtida nas transformações, cria um ciclo de jogabilidade que te prende e te faz querer continuar descobrindo o que há de novo em cada recanto do cenário. E tudo isso com um controle refinado e preciso, que responde exatamente como deveria, tornando cada pulo, cada ataque e cada esquiva algo intuitivo e prazeroso.

Mas se engana quem pensa que o jogo é apenas um remake visual de um clássico. Wonder Boy: The Dragon’s Trap vai além e te permite alternar, a qualquer momento, entre os gráficos e a música original do jogo e a versão atualizada. Essa funcionalidade é um prato cheio para os fãs nostálgicos, que podem revisitar o jogo com o mesmo visual 8-bits e trilha sonora chiptune que marcaram suas infâncias, ao mesmo tempo em que o transforma em uma verdadeira obra de arte moderna, com sprites desenhados à mão, animações fluidas e uma trilha sonora que parece ter saído de um estúdio de cinema. A transição entre o antigo e o novo é tão suave que você se pega trocando entre os estilos para admirar as diferenças e ver como cada ambiente foi reinterpretado com tanto carinho e respeito pela equipe de desenvolvimento.

Outro ponto alto do jogo é o design de inimigos e chefes, que exigem raciocínio rápido e adaptação às diferentes formas que você assume. Cada um dos dragões que você enfrenta possui padrões de ataque únicos e apresentam desafios específicos, forçando o jogador a dominar cada habilidade para descobrir a melhor forma de vencer. Esses confrontos épicos são momentos de pura adrenalina, onde cada golpe é uma vitória suada e cada esquiva uma dança com a morte. Os inimigos menores também têm uma boa variedade e estão estrategicamente posicionados para te pegar de surpresa ou bloquear o caminho em momentos críticos, o que torna cada área um novo desafio a ser superado.

O equilíbrio entre desafio e recompensa é algo que Wonder Boy: The Dragon’s Trap acerta em cheio. As áreas são interligadas de forma inteligente, e o jogo nunca te entrega de bandeja as respostas para os problemas que coloca em seu caminho. Cada transformação vem com suas limitações e vantagens, e cabe a você aprender a melhor forma de usá-las para progredir. A satisfação de finalmente encontrar uma porta secreta, derrotar um chefe complicado ou conseguir um item que melhora suas habilidades é indescritível. Esse senso de realização é o que faz você continuar voltando para mais, mesmo após horas de exploração e tentativas frustradas.

E por falar em itens, a loja do jogo oferece uma boa variedade de equipamentos, espadas e armaduras que ajudam a personalizar seu estilo de jogo. Você pode equipar espadas com diferentes atributos, que aumentam seu poder de ataque ou conferem habilidades adicionais, como disparar projéteis. Já as armaduras te dão mais resistência e defesa, permitindo enfrentar inimigos mais fortes e avançar por áreas com mais confiança. Esses elementos de personalização adicionam um toque de RPG que complementa perfeitamente o núcleo de exploração e combate do jogo.

Visualmente, o jogo é um espetáculo à parte. Os cenários são detalhados e vibrantes, com cores vivas e animações que dão vida ao mundo de Monster Land. Desde as florestas luxuriantes às cavernas escuras e perigosas, cada ambiente tem um estilo próprio que reflete a atmosfera de cada área. Os personagens e inimigos são expressivos, e as animações fluem de maneira tão natural que cada movimento parece uma dança cuidadosamente coreografada. É o tipo de jogo que te faz querer parar e apenas admirar a arte, absorver cada detalhe das animações e se perder na beleza dos cenários.

Em termos de trilha sonora, Wonder Boy: The Dragon’s Trap não fica atrás. A nova versão das músicas clássicas é um deleite para os ouvidos, com cada melodia repaginada de forma a manter a essência do original, mas com uma profundidade e riqueza que só instrumentos reais podem proporcionar. As músicas se encaixam perfeitamente em cada ambiente, desde os momentos mais tranquilos de exploração até os embates frenéticos com chefes. É o tipo de trilha que você vai querer ouvir mesmo quando não estiver jogando, de tão envolvente que é.

Wonder Boy: The Dragon’s Trap é um exemplo brilhante de como se deve fazer um remake. Ele respeita e preserva tudo o que tornou o jogo original tão amado, mas ao mesmo tempo eleva a experiência com melhorias que fazem jus aos padrões modernos de qualidade. É um jogo que encanta com seu visual, desafia com sua jogabilidade e te envolve com sua história simples, mas cativante. Seja você um fã de longa data ou alguém que nunca ouviu falar da série, esta é uma aventura que merece ser vivida. É um verdadeiro tributo ao passado, mas também uma celebração do presente, mostrando como jogos clássicos podem continuar a inspirar e encantar jogadores de todas as idades.

31 – The Mummy Demastered

The Mummy Demastered é um daqueles jogos que surpreendem de maneira absolutamente inesperada e trazem uma nova perspectiva para o gênero metroidvania. Inspirado no filme de 2017 estrelado por Tom Cruise, ele poderia facilmente ter caído na armadilha dos famigerados “jogos de filme”, que muitas vezes são apenas adaptações simplistas feitas para aproveitar o hype de um lançamento cinematográfico. Mas, em vez disso, o que recebemos foi um metroidvania de alta qualidade, que não apenas supera as expectativas como também se destaca como uma das melhores surpresas do gênero no Nintendo Switch. Com uma estética retro que homenageia a era dos 16-bits e uma jogabilidade desafiadora e envolvente, The Mummy Demastered transforma o cenário sombrio e misterioso do filme em um playground cheio de segredos, desafios e batalhas épicas.

A trama do jogo se passa no mesmo universo do filme, mas ao invés de controlar o personagem principal da película, você assume o papel de um agente de elite da organização Prodigium, um soldado solitário cuja missão é deter a ameaça sobrenatural representada pela Princesa Ahmanet. E é aqui que o jogo começa a traçar sua própria identidade. Em vez de seguir os eventos do filme de maneira direta, The Mummy Demastered opta por focar em uma história paralela, onde o protagonista, que não tem nome e permanece um soldado genérico, deve explorar uma Londres infestada de criaturas das trevas, zumbis, insetos gigantes e, claro, as hordas amaldiçoadas da própria Ahmanet.

O charme do jogo está, sem dúvida, na maneira como combina elementos de horror e ação, com um clima tenso e uma trilha sonora atmosférica que faz você sentir que está sempre sendo perseguido, como se algo terrível estivesse à espreita a cada esquina. O estilo visual, inspirado nos clássicos gráficos em pixel art, cria uma atmosfera única e envolvente que consegue capturar perfeitamente o tom sombrio e enigmático do mundo das múmias e do sobrenatural. As sombras densas, os detalhes dos cenários e o design intricado dos inimigos criam uma sensação constante de inquietude, enquanto você se aventura por esgotos escuros, cavernas assombradas e ruínas cheias de segredos perigosos. Tudo isso faz com que você se sinta verdadeiramente imerso em um mundo decadente e apavorante, onde a morte espreita a cada movimento em falso.

Mas é a jogabilidade que realmente rouba a cena em The Mummy Demastered. Sendo um metroidvania de raiz, o jogo oferece um mapa interconectado e não linear que incentiva a exploração cuidadosa e a busca por upgrades que tornam o protagonista cada vez mais forte e capaz de enfrentar os desafios que surgem. O combate é ágil e intenso, com uma boa variedade de armas e habilidades que você desbloqueia ao longo da jornada. Desde metralhadoras e lança-chamas a granadas e rifles de precisão, cada arma traz uma nova camada estratégica para os confrontos, e encontrar o equilíbrio certo entre elas é crucial para sobreviver às hordas de inimigos que cruzam seu caminho. E quando se trata de explorar, a coisa fica ainda mais interessante. Existem várias passagens ocultas e áreas secretas que você só consegue acessar depois de obter determinados poderes, como o pulo duplo ou a capacidade de nadar em águas profundas. Essa dinâmica de “ver algo inacessível e querer voltar mais tarde para explorar” é a essência do metroidvania, e The Mummy Demastered acerta em cheio nesse quesito.

Um dos aspectos mais inovadores e empolgantes do jogo é a mecânica de morte e ressurreição. Quando você é derrotado por um dos muitos inimigos implacáveis, não há apenas uma simples tela de game over. Em vez disso, o agente que você estava controlando se torna um zumbi, ressuscitado pela maldição de Ahmanet, e você é imediatamente jogado no controle de um novo soldado enviado para a missão. Porém, esse novo agente precisa não apenas continuar a tarefa, mas também enfrentar o soldado anterior que agora é uma criatura do mal, armado com todo o equipamento que você havia coletado anteriormente. É um conceito fascinante que adiciona uma camada extra de desafio, pois obriga você a se preparar para resgatar seu equipamento, que agora está nas mãos de uma versão corrompida de si mesmo. Essa mecânica, além de inovadora, também cria momentos de pura tensão, especialmente quando você está com poucos recursos e precisa derrotar o seu antigo personagem para se rearmar e continuar a missão.

Os chefes do jogo merecem destaque especial. Cada encontro com os líderes das forças do mal é um evento monumental, com criaturas gigantescas e grotescas que exigem estratégia e habilidade para serem derrotadas. Os padrões de ataque são variados e desafiadores, e cada luta é um verdadeiro teste de tudo o que você aprendeu e conquistou até aquele ponto. Seja enfrentando uma enorme múmia reanimada ou um escorpião demoníaco que preenche a tela inteira, cada batalha é uma explosão de adrenalina e exige que você esteja preparado tanto mental quanto fisicamente para não ser esmagado pelos ataques devastadores dessas criaturas.

A trilha sonora, composta por músicas eletrônicas sombrias e pulsantes, é um dos elementos que mais contribuem para a atmosfera do jogo. Ela cria um clima de urgência e mistério que se encaixa perfeitamente com a exploração meticulosa e as batalhas intensas. Quando você está explorando áreas escuras e silenciosas, os sons sutis e as batidas tensas fazem seu coração bater mais rápido, enquanto nos momentos de combate, as músicas ganham um ritmo mais acelerado que te impulsiona a dar o melhor de si para não ser derrotado. É uma trilha que não apenas complementa, mas eleva a experiência como um todo.

Além de tudo isso, The Mummy Demastered se destaca por seu ritmo. O jogo sabe dosar momentos de ação frenética com períodos de exploração mais tranquila, onde você pode vasculhar cada canto do mapa em busca de segredos e itens escondidos. A curva de dificuldade é desafiadora, mas nunca injusta, e cada morte serve como um aprendizado para que você melhore suas habilidades e aprenda a superar os obstáculos. Não é um jogo que se explica demais; ele te joga no meio da ação e espera que você descubra as mecânicas e segredos por conta própria. Isso faz com que cada progresso, por menor que seja, se sinta como uma conquista pessoal, e é justamente esse sentimento que faz com que você queira continuar jogando e explorando ainda mais.

The Mummy Demastered é um daqueles jogos que pegam todos de surpresa. Ele pega um conceito que poderia facilmente ter passado despercebido e o transforma em uma experiência densa, envolvente e cheia de adrenalina, elevando a franquia a um patamar que poucos imaginavam possível. Com visuais cativantes, jogabilidade precisa e uma mecânica inovadora de morte e ressurreição, ele se destaca como um dos melhores metroidvanias disponíveis para o Nintendo Switch e uma prova de que, às vezes, grandes jogos surgem de onde menos esperamos. É uma aventura que não só homenageia os clássicos, mas também estabelece seu próprio espaço, proporcionando uma jornada épica e emocionante por um mundo amaldiçoado e cheio de perigos.

30 – Iconoclasts

Iconoclasts é uma verdadeira obra-prima indie que, além de entregar uma experiência metroidvania impecável, também te surpreende com uma narrativa incrivelmente profunda e cheia de nuances. Feito praticamente por uma única pessoa, o sueco Joakim Sandberg, esse game é uma demonstração de paixão pelo gênero e uma prova viva de que, quando o talento se encontra com a dedicação, resultados impressionantes acontecem. Com gráficos 2D vibrantes e coloridos, uma trilha sonora cativante e personagens memoráveis, esse jogo leva você a um universo repleto de mistérios, desafios e questões existenciais que vão muito além do que se espera de um título do gênero. E é justamente essa fusão de jogabilidade desafiadora e narrativa impactante que faz com que Iconoclasts brilhe entre os melhores metroidvanias disponíveis para o Nintendo Switch.

Logo de cara, você se vê no controle de Robin, uma jovem mecânica que vive em um mundo onde o simples ato de consertar as coisas é visto como um crime grave. O motivo? Esse é um lugar onde uma organização totalitária conhecida como One Concern controla todos os aspectos da vida, incluindo quem pode ou não mexer em máquinas e tecnologias. A trama começa com Robin vivendo uma vida simples e modesta, mas sempre em desacordo com as rígidas leis impostas pelo governo. No entanto, as coisas rapidamente saem do controle quando ela é pega desobedecendo essas regras e acaba sendo forçada a lutar pela sua liberdade e, eventualmente, pela sobrevivência de todos ao seu redor. O desenvolvimento dos personagens é um dos pontos mais fortes do jogo, pois, ao longo da jornada, Robin encontrará amigos e inimigos cujas motivações são complexas e nem sempre claras. Cada personagem tem um passado próprio, um objetivo, um dilema moral e psicológico que você aos poucos vai descobrindo e, de repente, se vê envolvido em uma trama que questiona crenças, lealdade e a própria definição de liberdade.

E é aqui que Iconoclasts se diferencia da maioria dos outros metroidvanias. Enquanto muitos títulos focam puramente na jogabilidade e exploração, esse jogo não tem medo de te fazer pensar, te fazer questionar as ações dos personagens e até mesmo o sistema de crenças que rege o universo do game. Robin, apesar de ser a heroína, não é imune a erros, e o mesmo vale para os antagonistas. Você percebe, ao longo da história, que todos têm suas razões para agir de determinada maneira e que, às vezes, não existe um verdadeiro vilão, mas sim uma série de circunstâncias que levaram àquele confronto. Essa camada adicional de narrativa não só te envolve, mas também te faz refletir sobre questões reais do mundo, como opressão, liberdade de expressão e o impacto das instituições sobre o indivíduo.

Mas não se deixe enganar: mesmo com toda essa profundidade narrativa, Iconoclasts é, acima de tudo, um metroidvania de peso, com uma jogabilidade fluida e cheia de momentos eletrizantes. A exploração é um dos grandes prazeres do jogo, com um mundo meticulosamente desenhado e interconectado, repleto de áreas secretas, quebra-cabeças criativos e segredos escondidos em cada canto. Os cenários são variados e belamente ilustrados, cada um com seu próprio estilo visual e desafios únicos. Desde florestas exuberantes até fábricas subterrâneas cheias de armadilhas mortais, a variedade de ambientes garante que a cada nova área descoberta você tenha a sensação de estar se aventurando em um lugar novo, com novas possibilidades e perigos. Cada canto desse mundo é preenchido com uma riqueza de detalhes, e você pode perceber o cuidado que Sandberg teve ao criar cada ambiente.

A mecânica central do jogo gira em torno das habilidades de Robin como mecânica. Armado com sua chave inglesa e um blaster, você terá que enfrentar inimigos mecânicos, resolver quebra-cabeças complexos e até mesmo utilizar a física dos cenários para progredir. A chave inglesa, que pode parecer uma arma simples no início, logo se mostra uma ferramenta multifuncional, sendo usada tanto para ataques corpo a corpo quanto para interagir com dispositivos e plataformas. Por exemplo, ela pode ser girada em parafusos gigantes para ativar mecanismos ou usada como uma âncora para te lançar em plataformas distantes. Já o blaster permite ataques de longo alcance e se transforma em diferentes tipos de tiros conforme você desbloqueia melhorias, o que dá um dinamismo ainda maior para o combate e a exploração.

O combate em Iconoclasts é rápido, preciso e recompensador. Cada inimigo tem um padrão de ataque específico, e muitos deles exigem que você use suas habilidades de maneira criativa para derrotá-los. Os chefes, em particular, são um espetáculo à parte. Cada um é uma verdadeira prova de habilidade e estratégia, e, ao invés de apenas descer o braço e disparar sem parar, você precisa entender o comportamento do oponente, explorar seus pontos fracos e utilizar o ambiente ao seu favor. Isso resulta em batalhas épicas que muitas vezes deixam você suando frio e com o coração batendo acelerado até o último segundo. E a sensação de vitória após derrotar um desses monstros mecânicos é simplesmente inigualável, te fazendo sentir um verdadeiro herói a cada conquista.

A trilha sonora também merece destaque. Com composições que alternam entre o épico e o melancólico, cada música é perfeitamente ajustada ao ambiente e à situação que você está enfrentando. O uso de sintetizadores e sons eletrônicos complementa o estilo visual retrofuturista do jogo e cria uma imersão total. Seja enquanto você está explorando calmamente uma área desconhecida ou enfrentando um chefe que parece invencível, a trilha sonora amplifica cada emoção, intensificando a experiência como um todo.

E não podemos esquecer do humor sutil e sarcástico que permeia o jogo. Apesar de tratar de temas pesados e sérios, Iconoclasts sabe dosar o tom com diálogos cheios de sagacidade e momentos cômicos que trazem um alívio bem-vindo à tensão crescente. Os NPCs, cada um com suas peculiaridades, trazem um toque de leveza e humanidade ao mundo sombrio em que Robin vive, fazendo com que você queira interagir com cada um deles para descobrir mais sobre suas histórias e personalidades.

Além disso, o sistema de customização é um deleite à parte. Conforme você explora o mundo, vai encontrando itens que podem ser usados para criar e equipar melhorias que afetam as habilidades e o combate de Robin. Desde aumentar a resistência a certos ataques até permitir combos mais poderosos, essas melhorias incentivam o jogador a experimentar diferentes abordagens e estilos de jogo. A liberdade de personalização é mais um elemento que faz com que Iconoclasts se sinta único e moldado às preferências de cada jogador.

Ao final de tudo, o que realmente destaca Iconoclasts é a combinação magistral de gameplay, narrativa e design artístico. Poucos jogos conseguem equilibrar esses elementos de forma tão coesa quanto este, fazendo com que cada momento, cada diálogo e cada batalha sejam significativos. Não é apenas um jogo para ser jogado, mas para ser vivido e apreciado, onde cada descoberta e cada reviravolta da história te puxam mais fundo para dentro desse universo intrigante e provocativo. Iconoclasts é um exemplo brilhante de como jogos indie podem competir de igual para igual com grandes produções, oferecendo uma experiência completa e memorável que te deixa refletindo muito tempo depois de ter concluído a aventura. É um título que todo fã de metroidvania precisa experimentar e uma adição obrigatória à biblioteca de qualquer jogador no Nintendo Switch.

29 – Carrion

Carrion é aquele tipo de jogo que te faz repensar tudo que você sabe sobre o gênero metroidvania. Enquanto a maioria dos jogos te coloca no papel de um herói destemido, um explorador ousado ou um aventureiro em busca de redenção, aqui você assume um papel completamente diferente — e incrivelmente único: o de um monstro grotesco e sanguinário, pronto para se vingar daqueles que o aprisionaram. Isso mesmo, em Carrion, você é a verdadeira ameaça, a entidade que os cientistas e guardas temem. Mas o mais impressionante é que o jogo não só inverte a premissa do gênero, como também consegue entregar uma experiência visceral, envolvente e absurdamente divertida.

Tudo começa no interior de um laboratório secreto, onde você, uma criatura amorfa e monstruosa, escapa de uma cápsula de contenção. Imediatamente, o clima do jogo te envolve com sua ambientação sombria e misteriosa. O que era para ser uma simples fuga se transforma em uma caçada sangrenta conforme você se arrasta pelas paredes, infiltra-se por dutos de ventilação e avança pelos corredores estreitos, em busca de vingança. E é aí que está o verdadeiro charme de Carrion: você não é apenas o caçador, mas também a presa. O jogo constantemente te coloca em situações onde é necessário usar a astúcia, a força bruta e a habilidade de adaptação para sobreviver e, claro, para eliminar qualquer um que se oponha ao seu caminho.

A sensação de controlar essa criatura grotesca é simplesmente sensacional. Cada movimento é fluido, quase como se você fosse uma massa viscosa viva que se move com facilidade entre os cenários. A física do jogo é um show à parte, com a criatura se contorcendo e estendendo seus tentáculos para agarrar inimigos, puxá-los para dentro de si e transformá-los em meros pedaços de carne. O sistema de movimentação te faz sentir um verdadeiro predador, capaz de se espreitar nas sombras, surpreender suas presas e desmembrar qualquer um que tente se interpor no seu caminho. E tudo isso sem que você precise de um tutorial complexo — o jogo consegue ser intuitivo desde o primeiro momento, e logo você se pega deslizando pelos cenários com uma agilidade assustadora, rastejando pelos cantos e aproveitando o ambiente a seu favor.

E por falar nos cenários, Carrion é um deleite visual. Com gráficos pixelados, mas ricos em detalhes, o jogo te leva por uma série de laboratórios subterrâneos, instalações de pesquisa e cavernas úmidas que dão uma sensação quase claustrofóbica. Cada área tem seu próprio charme visual, mas o que realmente se destaca é o contraste entre o ambiente limpo, tecnológico e organizado do laboratório e a presença monstruosa e caótica da criatura que você controla. Conforme você se movimenta e destrói tudo ao seu redor, o cenário muda, pedaços de corpo se espalham pelo chão, sangue espirra pelas paredes e a música de fundo vai aumentando em intensidade, fazendo com que você se sinta cada vez mais poderoso e destrutivo.

Mas não pense que tudo será fácil. Apesar de você ser uma força da natureza praticamente imparável, Carrion não é um passeio tranquilo pelo parque. O jogo faz um excelente trabalho em balancear momentos de pura carnificina com seções onde você precisa ser mais cauteloso. Os cientistas e guardas podem parecer frágeis e indefesos no início, mas conforme você avança, novos inimigos surgem, mais preparados para te enfrentar. Soldados armados com lança-chamas, drones mecânicos e até mesmo campos de energia que limitam seu movimento começam a aparecer, obrigando você a usar suas habilidades de forma criativa. Você vai precisar dominar diferentes formas da criatura, cada uma com habilidades próprias, para superar os desafios. E é exatamente essa evolução, que te força a repensar suas táticas e a se adaptar ao ambiente, que torna cada momento de Carrion uma experiência intensa e estratégica.

A progressão no jogo é orgânica e instigante. Você começa pequeno, apenas uma pequena massa rastejante que deve se esconder para não ser vista. Mas, à medida que devora mais e mais inimigos, cresce em tamanho e poder, desbloqueando novas habilidades que vão desde a capacidade de disparar teias pegajosas para prender inimigos no lugar, até lançar tentáculos afiados que atravessam portas de metal e paredes reforçadas. Você sente a criatura se tornando mais forte, mais letal, e isso te incentiva a explorar cada canto, cada duto e cada sala, procurando por upgrades que a tornem ainda mais aterrorizante.

E é justamente essa escalada de poder que transforma Carrion em um dos metroidvanias mais empolgantes que já apareceram no Nintendo Switch. Não há mapas para te guiar, e você precisa se lembrar de cada caminho, de cada atalho e de cada porta que ainda não conseguiu abrir. Isso adiciona uma camada de desafio, mas também de recompensa. Cada nova habilidade adquirida permite acessar áreas anteriormente bloqueadas, e o prazer de voltar a essas áreas e ver como agora você pode contornar obstáculos e destruir inimigos que antes pareciam invencíveis é simplesmente indescritível.

A atmosfera do jogo é elevada ainda mais pela trilha sonora, que se ajusta perfeitamente ao tom sombrio e tenso da narrativa. Em momentos de exploração, uma melodia soturna te acompanha, como se estivesse te lembrando que você é uma anomalia solitária, trancafiada nas profundezas do complexo. Mas, quando o combate começa e você avança com tudo sobre os inimigos, a música explode em um ritmo frenético, acompanhando cada tentáculo que chicoteia pelo ar, cada grito de pavor dos cientistas e cada explosão de destruição que você causa no ambiente.

Apesar de ser um jogo relativamente curto, com cerca de cinco a seis horas de duração, Carrion é uma experiência que não se esquece facilmente. Ele te envolve de uma maneira visceral, te faz sentir cada embate e te dá a chance de ser o vilão de uma história onde, curiosamente, você começa a torcer por si mesmo. Quem diria que ser a criatura de um laboratório poderia ser tão divertido? E mesmo após terminar o jogo, você vai querer voltar para revisitar áreas, procurar segredos que talvez tenha deixado passar e, quem sabe, até tentar novos métodos para destruir seus inimigos.

Carrion é um jogo que se destaca não apenas pelo conceito inovador, mas também pela execução impecável de suas ideias. É um título que brinca com as convenções do gênero metroidvania, te coloca em uma posição que nenhum outro jogo do tipo se atreveu a fazer e entrega uma experiência que vai te deixar grudado na tela do Nintendo Switch até o último segundo. É sombrio, é brutal, e, acima de tudo, é absurdamente divertido. Se você gosta de metroidvanias que te desafiam, que te envolvem e que te fazem sentir o poder na ponta dos dedos, então Carrion é um jogo que você definitivamente não pode deixar de experimentar.

28 – The Messenger

Prepare-se para uma jornada alucinante que vai além do simples conceito de um metroidvania! The Messenger é o tipo de jogo que chega de mansinho e te surpreende com uma profundidade e uma genialidade que poucos títulos conseguem alcançar. A princípio, ele te convida para uma aventura nostálgica, remetendo aos clássicos dos anos 80 e 90, com um visual pixelado caprichado e uma trilha sonora que gruda na mente. Mas é só quando você começa a se aprofundar que percebe: este é um dos jogos mais inteligentes e bem projetados que já pisou no catálogo do Nintendo Switch.

No começo, você pode até achar que The Messenger é apenas mais um tributo aos antigos jogos de plataforma — e até certo ponto, ele realmente se apoia nesse charme retrô, com inspirações claras em títulos como Ninja Gaiden. A jogabilidade rápida e precisa te coloca no controle de um ninja em uma missão aparentemente simples: levar um pergaminho sagrado até o topo de uma montanha distante. Mas a simplicidade inicial esconde um jogo que não para de se reinventar. E é exatamente aí que a magia começa. O que parecia ser apenas um side-scroller linear se transforma em um metroidvania completo, com um nível de complexidade que pega até os jogadores mais experientes de surpresa.

Quando você chega no que parece ser o “final” da primeira parte do jogo, tudo muda! As portas do verdadeiro The Messenger se abrem, revelando um mundo inteiramente novo para explorar. E o melhor? A transição não é apenas de gameplay ou de mapa — é de dimensões! O jogo tem um truque na manga que é simplesmente genial: você viaja no tempo entre dois períodos distintos, passando de uma estética 8-bit para um visual de 16-bit com um simples pulo no espaço-tempo. Não é só a aparência que muda; a música acompanha essa evolução, mudando de chiptunes simples para composições mais complexas e vibrantes, dando ainda mais vida ao cenário e tornando cada troca de tempo uma experiência sensorial completa. A sensação de ver um mesmo ambiente sob uma nova perspectiva, com diferentes cores, obstáculos e inimigos, é simplesmente fenomenal.

E não pense que essa mecânica de troca de dimensões é apenas um truque visual! A troca de tempo é parte crucial do gameplay. Muitos dos quebra-cabeças e desafios exigem que você pense fora da caixa, alternando entre os períodos para resolver situações que seriam impossíveis de outra forma. Por exemplo, um abismo intransponível na era 8-bit pode ter uma ponte sólida no futuro 16-bit. Essa inovação cria momentos verdadeiramente brilhantes e faz com que você sinta que está sempre descobrindo algo novo, mesmo em áreas que já explorou antes.

O que realmente impressiona em The Messenger é como ele domina a arte de misturar humor e narrativa com maestria. Desde diálogos bem-humorados com personagens NPCs hilários, até tiradas cômicas que quebram a quarta parede, o jogo se recusa a levar a si mesmo muito a sério. E isso é uma das razões pelas quais ele se destaca! Não só a história te surpreende com reviravoltas inteligentes e inesperadas, mas o jogo ainda consegue brincar com expectativas, subverter clichês e entregar uma experiência leve e envolvente, tudo sem nunca perder o ritmo.

Os personagens secundários são um show à parte. Desde o lojista enigmático, que adora contar histórias esquisitas e lançar provocações engraçadas, até os chefões únicos e memoráveis, cada encontro traz um novo elemento de diversão e desafio. As batalhas contra os chefes, aliás, são épicas e bem pensadas, exigindo reflexos rápidos, estratégia e muita precisão. Não importa o quão bom você seja — cada vitória vem com aquele sentimento delicioso de conquista, porque The Messenger não facilita as coisas, mas também nunca é injusto. Ele te instiga a melhorar, a aprender com os erros e a aperfeiçoar cada pulo, cada golpe, cada movimentação.

E não dá para deixar de mencionar a trilha sonora impecável. Criada por Rainbowdragoneyes, ela é uma verdadeira obra-prima do chiptune moderno, combinando melodias agitadas e frenéticas que complementam perfeitamente o ritmo acelerado do jogo. As músicas não são apenas um pano de fundo, mas sim uma parte integrante da experiência. Elas elevam a adrenalina em combates tensos, trazem um tom melancólico a momentos de reflexão e te fazem querer continuar jogando só para ver o que vem a seguir. E o mais incrível é que a trilha se adapta conforme você alterna entre as eras, fazendo com que o mesmo tema soe completamente diferente dependendo de qual dimensão você está.

Outro ponto alto do jogo é sua capacidade de desafiar o jogador sem cair na armadilha da frustração. The Messenger é difícil, sim, mas é um tipo de dificuldade que te faz querer continuar tentando, porque cada erro é uma lição e cada acerto, uma vitória pessoal. Você vai morrer muitas vezes, mas a cada novo obstáculo superado, a sensação de progresso é real e tangível. E se isso não bastasse, o jogo ainda introduz elementos de RPG, com upgrades que você pode comprar com as esferas de energia que coleta, aumentando ainda mais a profundidade e o valor de replay.

Além de toda essa profundidade de jogabilidade, The Messenger também oferece um design de níveis que é digno de aplausos. Cada fase é um quebra-cabeça gigante, com segredos escondidos em todos os cantos e rotas alternativas que recompensam a exploração cuidadosa. A sensação de voltar a uma área com novas habilidades e finalmente alcançar aquele item inalcançável é gratificante ao extremo. E o jogo sempre te incentiva a explorar mais, a experimentar coisas novas, a testar os limites do que parece ser possível.

E talvez o aspecto mais surpreendente de The Messenger seja o quanto ele se arrisca em ser diferente. Não é apenas um metroidvania — é uma carta de amor ao gênero, uma celebração do que torna os jogos de plataforma e exploração tão viciantes e divertidos. Ele pega a fórmula clássica, joga em uma batedeira cheia de ideias malucas e serve um coquetel absolutamente delicioso que é difícil de parar de saborear. É um daqueles jogos que, mesmo depois de completar, você fica com vontade de revisitar, de explorar cada cantinho, de desafiar a si mesmo a alcançar 100% e, quem sabe, até enfrentar desafios extras.

Se você está à procura de um título que te faça rir, suar, pensar e vibrar, então não procure mais: esta é a aventura que você estava esperando. Uma verdadeira joia que brilha intensamente no catálogo do Switch e que merece todo o reconhecimento que conquistou.

27 – Minoria

Minoria é aquele tipo de jogo que, à primeira vista, parece simples, mas te prende de um jeito que só os verdadeiros fãs de metroidvania conseguem entender. Imagine um cenário sombrio e melancólico, com um visual que mescla perfeitamente arte desenhada à mão com animações delicadas e detalhadas, criando um universo que te puxa para dentro desde o primeiro momento. Nesse mundo, você é levado a uma época de conflitos religiosos, onde bruxas e freiras lutam pelo controle de um poder que ameaça engolir a todos. Mas calma, esse não é um jogo qualquer de ação e exploração — Minoria é uma verdadeira obra de arte interativa que transforma cada pulo, cada golpe e cada exploração em um espetáculo visual e emocional.

A atmosfera gótica do jogo te envolve em um manto de mistério e escuridão, enquanto você, no controle de uma guerreira religiosa, precisa se embrenhar nas profundezas de um mundo cheio de segredos perigosos e inimigos astutos. A proposta do jogo é muito mais do que simplesmente sair explorando cenários — é uma viagem por uma narrativa repleta de nuances e camadas, onde cada novo trecho do mapa revela um pedaço de um quebra-cabeça maior, desvendando as tensões entre o clero e as forças profanas. A história de Minoria é contada de maneira sutil, mas poderosa, e aos poucos você se vê cativado por personagens intrigantes, diálogos significativos e reviravoltas que surpreendem até o jogador mais experiente.

E o que dizer da jogabilidade? Minoria brilha em seu sistema de combate fluido e responsivo, que vai te fazer sentir como se estivesse dançando entre espadas e feitiços. Cada movimento da protagonista é preciso, e os combates exigem estratégia e timing, tornando cada batalha uma experiência única e desafiadora. Você não pode simplesmente sair atacando sem pensar — os inimigos, cada um mais mortal que o outro, têm padrões de ataque que você precisa estudar e entender para vencer. Com um toque de mecânicas de RPG, como o uso de diferentes habilidades e feitiços, você personaliza seu estilo de luta, criando combos devastadores que, quando executados com perfeição, fazem você se sentir o verdadeiro herói dessa jornada sombria.

Mas Minoria vai além de ser apenas um jogo bonito e com uma jogabilidade sólida. Ele captura algo especial ao trazer à tona uma temática que é tanto espiritual quanto emocional. O enredo toca em assuntos como fé, redenção e o peso das escolhas, sempre de maneira sutil e impactante. O conflito entre a religião e a magia é abordado de uma forma que faz você questionar quem realmente são os vilões e os heróis dessa história. A protagonista, uma freira guerreira, carrega consigo o fardo de purificar as almas corrompidas, mas será que essa missão é realmente tão nobre quanto parece? Essa ambiguidade moral permeia toda a experiência, te deixando sempre em dúvida sobre o que realmente é certo ou errado.

O design dos cenários é outro ponto forte de Minoria. Cada área é interconectada, cheia de caminhos secretos e atalhos que fazem o mapa se desenrolar como um quebra-cabeça intricado e satisfatório. E a recompensa pela exploração não se limita a itens e habilidades — são pedaços da história, trechos de lore que aprofundam ainda mais o universo do jogo e te fazem querer explorar cada canto desse mundo sombrio e enigmático. Além disso, o jogo sabe exatamente como testar suas habilidades, seja em seções de plataformas precisas ou em batalhas de chefes épicas, onde cada encontro é um verdadeiro teste de tudo o que você aprendeu até ali. Esses chefões são visualmente impressionantes e brutalmente desafiadores, exigindo não apenas habilidade, mas também paciência e raciocínio rápido para superar.

E não podemos deixar de falar sobre a trilha sonora. As músicas de Minoria são ao mesmo tempo inquietantes e belas, acompanhando cada momento do jogo com perfeição. Em ambientes mais calmos, você é envolvido por melodias suaves e reflexivas, quase como uma prece silenciosa em meio ao caos. Já nas batalhas, os sons se intensificam, aumentando a tensão e te fazendo sentir cada golpe desferido e cada feitiço conjurado. É uma trilha que fica na memória e te transporta de volta para os corredores assombrados e as catedrais esquecidas sempre que você a escuta. A música não é apenas um pano de fundo — ela é parte integrante do jogo, elevando a experiência a um patamar emocional mais profundo.

Minoria não é apenas um jogo de ação e exploração — é um verdadeiro poema interativo que desafia a própria noção do que um metroidvania pode ser. Ele não tem medo de ser diferente, de quebrar convenções e de apostar em uma narrativa mais sombria e introspectiva. Com gráficos encantadores e uma direção de arte que faz cada cenário parecer uma pintura viva, o jogo traz um contraste marcante entre a beleza visual e a dureza do mundo que ele representa. É impossível não se encantar pela mistura de cores vibrantes e traços delicados, que conferem ao título um charme único, enquanto a escuridão e a violência da trama deixam claro que esse é um lugar cheio de dor e sofrimento.

Cada novo poder conquistado, cada novo território desbravado e cada inimigo vencido são um passo mais fundo nessa história envolvente. E o mais interessante é como o jogo brinca com expectativas, te surpreendendo a cada nova descoberta, seja um baú escondido atrás de um falso altar ou uma nova habilidade que abre passagens antes inacessíveis. A sensação de progressão é constante e gratificante, com um equilíbrio perfeito entre desafio e recompensa que vai te deixar preso ao controle por horas a fio.

26 – UNSIGHTED

Prepare-se para se perder em um mundo pós-apocalíptico de uma forma que você nunca imaginou! Este jogo é uma verdadeira joia escondida no gênero metroidvania, com um toque de ação frenética e uma narrativa envolvente que vai te prender desde o primeiro minuto. Imagine um universo onde as máquinas têm emoções, desejos e sonhos, e você, no controle de uma andróide chamada Alma, precisa enfrentar o maior dos pesadelos: o tempo está correndo, e se ele acabar, todas as memórias e sentimentos serão perdidos para sempre. É uma corrida contra o relógio que não só desafia suas habilidades, mas também mexe com suas emoções e decisões.

O jogo te joga em uma realidade onde os humanos foram quase extintos e os andróides, que ainda permanecem, estão à beira de perder sua consciência, se tornando apenas cascas vazias e sem vida. Isso acontece porque um recurso vital, chamado Anima, está se esgotando rapidamente, e cada segundo conta. Enquanto joga, você verá seus companheiros, NPCs e até mesmo personagens chave começarem a perder suas memórias e, eventualmente, a vida. E o mais impactante é que não há volta — se você falhar em encontrar mais Anima a tempo, eles desaparecem para sempre, deixando um vazio doloroso e fazendo com que cada decisão sua pese ainda mais.

UNSIGHTED te coloca em um mundo vasto, repleto de lugares para explorar e segredos para desvendar. A estética cyberpunk, com gráficos pixelados de cair o queixo, cria um ambiente imersivo e cheio de personalidade, onde cada canto do mapa parece ter uma história própria para contar. O jogo mistura de maneira magistral elementos clássicos do metroidvania com mecânicas de RPG e um combate ágil e dinâmico. Cada movimento é uma coreografia de ataque e defesa que exige precisão, estratégia e, claro, reflexos rápidos. Não é só correr e bater — você precisa aprender a bloquear, esquivar e contra-atacar no momento certo para não ser engolido pelos inimigos que espreitam em cada canto.

E falando em inimigos, eles não estão ali só para te atrasar. Cada um deles é uma ameaça real, com padrões de ataque únicos que exigem que você se adapte a cada novo confronto. As batalhas são intensas e muitas vezes desafiadoras, exigindo que você aproveite ao máximo o arsenal de armas que o jogo oferece. Você pode escolher entre espadas afiadas, pistolas de alta precisão ou até mesmo combos devastadores que misturam armas de longo e curto alcance. E ainda há um sistema de upgrades que permite personalizar cada arma ao seu estilo, tornando a experiência de combate ainda mais gratificante.

Mas UNSIGHTED não se resume a ser apenas um jogo de ação desenfreada. A verdadeira genialidade do jogo está na forma como ele lida com a passagem do tempo. A contagem regressiva é implacável, e você precisa constantemente gerenciar o tempo que resta para cada personagem importante, enquanto explora, luta e tenta encontrar uma maneira de salvar a todos. É um dilema constante que força você a fazer escolhas difíceis — quem você vai salvar? O ferreiro que te ajuda a forjar novas armas ou a enfermeira que te cura e te dá suporte nas horas mais críticas? Cada decisão tem um peso emocional, e o jogo não hesita em te fazer sentir o impacto dessas escolhas.

E é claro que a exploração é um dos pontos altos dessa jornada. Como em todo bom metroidvania, UNSIGHTED te incentiva a voltar a áreas já visitadas com novas habilidades e armas que permitem acessar passagens secretas e descobrir itens escondidos. A sensação de descoberta é constante, e cada novo poder conquistado abre ainda mais possibilidades para exploração, seja saltar entre plataformas impossíveis ou quebrar barreiras indestrutíveis. O level design é intrincado e recompensador, fazendo com que cada minuto investido em explorar cada canto do mapa valha a pena.

Outro destaque é a mecânica de puzzle que aparece durante a campanha. Você precisará usar não só suas habilidades de combate, mas também seu raciocínio lógico para resolver enigmas que envolvem desde plataformas móveis até o uso inteligente das habilidades adquiridas. Isso mantém a experiência variada e nunca deixa o jogo cair na monotonia, o que é essencial para garantir que você queira continuar desbravando esse mundo futurista até o final.

E não podemos deixar de falar sobre a trilha sonora de UNSIGHTED. As músicas capturam perfeitamente o tom melancólico e intenso do jogo, acompanhando cada momento de tensão e oferecendo um respiro nos poucos momentos de calma. As melodias são, ao mesmo tempo, serenas e perturbadoras, refletindo a dualidade de um mundo que está à beira do colapso, mas que ainda assim guarda um resquício de esperança. É o tipo de trilha que te faz querer parar por um instante só para apreciar cada nota, cada som que te transporta ainda mais para dentro dessa história emocionante.

No coração de UNSIGHTED, há uma mensagem poderosa sobre a fragilidade da vida e o valor das conexões que fazemos ao longo do caminho. O jogo nos faz questionar o que realmente significa ser humano e o que estamos dispostos a sacrificar para salvar aqueles que amamos. A busca desesperada de Alma para salvar seus amigos, enquanto o tempo corre contra ela, é uma metáfora tocante sobre o que é perder aqueles que importam para nós. É um jogo que, além de desafiar sua destreza com o controle, desafia também sua mente e seu coração, fazendo você refletir sobre suas próprias decisões e o impacto delas.

UNSIGHTED é uma daquelas raras experiências que transcendem o simples entretenimento. Ele não é apenas mais um metroidvania — é uma declaração de como os jogos podem ser uma poderosa forma de contar histórias e transmitir emoções. Com um combate eletrizante, um design de mundo brilhante e uma narrativa que fica com você mesmo depois de desligar o console, esse jogo merece um lugar de destaque na biblioteca de qualquer fã do gênero. É uma obra que te desafia, te emociona e, no final, te deixa com a certeza de que algumas joias são feitas para serem descobertas.

25 – Salt and Sanctuary

Salt and Sanctuary é aquele tipo de jogo que pega tudo que você mais ama em metroidvanias e mistura com a brutalidade e intensidade dos Soulslike, criando uma experiência única que não só desafia suas habilidades, mas também mexe com sua cabeça e te faz pensar estrategicamente a cada passo. Esse game é um verdadeiro testamento de como é possível combinar gêneros e estilos de jogabilidade para oferecer uma aventura que não perdoa falhas e exige o máximo do jogador, mas que ao mesmo tempo recompensa cada pequena conquista de forma grandiosa.

Logo de cara, você é jogado em um mundo sombrio, cheio de mistérios, trevas e criaturas grotescas. A ambientação é impecável, com um visual 2D desenhado à mão que consegue transmitir toda a melancolia e desolação de uma terra esquecida pelos deuses. Cada cenário é repleto de detalhes que contam histórias silenciosas — um castelo em ruínas, onde você consegue quase sentir os ecos de batalhas passadas; um pântano assombrado, onde a névoa esconde perigos que você nem imagina; cavernas profundas que parecem não ter fim, como um labirinto interminável que te consome a cada passo. É um mundo que te puxa e te sufoca ao mesmo tempo, mas que também te faz querer explorar cada centímetro em busca de segredos e respostas.

A sensação de estar sempre perdido, mas ainda assim encontrar seu caminho, é um dos grandes trunfos desse jogo. Salt and Sanctuary é repleto de caminhos entrelaçados e atalhos escondidos, que fazem do mapa um verdadeiro quebra-cabeça. É aquele tipo de jogo onde, após desbloquear uma nova habilidade, você se pega voltando para áreas antigas só para ver se consegue acessar aquela porta misteriosa que estava trancada antes. E, claro, as recompensas são sempre valiosas — seja um novo item que te deixa mais poderoso ou uma passagem que revela um chefe secreto.

E que chefes! As batalhas contra esses monstros colossais são verdadeiras provas de fogo. Cada boss é um desafio único, com padrões de ataque devastadores que exigem precisão e paciência. Não adianta tentar sair correndo e atacar como louco — você vai morrer, e morrer feio. Aqui, a tática e o estudo dos movimentos do adversário são essenciais. Cada golpe que você desvia e cada ataque que você encaixa perfeitamente te dão uma sensação de vitória indescritível. É como se você estivesse lutando contra a própria escuridão que assombra esse mundo caótico, e cada vitória é um pequeno feixe de luz que te empurra para continuar em frente.

Além das batalhas, o combate do jogo é um espetáculo à parte. Ele oferece uma profundidade rara de se ver em metroidvanias, com várias opções de armas, armaduras e feitiços que permitem que você construa um personagem ao seu estilo. Quer ser um guerreiro que carrega um escudo imenso e uma espada que parece pesar uma tonelada? Ou prefere ser um mago ágil que conjura feitiços de longe enquanto esquiva de ataques? Talvez um assassino que usa adagas e se move com a rapidez de um trovão? As possibilidades são muitas, e o sistema de RPG do jogo te incentiva a experimentar diferentes builds para enfrentar os perigos à sua maneira.

E o que dizer da atmosfera do jogo? Salt and Sanctuary consegue equilibrar o terror com uma beleza perturbadora. As músicas são sombrias e evocativas, com tons que misturam melancolia e tensão, sempre te deixando com aquela sensação de que algo terrível está prestes a acontecer. A trilha sonora acompanha cada passo seu, te levando por altos e baixos emocionais conforme você explora os cantos mais escuros desse mundo decadente. A música quase parece ser um personagem por si só, guiando você por paisagens desoladas e preparando o terreno para os momentos de puro pavor e adrenalina que o jogo reserva.

E aí entra o sistema de santuários, que é uma das mecânicas mais marcantes do jogo. Esses locais de descanso e refúgio são pontos de controle onde você pode rezar, recuperar suas forças e se preparar para os perigos que virão. Porém, como tudo em Salt and Sanctuary, esses santuários também vêm com suas próprias escolhas e sacrifícios. Qual deus você irá honrar? Qual bônus deseja? Tudo isso impacta na forma como seu personagem evolui e nas habilidades que ele terá à disposição. É uma camada extra de profundidade que torna cada decisão ainda mais importante e personaliza sua jornada de maneira significativa.

Outro ponto que torna Salt and Sanctuary memorável é a forma como ele conta sua história. O jogo não te entrega tudo de bandeja. Não há longas cutscenes explicativas ou diálogos mastigados — aqui, as respostas estão nas entrelinhas. Cada item encontrado, cada monstro enfrentado e cada nova área revelada adicionam um pedaço ao grande quebra-cabeça do lore. É como se você fosse um arqueólogo, desenterrando pedaços de um passado sombrio e tentando montar a história completa desse mundo quebrado. Para os jogadores que gostam de se aprofundar e teorizar, há uma infinidade de detalhes e segredos para serem descobertos, tornando a exploração ainda mais gratificante.

E não podemos esquecer que Salt and Sanctuary foi desenvolvido por apenas duas pessoas, o que torna tudo ainda mais impressionante. O nível de cuidado, dedicação e amor pelo gênero é perceptível em cada elemento do jogo. Ele se inspira claramente em clássicos como Dark Souls e Castlevania, mas consegue criar sua própria identidade e deixar uma marca única. A dificuldade, o peso das escolhas e a atmosfera sombria fazem desse título uma verdadeira obra-prima para quem busca um desafio à altura e uma narrativa que te faz pensar e se envolver emocionalmente.

Então, se você está em busca de um jogo que vai te testar de todas as maneiras possíveis — suas habilidades, sua paciência e até mesmo sua determinação — Salt and Sanctuary é a escolha perfeita. Ele vai te levar ao limite, vai te fazer repensar suas estratégias, vai te frustrar com mortes injustas e te recompensar com vitórias que parecem impossíveis. E quando você finalmente superar cada obstáculo e desvendar todos os mistérios que ele guarda, vai sentir aquela sensação inconfundível de ter superado algo verdadeiramente grandioso. Salt and Sanctuary é mais do que apenas um metroidvania — é uma jornada pessoal de superação e descoberta em um mundo que, apesar de sombrio, brilha intensamente com sua qualidade e profundidade.

24 – Afterimage

Afterimage é uma verdadeira obra-prima que combina a beleza artística com a intensidade de um desafio metroidvania de tirar o fôlego. Imagine um mundo que parece ter saído das páginas de um livro de fantasia — repleto de cores vibrantes, cenários deslumbrantes e criaturas místicas que parecem ganhar vida na tela. É assim que esse jogo se apresenta, uma experiência visualmente fascinante, mas que também desafia o jogador a mergulhar em uma jornada épica de exploração e combate.

Logo de cara, você é transportado para um universo mágico chamado Engardin, um lugar vasto e diverso, onde cada canto reserva uma surpresa, um mistério ou um novo perigo. O jogo coloca você na pele de uma protagonista corajosa, que parte em uma missão para descobrir a verdade sobre o passado desse mundo desfragmentado, enfrentando uma ameaça que deseja destruir tudo o que resta de bom. A história é cativante, cheia de nuances e reviravoltas, e você se vê imerso em um enredo que não é apenas sobre salvar o mundo, mas também sobre autodescobrimento, aceitação e sacrifício.

E se tem uma coisa que Afterimage faz com maestria é criar um senso de imersão. O jogo não te segura pela mão — ele te joga em um mar de incertezas e deixa você descobrir o que fazer e para onde ir. A exploração é livre, com um mapa gigantesco que se ramifica em várias direções, oferecendo uma infinidade de rotas e possibilidades. Há um sentimento de liberdade enorme enquanto você se move por florestas encantadas, picos de montanhas cobertas de neve, cidades subterrâneas e cavernas escuras, cada ambiente mais detalhado e envolvente que o anterior. A cada novo local descoberto, você sente a emoção de um explorador desbravando um mundo completamente novo, repleto de segredos escondidos e tesouros perdidos esperando para serem encontrados.

O design do mundo em Afterimage é pensado nos mínimos detalhes. As áreas estão repletas de plataformas, armadilhas e inimigos colocados de forma estratégica para testar suas habilidades. A movimentação é fluida e responsiva, e a protagonista se sente ágil e precisa, permitindo que você execute saltos arriscados, desvie de ataques mortais e desça rapidamente sobre seus inimigos. A sensação de controle total sobre o personagem é algo que poucos jogos conseguem entregar de forma tão perfeita, e isso é fundamental para um metroidvania de qualidade. Cada salto, cada esquiva, cada golpe acertado ou errado carrega um peso real, o que aumenta a tensão e a satisfação de superar os desafios.

O combate é outro ponto de destaque. Ele é rápido e dinâmico, com uma variedade de ataques, habilidades e combos que mantêm as batalhas sempre interessantes. Você pode escolher entre diferentes tipos de armas e habilidades mágicas, o que possibilita uma personalização profunda do seu estilo de jogo. Prefere um combate mais corpo a corpo com uma espada e um escudo? Ou talvez você se identifique mais com ataques de longo alcance, usando feitiços e flechas mágicas? A escolha é sua, e o jogo encoraja você a experimentar diferentes combinações para enfrentar os diversos tipos de inimigos e chefes que encontrará pelo caminho.

E por falar em chefes, prepare-se para enfrentar verdadeiras forças da natureza. Cada batalha contra um chefe é um espetáculo à parte — são criaturas colossais, com padrões de ataque únicos e visuais impressionantes. Esses confrontos são desafiadores e exigem estratégia, precisão e, acima de tudo, paciência. Não adianta sair atacando sem pensar, pois cada erro pode ser fatal. A recompensa, no entanto, é sempre justa. Derrotar um chefe em Afterimage é uma conquista que traz aquele sentimento de vitória que só os melhores jogos conseguem proporcionar.

Mas o que realmente diferencia Afterimage dos demais metroidvanias é a sua direção de arte. O jogo é uma verdadeira pintura em movimento. Cada cenário, cada personagem e cada criatura parecem ter sido desenhados à mão com um cuidado e uma paixão que transparecem na tela. As cores são vivas e contrastantes, e a iluminação do ambiente muda de acordo com a hora do dia e a atmosfera do local, criando uma sensação de realismo mágico que poucas vezes é vista em jogos desse gênero. A trilha sonora, por sua vez, complementa perfeitamente o visual, com melodias suaves e ao mesmo tempo poderosas, que te acompanham durante toda a jornada, intensificando os momentos de calmaria e elevando as batalhas a um nível épico.

Afterimage também faz um excelente uso dos elementos de RPG para aprofundar ainda mais a experiência. Conforme você avança e derrota inimigos, ganha pontos de experiência que podem ser usados para melhorar suas habilidades e atributos. Isso permite que você desenvolva a protagonista da forma que achar melhor, focando mais em ataque, defesa ou agilidade, por exemplo. E não é só isso — o jogo está cheio de equipamentos e acessórios que alteram as propriedades dos seus ataques, melhoram sua resistência a certos tipos de dano e até mesmo desbloqueiam novas formas de se mover pelo mundo. É esse tipo de profundidade que faz com que o jogador se sinta realmente conectado ao personagem e sua evolução.

A narrativa, que começa de maneira sutil, vai se desenrolando conforme você explora e encontra outros personagens. Todos possuem suas próprias motivações e histórias, e muitos carregam segredos que estão diretamente ligados ao passado do mundo. Esses NPCs não estão lá apenas para preencher espaço — suas interações trazem contexto e profundidade ao enredo, e alguns até oferecem missões paralelas que expandem ainda mais a trama. É fácil se perder em conversas e teorias enquanto tenta juntar as peças desse quebra-cabeça narrativo, e o jogo deixa pistas e fragmentos de lore por todo lado para que você vá construindo sua própria interpretação dos eventos.

Afterimage é, sem dúvida, um dos metroidvanias mais encantadores e completos disponíveis para o Nintendo Switch. Ele consegue capturar o que há de melhor no gênero e eleva tudo a um novo patamar com sua apresentação visual deslumbrante, seu combate visceral e sua exploração cheia de surpresas. É um jogo que te prende desde os primeiros momentos e não solta até que você tenha explorado cada canto, derrotado cada inimigo e desvendado todos os mistérios que ele esconde. Se você é fã de metroidvanias e está procurando uma nova aventura para se perder, Afterimage é uma escolha obrigatória que vai te levar em uma jornada inesquecível. Prepare-se para se apaixonar por um mundo que, mesmo repleto de perigos e escuridão, brilha intensamente com sua criatividade e beleza arrebatadora.

23 – Aeterna Noctis

Aeterna Noctis é uma verdadeira joia rara dentro do universo metroidvania. Ele traz um equilíbrio perfeito entre desafio, narrativa épica e visuais impressionantes, criando uma experiência que faz com que cada segundo de jogo seja memorável. Ao mergulhar neste mundo sombrio e encantador, você é imediatamente transportado para um universo de beleza trágica, onde o contraste entre luz e escuridão se desenrola em um espetáculo visual e emocional. Esse é um jogo que não se contenta em ser apenas mais um metroidvania; ele almeja redefinir o que o gênero pode alcançar ao combinar a exploração típica com um enredo denso e imersivo, que constantemente desafia as expectativas.

No controle do Rei das Trevas, você é lançado em uma jornada épica para recuperar suas habilidades e enfrentar um destino cruelmente entrelaçado com a Rainha da Luz. Desde o início, o jogo já impressiona com uma história profundamente entrelaçada em um ciclo eterno de lutas entre esses dois governantes. Essa guerra, orquestrada pelo Deus Supremo, Caos, serve como pano de fundo para uma aventura recheada de reviravoltas, traições e mistérios que se desdobram em camadas, tornando-se cada vez mais intrigantes conforme você avança. O roteiro não apenas te mantém engajado, mas também provoca reflexões sobre os temas de dualidade, sacrifício e redenção.

E o que dizer sobre o mundo de Aeterna? Ele é um dos mais belos e intricados já criados no gênero. Cada uma das 16 regiões interconectadas foi cuidadosamente desenhada para oferecer um desafio único, tanto em termos de combate quanto de navegação. Dos castelos em ruínas aos pântanos amaldiçoados, cada local exala uma personalidade distinta, com uma arquitetura e paisagens que contam histórias próprias. O cenário está repleto de segredos e áreas ocultas, o que faz com que a exploração seja recompensadora e muitas vezes surpreendente. É o tipo de jogo que te faz olhar para cada canto, explorar cada túnel e saltar para alcançar aquela plataforma aparentemente inalcançável, na esperança de descobrir um novo caminho ou um item valioso.

A jogabilidade, por sua vez, é um show à parte. Aeterna Noctis combina a precisão e fluidez dos melhores metroidvanias com um nível de dificuldade que desafia até os jogadores mais experientes. Os controles são incrivelmente responsivos, permitindo que você execute saltos milimetricamente calculados e desvie de ataques inimigos com maestria. E, a cada nova habilidade desbloqueada, o Rei das Trevas se torna ainda mais versátil, abrindo novas maneiras de abordar os desafios e enfrentar os chefes colossais que se encontram no caminho. Os combates são intensos e exigem uma mistura de reflexos rápidos e estratégia. Não se trata apenas de esmagar botões; você precisa aprender os padrões dos inimigos, identificar pontos fracos e saber quando atacar ou recuar. Cada batalha vencida traz uma sensação de conquista que poucos jogos conseguem oferecer.

A estética visual de Aeterna Noctis também merece um destaque especial. O jogo é um verdadeiro deleite para os olhos, com gráficos desenhados à mão que lembram pinturas góticas e ambientes cheios de detalhes minuciosos. Cada cenário parece ter sido esculpido com cuidado, criando uma atmosfera que transita entre o sombrio e o sublime. A iluminação é usada de maneira magistral para criar contrastes que dão vida ao mundo sombrio do jogo. As sombras se movem e se estendem, dando uma sensação de profundidade e mistério, enquanto os personagens e inimigos possuem animações fluidas que tornam cada movimento, cada golpe e cada morte uma coreografia trágica.

A trilha sonora, composta para refletir a dualidade e a tensão entre o Rei das Trevas e a Rainha da Luz, complementa o visual com composições emocionantes e melancólicas. As músicas mudam conforme você avança por diferentes áreas, ora dando um tom de urgência e perigo, ora acalmando o jogador com melodias suaves e quase hipnóticas. Há momentos em que você vai parar apenas para apreciar o ambiente e a música, deixando-se levar pela imersão total que o jogo proporciona. E esses momentos de calma muitas vezes são apenas o prelúdio para os desafios colossais que te esperam à frente.

Falando em desafios, os chefes em Aeterna Noctis são uma atração à parte. Cada um deles é único, exigindo que você adapte suas táticas e use todas as habilidades que adquiriu ao longo do jogo. Eles não são meros obstáculos; são testes de tudo que você aprendeu até ali. E cada um traz consigo uma personalidade própria, seja em termos de design, padrão de ataque ou narrativa. Derrotar esses chefes é um feito que traz uma sensação de realização indescritível, como se você realmente tivesse superado uma força impossível. Eles estão lá para testar sua paciência e habilidade, mas também para oferecer alguns dos momentos mais épicos e gratificantes do jogo.

Aeterna Noctis também não se esquece de dar espaço para a criatividade do jogador. Existem inúmeras maneiras de abordar os desafios, com habilidades e equipamentos que mudam significativamente a forma como você joga. Talvez você prefira ser um guerreiro ágil, focado em velocidade e esquivas, ou quem sabe um combatente que utiliza magia para controlar o campo de batalha. Essa flexibilidade no estilo de jogo permite que você adapte o Rei das Trevas ao seu próprio gosto, experimentando diferentes combinações e táticas para descobrir o que melhor se adequa ao seu jeito de jogar. E isso é algo raro em jogos desse gênero.

Mas não se deixe enganar pela beleza e a profundidade do jogo: Aeterna Noctis não é para os fracos de coração. É um jogo que exige persistência e força de vontade para ser completado. Muitas vezes, você encontrará desafios que parecem intransponíveis e áreas que exigem um nível de habilidade quase sobre-humano. No entanto, o jogo nunca é injusto. Cada derrota é uma lição, e cada vitória é uma prova de que você se tornou mais forte e habilidoso. É essa progressão constante, esse sentimento de superação, que faz com que cada minuto em Aeterna Noctis valha a pena.

Se você é fã de metroidvanias e está à procura de uma experiência que misture uma jogabilidade desafiadora, uma narrativa envolvente e um mundo visualmente arrebatador, Aeterna Noctis é um título obrigatório. Ele não apenas cumpre o que promete, mas eleva o gênero a novos patamares de excelência, oferecendo uma aventura épica e inesquecível que vai te deixar com vontade de explorar cada recanto e descobrir todos os segredos escondidos. É um daqueles jogos que te marca, que te faz sentir parte de algo grandioso e te desafia a cada passo, e quando você finalmente alcançar o final, terá a certeza de ter vivido uma das mais intensas e belas jornadas que um metroidvania pode proporcionar.

22 – GRIME

Se você acha que já explorou tudo o que um metroidvania pode oferecer, é porque ainda não se aventurou no universo sombrio e bizarro de GRIME. Esse jogo chega chutando a porta com um visual visceral e perturbador, que combina criaturas de pesadelo e ambientes surreais, com um nível de detalhes impressionante. Desde o primeiro momento, você é sugado para um mundo misterioso e grotesco, onde cada passo é uma incursão em um ambiente alienígena e cheio de segredos. No papel de uma entidade feita de matéria viva, o jogador se vê diante de um cenário distorcido, quase orgânico, que se transforma conforme você explora suas entranhas. A atmosfera é tão densa e absorvente que parece que você está imerso em uma pintura abstrata que ganha vida.

Mas não é só a estética que chama a atenção. A jogabilidade de GRIME é refinada, proporcionando uma experiência de combate fluida e desafiadora, que combina o melhor dos elementos metroidvania com a precisão de um soulslike. Sim, você leu certo: prepare-se para suar e bater a cabeça em alguns chefes memoráveis, porque o nível de dificuldade aqui é tão brutal quanto satisfatório. Cada luta é um teste de reflexos e inteligência, forçando o jogador a se adaptar rapidamente aos padrões dos inimigos e encontrar suas aberturas. E o jogo não pega leve — mesmo os inimigos menores têm potencial para te derrotar se você se distrair. Mas a beleza de GRIME está justamente em te fazer sentir que cada vitória é merecida, cada batalha vencida é uma conquista que te deixa mais forte e te faz ansiar pelo próximo desafio.

O sistema de combate é simplesmente viciante, com um diferencial marcante: a capacidade de absorver inimigos e suas habilidades. Cada novo poder que você adquire adiciona uma camada de profundidade às suas opções de ataque e movimentação, transformando o que já é um combate intenso em uma dança estratégica. Além disso, o mundo de GRIME é todo interligado, como um labirinto complexo onde cada novo caminho desbloqueado se conecta a áreas anteriores, revelando segredos e atalhos que você não imaginava existir. E não pense que vai ser fácil dominar esses caminhos! Com uma física de movimentação meticulosa e desafios de plataforma bem desenhados, você precisará de precisão e criatividade para superar cada obstáculo que se coloca no caminho.

E o que dizer dos chefes? GRIME é um show à parte quando se trata desses encontros. Cada um é mais bizarro e impressionante que o outro, com designs que beiram o grotesco e estratégias de combate que vão te manter na ponta dos dedos o tempo todo. Esses monstros colossais exigem que você aprenda suas mecânicas a fundo, decore os padrões de ataque e mantenha a calma enquanto desvia de golpes devastadores e procura a mínima oportunidade de causar dano. Não é apenas uma questão de esmagar botões e torcer pelo melhor; aqui, cada golpe conta, cada esquiva é essencial e cada habilidade que você absorve de inimigos derrotados pode ser a diferença entre a vitória e mais uma tela de game over. Esses momentos são de tirar o fôlego e fazem com que cada vitória seja comemorada como um verdadeiro feito de habilidade e resiliência.

Além dos combates e da exploração, GRIME brilha em sua narrativa minimalista e enigmática. Pouco é explicado de forma explícita, mas o mundo conta sua história de maneira sutil, através de ruínas, criaturas e NPCs peculiares que você encontra pelo caminho. É aquele tipo de jogo que te faz questionar o que exatamente está acontecendo, instigando sua curiosidade a cada nova descoberta. E mesmo sem respostas claras, você se pega imerso em teorias e suposições, tentando conectar os pontos de um quebra-cabeça que parece se expandir constantemente. A falta de um direcionamento óbvio é uma das forças do jogo, pois te incentiva a explorar, experimentar e encontrar o seu próprio caminho, ao invés de seguir um roteiro predeterminado. O mundo em si é um personagem, cheio de nuances e surpresas.

Os gráficos, combinados com a trilha sonora assombrosa e efeitos sonoros impactantes, criam uma experiência audiovisual única. As texturas detalhadas e os designs orgânicos dos inimigos e cenários evocam um sentimento de desconforto que é quase tangível. E, no entanto, é impossível não admirar a beleza distorcida desse universo, que brinca com o surrealismo e o horror de uma maneira que poucos jogos se atrevem. A trilha sonora é sombria e opressiva nos momentos certos, e cresce em intensidade nas lutas contra chefes, elevando ainda mais a tensão. Os efeitos sonoros reforçam cada impacto e cada movimento, fazendo com que você sinta cada golpe desferido e recebido.

E claro, como todo bom metroidvania, GRIME está recheado de segredos. Não se deixe enganar pela aparência linear de algumas áreas iniciais; o jogo está repleto de passagens ocultas, itens escondidos e áreas secretas que só podem ser acessadas com as habilidades corretas. A sensação de encontrar uma nova área, descobrir um atalho ou desbravar uma parte do mapa que parecia inacessível é inigualável. Cada segredo desvendado é um lembrete de que o mundo de GRIME é maior e mais profundo do que parece à primeira vista. Isso te leva a explorar cada centímetro dos cenários, testar suas habilidades recém-adquiridas e revisitar lugares antigos com um olhar renovado.

E, à medida que você absorve mais habilidades e se torna mais poderoso, a progressão é clara e recompensadora. É aquela típica sensação de metroidvania onde, no começo, você se sente fraco e vulnerável, mas ao final, é uma força da natureza, capaz de superar desafios que antes pareciam insuperáveis. GRIME é um jogo que te faz sentir o crescimento do personagem de forma orgânica e significativa. Cada nova habilidade não só muda a maneira como você enfrenta os inimigos, mas também como interage com o mundo ao seu redor.

No geral, GRIME é um exemplo brilhante de como misturar o estilo metroidvania com elementos de outros gêneros e ainda assim criar algo único e memorável. É uma experiência que prende o jogador desde o primeiro segundo e não solta mais até os créditos finais, e mesmo depois de finalizado, o jogo te chama de volta para explorar o que ficou para trás. É uma daquelas aventuras que deixa marcas, que você vai lembrar por muito tempo, seja pelos chefes colossais, pelo mundo grotesco e intrigante ou simplesmente pela satisfação de dominar cada mecânica e sair vitorioso de cada confronto. Para quem busca um desafio intenso e uma experiência imersiva no Switch, GRIME é uma escolha certeira e absolutamente imperdível!

21 – Dandara: Trials of Fear

Quando se fala em metroidvanias, é fácil imaginar jogos com estruturas familiares, mas Dandara: Trials of Fear chega como uma rajada de vento fresco e ousado no gênero, reinventando tudo o que sabemos sobre movimentação, gravidade e exploração. Desenvolvido por uma pequena equipe brasileira, esse game se destaca de imediato por seu conceito único de movimentação: em vez de andar e pular como de costume, a protagonista se lança de parede em parede, ignorando a gravidade e desafiando todas as convenções dos metroidvanias clássicos. Isso traz uma dinâmica completamente nova e emocionante, que faz você repensar cada canto do cenário e cada curva no mapa. Não há caminhos fáceis; cada movimento exige precisão, e cada salto precisa ser calculado, transformando a exploração em um verdadeiro quebra-cabeça de deslocamento.

O mundo surreal e enigmático de Dandara parece ter vida própria, cheio de áreas interligadas que desafiam sua percepção do espaço. As paisagens vibrantes e as cores intensas se unem a uma trilha sonora de tirar o fôlego, proporcionando uma imersão única. Cada ambiente é construído com um nível de detalhe surpreendente, que combina formas abstratas com um estilo de arte pixelada que é, ao mesmo tempo, nostálgico e inovador. É como se você estivesse flutuando em um universo de sonho, repleto de mistérios e perigos ocultos em cada canto. Ao explorar, você sente que há algo mais profundo e simbólico por trás de cada estrutura, de cada criatura que se movimenta nas sombras e até mesmo nas próprias mecânicas do jogo.

E não pense que é só a movimentação que é revolucionária em Dandara. O combate também desafia os padrões, forçando você a pensar rápido e a usar a física do jogo a seu favor. Nada de ficar parado e atacar: aqui, você deve lançar-se com precisão entre paredes, tetos e plataformas, desviando dos ataques inimigos e encontrando a melhor posição para contra-atacar. É como se cada encontro fosse uma dança frenética e cheia de adrenalina, onde a agilidade e o raciocínio rápido são seus maiores aliados. A cada vitória, você sente um misto de alívio e empolgação, como se tivesse realmente vencido um grande desafio. E não são apenas os inimigos comuns que te dão trabalho; os chefes de Dandara são criaturas imponentes, cada um mais desafiador e marcante que o outro, testando não só suas habilidades, mas também a forma como você lida com a gravidade e o espaço.

E o que dizer da narrativa? Dandara não entrega uma história de maneira convencional, mas sim através de fragmentos que você encontra ao longo de sua jornada. É como se o próprio mundo estivesse sussurrando segredos antigos e esquecidos, deixando você montar um quebra-cabeça narrativo onde cada peça revela um pouco mais sobre a luta da protagonista e o significado daquele universo. É uma história de resistência e esperança, onde Dandara luta contra forças opressoras que buscam sufocar a liberdade e a criatividade. Em muitos aspectos, o jogo é uma alegoria para a luta por um mundo mais justo e equilibrado, o que adiciona uma camada emocional profunda que ressoa ainda mais com o jogador à medida que se avança na campanha.

E como se tudo isso já não fosse o bastante, o jogo recebeu a expansão gratuita Trials of Fear, que elevou a qualidade de um game já impressionante a um novo patamar. Com a atualização, o mapa se expandiu significativamente, ganhando novas áreas que adicionam ainda mais profundidade à experiência de exploração e à narrativa. A expansão trouxe também novos inimigos, chefes desafiadores e mais habilidades, além de dar um tom mais sombrio e intrigante ao mundo, fazendo com que mesmo os jogadores mais experientes se vejam diante de novos desafios. Com Trials of Fear, Dandara se consagrou de vez como uma obra-prima do gênero, provando que, quando se trata de inovação e ousadia, não há limites para a criatividade.

Outro ponto de destaque é a ambientação do jogo, que é profundamente enraizada na cultura brasileira e traz elementos de lendas, folclore e referências a figuras históricas. É um verdadeiro tributo à diversidade cultural e à riqueza artística do Brasil, algo que raramente vemos representado de maneira tão marcante e autêntica em um game. As referências visuais e sonoras criam uma identidade única, tornando Dandara uma experiência que se destaca não só no gênero, mas em toda a biblioteca do Nintendo Switch. É uma homenagem belíssima ao Brasil e à força do espírito humano, contada através de uma heroína que, mesmo diante das maiores adversidades, se recusa a desistir.

O ritmo de Dandara é intenso e desafiador, mas também recompensador. A cada nova habilidade adquirida, você sente que está dominando melhor o controle sobre o ambiente, transformando-se em uma verdadeira força da natureza que não se curva às limitações do espaço ou às regras do mundo. É aquele tipo de jogo onde a sensação de evolução é palpável, onde você começa como um explorador vulnerável e, no final, sente-se uma lenda indomável, capaz de superar qualquer obstáculo. A estrutura do mapa, inspirada nos melhores metroidvanias, oferece inúmeros segredos e caminhos alternativos que encorajam a exploração e o backtracking, o que faz com que cada novo poder conquistado seja uma nova chave para desbloquear mais mistérios e revelar ainda mais tesouros escondidos.

Mas talvez o maior mérito de Dandara seja o fato de ser um jogo que consegue combinar complexidade e acessibilidade de uma maneira natural. Apesar de suas mecânicas inovadoras e desafios robustos, ele nunca é frustrante. A curva de aprendizado é bem equilibrada, dando ao jogador a chance de se adaptar aos poucos às novas possibilidades e desafios que surgem conforme a campanha avança. Isso faz com que o game seja uma excelente porta de entrada para novatos no gênero, sem deixar de oferecer uma boa dose de dificuldade para os veteranos que estão em busca de um desafio memorável.

Para fechar, Dandara: Trials of Fear é, de fato, uma pérola rara no universo dos metroidvanias. É um jogo que desafia suas percepções, que te envolve em uma história enigmática e que te faz querer explorar cada centímetro de seu mundo, mesmo que seja apenas para ver o que mais ele tem a oferecer. É uma experiência que te prende e não te deixa ir embora, que se expande em complexidade e beleza a cada nova área revelada e a cada batalha vencida. Se você ainda não se aventurou pelos corredores estranhos e fascinantes de Dandara, saiba que está perdendo uma das experiências mais cativantes e singulares disponíveis no Switch.

20 – Axiom Verge 2

Quando você pensa em sequências de jogos, a expectativa geralmente é de algo maior e mais intenso, mas Axiom Verge 2 desafia essa tendência de maneira surpreendente, oferecendo uma experiência que se destaca pela sua atmosfera de mistério e exploração em um universo completamente diferente de seu antecessor. Não é só uma continuação direta do primeiro título; é quase uma reinvenção da fórmula, mantendo a essência de metroidvania, mas expandindo seus horizontes e desbravando novas fronteiras de design, mecânicas e narrativa. O game começa te levando para um mundo estranho, mas que de alguma forma parece familiar, repleto de elementos futuristas e ao mesmo tempo antigos, misturando tecnologia avançada com um toque místico e primitivo que cria uma ambientação única e intrigante.

Dessa vez, você assume o papel de Indra, uma personagem diferente do cientista do primeiro jogo, mas que carrega sua própria bagagem emocional e objetivos enigmáticos. Indra é uma mulher que busca respostas e se vê presa em um universo paralelo chamado Kiengir, que exala uma sensação de desconforto e estranheza a cada nova sala visitada. A jornada de Indra não é apenas sobre derrotar inimigos ou encontrar habilidades, mas sobre entender as conexões entre os diferentes mundos, explorar o passado e o presente desse universo caótico e descobrir segredos ocultos que desafiam as leis da física e da lógica. A sensação de estar em um lugar alienígena é constante, e o jogo te convida a explorar cada recanto, cada fenda e cada sombra à procura de pistas sobre o que realmente está acontecendo.

Uma das grandes diferenças em Axiom Verge 2 está nas habilidades que você adquire ao longo do caminho. Aqui, a protagonista é capaz de hackear inimigos e dispositivos, abrindo possibilidades inéditas de interagir com o ambiente e mudar a dinâmica dos combates e dos quebra-cabeças. Você não está apenas lutando contra criaturas estranhas, mas também pode manipulá-las a seu favor, alterando seus comportamentos ou transformando-as em aliados temporários. Essa mecânica de hacking se torna cada vez mais essencial para desvendar novos caminhos e alcançar áreas que inicialmente parecem impossíveis de acessar, tornando o backtracking não apenas necessário, mas também recompensador, já que cada nova habilidade transforma a maneira como você enxerga o mapa e enfrenta os desafios.

E por falar em mapa, Axiom Verge 2 brilha com um level design complexo e entrelaçado, onde as áreas se conectam de formas inusitadas e surpreendentes. A exploração é incentivada a cada instante, com segredos escondidos por toda parte e um sistema de teletransporte entre dimensões que adiciona uma camada extra de profundidade. O jogo introduz a ideia de um “submundo” digital, onde você pode projetar uma versão diferente de Indra para resolver puzzles ou atravessar barreiras que seriam intransponíveis na forma física. Esse contraste entre as duas realidades cria um jogo dentro do jogo, onde cada interação tem potencial para revelar uma nova faceta do universo ao seu redor. A cada nova descoberta, você sente que está desbravando um terreno totalmente inexplorado, cheio de segredos que só esperam o momento certo para serem desvendados.

Os gráficos de Axiom Verge 2 também merecem destaque. Com uma estética pixel art refinada, o game impressiona ao criar ambientes detalhados e imersivos que remetem tanto a estruturas orgânicas quanto a paisagens tecnológicas decadentes. As cores vibrantes e os efeitos visuais são cuidadosamente combinados para transmitir a sensação de estar em um lugar distante, alienígena e ao mesmo tempo hipnotizante. A trilha sonora complementa perfeitamente essa ambientação, com melodias que variam entre o sereno e o ameaçador, sempre conduzindo o jogador para uma imersão completa no universo de Kiengir. A música reage aos momentos de tensão e calmaria, criando uma experiência auditiva que se entrelaça com o gameplay de maneira quase sinestésica.

Embora o combate continue presente e desafiador, Axiom Verge 2 foca mais na exploração e na narrativa, fazendo com que cada nova descoberta traga consigo mais perguntas do que respostas. O enredo é entregue de maneira fragmentada, e cabe ao jogador conectar os pontos, encontrar os diários e mensagens deixadas por habitantes esquecidos desse mundo estranho, e montar o quebra-cabeça para entender o que realmente aconteceu. É uma experiência quase introspectiva, onde você não está apenas desbravando um mundo físico, mas também as complexas emoções e motivações da protagonista. A história se desenrola com um tom melancólico e misterioso, adicionando camadas de profundidade que vão muito além do simples “encontrar e derrotar o vilão”.

Mesmo para quem não jogou o primeiro título, Axiom Verge 2 se sustenta como uma obra independente, acessível tanto para veteranos do gênero quanto para novatos. Os controles são intuitivos e fluidos, e o jogo respeita o tempo e o ritmo do jogador, oferecendo desafios na medida certa e momentos de introspecção para apreciar o ambiente e a história. É um game que te prende pela curiosidade, pela vontade de explorar cada centímetro daquele mapa esquisito e repleto de segredos, e te recompensa com uma sensação de realização a cada novo upgrade encontrado ou área oculta descoberta.

Além disso, a narrativa de Axiom Verge 2 consegue ser ao mesmo tempo épica e pessoal. Indra é uma personagem complexa e bem construída, e sua busca por respostas é o que move o enredo para frente. Enquanto explora Kiengir, ela descobre mais sobre si mesma e sua própria natureza, e o jogador compartilha essa jornada de autoconhecimento. Os diálogos e interações revelam nuances de uma protagonista que não é apenas um avatar para o jogador, mas sim uma pessoa com dúvidas, medos e esperanças, criando uma conexão emocional que enriquece ainda mais a experiência.

19 – Blasphemous

Prepare-se para entrar em um mundo sombrio, cruel e inconfundivelmente fascinante com uma das experiências mais impactantes que o gênero metroidvania já viu. Blasphemous é um daqueles jogos que não se contenta apenas em te desafiar; ele quer te transportar para um universo onde cada passo, cada golpe e cada morte é um lembrete de que você está em um lugar desprovido de esperança, onde a única constante é a dor e a penitência. E é justamente essa atmosfera macabra que o torna tão inesquecível. Desde o momento em que você veste o manto do Penitente, um guerreiro misterioso preso em um ciclo interminável de morte e redenção, você sente que essa não é apenas mais uma jornada por um mundo em ruínas. Não, essa é uma descida a um verdadeiro inferno visual e emocional, onde cada criatura grotesca e cada cenário detalhado parecem ter saído das profundezas das artes barrocas e do pesadelo coletivo da humanidade.

A arte de Blasphemous é uma obra-prima por si só. Com traços detalhados e pixel art que consegue ser tanto bela quanto horripilante, o jogo apresenta um mundo impregnado de religiosidade distorcida, repleto de estátuas sinistras, ícones sacrílegos e horrores que desafiam qualquer lógica. A direção artística evoca um misto de espanto e curiosidade mórbida, como se você estivesse folheando um livro proibido, daqueles que escondem segredos escusos e revelações apocalípticas. O visual não é apenas um pano de fundo; ele conta uma história, narra os pecados de uma terra amaldiçoada e transmite a sensação de que, a cada nova área, você está se aprofundando em um mistério ainda mais terrível. As construções gigantescas e as criaturas bizarras parecem saídas diretamente de um pesadelo de Hieronymus Bosch, e a trilha sonora melancólica, repleta de cantos soturnos e acordes dissonantes, completa esse espetáculo visual e auditivo de maneira sublime.

Mas Blasphemous não é apenas um show de horrores estéticos; o gameplay é igualmente afiado e brutal. Desde o primeiro golpe de espada que você desfere, percebe-se que cada movimento conta. Os controles são precisos, e a dificuldade do jogo exige que você aprenda a ler os padrões dos inimigos e reaja de maneira calculada. Cada batalha é uma dança mortal, onde um único deslize pode significar a diferença entre a vida e a morte. O combate é visceral, com golpes pesados e animações fluidas que tornam cada confronto uma experiência intensa e gratificante. A sensação de vitória ao derrotar um chefe gigantesco, cujos ataques devastadores varrem a tela em padrões quase impossíveis de esquivar, é indescritível. Cada chefe parece uma provação, como se o jogo estivesse testando não apenas sua habilidade, mas também sua paciência e perseverança.

A exploração é outro ponto alto de Blasphemous. O mundo de Cvstodia é vasto, labiríntico e repleto de segredos que aguardam serem descobertos. Há uma satisfação única em desbloquear novas habilidades, que vão desde ataques devastadores até movimentos de exploração mais complexos, e perceber como elas se encaixam perfeitamente nas áreas já visitadas, revelando passagens secretas e itens valiosos. A progressão do personagem é feita de maneira orgânica, com cada nova habilidade abrindo caminhos e convidando o jogador a retornar a áreas antes inexploráveis. Essa sensação de crescimento constante é um dos elementos que mantém a jogabilidade sempre envolvente e motivadora, mesmo diante dos desafios mais impiedosos.

E falando em desafio, é impossível ignorar a influência do gênero soulslike na construção de Blasphemous. Assim como em jogos como Dark Souls, aqui a morte não é o fim, mas sim uma parte intrínseca da experiência. Cada derrota ensina algo novo, cada revés faz você repensar sua estratégia e, aos poucos, você vai se tornando mais forte e habilidoso. É um jogo que premia a paciência e a dedicação, e que não se curva aos moldes tradicionais de facilidades e tutoriais. A sensação de conquista ao superar um trecho particularmente difícil ou ao encontrar um altar de oração para salvar seu progresso é simplesmente inigualável. É uma sensação que só jogos que ousam desafiar seu público conseguem oferecer.

A narrativa de Blasphemous é rica e envolvente, mas de uma maneira peculiar. Ao invés de despejar informações diretamente no jogador, o game opta por uma narrativa fragmentada, repleta de simbolismos e diálogos enigmáticos. Cabe a você, como jogador, juntar as peças desse quebra-cabeça macabro. Cada NPC que você encontra, cada texto escondido nas descrições de itens e cada sussurro abafado pelas paredes de pedra antiga acrescentam mais um pedaço ao enredo complexo e sombrio de Cvstodia. A história não é apenas sobre um guerreiro enfrentando monstros, mas sim sobre a corrupção de uma terra inteira, marcada por dogmas distorcidos e uma busca desesperada por redenção e absolvição. E à medida que você se aprofunda nesse mar de desolação, você se sente atraído pela curiosidade mórbida de saber mais, mesmo que isso signifique encarar verdades sombrias e pesadelos vivos.

E o que dizer das habilidades do Penitente? Com uma vasta gama de poderes que vão desde ataques especiais devastadores até movimentos acrobáticos, cada nova habilidade que você desbloqueia traz uma nova dimensão ao gameplay. Você se sente mais poderoso, mais capaz de enfrentar os horrores que aguardam em cada canto sombrio. E ainda assim, o jogo nunca deixa você se sentir confortável. A cada nova habilidade, surgem inimigos mais fortes e desafios mais insanos, mantendo a curva de dificuldade em constante ascensão. O sistema de progressão é intuitivo e ao mesmo tempo intrincado, permitindo combinações estratégicas que se adaptam ao seu estilo de jogo. Isso torna cada jornada única e dá ao jogador a liberdade de explorar e enfrentar os desafios à sua maneira.

No entanto, o que realmente diferencia Blasphemous de outros metroidvanias é a sua capacidade de criar uma atmosfera de desolação e fervor religioso. O jogo aborda temas de penitência, sacrifício e expiação de pecados de uma maneira visceral, que ressoa com o jogador muito além da tela. Há uma profundidade filosófica por trás de cada ato de violência e cada lamento de dor, como se o jogo estivesse explorando o próprio conceito de culpa e redenção em um nível quase existencial. É um mergulho nas profundezas da psicologia humana, embalado por um cenário apocalíptico que faz você questionar a própria natureza do que é certo ou errado.

Blasphemous é um jogo que exige e oferece muito. Ele te envolve em um abraço gélido de sombras e tormentos, mas ao mesmo tempo te desafia a seguir em frente, a encontrar a luz em meio à escuridão e a encarar os horrores de frente. Cada momento é um teste de coragem, habilidade e, acima de tudo, determinação. Se você estiver disposto a enfrentar os desafios e a desvendar os segredos de Cvstodia, será recompensado com uma das experiências mais marcantes e memoráveis que o Nintendo Switch pode oferecer. Um verdadeiro marco no gênero metroidvania e um lembrete de que, mesmo em meio às trevas, há sempre espaço para a beleza – ainda que ela venha revestida de espinhos e sangue.

18 – Blaster Master Zero

Blaster Master Zero é aquele tipo de jogo que, à primeira vista, parece apenas mais um título retrô na prateleira do Nintendo Switch, mas, na verdade, esconde uma experiência cheia de charme e personalidade que traz frescor para o gênero metroidvania. Revivendo o espírito de uma das franquias clássicas do NES, este título da Inti Creates conseguiu fazer algo que muitos consideravam impossível: pegar um jogo dos anos 80 e não apenas atualizar seus gráficos, mas expandir todo o seu potencial para transformá-lo em um dos melhores representantes do gênero no console da Nintendo. Aqui, não se trata apenas de nostalgia; trata-se de pegar a fórmula original e reinventá-la para os novos tempos, com mecânicas modernas e um gameplay incrivelmente polido que mantém a essência do jogo clássico, mas ao mesmo tempo entrega uma experiência que se sente completamente nova e cheia de energia.

A trama é simples e envolvente: você assume o controle de Jason Frudnick, um jovem que se aventura em um mundo subterrâneo com seu tanque avançado, o SOPHIA III, para resgatar uma criatura alienígena chamada Fred. Parece uma missão comum de herói, mas o jogo se destaca por mesclar diferentes estilos de jogabilidade de forma fluida e divertida. A mistura entre ação side-scrolling e seções top-down cria um ritmo dinâmico, onde você alterna entre explorar ambientes complexos e lutar contra inimigos em frenéticas batalhas. A sensação de pilotar o SOPHIA III pelas cavernas e túneis, atirando e desviando de inimigos enquanto procura por caminhos escondidos e power-ups, é simplesmente sensacional. Cada área é um quebra-cabeça a ser desvendado, com segredos e surpresas esperando a cada esquina.

O verdadeiro brilho de Blaster Master Zero está na maneira como ele explora sua dualidade de gameplay. Enquanto você pilota o tanque, é possível sentir o poder e o peso das armas do SOPHIA, mas em alguns momentos, Jason deve sair do veículo e explorar a pé, enfrentando inimigos em combates corpo a corpo e resolvendo quebra-cabeças. Essas seções não são meramente acessórios ao gameplay, mas sim momentos que adicionam profundidade à jogabilidade e variedade ao desafio. Ao alternar entre o veículo e o controle do personagem a pé, o jogo constantemente mantém você engajado, fazendo com que cada fase tenha uma atmosfera e um nível de dificuldade únicos. É como se você estivesse jogando dois jogos em um só, e a maneira como esses elementos se misturam é a verdadeira cereja no topo do bolo.

Cada nova área que você explora no mapa é repleta de armadilhas mortais e inimigos que não hesitarão em tirar suas vidas caso você não esteja preparado. Desde robôs ferozes até criaturas bizarras que habitam os cantos mais escuros do submundo, a variedade de inimigos mantém as batalhas sempre interessantes. Conforme avança, Jason e o SOPHIA III ganham novas habilidades, como o disparo de mísseis, saltos duplos e escudos energéticos, que ajudam a superar desafios cada vez mais complexos. É recompensador ver como cada nova habilidade se encaixa perfeitamente na progressão do jogo, permitindo que você acesse áreas previamente inexploráveis e derrotar inimigos antes intransponíveis. Aquele clássico backtracking dos metroidvanias está presente aqui, e cada volta ao início é repleta de descobertas e oportunidades que fazem você se sentir mais poderoso a cada upgrade encontrado.

Outro ponto que vale ser destacado é o design dos chefes. Cada batalha contra os monstros gigantes de Blaster Master Zero é um verdadeiro show de criatividade, tanto em termos visuais quanto na mecânica de combate. Enfrentar criaturas colossais que preenchem a tela e exigem que você use tudo o que aprendeu até o momento para derrotá-las é uma experiência intensa e empolgante. A combinação de padrão de ataques, áreas restritas e momentos de pura adrenalina fazem com que cada encontro com um chefe seja memorável. E quando você finalmente os derrota, a sensação de conquista é indescritível. Isso sem mencionar os efeitos visuais e as animações que elevam cada confronto a um nível de espetáculo visual e emocional.

Visualmente, o jogo é um deleite para os olhos de quem aprecia pixel art. Com um estilo gráfico que homenageia o original de NES, mas que também aproveita as capacidades modernas do Switch para trazer mais cor e detalhes ao mundo subterrâneo, cada área parece viva e vibrante. As animações fluem suavemente e os efeitos de iluminação e partículas nas batalhas adicionam um toque especial. As músicas, por outro lado, são uma mistura de novas composições e faixas clássicas remixadas, trazendo um ar nostálgico e, ao mesmo tempo, moderno. A trilha sonora é daquelas que grudam na cabeça, com temas que evocam tensão nas áreas mais perigosas e trazem empolgação nas batalhas mais intensas. O som dos tiros do SOPHIA III ecoa pelas cavernas, criando um cenário sonoro que te coloca no centro da ação.

Para aqueles que buscam ainda mais desafio, o jogo também apresenta modos extras, como New Game Plus e modos de dificuldade mais elevados, que adicionam novas camadas de complexidade ao gameplay e à progressão. E para os completistas, há uma infinidade de colecionáveis e segredos para encontrar, garantindo horas e mais horas de exploração e batalhas emocionantes. É o tipo de jogo que te convida a explorar cada canto, testar cada habilidade recém-adquirida e não parar até que tenha conquistado tudo o que há para oferecer. A campanha principal pode ser completada em algumas horas, mas Blaster Master Zero é o tipo de jogo que você vai querer revisitar de tempos em tempos, seja para tentar bater seu próprio tempo ou apenas para reviver a sensação de se perder em um mundo de plataformas e tiros de alta octanagem.

Blaster Master Zero é uma prova de que jogos antigos ainda podem ter vida nova no cenário atual. Ele não apenas honra suas raízes clássicas, mas as transcende, entregando um metroidvania completo, divertido e desafiador para jogadores de todas as idades e gostos. Ele equilibra a nostalgia dos anos 80 com um toque moderno, tornando-se um exemplo brilhante de como revitalizar uma franquia. Se você é fã de metroidvanias ou está apenas procurando por uma aventura que combina exploração, combate intenso e um mundo cheio de segredos, este título é indispensável na sua coleção de Nintendo Switch. Não importa quantos metroidvanias você já tenha jogado, Blaster Master Zero vai surpreender e cativar você do começo ao fim, deixando um gosto de “quero mais” que poucos jogos conseguem proporcionar.

17 – Yoku’s Island Express

Imagine-se jogando um metroidvania, mas em vez de apenas explorar cavernas sombrias ou castelos góticos, você se vê transportado para uma ilha paradisíaca cheia de cores vibrantes, criaturas adoráveis e uma trilha sonora que te deixa com um sorriso de orelha a orelha. Agora, acrescente a esse cenário uma mecânica única que mistura pinball e aventura. Pois é exatamente isso que Yoku’s Island Express entrega: um jogo que pega o conceito clássico de metroidvania e o transforma em algo completamente novo e irresistível.

A história começa com Yoku, um besouro adorável que acaba de assumir o cargo de carteiro da Ilha Mokumana. Só que, em vez de apenas entregar cartas, ele se vê encarregado de salvar a própria ilha de um mal que ameaça destruir tudo. Armado apenas com uma bola de metal (parecida com uma bola de gude) amarrada à sua cintura, Yoku não pode pular nem correr rápido como a maioria dos protagonistas, mas, em vez disso, ele rola e desliza por colinas e desfiladeiros enquanto é catapultado por pinos e flippers espalhados pelo cenário, como se estivesse em um gigantesco tabuleiro de pinball. É uma sacada tão criativa e inesperada que a sensação de jogar algo diferente é instantânea.

Ao contrário dos metroidvanias tradicionais, onde você precisa encontrar habilidades para escalar paredes ou nadar em águas profundas, em Yoku’s Island Express, a exploração é facilitada pelos elementos de pinball. O mapa é repleto de dispositivos e alavancas que lançam o pequeno besouro pelos ares, levando-o para áreas que seriam inatingíveis de outra forma. No início, você pode até sentir que as mecânicas são um pouco limitadas, mas é aí que o jogo começa a mostrar sua verdadeira face. À medida que avança, você desbloqueia novos recursos e habilidades que ampliam as possibilidades de movimentação e exploração de Yoku, e a sensação de liberdade se torna ainda mais intensa. As habilidades de Yoku incluem explodir rochas com a bola de metal e criar explosões que abrem novos caminhos. E tudo isso é feito sem deixar de lado o bom humor e a leveza que permeiam toda a experiência.

Mas não é apenas o gameplay que faz Yoku’s Island Express brilhar. A própria ilha é um espetáculo visual e sonoro. Com um estilo gráfico que parece saído de um livro infantil, cada área da ilha Mokumana é meticulosamente desenhada com cenários vibrantes que variam de florestas exuberantes a praias ensolaradas e cavernas misteriosas. Há uma alegria e vivacidade em cada detalhe, desde os riachos que fluem suavemente até as criaturas sorridentes que você encontra pelo caminho. Os personagens são cativantes e expressivos, cada um com sua própria personalidade peculiar e problemas que Yoku pode ajudar a resolver em suas jornadas. O tom alegre e otimista do jogo nunca desaparece, tornando a experiência uma verdadeira celebração de exploração e descoberta.

E não podemos deixar de falar da trilha sonora, que é um dos pontos altos do jogo. Com melodias que capturam perfeitamente o espírito relaxante e aventureiro de cada área, as músicas são cuidadosamente compostas para te imergir ainda mais no universo do jogo. Às vezes, você se pega parando de propósito em alguns locais só para ouvir melhor a música e apreciar a atmosfera. Desde o som suave das ondas quebrando na praia até os acordes animados que acompanham as seções de pinball mais desafiadoras, cada nota parece estar no lugar certo para intensificar a experiência sensorial do jogador.

O verdadeiro charme de Yoku’s Island Express está em como ele usa suas mecânicas únicas para criar um fluxo constante de exploração e desafio sem nunca se tornar frustrante. Em um gênero onde a dificuldade e os combates geralmente são o foco, Yoku se destaca por proporcionar uma experiência de puro prazer e relaxamento. Não há pressa ou pressão para alcançar o próximo objetivo; em vez disso, o jogo convida você a explorar no seu próprio ritmo, descobrir os segredos escondidos, ajudar os habitantes da ilha e se divertir ao longo do caminho.

As missões secundárias e os colecionáveis, por sua vez, são igualmente divertidos e fazem com que cada canto da ilha seja relevante. Desde entregar cartas a personagens curiosos até coletar frutas para desbloquear novos caminhos, cada tarefa tem uma recompensa, seja um novo atalho, um pedaço extra do mapa ou uma atualização que facilita ainda mais a exploração. E por falar em frutas, elas são a moeda do jogo, usadas para ativar os flippers e desbloquear passagens, incentivando você a procurar e acumular o máximo possível durante a aventura.

O ritmo do jogo é simplesmente perfeito. Ele nunca sobrecarrega o jogador com desafios insanos, mas também não subestima suas habilidades. Cada novo quebra-cabeça de pinball, cada caminho ramificado e cada chefão é introduzido de forma gradual, permitindo que você aproveite o processo de aprendizado e sinta a satisfação de dominar a movimentação e as mecânicas do jogo. As batalhas contra chefes são especialmente interessantes, misturando ação e pinball de uma forma que desafia a lógica tradicional dos metroidvanias, mas que funciona de maneira brilhante no contexto de Yoku.

Outro ponto a se destacar é a acessibilidade do jogo. Yoku’s Island Express é um jogo que qualquer pessoa pode pegar e se divertir, independentemente do nível de habilidade. Não há momentos que te façam querer jogar o controle longe por causa de uma dificuldade exacerbada ou frustração com controles mal ajustados. Pelo contrário, tudo é pensado para ser intuitivo e prazeroso, fazendo com que cada jogada seja relaxante e recompensadora. Ele é um ótimo exemplo de como um jogo pode ser desafiador e divertido sem precisar ser extenuante.

Yoku’s Island Express é um metroidvania que desafia convenções e mostra como o gênero pode evoluir e se reinventar. Com uma combinação única de pinball e exploração, visual deslumbrante, personagens carismáticos e uma trilha sonora memorável, ele se destaca como um dos melhores jogos do estilo para Nintendo Switch. É um daqueles títulos que te faz sorrir do início ao fim e que, mesmo após completar a campanha principal, te convida a voltar e descobrir cada cantinho da ilha Mokumana. Se você está em busca de algo verdadeiramente diferente, com uma jogabilidade cativante e um mundo que transborda carisma e criatividade, este é o jogo ideal para se aventurar e se perder por horas a fio.

16 – Cave Story+

Prepare-se para mergulhar em um dos maiores clássicos dos jogos independentes que definiu o conceito de excelência no gênero metroidvania: um game que nasceu como uma humilde produção de um único desenvolvedor, mas que conquistou corações e mentes ao redor do mundo com sua jogabilidade viciante, narrativa emocionante e um mundo repleto de segredos. Desde o seu lançamento original, o título evoluiu e se adaptou a diferentes plataformas, mas foi em sua versão definitiva, que hoje se encontra no Nintendo Switch, que ele se consolidou como uma obra-prima atemporal, prontinha para ser redescoberta por veteranos e novatos do gênero.

Quando falamos de um metroidvania que abraça a nostalgia dos jogos retrô, mas consegue entregar uma experiência nova e cativante, este título é o verdadeiro exemplo. Ele nos leva para um mundo subterrâneo cheio de mistérios, onde o protagonista amnésico acorda sem saber quem é, onde está e o que precisa fazer. Ao longo de sua jornada, ele descobre uma terra habitada por criaturas adoráveis conhecidas como Mimigas, que são atormentadas por um vilão maquiavélico conhecido apenas como “O Doutor”. A premissa pode parecer simples, mas não se engane: a narrativa logo se torna muito mais profunda e emocionante do que aparenta.

Esse jogo é mais do que apenas um tributo aos clássicos que inspiraram o gênero. Ele pega as melhores ideias de títulos como Metroid e Castlevania e as leva a outro nível, misturando exploração e ação em um ritmo alucinante, mas perfeitamente balanceado. A cada novo cenário, a sensação de progresso é palpável, seja descobrindo um novo item que destrava áreas antes inacessíveis ou enfrentando um inimigo colossal que exige reflexos e precisão para ser derrotado. É aquele tipo de game que te prende e te envolve completamente, ao ponto de você perder a noção do tempo enquanto explora cada canto desse vasto universo pixelado.

Um dos pontos mais fascinantes desse jogo é como ele consegue ser desafiador e recompensador na medida certa. Os inimigos não são apenas obstáculos a serem superados; cada um deles possui padrões únicos que exigem estratégia e adaptação, e o mesmo vale para os chefões, que estão entre os momentos mais empolgantes do game. E conforme você avança, a quantidade de armas e habilidades que se desbloqueiam é simplesmente impressionante, oferecendo diferentes estilos de combate e maneiras criativas de abordar as batalhas e os desafios. Você vai de armas de longo alcance a poderosas espadas de energia que destroem inimigos a curta distância, e cada uma delas pode ser melhorada ao coletar itens específicos durante a exploração.

Mas o que realmente destaca este jogo entre tantos outros do gênero é a maneira como ele constrói a conexão emocional entre o jogador e o mundo que está sendo explorado. As pequenas criaturas Mimigas e outros personagens que você encontra pelo caminho possuem personalidades marcantes e histórias comoventes que te fazem se importar genuinamente com o destino deles. As decisões que você toma ao longo do jogo — sim, porque há mais de um final — podem determinar o desfecho da trama e, em alguns casos, até definir quem vive e quem morre. Essas escolhas pesam e te deixam pensando sobre cada ação e consequência, transformando o game em uma experiência verdadeiramente interativa e pessoal.

E o que dizer dos visuais e da trilha sonora? Mesmo com gráficos pixelados e uma estética retrô, o jogo é um banquete visual. Cada ambiente é meticulosamente desenhado, com cores vibrantes e detalhes que ajudam a contar a história do lugar e de seus habitantes. As áreas subterrâneas, as cidades dos Mimigas, as fábricas sombrias e até as ruínas abandonadas são projetadas de forma a fazer você querer explorar cada cantinho, sempre na esperança de encontrar um item raro, um segredo ou apenas para admirar a beleza pixelada que se desdobra na tela do Nintendo Switch.

A trilha sonora é outro elemento que merece destaque. Com composições cativantes que grudam na memória e se tornam parte da experiência, cada faixa parece ter sido feita para complementar perfeitamente a atmosfera do jogo. Se você está enfrentando um chefão, pode esperar por uma música intensa e dramática; se está vagando por uma área pacífica, a melodia suave e calma te envolve, fazendo com que você se sinta parte desse mundo peculiar. É uma trilha sonora que faz com que cada momento tenha ainda mais peso e intensidade, acrescentando camadas de emoção à narrativa.

Este é um daqueles jogos que conquistam não apenas pela jogabilidade ou gráficos, mas pela sua alma. A história do seu desenvolvimento é uma prova disso: criado por Daisuke Amaya, conhecido como Pixel, em um período de cinco anos, o game é fruto de pura paixão e dedicação. Cada linha de código, cada sprite, cada nota musical foi cuidadosamente pensada e implementada por uma única pessoa, e esse amor e atenção aos detalhes transparecem em cada segundo de jogatina. É impressionante como uma obra criada de forma tão independente consegue ser tão polida, coesa e incrivelmente divertida.

No Nintendo Switch, o título brilha ainda mais. Com controles responsivos e a possibilidade de jogar tanto na TV quanto no modo portátil, a experiência é fluida e adaptável. Os gráficos retrô ficam ainda mais nítidos na tela do console híbrido, e o gameplay se mantém suave mesmo nos momentos mais frenéticos. Além disso, a versão atual conta com novos modos de jogo, desafios extras e melhorias que deixam o título ainda mais robusto. Se você é fã de desafios adicionais, os modos como Time Attack e Boss Rush são perfeitos para testar suas habilidades ao máximo.

Então, se você está buscando um metroidvania que une exploração, combate e uma história que vai além do esperado, este é o jogo ideal para você. É uma verdadeira aula de como um game independente pode impactar uma geração inteira e se tornar um clássico cult. Repleto de segredos, com múltiplos finais e desafios que vão fazer você querer jogar e rejogar, este é um daqueles títulos obrigatórios para qualquer fã do gênero ou para qualquer jogador que queira entender por que ele ainda é tão aclamado, mesmo anos após seu lançamento original. É um convite para explorar, lutar e, acima de tudo, se perder em um mundo que é, ao mesmo tempo, belo e perigoso, desafiador e recompensador, e que merece ser redescoberto, seja pela primeira vez ou pela centésima vez.

15 – Monster Boy and the Cursed Kingdom

Prepare-se para uma verdadeira explosão de nostalgia e aventura! Este jogo é um daqueles raros casos em que o passado e o presente se encontram de maneira brilhante, resultando em algo novo e empolgante, mas que carrega consigo toda a magia dos clássicos que o inspiraram. Imagine um mundo onde cada canto é uma surpresa, cada habilidade desbloqueada traz um sorriso no rosto e cada inimigo derrotado é uma pequena vitória pessoal. É exatamente essa a experiência que você terá enquanto explora o vasto, colorido e carismático universo do jogo, um lugar que se transforma a cada passo e te envolve em uma atmosfera digna dos contos de fadas.

Logo de início, você se depara com um universo vibrante, desenhado com um estilo artístico de tirar o fôlego, que mais parece ter saído direto de uma animação de altíssima qualidade. Cada cenário é uma obra de arte, com cores intensas e detalhes meticulosos que fazem com que tudo pareça vivo e pulsante. Florestas exuberantes, cavernas sombrias, castelos imponentes e aldeias cheias de personalidade compõem o ambiente que você vai querer explorar de cima a baixo. E não apenas pelos gráficos incríveis, mas porque o jogo consegue algo que poucos metroidvanias fazem com tanta maestria: ele te convida a explorar, a ser curioso, a se perder em suas profundezas e a voltar aos locais mais improváveis, agora com uma nova habilidade que transforma áreas comuns em caminhos secretos para segredos ocultos.

O grande charme dessa aventura, no entanto, está nas transformações do protagonista. Ao longo do jogo, você desbloqueia a capacidade de se transformar em várias criaturas diferentes, cada uma com suas próprias habilidades e formas únicas de interagir com o mundo. Imagine voar pelos céus como um falcão, nadar pelos abismos mais profundos como um peixe, ou usar a força bruta de um leão para esmagar barreiras que antes pareciam intransponíveis. A cada nova forma adquirida, a jogabilidade se reinventa, abrindo novas possibilidades e tornando o mapa ainda mais intrincado e recheado de passagens secretas. Isso dá um ritmo e um dinamismo ao jogo que o fazem se destacar de muitos outros do gênero, pois ele nunca fica estagnado. Sempre há algo novo para aprender e uma forma diferente de ver o mesmo mundo.

E, como não poderia deixar de ser, um metroidvania de respeito precisa de um mapa complexo e cheio de desafios. Aqui, a exploração é acompanhada por puzzles engenhosos e desafios de plataforma que testam não apenas suas habilidades motoras, mas também sua capacidade de raciocínio. Há momentos em que você precisará combinar diferentes transformações em um curto período de tempo para superar obstáculos, e outros em que a solução está em explorar um cantinho do mapa que você jurava ter sido revisitado centenas de vezes. Mas é aí que o jogo brilha: ele te dá aquela sensação de euforia quando você finalmente encontra um caminho secreto ou resolve um puzzle particularmente difícil. É um tipo de satisfação que apenas os grandes metroidvanias conseguem proporcionar.

O combate também não fica atrás. Cada criatura que você encontra, cada chefe que enfrenta, traz uma combinação de habilidades que exige que você esteja sempre em movimento, esquivando, atacando e, acima de tudo, pensando em como utilizar as transformações para virar o jogo a seu favor. Não há um momento de tédio: as lutas são desafiadoras, mas nunca injustas. O jogo te dá todas as ferramentas para vencer, mas exige que você as use com precisão e inteligência. Quando você domina as mecânicas de combate e consegue desferir aquele golpe final em um chefe que parecia impossível de derrotar, a sensação de conquista é indescritível.

E, claro, é impossível falar dessa obra-prima sem mencionar sua trilha sonora. As músicas são cativantes e se ajustam perfeitamente ao clima de cada área, seja um tema mais suave para uma floresta encantada ou algo mais intenso para uma batalha épica contra um chefe. Há algo de mágico na forma como as melodias guiam a experiência, como se cada nota fosse parte integrante da história que está sendo contada. A trilha sonora não é apenas um complemento; é uma parte fundamental da imersão e faz com que você se sinta ainda mais conectado ao mundo e aos personagens.

Falando em personagens, o jogo transborda carisma. Não apenas o protagonista é adorável em suas diferentes formas, mas também os NPCs que você encontra pelo caminho, cada um com sua própria história para contar, suas peculiaridades e seu jeito de enxergar o mundo. Desde figuras engraçadas que arrancam risadas inesperadas até personagens que trazem um tom mais emocional e reflexivo, há uma profundidade que te faz querer falar com todo mundo, revisitar locais para ver se há algo novo e descobrir todos os pequenos segredos que o universo guarda.

Para os fãs de longa data de metroidvanias e plataformas, este jogo é um presente que consegue unir a nostalgia com inovação, um equilíbrio raro que muitos tentam, mas poucos conseguem alcançar. E, para os novos jogadores, é uma porta de entrada fantástica para um dos subgêneros mais queridos e desafiadores dos games. É o tipo de jogo que te prende do início ao fim e que, quando você finalmente o conclui, deixa uma saudade imediata e a vontade de jogar tudo de novo, agora com o olhar atento a cada detalhe que possa ter passado despercebido.

É isso que faz deste título uma experiência tão única. Ele não apenas traz um gameplay afiado e um mundo visualmente deslumbrante, mas também entrega um pacote completo de diversão, desafio e emoção. Seja você um explorador nato que adora desvendar mapas até o último pixel ou alguém que prefere batalhas intensas e cheias de ação, aqui há algo que vai te cativar e te manter grudado na tela, sempre ansioso para ver o que a próxima transformação, o próximo segredo ou a próxima batalha irão te trazer. É um jogo que respeita a tradição e a história do gênero, mas que não tem medo de ousar, inovar e, acima de tudo, divertir. É uma verdadeira joia do Nintendo Switch, e um metroidvania que vai brilhar por muito tempo na memória de quem tiver a sorte de embarcar nessa jornada encantada.

14 – Metroid Prime: Remastered

Aqui, tudo começa com a nostalgia em sua forma mais pura, mas rapidamente somos transportados para uma experiência visualmente renovada e cheia de melhorias que elevam a jogabilidade a um novo patamar. Imagine uma fusão perfeita entre a tradição consagrada de exploração e puzzles com um toque moderno que transforma cada momento em algo digno de ser reverenciado. Isso é mais do que uma remasterização: é uma carta de amor aos fãs e uma celebração de tudo o que o gênero metroidvania pode alcançar.

Logo de cara, o que mais impressiona é o trabalho meticuloso feito no visual. Toda a ambientação do planeta Tallon IV foi reconstruída, trazendo um nível de detalhamento absurdo. A remasterização brilha com efeitos de luz e sombra que tornam cada canto das ruínas, cavernas e instalações científicas algo para se admirar. Os cenários, agora, são ainda mais atmosféricos, com texturas incrivelmente nítidas e detalhes que antes poderiam passar despercebidos. A vegetação, os elementos de metal corroído e até as pedras parecem ter uma vida própria, pulsando e convidando o jogador a se perder nos corredores interconectados e cheios de mistério. A cada novo ambiente explorado, somos presenteados com paisagens exuberantes e, ao mesmo tempo, ameaçadoras. É como se Tallon IV estivesse mais vivo e intrigante do que nunca, cada área clamando para ser explorada minuciosamente.

Mas não é só no visual que o jogo se supera. A jogabilidade também recebeu um tratamento especial que honra a fórmula original e adiciona um novo grau de fluidez. Os controles foram reformulados para se adaptarem à precisão e à versatilidade dos Joy-Cons e do Pro Controller, proporcionando uma experiência intuitiva e dinâmica. Movimentar-se com Samus nunca foi tão satisfatório, e o Switch, com sua opção de jogabilidade tanto no modo portátil quanto na TV, se mostra o console perfeito para revisitar este mundo enigmático. Você se sente em total controle enquanto explora corredores estreitos, desvia de ataques inimigos e ativa a Morph Ball para atravessar passagens apertadas. E cada transição entre as áreas é fluida, sem tempo de carregamento perceptível, mantendo o ritmo do jogo imersivo e constante.

E por falar em exploração, essa sempre foi a essência de todo bom metroidvania, e aqui ela é elevada a um nível quase artístico. Em vez de guiar o jogador de forma linear, o jogo te joga em um planeta hostil e diz: “Encontre seu caminho”. E é aí que reside a magia. Há uma satisfação imensa em descobrir por conta própria aquele túnel secreto que leva a um novo poder, ou em finalmente decifrar como acessar uma área que parecia impossível de alcançar. O jogo recompensa a curiosidade, e cada item escondido, cada melhoria para o traje de Samus, cada novo compartimento do mapa que você desbloqueia dá um gostinho de vitória e realização. As mecânicas de escaneamento, que permitem desvendar a história e entender melhor o funcionamento das estruturas e dos inimigos, dão uma profundidade rara, fazendo com que Tallon IV seja não apenas um cenário, mas um personagem vivo e pulsante que você quer conhecer em detalhes.

As batalhas são igualmente emocionantes. Enfrentar um Space Pirate ou uma criatura alienígena em uma arena claustrofóbica se torna um verdadeiro espetáculo. O som dos tiros, o impacto dos mísseis, a variedade de movimentos e a necessidade de usar diferentes armas e habilidades para superar cada tipo de oponente trazem uma complexidade estratégica que mantém o jogador sempre alerta. E então vêm os chefes: encontros épicos e intensos que exigem destreza, raciocínio rápido e um bom entendimento das mecânicas de combate e exploração. Cada batalha é um teste não apenas de suas habilidades, mas também de quanto você aprendeu a entender e respeitar o ecossistema desse planeta.

A trilha sonora não fica atrás e contribui enormemente para a imersão. Composta por faixas que variam entre o suspense e o épico, a música te envolve, fazendo com que cada momento, seja ele de tranquilidade ou de puro terror, se torne ainda mais marcante. Há algo de mágico na forma como cada nota parece ressoar nas cavernas de Tallon IV ou como a música se intensifica nas batalhas mais perigosas. É o tipo de trilha que você vai querer ouvir mesmo fora do jogo, porque cada faixa está impregnada de uma atmosfera única que só este jogo consegue criar.

E para aqueles que jogaram o título original, há um fator nostálgico fortíssimo, mas com surpresas. Encontrar áreas que você lembra de cor, mas ver como elas foram transformadas, traz uma sensação de familiaridade e descoberta ao mesmo tempo. Para os novatos, é a chance de experimentar pela primeira vez uma das aventuras mais icônicas e revolucionárias do gênero, mas sem sentir que estão presos a algo datado. A nova versão é feita sob medida para agradar a todos: veteranos e novatos vão se encantar, e talvez até os mais céticos sobre remasterizações se surpreendam.

Há, também, a integração das funcionalidades do Switch que adiciona uma camada extra de conveniência. Mapas redesenhados, inventário de fácil acesso e a capacidade de jogar em qualquer lugar fazem dessa remasterização uma experiência que se adapta ao seu estilo de jogo. Quer fazer uma pausa rápida? Sem problemas. Quer se aprofundar em uma maratona de exploração? O jogo te acolhe. A liberdade é total, e você sente que está em controle da sua própria aventura.

13 – Guacamelee! 2

Prepare-se para entrar em um mundo onde o folclore mexicano se encontra com golpes acrobáticos de Lucha Libre e muita, mas muita pancadaria! Imagine um universo onde cada salto, soco e chute são executados com precisão milimétrica, mas com um toque de humor que te arranca risadas a cada cena. Tudo começa com o retorno do lutador mais carismático e destemido que você já viu: Juan Aguacate. E se você achava que ele já havia salvado o mundo o suficiente, se prepare, porque ele está de volta, e mais forte do que nunca, para mais uma missão épica!

Logo nos primeiros minutos, você sente o gostinho de como essa sequência elevou o patamar. A movimentação está ainda mais fluida, os golpes ganharam um peso extra e o mundo ao seu redor parece vibrar em sincronia com cada comando que você dá. Aquele visual vibrante, inspirado no Dia dos Mortos e em todas as tradições culturais mexicanas, está ainda mais espetacular, com cenários detalhados que mais parecem ter saído de um mural animado. Não importa se você está explorando florestas repletas de monstros ou templos antigos cheios de armadilhas, cada tela é um banquete visual que mistura o tradicional com o excêntrico de forma encantadora.

Mas o verdadeiro brilho do jogo não está apenas em seu visual e estilo artístico impecável. A jogabilidade é onde ele realmente se sobressai. Como em um verdadeiro metroidvania, você começa com um conjunto de habilidades simples, mas à medida que avança, vai desbloqueando novos movimentos e poderes que transformam completamente a forma como você interage com o ambiente. O gancho para puxar paredes, o pulo duplo e os golpes devastadores que destroem barreiras de cores diferentes são apenas o começo de uma evolução de gameplay que nunca para de surpreender. E o melhor de tudo? Todos esses movimentos não são apenas para descer a porrada nos inimigos — eles são essenciais para resolver os intrincados desafios de plataforma que testam seus reflexos e raciocínio em um ritmo frenético.

O combate, claro, é o coração pulsante da experiência. Esqueça aquele combate morno de muitos metroidvanias por aí; aqui, cada encontro com os inimigos é uma oportunidade de se sentir um verdadeiro artista das lutas, combinando socos, chutes e especiais com a graça e destreza de um verdadeiro luchador. E as batalhas contra os chefes? Um show à parte. Cada chefe é uma obra de criatividade, com padrões de ataque que exigem que você pense rápido, use todas as suas habilidades ao máximo e, claro, se divirta horrores no processo. As batalhas são épicas, com chefes gigantescos e sempre repletos de personalidade, o que transforma cada confronto em um evento memorável.

Agora, falando em personalidade, é impossível ignorar o humor do jogo. O roteiro é repleto de piadas, referências a outros jogos e momentos de quebra da quarta parede que te pegam de surpresa e garantem boas risadas. Você nunca sabe o que esperar de cada diálogo ou cena de corte, mas pode ter certeza de que vai rolar uma gargalhada ou duas com a interação hilária entre Juan e os outros personagens. A irreverência está por toda parte, desde as situações mais cotidianas até as batalhas mais intensas, e isso torna a experiência ainda mais envolvente. Além disso, a história pode parecer simples à primeira vista — salvar o mundo e tal —, mas o jogo sabe como brincar com os clichês e trazer algo novo para o gênero.

E como se não bastasse toda essa diversão solo, o jogo ainda oferece a possibilidade de jogar com até quatro pessoas no modo cooperativo local. Imagina a bagunça e o caos que se desenrolam quando você e seus amigos se juntam para encarar hordas de inimigos e pular por plataformas complicadíssimas? É risada garantida e um desafio ainda mais recompensador quando você consegue superar as fases mais difíceis em conjunto. E não se engane: a adição de mais jogadores não torna as coisas mais fáceis. O jogo aumenta a dificuldade proporcionalmente, tornando cada vitória uma conquista ainda mais saborosa.

Falando em desafio, esse jogo não te pega pela mão. A complexidade dos puzzles e a necessidade de timing perfeito vão testar suas habilidades de verdade. E tudo isso acontece em um mapa gigantesco, com áreas interconectadas que te incentivam a explorar cada cantinho e a voltar em locais que já visitou para desbloquear novos segredos com habilidades recém-adquiridas. A recompensa é sempre uma sensação de conquista e a descoberta de mais um pedaço desse mundo riquíssimo e encantador. É o tipo de metroidvania que sabe exatamente quando te puxar para um combate insano e quando te desafiar a resolver quebra-cabeças complicados.

Porém, uma das maiores surpresas da sequência é o quanto ela consegue introduzir novos elementos sem perder a essência que tornou o primeiro jogo tão amado. A mecânica de mudança entre os mundos dos vivos e dos mortos está de volta, mas de maneira ainda mais sofisticada, criando camadas de profundidade e abrindo possibilidades tanto para o combate quanto para a exploração. Mudar de plano não é apenas uma estética; é uma peça fundamental para avançar no jogo e descobrir segredos. Esse recurso, aliado a novos golpes e poderes, torna a experiência mais rica e variada, deixando cada fase com sua própria identidade e personalidade.

E para completar, a trilha sonora é um show à parte. Composta por melodias que misturam a tradição mexicana com ritmos modernos, as músicas te acompanham em cada passo, elevando o clima de cada ambiente e intensificando a emoção das batalhas. As faixas conseguem ser épicas nas lutas, misteriosas nas explorações e cativantes nos momentos de calmaria. É o tipo de trilha que você vai querer ouvir mesmo fora do jogo, de tão marcante que ela é.

12 – Steamworld Dig 2

Observação: Tem detonado completo (guia e estratágia passo a passo) de Steamworld Dig 2 aqui no Revolution Arena, pode procurar na seção de detonados!

Prepare-se para uma aventura subterrânea cheia de mistérios, riquezas e desafios eletrizantes! Um verdadeiro clássico moderno do gênero metroidvania, este game é aquele tipo de experiência que você não consegue largar até explorar cada centímetro do vasto e complexo mapa. Steamworld Dig 2 é um jogo que combina de forma impecável exploração, plataforma e uma progressão que te faz querer escavar mais e mais. Desde o momento em que você começa a descer nas profundezas misteriosas, sente que está prestes a descobrir algo épico.

Aqui você controla uma robô mineradora chamada Dorothy, que parte em uma jornada para desvendar o desaparecimento de seu amigo Rusty, o protagonista do jogo anterior. Mas não pense que ela é uma simples exploradora — Dorothy é uma heroína destemida, equipada com todas as ferramentas e habilidades necessárias para enfrentar os mais inusitados desafios e ameaças que espreitam no subterrâneo. Com uma pá em mãos e uma determinação inabalável, ela cava e explora um mundo cheio de cavernas interconectadas e perigos inesperados, mas também repleto de relíquias e tesouros. A sensação de estar cavando e abrindo novos caminhos em busca de respostas, enquanto coleta recursos valiosos, é incrivelmente satisfatória.

E se você pensa que a diversão se limita a cavar e procurar riquezas, está enganado! O jogo se destaca pela maneira como cada nova habilidade e ferramenta adquirida muda completamente a forma como você interage com o mundo ao seu redor. No começo, as áreas são praticamente intransponíveis, mas com o passar do tempo e com upgrades como o gancho para se pendurar em paredes, o jato a vapor para alcançar grandes alturas e até explosivos para abrir caminho em rochas duras, você percebe como cada novo movimento desbloqueia possibilidades antes inimagináveis. A sensação de conquista a cada nova ferramenta é palpável, e explorar áreas que antes pareciam inalcançáveis é recompensador como poucos jogos conseguem ser.

E não vamos esquecer do combate, que é uma parte importante da experiência. Apesar de não ser o foco principal do jogo, cada encontro com inimigos subterrâneos requer precisão e estratégia. De simples criaturas rastejantes a perigosos robôs que patrulham áreas, cada inimigo tem um padrão de ataque que te faz pensar duas vezes antes de agir. Os chefes, em especial, são um espetáculo à parte, testando suas habilidades recém-adquiridas e exigindo que você use tudo o que aprendeu até aquele momento para vencê-los. Mas, além dos inimigos, o próprio ambiente é um antagonista — deslizamentos de terra, quedas perigosas e armadilhas espalhadas exigem reflexos rápidos e uma mente afiada.

A exploração do jogo é tão envolvente que muitas vezes você se pega escavando para encontrar aquele último pedaço de minério escondido ou tentando resolver um quebra-cabeça complexo só para ver o que há do outro lado. O design das fases é meticulosamente pensado para oferecer desafios na medida certa, sem nunca deixar o jogador frustrado. A cada avanço, você sente que está conquistando algo grandioso, desvendando mais pedaços da história do mundo e de seus habitantes. É impossível não se sentir completamente imerso nessa aventura, pois cada pequena descoberta é uma recompensa por sua persistência e curiosidade.

Um dos aspectos mais cativantes do jogo é, sem dúvida, a sua estética. Com gráficos 2D lindamente desenhados, cada canto do subterrâneo é repleto de detalhes que vão desde as cores vibrantes das rochas e minérios até os efeitos de luz que surgem quando você ativa seu farol ou explode uma bomba. A trilha sonora, com suas melodias ora melancólicas, ora animadas, cria um ambiente único que casa perfeitamente com a atmosfera de exploração e descoberta. Mesmo nos momentos mais tensos, a música nunca te deixa perder o foco, guiando sua jornada através de um emaranhado de túneis e cavernas sombrias.

E se tudo isso já parece impressionante, espere até conhecer o sistema de upgrades e progressão do personagem. Cada recurso coletado pode ser usado para melhorar suas habilidades e ferramentas, tornando a exploração ainda mais fluida e eficiente. No início, você se sente limitado pela quantidade de itens que pode carregar ou pela dificuldade em escalar determinadas áreas, mas conforme avança, vai sentindo Dorothy se tornar uma verdadeira máquina de exploração e combate. A cada upgrade, você percebe a evolução não apenas em termos de mecânicas, mas também na forma como se sente mais preparado para encarar os perigos ocultos e desenterrar segredos ainda mais profundos.

Mas o que realmente torna o jogo um dos melhores do gênero é a combinação de todos esses elementos com um toque de charme e personalidade. O mundo dos SteamWorld é cheio de personagens cativantes e diálogos bem-humorados que te arrancam sorrisos e te fazem querer saber mais sobre a história e a cultura desse universo steampunk. Desde os comerciantes excêntricos que vendem novos itens até os habitantes das vilas que te contam histórias sobre o que há nas profundezas, tudo é pensado para enriquecer a experiência e dar vida a esse mundo que parece pulsar com segredos a cada escavação.

E quando você finalmente chega ao clímax da história, percebe que toda a jornada valeu a pena. A trama, que começa simples, vai se desenvolvendo de maneira surpreendente, com reviravoltas e revelações que te prendem ainda mais ao enredo. Cada novo pedaço da história que você desenterra traz uma nova camada de significado à aventura, fazendo com que cada avanço no mapa também seja um avanço na narrativa. E no final, você se pega refletindo sobre tudo o que passou, sobre cada desafio superado, cada mistério desvendado e cada batalha vencida.

11 – Dead Cells

Prepare-se para um jogo que desafia todos os seus reflexos, estratégias e, principalmente, a sua paciência, mas que, ao mesmo tempo, é tão viciante que vai te fazer voltar sempre para mais uma tentativa, mesmo depois de ser derrotado inúmeras vezes. Se você já está familiarizado com o gênero metroidvania, certamente sabe que ele exige exploração, combate e um bom domínio das habilidades adquiridas ao longo da aventura. Agora imagine tudo isso misturado com uma pegada de roguelike: é uma receita explosiva e inovadora que redefine os padrões do gênero.

Logo de cara, o que impressiona em Dead Cells é a fluidez dos movimentos e a precisão dos controles. Cada pulo, cada golpe de espada e cada desvio são extremamente responsivos e feitos para que você sinta o peso e a velocidade dos seus movimentos, como se estivesse dançando entre os inimigos e obstáculos. É um verdadeiro balé de destruição e esquiva, onde cada erro custa caro, mas cada vitória te faz sentir invencível. A partir do momento em que você coloca as mãos no controle, sente como se tivesse total domínio do protagonista, o que é essencial em um jogo onde a morte é permanente e cada detalhe do ambiente pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.

A ideia central é simples: você controla um prisioneiro sem cabeça que misteriosamente revive no início de uma masmorra corrompida, um lugar repleto de monstros mortais, armadilhas traiçoeiras e segredos ocultos. Seu objetivo? Escapar dessa prisão infernal e descobrir a verdade por trás do misterioso rei que governa essas terras desoladas. A cada nova vida, você é jogado em cenários gerados aleatoriamente, cheios de bifurcações e atalhos, o que garante que nenhuma tentativa será igual à anterior. O fator surpresa e a necessidade de adaptação constante fazem com que cada nova partida seja uma experiência única e desafiadora.

Conforme você avança pelos labirintos sinistros, encontra uma vasta gama de armas, poderes e habilidades que mudam completamente sua abordagem de combate. Desde espadas que causam dano crítico em inimigos congelados, até arcos que atiram múltiplas flechas incendiárias, a variedade é tão ampla que cada partida se torna um playground para testar novas estratégias e combinações. E não para por aí: além das armas, você também pode adquirir habilidades secundárias que vão desde bombas que explodem em uma chuva de fogo até torretas que disparam automaticamente em inimigos próximos. Essa customização permite uma liberdade estratégica gigantesca e te faz querer experimentar cada opção disponível.

O que realmente diferencia esse jogo de tantos outros no estilo metroidvania é a integração perfeita com o gênero roguelike. Cada vez que você morre — e acredite, você vai morrer muito —, o mapa muda, assim como a localização dos inimigos e os itens que encontra. Isso significa que cada nova tentativa é como um recomeço, mas você não está começando completamente do zero. Ao longo da sua jornada, você coleta células dos inimigos derrotados, que podem ser usadas para desbloquear melhorias permanentes, como poções de cura adicionais e novos tipos de equipamentos. Esse sistema de progressão faz com que cada partida, mesmo que termine em uma derrota amarga, contribua para o seu avanço e te motive a continuar jogando.

E não pense que a progressão é apenas superficial. O jogo apresenta um nível de desafio crescente que vai testando sua habilidade e paciência a cada novo nível explorado. O design dos mapas é meticulosamente construído para colocar suas habilidades à prova, com áreas interconectadas que exigem um conhecimento prévio do cenário e das mecânicas. A exploração é vital, pois a cada canto escondido, você pode encontrar runas especiais que desbloqueiam novas rotas ou habilidades que vão transformar a forma como você encara os desafios. Adicionar novos caminhos e segredos a áreas já conhecidas cria uma sensação de crescimento e exploração que poucos jogos conseguem alcançar.

Mas não é apenas o design das fases que te desafia: os inimigos são uma parte fundamental dessa experiência. Cada tipo de criatura tem padrões de ataque únicos, que exigem diferentes estratégias e reflexos. Desde zumbis lentos que explodem ao morrer até guerreiros gigantes que bloqueiam ataques e desferem golpes devastadores, você precisa estar sempre atento ao comportamento de cada um para escolher a melhor forma de enfrentá-los. E quando falamos dos chefes, o nível de tensão aumenta ainda mais. Cada encontro é uma batalha épica que exige paciência, estudo dos padrões e uma execução perfeita dos movimentos para sair vitorioso. Vencê-los não é apenas uma questão de força bruta, mas de inteligência e persistência.

Agora, não podemos deixar de mencionar a beleza visual do jogo. Com gráficos pixelados cheios de detalhes e uma direção de arte única, cada cenário é uma obra de arte em si. As florestas sombrias, as cavernas iluminadas por lava e as torres góticas são desenhadas com uma paleta de cores vibrantes que criam um contraste impressionante com a atmosfera sombria e opressiva. A iluminação dinâmica e os efeitos visuais adicionam camadas de profundidade, tornando cada local memorável e visualmente estonteante. A trilha sonora complementa a atmosfera perfeitamente, com composições que variam de melodias tranquilas e melancólicas a batidas frenéticas e tensas nos momentos de combate, imergindo o jogador ainda mais nesse mundo caótico e fascinante.

E, para quem gosta de um desafio ainda maior, o jogo oferece modos adicionais e expansões que expandem ainda mais seu conteúdo. O modo “Boss Cell”, por exemplo, aumenta drasticamente a dificuldade, alterando o comportamento dos inimigos e colocando ainda mais obstáculos no seu caminho. Isso, combinado com as inúmeras atualizações e conteúdos lançados ao longo do tempo, garante uma longevidade impressionante. Mesmo depois de dezenas de horas, ainda há algo novo para descobrir, uma nova arma para testar, ou um desafio adicional para superar.

Dead Cells é uma gigantesca pérola do gênero metroidvania com um toque de roguelike que proporciona uma experiência viciante, desafiadora e recompensadora. Cada tentativa falha é uma lição, cada nova arma é uma possibilidade, e cada avanço é uma conquista. Prepare-se para mergulhar em um mundo onde a morte é apenas o começo, a persistência é recompensada e cada desafio vencido te leva um passo mais perto da liberdade. Com controles precisos, uma quantidade absurda de conteúdo, e uma jogabilidade que se reinventa a cada nova partida, este é, sem dúvida, um dos melhores jogos que você pode ter no seu Nintendo Switch.

10 – Axiom Verge

Quando se fala em jogos que desafiam a mente com uma mistura de mistério, ficção científica e exploração, é impossível não mencionar essa preciosidade do gênero metroidvania, que conseguiu se destacar e criar uma identidade única. Desde o primeiro instante, você é sugado para um mundo alienígena bizarro, onde as linhas entre o orgânico e o mecânico, o vivo e o inanimado, parecem se desfazer, e a atmosfera de estranheza e desconforto permanece a cada nova descoberta. Axiom Verge, que foi criado por uma única pessoa, surpreende pela profundidade do universo, pelo design engenhoso dos mapas e pela narrativa que intriga a cada novo passo.

No centro da história, um acidente de laboratório desencadeia uma série de eventos que leva um cientista a despertar em um planeta distante, desorientado e sozinho. Ele se vê cercado por estruturas biomecânicas que parecem estar vivas e é forçado a usar todo o seu conhecimento para entender o que aconteceu, ao mesmo tempo em que tenta encontrar uma maneira de escapar desse lugar hostil. Conforme ele avança pelas intricadas galerias e corredores labirínticos do planeta, fica claro que algo muito maior e mais perturbador está em jogo — talvez ele nem esteja realmente no espaço, ou talvez toda a realidade ao seu redor seja apenas uma ilusão.

A ambientação do jogo é um verdadeiro show à parte. O visual, claramente inspirado em clássicos dos anos 80 e 90, mistura pixel art com um estilo cyberpunk macabro, criando um cenário ao mesmo tempo nostálgico e original. A combinação de cores fortes e formas estranhas transmite a sensação de estar em um pesadelo tecnológico, onde cada área possui uma identidade única e um design que convida à exploração minuciosa. Os corredores estreitos, os amplos espaços subterrâneos e as máquinas que parecem observar cada movimento do protagonista criam um clima tenso e misterioso, e você nunca sabe o que pode estar à espreita na próxima sala.

E essa incerteza é reforçada pela trilha sonora: sons sintetizados e ruídos metálicos ecoam pelas câmaras sombrias, aumentando a tensão e dando vida a cada canto desse mundo desconhecido. Os ritmos são hipnotizantes, mas também perturbadores, como se as próprias máquinas estivessem sussurrando segredos ininteligíveis. É um ambiente que respira hostilidade e te faz sentir pequeno, como se a qualquer momento o planeta pudesse se fechar ao seu redor, prendendo-o para sempre em suas entranhas.

O gameplay é uma combinação perfeita de exploração, combate e experimentação. À medida que você avança, encontra novas armas e habilidades que expandem as possibilidades de locomoção e de interação com o ambiente. Desde o clássico disparo simples até canhões de plasma que destroem partes do cenário e lasers que atravessam paredes, cada nova aquisição não apenas facilita o combate contra as criaturas bizarras que habitam o planeta, mas também abre novos caminhos e revela segredos escondidos. Uma das mecânicas mais inovadoras permite que o protagonista corrompa partes do jogo, literalmente hackeando o ambiente para desbloquear passagens ou transformar inimigos em aliados temporários, mudando radicalmente a forma como você se aproxima dos desafios.

Mas o que realmente diferencia esse título dos outros metroidvanias é sua complexidade narrativa. A história é contada de maneira fragmentada, com pedaços de informação distribuídos por logs, conversas enigmáticas com outras inteligências artificiais e pistas visuais que desafiam o jogador a juntar as peças e desvendar o que está acontecendo. Há uma sensação constante de que você está sendo manipulado, de que a realidade ao seu redor não é como parece. As respostas que você encontra podem ser satisfatórias, mas também levantam ainda mais perguntas, criando um ciclo de intriga que prende a atenção até os créditos finais. E mesmo depois do desfecho, é difícil não continuar pensando no que tudo aquilo significava, no que realmente era real e no que era apenas uma ilusão. O jogo desafia a percepção do jogador, convidando-o a revisitar áreas antigas com novas habilidades e olhar sob uma nova perspectiva.

O combate, embora simples à primeira vista, exige uma boa dose de habilidade e adaptação. Cada inimigo tem seu próprio padrão de ataque, e alguns são particularmente traiçoeiros, atacando de ângulos improváveis ou se teleportando para evitar seus disparos. A variedade de armas e a capacidade de hackear inimigos dão flexibilidade para experimentar diferentes abordagens, tornando cada combate uma pequena dança estratégica onde precisão e timing são essenciais. Enfrentar as criaturas grotescas e os chefes colossais que guardam os segredos do planeta é uma experiência desafiadora e recompensadora, que testa tanto a paciência quanto a capacidade de improvisação.

Outro ponto forte é o design do mapa: labiríntico, interconectado e repleto de áreas secretas. O mundo parece estar em constante transformação, e cada nova habilidade descoberta desbloqueia rotas que antes pareciam inalcançáveis. É fácil se perder nas galerias subterrâneas e nos corredores intermináveis, mas isso faz parte do charme do jogo — você se sente realmente explorando um lugar alienígena e desconhecido, onde cada nova sala revela um pedaço de história ou um upgrade escondido. A sensação de progresso é palpável, e encontrar um atalho ou uma área secreta que liga duas partes distantes do mapa traz um alívio e uma satisfação indescritíveis.

O jogo não é apenas uma homenagem aos clássicos do gênero; ele pega a fórmula metroidvania e a leva para novos patamares, desafiando convenções e introduzindo mecânicas únicas que se destacam por si só. É uma experiência que recompensa a curiosidade e a perseverança, com um mundo que, apesar de hostil e sombrio, desperta uma estranha sensação de fascínio e vontade de continuar explorando, mesmo quando tudo ao seu redor parece desmoronar.

Ao final da jornada, é quase impossível não se sentir impactado pelo que foi vivido. É um jogo que mexe com a cabeça, que brinca com conceitos de realidade e ficção, e que, acima de tudo, prova que um metroidvania pode ser muito mais do que exploração e combate — ele pode ser uma profunda experiência de narrativa e imersão, onde a própria natureza do universo se desfaz diante dos seus olhos. É um título que merece ser jogado, não apenas por sua jogabilidade impecável, mas pela ousadia de desafiar o jogador a pensar e questionar cada elemento que encontra ao longo do caminho. Se você está em busca de uma experiência que vai além do comum, prepare-se para se perder, se encontrar e, acima de tudo, se surpreender.

9 – Bloodstained: Ritual of the Night

Bloodstained: Ritual of the Night é, simplesmente, um dos jogos mais emblemáticos e eletrizantes do gênero metroidvania que surgiram nos últimos anos. Aventure-se por um castelo amaldiçoado, repleto de segredos, horrores inimagináveis e um design que parece desafiar o conceito de realidade! Estamos falando de uma experiência gótica, majestosa e sombria, um verdadeiro épico dos jogos independentes que combina perfeitamente nostalgia, inovação e pura paixão pelo gênero. Quando um título carrega o legado dos clássicos como Castlevania: Symphony of the Night, as expectativas são altíssimas, mas o resultado aqui supera qualquer barreira imposta pela comparação. É um jogo que, logo nos primeiros minutos, já mostra a que veio: envolver o jogador em um enredo intenso e envolvente, com uma jogabilidade complexa e desafiadora, mas ao mesmo tempo recompensadora e cheia de possibilidades.

A história se passa no século XVIII, em uma Inglaterra tomada pela escuridão e mistérios. Um alquimista obscuro, imbuído de poder e loucura, convoca um castelo colossal repleto de demônios, monstros e criaturas de pesadelo. No meio desse cenário desolado e sombrio, você assume o papel de Miriam, uma jovem marcada por uma maldição que transforma seu corpo lentamente em cristal. O tempo é seu maior inimigo, e a cada momento que passa, você sente a urgência em lutar contra esse destino cruel. Para salvar a si mesma e a humanidade, Miriam deve adentrar o castelo amaldiçoado, destruir o invocador Gebel, e ao mesmo tempo, reunir fragmentos de cristal impregnados de um poder arcano que se espalharam pelo local. A premissa parece simples, mas o que te aguarda é um labirinto de segredos, desafios e surpresas que farão seu coração disparar.

Cada pedaço desse enorme castelo, cada corredor e cada salão ressoam com o som dos passos de Miriam, enquanto ecos fantasmagóricos e ruídos metálicos aumentam a tensão. Você nunca sabe o que está à espreita, e a atmosfera é carregada de suspense e melancolia. As salas são cuidadosamente construídas com um nível de detalhe que impressiona: tapeçarias rasgadas, candelabros que balançam suavemente ao ritmo da brisa gelada, esculturas macabras de gárgulas e símbolos arcanos que parecem vivos — tudo isso compõe um cenário que não só embeleza, mas também reforça a narrativa de um mundo em colapso, prestes a ser consumido pelo mal. O castelo parece ganhar vida à medida que você explora, com passagens secretas, portas que só se abrem com habilidades específicas e áreas que você só perceberá depois de adquirir novas capacidades.

E que habilidades! O arsenal de Miriam vai de chicotes a espadas, lanças a pistolas e armas mágicas. A quantidade de armas e equipamentos que você pode encontrar, criar ou desbloquear é de cair o queixo. E isso sem falar das habilidades especiais que transformam a exploração em um verdadeiro quebra-cabeça tridimensional: chutes que quebram paredes, saltos duplos que atingem alturas inimagináveis, transformações que a tornam leve como uma pluma ou densa como o próprio chão. O sistema de progressão permite que você adapte Miriam ao seu estilo de jogo, focando mais no combate corpo a corpo, em feitiçaria ou em ataques à distância. Cada chefe derrotado, cada sala secreta descoberta, traz um novo poder que a torna ainda mais formidável e capaz de explorar as profundezas do castelo.

A diversidade de inimigos também é impressionante. Cada um é um pesadelo em si, desde simples fantasmas e esqueletos que saem das paredes, até criaturas colossais, bestas mitológicas e demônios impiedosos. A variedade é tamanha que você vai se pegar parando e analisando cada um dos adversários, tentando entender seus padrões de ataque, suas fraquezas e como melhor enfrentá-los. As batalhas são intensas e exigem mais do que apenas reflexos rápidos — é preciso inteligência e planejamento. E os chefes? Ah, esses são um espetáculo à parte! São verdadeiros desafios de resistência, força e paciência, com golpes devastadores que exigem precisão milimétrica para serem evitados. Cada confronto é único, cada batalha é uma dança entre a vida e a morte, e a satisfação de ver uma dessas monstruosidades caindo sob sua lâmina é incomparável.

Visualmente, o jogo é um show. Apesar de utilizar gráficos em 2.5D, o que confere profundidade e uma sensação de tridimensionalidade ao cenário, há uma beleza sombria e quase poética em cada canto do castelo. Os efeitos de iluminação, os reflexos nos cristais e a maneira como a sombra de Miriam se projeta nas paredes dão uma riqueza visual que poucos jogos conseguem alcançar. A sensação de imersão é tanta que é como se você estivesse realmente dentro de um quadro gótico vivo. E a trilha sonora? Bem, se você fechar os olhos por um momento e apenas ouvir, vai se sentir transportado para uma catedral deserta em meio a um universo paralelo, onde cada nota te conduz mais fundo nas emoções que o jogo tenta evocar. É uma trilha que mescla elementos orquestrais e coros etéreos, complementando a atmosfera do jogo com perfeição.

Mas o que realmente torna essa obra uma das melhores do gênero é a liberdade que ela te dá para explorar e se perder no seu próprio ritmo. Não há pressa, não há um caminho linear a ser seguido. É você e o castelo, e juntos vocês dançam um balé de exploração, luta e descoberta. E mesmo quando parece que você chegou ao limite, o jogo encontra uma forma de te surpreender. Pode ser uma nova área secreta que revela um artefato poderoso, um inimigo que você não esperava encontrar ou uma reviravolta na trama que faz você repensar tudo o que sabia até então.

E se engana quem pensa que o jogo é apenas uma homenagem aos clássicos. Ele respeita e presta tributo, sim, mas também inova em muitos aspectos. Desde a forma como o mapa se interconecta de maneira fluida, até os detalhes mais sutis, como o comportamento dos inimigos ou o impacto visual das magias. Tudo foi pensado para tornar cada momento memorável. É um jogo que te faz querer explorar cada canto, derrotar cada chefe e, ao mesmo tempo, parar para contemplar o mundo ao seu redor. É uma obra-prima que captura a essência do que significa ser um metroidvania, mas com uma alma e um coração próprios.

Se você é fã do gênero ou apenas alguém que procura uma experiência de jogo intensa, cheia de nuances e emoções, então não há dúvida de que este é um dos títulos que você precisa jogar. É a prova viva de que o gênero ainda tem muito a oferecer e que, com paixão e dedicação, é possível criar algo que tanto homenageia o passado quanto trilha seu próprio caminho de glória e êxito.

8 – Castlevania Advance Collection

Se você é fã de metroidvanias, prepare-se para dar uma volta no tempo e reviver o apogeu de um dos maiores ícones do gênero! Um retorno glorioso, embalado por nostalgia e adrenalina, que nos faz lembrar por que Castlevania se tornou um sinônimo de qualidade no mundo dos games. A coletânea que traz três dos mais brilhantes capítulos da saga de caçadores de vampiros chega ao Nintendo Switch com força total, e cada minuto jogado nela é um deleite para os olhos, ouvidos e, claro, para o coração dos saudosistas e novos fãs que querem experimentar a magia da franquia em sua melhor forma. Imagine só: a sensação de explorar castelos imensos e cheios de mistérios, a luta constante contra demônios, mortos-vivos e criaturas sombrias, além das batalhas épicas contra chefes que testam até mesmo os jogadores mais habilidosos!

Essa coleção traz os clássicos da era Game Boy Advance, proporcionando uma experiência que foi revitalizada de maneira incrível para o Switch. E não estamos falando apenas de um jogo, mas de três títulos que, juntos, compõem uma jornada arrebatadora que atravessa as gerações. É uma verdadeira cápsula do tempo digital, pronta para transportar qualquer um ao passado glorioso da série. As aventuras começam com Circle of the Moon, um jogo que introduziu uma atmosfera mais sombria e um gameplay ainda mais tenso do que seus antecessores, com um sistema de cartas que permitia misturar habilidades para criar diferentes ataques e magias. Um deleite estratégico para quem adora experimentar novas combinações e desbravar o desconhecido. A trilha sonora? Incrivelmente sinistra e carregada de mistério, dando um toque todo especial a cada área do castelo.

Mas não pense que acaba por aí! O segundo título na lista é Harmony of Dissonance, que fez uma transição impressionante entre a tradição e a modernidade, com gráficos aprimorados e um protagonista, Juste Belmont, que carrega o lendário chicote Vampire Killer com graça e agilidade. Este capítulo fez um excelente uso de luz e sombra, mostrando toda a potência do hardware do Game Boy Advance na época e nos trazendo uma experiência visual que não envelheceu nada mal. É aqui que os jogadores começam a perceber um salto na dinâmica dos cenários e na maneira como os segredos são desvendados, com áreas interconectadas e a possibilidade de se teletransportar entre diferentes partes do castelo. Cada chefe derrotado é um triunfo e cada nova habilidade adquirida é uma explosão de possibilidades que te faz querer explorar cada centímetro do mapa para ver onde mais ela pode ser usada.

E, claro, não poderíamos deixar de falar sobre Aria of Sorrow, o verdadeiro tesouro da coroa dessa coleção. O jogo coloca você no controle de Soma Cruz, um protagonista diferente e inesperado, com habilidades de absorver as almas dos inimigos e usá-las em combate. Esse sistema, batizado de Tactical Soul, adiciona um elemento viciante ao gameplay, onde você quer derrotar cada tipo de monstro para expandir ainda mais o seu arsenal de habilidades. O enredo, que mistura viagem no tempo e um cenário contemporâneo, é uma ousadia para a franquia e é narrado com um ritmo envolvente que prende o jogador do início ao fim. A forma como a progressão ocorre é simplesmente sublime, com puzzles bem bolados, desafios de plataforma bem colocados e uma exploração recompensadora, com equipamentos e segredos escondidos para os mais curiosos.

Cada um desses três jogos tem um charme próprio, e a coletânea é um passeio completo pela evolução de design, gráficos e som que a série foi capaz de realizar durante sua fase portátil. O que é realmente impressionante é como cada jogo se sustenta de maneira tão independente, ao mesmo tempo em que compartilham a mesma essência que define Castlevania: a busca pelo confronto final contra as trevas e a luta incessante contra o próprio destino. Além disso, a coleção ainda traz alguns extras deliciosos, como uma galeria de artes, trilhas sonoras originais e até a possibilidade de salvar e carregar o jogo a qualquer momento, algo que facilita muito a vida dos novos jogadores e elimina a frustração dos antigos save points, que costumavam dar dor de cabeça quando se era derrotado por um chefe mais difícil.

Jogar essa coletânea no Nintendo Switch é uma experiência única, seja no modo portátil, onde você pode carregar todo esse mundo gótico com você aonde for, ou na TV, apreciando o trabalho artístico com ainda mais clareza e imersão. A simplicidade dos controles, adaptados para o hardware atual, não perde nada em precisão e responde com suavidade a cada movimento, cada pulo e cada chicotada. Há também um certo conforto em poder alternar rapidamente entre os jogos, como se você estivesse na época em que passava tardes inteiras na frente do seu console tentando chegar ao fim de cada aventura.

Ao jogar Castlevania Advance Collection, você perceberá como os conceitos que hoje vemos em jogos como Hollow Knight ou Ori and the Will of the Wisps nasceram aqui, vindo do GBA e relançado para o Switch, nas mentes criativas que moldaram esse subgênero e o tornaram o que ele é hoje. É uma experiência que nos conecta ao passado, nos faz valorizar o presente e nos deixa ansiosos para o futuro. Para quem já conhecia esses títulos, é uma chance de redescobrir segredos e superar desafios esquecidos. E para os que nunca jogaram, é uma porta de entrada perfeita para um legado inesquecível.

7 – Blasphemous 2

Prepare-se para mergulhar de cabeça em um dos universos mais brutais, sombrios e artisticamente impressionantes que o gênero metroidvania tem a oferecer. O segundo capítulo de uma das franquias mais aclamadas e adoradas pelos fãs de ação e plataforma chegou com tudo no Nintendo Switch, e, se você achou que a primeira jornada foi inesquecível, vai ficar de queixo caído com o que a sequência traz. Imagine um mundo onde a beleza e a violência caminham lado a lado, onde cada golpe ressoa com um impacto visceral e onde cada passo é dado em um cenário que parece ter sido retirado das pinturas mais sombrias e detalhadas que você já viu. Isso é o que a segunda incursão promete e entrega com maestria.

O jogo continua a saga do Penitente, o herói que já foi amaldiçoado a viver um ciclo eterno de dor e penitência, preso em uma terra devastada por crenças fanáticas e pecados carnais. O clima é de desolação e desespero, mas é impossível não ficar hipnotizado pela beleza grotesca dos cenários e pelo design artístico que mistura influências do barroco espanhol e do surrealismo de Goya, com cada novo local que você explora sendo uma obra de arte em si. Aqui, a jornada é para encontrar redenção, mas prepare-se para trilhar um caminho de sangue, suor e lágrimas enquanto luta contra hordas de inimigos grotescos e chefes que parecem ter saído diretamente dos pesadelos mais febris que alguém poderia imaginar. E tudo isso em um combate que é tão preciso quanto brutal, onde cada movimento, esquiva e golpe precisa ser calculado ao milímetro.

O combate foi polido a níveis altíssimos, trazendo um sistema de progressão que evolui organicamente com o jogador, oferecendo novas armas e habilidades que permitem enfrentar os desafios de maneiras cada vez mais inventivas e satisfatórias. Se no primeiro título a jogabilidade já era afiada, aqui ela atinge um novo patamar, com uma fluidez que faz você sentir cada ataque como se estivesse, de fato, empunhando as espadas, lanças e correntes do Penitente. O sistema de habilidades também recebeu uma reformulação completa, com um foco maior em diferentes estilos de armas que proporcionam liberdade na hora de escolher a melhor estratégia para cada situação. O jogo te convida a experimentar, a mesclar golpes e habilidades, e a encontrar seu próprio ritmo em meio ao caos. Cada novo upgrade conquistado te faz sentir mais poderoso, mas ao mesmo tempo, o jogo se adapta e traz inimigos mais inteligentes, criando um equilíbrio perfeito entre desafio e evolução.

Mas o que realmente brilha são os confrontos com os chefes. Esqueça os combates simples e sem profundidade: aqui, cada batalha é um verdadeiro balé mortal, onde você precisará de agilidade, reflexos e um olhar atento para descobrir os padrões de ataque e encontrar a brecha perfeita para contra-atacar. Os chefes de Blasphemous 2 são mais que inimigos comuns; são criaturas bizarras, deformadas por seu próprio pecado e loucura, que exalam uma aura macabra que te faz prender a respiração a cada encontro. É o tipo de desafio que, mesmo quando te deixa furioso após inúmeras tentativas frustradas, faz você voltar sempre mais determinado, mais afiado e ainda mais empolgado para vencer. E quando a vitória finalmente chega, a sensação é pura euforia, com aquela explosão de adrenalina e orgulho de ter superado mais um obstáculo aparentemente impossível.

Visualmente, o jogo impressiona com gráficos pixel art incrivelmente detalhados, trazendo um nível de complexidade que poucos conseguem alcançar. A cada novo ambiente, você se depara com cenários que contam histórias por si só, de catedrais arruinadas a cavernas cheias de restos humanos, estátuas grotescas e criaturas deformadas que parecem prontas para pular da tela a qualquer momento. Cada fundo, cada plataforma e cada objeto é meticulosamente desenhado para criar uma atmosfera pesada e opressiva, que te envolve completamente na experiência e te faz sentir parte daquele mundo desesperador. É como se cada quadro fosse uma pintura que mistura beleza e horror de maneira inigualável. E é impossível não mencionar a trilha sonora: um conjunto de músicas etéreas, às vezes melancólicas, outras vezes épicas e desesperadoras, que te transportam diretamente para a mente perturbada do Penitente.

Além disso, o enredo se aprofunda ainda mais na mitologia densa e complexa que o primeiro jogo introduziu. A narrativa é contada de maneira indireta, fazendo o jogador explorar cada canto, ler cada pedaço de texto encontrado e prestar atenção em cada diálogo para entender os mistérios e segredos daquele universo distorcido. Cada personagem que você encontra possui um background interessante, e muitas vezes trágico, revelando aos poucos o passado e as consequências das decisões tomadas naquele lugar. Não espere respostas fáceis; Blasphemous 2 desafia você a montar o quebra-cabeça por conta própria, unindo as peças ao longo de sua jornada para compreender a extensão da corrupção e do sofrimento que assolam o mundo. O jogo não entrega nada de mão beijada, e isso só aumenta a sensação de imersão e recompensa ao desvendar cada novo fragmento de história.

No final das contas, essa sequência eleva tudo o que tornou o primeiro jogo memorável, mas consegue também inovar e aprimorar a experiência de uma maneira que faz jus às expectativas dos fãs e ao legado do título original. É o tipo de jogo que gruda na memória e te deixa pensando sobre ele mesmo após desligar o console. Seja pelo combate incrivelmente satisfatório, pelo visual impressionante ou pela narrativa cheia de camadas e simbolismos, cada minuto jogado é uma celebração ao que há de melhor no gênero metroidvania, e uma prova de que, mesmo nos cenários mais sombrios, há beleza e significado esperando para ser descoberto.

Então, se você está pronto para desafiar a si mesmo e encarar um universo onde a morte é apenas um novo começo e a penitência nunca termina, Blasphemous 2 é uma experiência imperdível que vai deixar marcas — daquelas que você vai se orgulhar de carregar. É um título que não apenas deve ser jogado, mas sentido, vivido e absorvido em toda a sua grandiosa e aterrorizante glória.

6 – Ori and the Blind Forest

Poucos jogos conseguem combinar arte, música e gameplay de maneira tão sublime e harmoniosa quanto Ori and the Blind Forest; um clássico que se tornou um verdadeiro marco no gênero metroidvania. Desde o momento em que a tela inicial aparece, você é transportado para um mundo mágico, onde as cores vibrantes, as animações fluidas e a trilha sonora hipnotizante se unem para criar uma experiência que parece mais uma obra-prima interativa do que um simples videogame. Tudo nele é cuidadosamente elaborado para despertar emoções profundas, desde a tristeza de uma perda até a euforia de superar um desafio aparentemente impossível.

A história começa de maneira tocante e cativante. Em um universo onde cada detalhe é feito para transmitir beleza e fragilidade, você assume o controle de um pequeno guardião espiritual, que é, ao mesmo tempo, gracioso e poderoso. Quando uma catástrofe atinge a floresta que ele chama de lar, o protagonista se vê em uma jornada épica para restaurar a ordem e a vida ao seu mundo. É uma narrativa permeada por temas de amor, sacrifício e redenção, contada sem o uso de palavras, mas com cenas cinematográficas que deixam qualquer um arrepiado. Cada nova área explorada, cada mistério desvendado e cada personagem encontrado adicionam mais camadas a esse enredo emocionante, fazendo você se importar profundamente com o destino de seus habitantes.

A atmosfera do jogo é simplesmente mágica. A arte visual parece saída de um livro de contos de fadas, com cenários exuberantes que variam de florestas luminosas a cavernas sombrias e misteriosas. A animação é delicada e detalhada, dando vida a um mundo que parece estar em constante movimento e transformação. O protagonista se move de maneira graciosa, saltando entre galhos, deslizando por encostas e executando acrobacias aéreas com uma fluidez que torna o controle incrivelmente intuitivo. É como se você estivesse guiando uma pincelada de luz pelo cenário escuro, iluminando e restaurando a vida por onde passa. Essa sensação é reforçada pela trilha sonora etérea, composta por melodias suaves e harmoniosas que se elevam em momentos de tensão e caem suavemente em instantes mais tranquilos, criando uma experiência auditiva tão memorável quanto a visual.

O verdadeiro destaque do jogo está na jogabilidade: uma fusão perfeita de exploração, combate e resolução de puzzles que define o que um metroidvania de alta qualidade deve ser. À medida que você avança, encontra novas habilidades que mudam completamente a forma de explorar o ambiente, desde saltos duplos e subidas por paredes, até ataques poderosos e a capacidade de manipular o ambiente. Cada nova habilidade não só permite o acesso a áreas previamente inexploráveis, mas também redefine o fluxo de movimento, fazendo com que o jogo evolua constantemente. A sensação de progressão é palpável, e desbloquear novas habilidades traz uma satisfação genuína, pois você se torna capaz de realizar manobras cada vez mais complexas e estilosas.

O design de níveis é outro ponto alto. As áreas são intrincadas, com múltiplos caminhos, segredos escondidos e desafios de plataforma que exigem precisão e rapidez de raciocínio. Alguns trechos vão testar sua destreza ao limite, com seções intensas de fuga que vão acelerar seu coração e deixar as mãos suadas, enquanto outras partes são mais focadas na exploração cuidadosa e na solução de quebra-cabeças que utilizam as habilidades adquiridas de forma criativa. A dificuldade é perfeitamente balanceada: desafiadora o suficiente para manter você engajado, mas nunca injusta. Cada falha é uma lição aprendida, e a satisfação de superar um obstáculo difícil faz valer cada segundo de tentativa e erro.

Os inimigos encontrados ao longo do caminho são tão variados quanto os ambientes, cada um exigindo abordagens diferentes para serem derrotados. Desde pequenas criaturas que atacam em grupo até monstros gigantescos que preenchem a tela, a diversidade de adversários torna cada batalha emocionante e estratégica. Além disso, há encontros memoráveis com chefes que não só representam testes de habilidade, mas também momentos chave na narrativa, trazendo uma carga emocional extra a cada confronto épico.

Mesmo nas situações mais tensas, há sempre um sopro de esperança, uma luz suave que guia o protagonista para frente, fazendo você acreditar que, independentemente dos desafios, o final valerá a pena. E de fato, o desfecho da jornada é de tirar o fôlego, com uma conclusão que amarra todas as pontas soltas da narrativa de maneira gratificante e surpreendente. A sensação de ter participado de algo maior, de ter ajudado a restaurar a harmonia em um mundo devastado, é um dos momentos mais memoráveis que o jogo oferece.

Mas não é só a narrativa e o visual que impressionam. O impacto emocional de cada cena, de cada encontro com um personagem querido, é amplificado pelo carinho com que tudo foi construído. É o tipo de jogo que faz você se lembrar por muito tempo das lições de perseverança, coragem e empatia que transmite. Ele tem um jeito único de fazer você se importar com cada elemento daquele mundo, desde a menor das criaturas até a própria floresta, que parece ter sua própria alma e respiração.

Em última análise, o jogo transcende a barreira do entretenimento puro e se torna uma experiência profunda e inesquecível. É um daqueles títulos que, mesmo depois de concluído, deixa uma marca duradoura e uma vontade de revisitá-lo, seja para explorar áreas não descobertas ou simplesmente para relembrar os momentos mais marcantes da aventura. Cada pedaço do jogo, cada detalhe de cenário, cada nota da trilha sonora e cada animação foi projetado com um nível de polimento e dedicação que poucos desenvolvedores alcançam. É um daqueles raros exemplos em que o amor pela criação é perceptível em cada pixel, em cada som, e em cada emoção que desperta no jogador.

Se você ainda não teve a chance de mergulhar nesse universo mágico, prepare-se para uma das experiências mais impactantes que o Nintendo Switch pode oferecer. Não é apenas um jogo, é uma jornada que vai te levar por um turbilhão de emoções, te fazer refletir sobre o poder da esperança e da resiliência e, no final, te deixar com uma sensação de encantamento e realização que poucos jogos conseguem alcançar. É uma obra-prima que brilha intensamente, assim como a pequena chama de esperança que guia o protagonista em sua busca para restaurar a vida e a luz ao mundo que tanto ama.

5 – Metroid Fusion

Prepare-se para um mergulho nostálgico em um dos capítulos mais intensos e marcantes da história da caçadora de recompensas mais famosa dos videogames. Metroid Fusion não é apenas mais um jogo da franquia, mas uma verdadeira aula de como misturar suspense, exploração e narrativa em uma experiência coesa e inesquecível. Lançado originalmente no Game Boy Advance, esse título já provou ser um clássico atemporal e, com sua chegada ao Nintendo Switch, uma nova geração de jogadores agora pode experimentar toda a tensão e o fascínio que ele proporciona.

Logo de cara, o jogo te agarra pela gola com uma trama envolvente e cheia de mistérios. Samus Aran, nossa destemida protagonista, é infectada por um parasita X mortal e quase perde a vida. Para salvá-la, os cientistas removem partes de sua armadura e usam uma amostra do DNA de Metroid para criar uma vacina experimental que a torna imune ao parasita — mas com um preço: ela se torna uma híbrida, metade humana, metade Metroid. Esse evento é o catalisador para toda a jornada de Fusion, mudando a dinâmica do jogo e adicionando um peso emocional que permeia cada momento. A atmosfera é construída de maneira magistral, criando um ambiente opressivo e claustrofóbico que te faz sentir na pele cada passo dado por Samus.

Ao invés de se aventurar em um planeta desconhecido, a exploração acontece dentro da estação espacial BSL, que rapidamente se transforma em um verdadeiro pesadelo. Cada setor dessa gigantesca instalação é meticulosamente desenhado para oferecer desafios únicos e um nível crescente de tensão. É impossível não sentir um arrepio subindo pela espinha ao se deparar com a infame SA-X, uma cópia impiedosa de Samus criada pelo parasita X que caça nossa heroína impiedosamente. A primeira vez que você se esconde em um canto escuro, tentando evitar um confronto direto com esse monstro implacável, é uma daquelas experiências que ficam gravadas na memória para sempre. A SA-X é um lembrete constante de que você não é o predador, mas sim a presa — uma inversão de papéis genial que adiciona uma camada a mais de suspense ao jogo.

O design de níveis é simplesmente brilhante, com uma estrutura mais linear do que outros jogos da série, mas que nunca deixa de recompensar a curiosidade do jogador. A cada nova habilidade adquirida, você se vê revisitando áreas anteriores para descobrir segredos escondidos, passagens ocultas e upgrades que tornam Samus ainda mais poderosa. Essa fórmula clássica do gênero metroidvania — de adquirir novas habilidades que desbloqueiam mais áreas do mapa — é explorada aqui de maneira dinâmica, sem nunca se tornar cansativa. A estação espacial é um verdadeiro labirinto repleto de mistérios, e a sensação de recompensa ao encontrar um caminho novo ou um item escondido é inigualável.

Outro ponto de destaque é a atmosfera sombria e a narrativa envolvente. Metroid Fusion é repleto de momentos de tensão e mistério, e mesmo com diálogos e cenas explicativas, o jogo mantém o ar de solidão e desamparo característico da série. A trilha sonora acentua ainda mais essa sensação, com composições que variam entre melodias sutis e tranquilas, momentos de silêncio absoluto e temas que fazem o coração disparar quando a SA-X está por perto. Cada som, cada batida musical é cuidadosamente planejada para complementar o ambiente e intensificar a experiência do jogador.

Visualmente, Fusion se destaca pelo uso de cores vibrantes e contrastes que dão vida à estação espacial. A pixel art, apesar de simples, é extremamente detalhada e contribui para criar um ambiente alienígena, mas familiar, ao mesmo tempo. Os inimigos são bizarros, com movimentos fluídos e um design que passa a sensação de ameaça iminente. Os chefes, então, são um espetáculo à parte: criaturas monstruosas que desafiam Samus a superar seus limites, com padrões de ataque que exigem paciência e precisão para serem derrotados. Cada confronto é uma dança mortal, onde a menor falha pode significar a derrota.

Além disso, Fusion aborda de forma sutil e intrigante a relação de Samus com os Metroids e com a própria Federação Galáctica. Há uma sensação de desconfiança no ar, como se cada novo comando da inteligência artificial Adam — que supostamente está ajudando Samus a destruir a infestação de parasitas X na estação — escondesse segundas intenções. Essa narrativa intricada, repleta de reviravoltas, coloca o jogador em uma posição de dúvida, onde questionar as próprias motivações e ordens se torna parte essencial do enredo. Tudo isso culmina em um final apoteótico, que amarra a trama de forma satisfatória e deixa um gostinho de quero mais, preparando o terreno para os eventos de Metroid Dread, sequência direta que viria anos depois para dar continuidade à saga de Samus.

Apesar do tom mais sombrio e linear, Fusion consegue manter a essência do que faz um jogo da franquia Metroid ser tão especial. Ele te desafia a explorar cada canto, a dominar cada habilidade e a enfrentar cada perigo de cabeça erguida. Não há nada mais recompensador do que, após várias tentativas frustradas, finalmente derrotar um chefe difícil ou encontrar aquele último pedaço de energia que faltava para completar sua barra de vida. É o tipo de jogo que te faz querer continuar jogando, mesmo quando parece que o desafio é insuperável.

Metroid Fusion é uma obra-prima do gênero metroidvania, que, mesmo após tantos anos desde seu lançamento original, continua sendo um exemplo de como criar uma experiência envolvente, desafiadora e memorável. Para quem nunca teve a oportunidade de jogá-lo, essa é a chance perfeita de se aventurar por um dos capítulos mais importantes e emocionantes da franquia. E para os veteranos, revisitá-lo no Nintendo Switch é como reencontrar um velho amigo, com quem se compartilhou momentos inesquecíveis. Prepare-se para mergulhar em um labirinto de mistério, enfrentar perigos inimagináveis e descobrir, mais uma vez, por que Samus Aran é uma das personagens mais icônicas e fascinantes da história dos videogames. Fusion é um daqueles jogos que não apenas jogamos, mas vivemos e sentimos a cada segundo.

4 – Super Metroid

Observação: Tem detonado completo (guia e estratágia passo a passo) de Super Metroid aqui no Revolution Arena, pode procurar na seção de detonados!

É impossível falar de metroidvanias sem fazer uma reverência a um dos maiores clássicos do gênero, um verdadeiro ícone que moldou tudo o que conhecemos hoje sobre exploração, combate e atmosfera: o lendário Super Metroid. Um jogo que já ultrapassou o status de clássico para se tornar um mito, e cuja importância não pode ser subestimada. Desde o momento em que a tela inicial surge, com aquela trilha sonora arrepiante e o grito distante de um bebê Metroid ecoando na escuridão, você sabe que está prestes a se envolver em algo especial, um game que não só definiu um gênero, mas que também deixou uma marca indelével em toda uma geração de jogadores.

Lançado originalmente no Super Nintendo em 1994, ele representou um verdadeiro salto no que se refere à liberdade de exploração, level design, narrativa ambiental e sensação de progresso. A trama é simples, mas executada com uma precisão cirúrgica: Samus Aran, a destemida caçadora de recompensas, retorna ao planeta Zebes após receber uma transmissão de socorro indicando que o bebê Metroid, o último de sua espécie e que ela havia resgatado no jogo anterior, foi sequestrado pela temível Space Pirate Ridley e levado para a base de operações dos Piratas Espaciais. O jogo não perde tempo, lançando o jogador diretamente na ação com uma atmosfera tensa e inquietante, que deixa claro que as coisas em Zebes não serão nada fáceis desta vez.

O que diferencia Super Metroid de outros jogos é a maneira única como ele convida o jogador a se perder em seu mundo, sem nunca dar todas as respostas de bandeja. Você é incentivado a explorar, a experimentar, a tentar novas habilidades e a descobrir segredos escondidos que estão à vista o tempo todo, mas que exigem um olhar atento para serem desvendados. Não há mãos que conduzem o jogador, não há setas luminosas indicando o caminho — você é o mestre de sua própria jornada, e cada nova descoberta parece uma vitória pessoal. A sensação de “eu achei isso por mim mesmo” é constante e inigualável, e talvez seja esse o maior trunfo do jogo.

Os ambientes do planeta Zebes são um espetáculo à parte. Com regiões interligadas que vão de cavernas escuras e sombrias, passando por laboratórios abandonados e desmoronando, até chegar a áreas submersas e florestas alienígenas, cada seção do jogo tem um visual único que se mantém gravado na memória. Brinstar, Norfair, Maridia, Wrecked Ship — esses nomes se tornaram tão icônicos que quase podemos sentir o calor abrasivo de Norfair ou a angústia opressiva das profundezas de Maridia só de ouvi-los. O planeta é vivo, pulsante, cheio de detalhes e segredos que aguardam para serem revelados, e cada região possui suas próprias regras e perigos, exigindo que Samus se adapte constantemente, evoluindo não apenas em suas habilidades, mas também em seu entendimento do mundo à sua volta.

A trilha sonora é, sem dúvida, um dos maiores pontos fortes do jogo. Com composições que variam de temas épicos e eletrizantes a melodias sombrias e sinistras, a música cria um clima imersivo que dá vida a cada ambiente e intensifica a sensação de isolamento e descoberta. Quem não se lembra da primeira vez que ouviu a música que ecoa nas profundezas de Maridia, uma mistura hipnotizante de melancolia e mistério, ou do som estridente e ameaçador que acompanha a presença de Ridley, indicando que um confronto épico está prestes a acontecer? Cada nota musical em Super Metroid é cuidadosamente pensada para te colocar na pele de Samus, para te fazer sentir a tensão e a solidão de estar em um planeta hostil e desconhecido, com perigos à espreita em cada canto.

Outro aspecto marcante de Super Metroid é sua mecânica de progressão. Ao longo da jornada, Samus adquire diversas habilidades, como a Morph Ball, que permite a ela se transformar em uma pequena esfera e passar por túneis apertados; a icônica Screw Attack, que a transforma em uma arma letal quando salta, ou os clássicos mísseis e super mísseis, que destroem barreiras antes intransponíveis. Cada nova habilidade não só te dá mais poder de combate, mas também transforma a maneira como você interage com o mundo ao seu redor. É um ciclo viciante de obter uma nova habilidade, revisitar áreas antigas e descobrir novos caminhos, até então bloqueados. O sentimento de gratificação por conseguir abrir aquela porta que você passou dezenas de vezes, mas que só agora consegue acessar, é incrível, fazendo com que o jogo se torne uma verdadeira caçada por segredos.

E falando em segredos, Super Metroid é um prato cheio para quem gosta de vasculhar cada cantinho em busca de algo novo. O jogo está repleto de passagens secretas, salas escondidas e itens que podem ser adquiridos com uma boa dose de paciência e criatividade. Seja um aumento de energia, um tanque de míssil ou até mesmo áreas inteiras do mapa, sempre há algo novo para encontrar, recompensando aqueles que dedicam tempo e atenção ao planeta Zebes. Esse aspecto do jogo garantiu a ele um legado de speedruns e desafios entre a comunidade de jogadores que, até hoje, tentam encontrar a maneira mais rápida ou mais eficiente de completar o jogo.

Mas talvez o maior legado de Super Metroid seja a sua capacidade de contar uma história sem usar palavras. Sim, há momentos em que o jogo entrega a narrativa de maneira mais tradicional, mas é na ausência de diálogo e na pura ambientação que ele brilha de verdade. O silêncio do planeta, quebrado apenas pelos sons do ambiente, o vazio das áreas desabitadas e os restos de experimentos dos Piratas Espaciais espalhados por todo lugar dizem muito mais do que qualquer texto poderia transmitir. Essa maestria em storytelling ambiental elevou o jogo a um patamar que poucos conseguiram alcançar, inspirando dezenas de títulos que vieram depois a adotar uma abordagem similar.

É claro que não podemos deixar de falar dos chefes memoráveis que Samus encontra ao longo de sua jornada. Desde o imenso e ameaçador Kraid, que ocupa quase toda a tela, até a criatura aquática Draygon e, claro, o terrível Ridley, cada batalha é um espetáculo que exige habilidade, paciência e raciocínio rápido. Os chefes são um teste de tudo o que você aprendeu até aquele ponto, uma prova de que você realmente dominou as habilidades de Samus e está preparado para os desafios que virão a seguir.

Super Metroid é uma obra-prima que envelheceu como um bom vinho. Mesmo décadas após seu lançamento, continua sendo uma experiência obrigatória para qualquer fã de videogames, uma jornada de exploração, desafio e autossuperação que vai além dos limites do tempo e das plataformas. Com seu lugar garantido no hall da fama dos maiores jogos de todos os tempos, ele não é apenas um jogo — é uma aula, um manual de como criar um mundo vivo, desafiante e inesquecível. Jogar Super Metroid no Nintendo Switch é como revisitar um velho amigo, um amigo que te leva a uma jornada de redescoberta em cada nova partida, revelando camadas de genialidade a cada vez que você se perde em seu mundo fascinante.

3 – Metroid Dread

Metroid Dread é aquele jogo que te pega de surpresa e não te larga mais. Desde o primeiro momento em que a icônica caçadora de recompensas Samus Aran aparece na tela, você sente que está prestes a embarcar em uma experiência incrível, cheia de mistérios, desafios e aquela adrenalina que só um verdadeiro metroidvania pode proporcionar. É a combinação perfeita entre o clássico e o moderno, trazendo tudo o que os fãs amam na franquia Metroid, mas com uma pitada de inovação que torna cada momento mais envolvente e surpreendente.

A história de Metroid Dread começa logo após os eventos de Metroid Fusion, e Samus, uma das personagens mais icônicas dos videogames, é chamada para investigar uma nova ameaça no planeta ZDR. A atmosfera do jogo é um espetáculo à parte — um planeta hostil, cheio de áreas interconectadas e perigos à espreita em cada canto. Tudo é projetado para fazer você se sentir na pele de Samus, explorando corredores estreitos e cavernas labirínticas enquanto luta para sobreviver e desvendar os segredos sombrios que o planeta guarda.

Mas o que realmente destaca Metroid Dread é a sua jogabilidade extremamente fluida e ágil. Samus nunca se moveu tão bem. Cada salto, cada deslizamento e cada tiro é preciso e responsivo, dando uma sensação de controle absoluto. A adição da nova mecânica de “desvio rápido” permite que você esquive ataques com uma agilidade impressionante, e o “Counter” — introduzido no remake Metroid: Samus Returns — faz o combate corpo a corpo ainda mais satisfatório. A combinação dessas mecânicas transforma cada confronto em uma dança mortal, onde você se sente no comando, mas ainda desafiado por inimigos que exigem reflexos rápidos e estratégias inteligentes.

E falando em desafio, é impossível não mencionar os temidos robôs E.M.M.I., os novos antagonistas que roubam a cena em Metroid Dread. Eles são criaturas biomecânicas mortais, programadas para caçar Samus a todo custo. A tensão que eles trazem ao jogo é palpável. Sempre que você entra em uma área dominada por um E.M.M.I., a música muda, os batimentos cardíacos aumentam e você entra em um modo de sobrevivência pura. O som mecânico dos passos dos E.M.M.I. ecoando pelo corredor é o suficiente para fazer você parar, avaliar o terreno e, muitas vezes, correr para salvar a própria vida. Não é exagero dizer que esses encontros são um dos pontos altos do jogo, cada vez que você escapa ileso parece uma vitória pessoal, como se tivesse vencido a própria morte.

O planeta ZDR é dividido em várias regiões, cada uma com sua própria estética e perigos únicos. Você vai explorar desde cavernas escuras e cheias de lava até áreas submersas e instalações de alta tecnologia, e cada ambiente tem uma ambientação distinta que contribui para a sensação de exploração. As mudanças entre cenários são integradas de maneira magistral, e a maneira como as áreas se conectam cria uma sensação de um mundo vivo, coeso e interligado. À medida que você adquire novas habilidades, percebe que pode acessar lugares antes inatingíveis, e a sensação de voltar a áreas anteriores para desbloquear novos caminhos nunca perde o encanto.

Além disso, Metroid Dread brilha quando o assunto é desafio. Este é, sem dúvida, um dos jogos mais desafiadores da série. Não basta apenas correr e atirar — você precisa pensar, reagir rapidamente e conhecer bem as habilidades de Samus para superar cada situação. Os chefes são um show à parte, com padrões de ataque complexos e uma presença de palco que faz cada batalha parecer um confronto épico. Desde monstros colossais a adversários menores, mas igualmente perigosos, o jogo nunca deixa de testar sua capacidade de adaptação e raciocínio rápido. Cada vitória vem acompanhada de um suspiro de alívio e uma explosão de euforia.

Mas talvez o maior triunfo de Metroid Dread seja a maneira como ele conta a sua história. Sem exageros, sem diálogos intermináveis — tudo é transmitido através de ações, cenários e pequenos detalhes espalhados pelo mundo. A solidão de Samus é palpável, o silêncio é quebrado apenas pelos sons de suas botas metálicas e pelos gritos distantes de criaturas ameaçadoras. O enredo vai se revelando aos poucos, e quando as peças começam a se encaixar, você percebe que a narrativa é muito mais profunda e envolvente do que parecia inicialmente.

A direção de arte é outro ponto que merece destaque. Os cenários são belíssimos, com detalhes que muitas vezes passam despercebidos em uma primeira olhada, mas que, ao serem notados, enriquecem ainda mais o ambiente. Cada região tem um estilo visual distinto, desde áreas infestadas de vegetação alienígena até instalações tecnológicas que brilham com cores neon. E os E.M.M.I., com suas luzes vermelhas brilhando no escuro, têm um visual imponente que transmite uma sensação de perigo imediato. Já os efeitos de iluminação e sombra tornam o clima ainda mais imersivo, criando ambientes que variam entre a sensação de segurança e o puro terror.

E que trilha sonora! Metroid Dread faz um uso impressionante de suas músicas e efeitos sonoros para complementar a sensação de exploração e perigo constante. Desde temas soturnos que ecoam em corredores escuros, passando por batidas intensas que aumentam ainda mais o nervosismo durante as perseguições dos E.M.M.I., até músicas mais épicas que acompanham as batalhas contra chefes. Cada nota, cada som parece estar ali para te colocar dentro daquela experiência, para te fazer sentir parte daquele mundo.

Com tudo isso, Metroid Dread não é apenas um retorno triunfal da série para as plataformas modernas; é uma celebração de tudo o que torna Metroid tão especial. É um jogo que desafia, que instiga e que te faz querer ir cada vez mais fundo, descobrir cada segredo e dominar cada habilidade. É um título que respeita suas raízes, mas que não tem medo de ousar e experimentar. Para os fãs da franquia, é um presente cuidadosamente embrulhado; para os novatos, é uma oportunidade perfeita de se apaixonar por uma das sagas mais icônicas dos videogames. Samus está de volta, mais forte e destemida do que nunca, e Metroid Dread é o retorno que todos esperávamos, uma experiência que deve ser jogada, vivida e aplaudida de pé.

2 – Ori and the Will of the Wisps

Ori and the Will of the Wisps é mais do que apenas um jogo; é uma verdadeira obra de arte interativa que eleva o gênero metroidvania a um novo patamar de excelência. Logo ao iniciar a aventura, você é imerso em um mundo deslumbrante, feito de cenários belamente desenhados e uma trilha sonora que parece dançar em sincronia com cada um dos seus movimentos. A história começa com um tom emocional forte, narrando a jornada de Ori, um espírito guardião, em sua busca por reunir sua família e salvar a floresta, agora mergulhada em uma misteriosa escuridão. O que já era belo no primeiro jogo, Ori and the Blind Forest, agora se torna ainda mais deslumbrante, complexo e encantador.

Neste novo capítulo, a narrativa não se contenta em apenas seguir o caminho do herói. Ela aprofunda as relações entre os personagens, introduz novas figuras e explora temas de perda, amizade e esperança de maneira comovente. Você se verá torcendo, vibrando e até derramando lágrimas ao acompanhar Ori em sua travessia por um mundo que parece estar desmoronando a cada passo. A forma como o enredo é contado, sem palavras explícitas, mas por meio de gestos, sons e a própria ambientação, mostra uma maturidade e um cuidado que raramente vemos em jogos.

Mas a grandiosidade de Ori and the Will of the Wisps vai muito além da história. A jogabilidade é um verdadeiro espetáculo de fluidez e precisão. Ori se move como se estivesse dançando, deslizando pelas superfícies, correndo pelas paredes e usando suas habilidades para superar obstáculos e enigmas que desafiam tanto a lógica quanto os reflexos do jogador. As mecânicas evoluíram consideravelmente em relação ao jogo anterior. Agora, Ori tem um arsenal de novas habilidades e golpes que expandem as possibilidades de combate e exploração, tornando cada encontro e cada área descoberta uma nova surpresa.

A sensação de progressão é simplesmente brilhante. A cada nova habilidade adquirida, você sente que realmente está evoluindo, que agora é capaz de acessar locais que antes pareciam inalcançáveis e derrotar inimigos que pareciam invencíveis. Não é apenas sobre o desafio, mas sobre a sensação de descoberta e domínio, sobre a jornada de se tornar mais forte e mais sábio em um mundo cheio de mistérios. E essa jornada é acentuada pelos controles responsivos, que respondem ao menor toque com uma precisão que transforma a exploração em um verdadeiro deleite.

Os ambientes, cada um mais lindo e complexo do que o outro, são o coração pulsante de Ori and the Will of the Wisps. As áreas variam de florestas exuberantes e pântanos assombrados a cavernas geladas e desertos áridos. Cada cenário é cheio de vida e de detalhes, dando a impressão de que o mundo continua a existir mesmo quando você não está olhando. E, claro, cada ambiente está recheado de desafios e segredos que incentivam a exploração, fazendo com que você queira revisitar cada canto, mesmo depois de ter passado por ali inúmeras vezes.

A integração entre combate e exploração é impecável. Ao longo da aventura, Ori enfrenta criaturas que parecem ter saído de pesadelos, cada uma com padrões de ataque únicos e estratégias distintas que exigem criatividade e pensamento rápido para serem superadas. O combate não é apenas sobre força bruta — ele é técnico e exige que você combine as habilidades de Ori de maneiras criativas. O jogo permite que você customize o estilo de luta, escolhendo quais habilidades equipar, o que abre um leque de possibilidades e adapta o jogo ao seu estilo pessoal.

Outro ponto alto são as batalhas contra chefes. Cada um deles é um teste completo das habilidades que você adquiriu até o momento. São encontros épicos que ficam gravados na memória, tanto pelo desafio quanto pela beleza estética. As animações fluem com perfeição, e as transições entre ataques e defesas tornam cada confronto dinâmico e empolgante. Esses momentos são complementados por trilhas sonoras épicas que elevam ainda mais a intensidade da experiência.

E falando em trilha sonora, é impossível falar sobre Ori and the Will of the Wisps sem mencionar a música. A trilha composta por Gareth Coker é um dos pontos mais altos do jogo. Cada nota, cada melodia parece contar uma parte da história. Há momentos em que a música transmite um senso de urgência e perigo, enquanto em outros ela se transforma em um lamento melancólico ou em um suspiro de esperança. O uso de orquestra e coros vocais cria uma atmosfera única, quase transcendental, que faz com que você se sinta parte de uma sinfonia em movimento.

O impacto visual é impressionante. Cada cenário é pintado com cores vibrantes e detalhes intrincados que dão vida a este mundo mágico. A iluminação dinâmica, as partículas flutuando no ar e os efeitos de profundidade fazem com que o jogo pareça uma pintura em movimento. É como se cada tela fosse uma obra de arte, convidando você a parar e apreciar cada detalhe. Mesmo os elementos mais sombrios possuem uma beleza única, quase hipnótica. E é aí que está a verdadeira genialidade do design: conseguir balancear luz e trevas, beleza e perigo, em um mundo que constantemente surpreende.

Ori and the Will of the Wisps é uma jornada inesquecível que desperta todos os sentidos. É um jogo que vai além do entretenimento, que convida você a mergulhar de cabeça em um universo onde cada movimento, cada nota musical e cada escolha narrativa foi pensada para criar uma experiência imersiva e tocante. Mais do que um metroidvania, ele é uma história sobre perseverança, sobre enfrentar as dificuldades de cabeça erguida e sobre a força que encontramos nos lugares mais inesperados.

Para quem ama jogos que combinam desafios de plataforma, combate técnico e uma narrativa emocional profunda, este é um título que não pode faltar na coleção. Ele prova que o gênero metroidvania ainda tem muito a oferecer, inovando e, ao mesmo tempo, respeitando suas raízes. Ori and the Will of the Wisps é uma obra-prima que deve ser jogada, apreciada e guardada na memória como um dos melhores títulos já lançados para o Nintendo Switch e, possivelmente, de todos os tempos.

1 – Hollow Knight

Observação: Tem detonado completo (guia e estratágia passo a passo) de Hollow Knight aqui no Revolution Arena, pode procurar na seção de detonados!

Explorar os mistérios ocultos e sombrios de um reino submerso em trevas nunca foi tão encantador e desafiador como na jornada épica que este jogo proporciona. Embarcar na aventura deste pequeno cavaleiro de carapaça branca e olhos brilhantes é como se perder em um sonho enigmático, onde cada canto sussurra segredos antigos e cada passo é uma descoberta inesperada. Ao iniciar sua jornada, o jogador é lançado em uma descida vertiginosa ao coração de Hallownest, um reino que já foi glorioso e próspero, mas que agora se encontra desolado e repleto de perigos, à espera de ser explorado por aqueles corajosos o suficiente para enfrentar o desconhecido.

O enredo é, em si, uma névoa de mistérios, apresentando uma narrativa sutil e ambiental, repleta de fragmentos que se revelam à medida que você avança, encontra personagens intrigantes e desvenda os segredos de um passado obscuro. Hallownest, com seus túneis labirínticos, cidades decadentes e cavernas inexploradas, é um mundo pulsante e vivo, habitado por criaturas bizarras, tanto hostis quanto fascinantes. A ambientação é rica e meticulosamente construída, trazendo um charme único a cada nova área que você visita, desde os pântanos sombrios da Floresta das Névoas até as vastas e luminosas profundezas do Reino da Árvore de Cristal.

A magia deste jogo está em como ele mistura a exploração meticulosa com uma dificuldade crescente, onde cada nova habilidade adquirida abre portas para novos caminhos, segredos e, claro, desafios ainda mais complicados. A sensação de progressão é incrível — você se vê dominando habilidades como pulo duplo, corridas pelas paredes e investidas aéreas, que transformam o modo de navegar pelo mundo. Cada poder obtido não só ajuda a enfrentar inimigos mais formidáveis, mas também a descobrir áreas ocultas que pareciam inatingíveis, deixando aquela sensação irresistível de que há sempre algo novo a ser encontrado ao revisitar locais que você já explorou.

E os combates, ah, os combates! Cada encontro com inimigos é um teste de precisão, reflexo e estratégia. A simplicidade dos controles engana, pois dominar o uso da pequena espada do cavaleiro e suas habilidades secundárias, como feitiços e deslizamentos, é uma arte em si. A sensação de satisfação ao derrotar um chefe desafiador, após inúmeras tentativas, é indescritível. E falando em chefes, este jogo traz uma coleção de oponentes inesquecíveis, cada um com padrões de ataque únicos e aparências que parecem ter saído de contos de fadas macabros. Os confrontos são intensos e exigem que você observe, aprenda e reaja rapidamente. A música, com sua orquestração sombria e melancólica, complementa a tensão, tornando cada embate uma experiência emocionalmente carregada e memorável.

Mas o que realmente torna a jornada extraordinária é a atmosfera envolvente. O estilo visual do jogo é um espetáculo à parte, com gráficos desenhados à mão, cheios de detalhes que dão vida a cada pedaço de Hallownest. Desde os becos lúgubres e solitários da Cidade das Lágrimas, onde a chuva cai incessantemente, refletindo a melancolia do lugar, até os terrenos gelados e nevados da Beira do Abismo, há um capricho visual impressionante, que faz com que cada cenário pareça uma obra de arte sombria. As cores, os contrastes e as animações dos personagens e inimigos são hipnotizantes, contribuindo para um mundo que parece estar em constante mutação e decadência.

A música é outro ponto fortíssimo. A trilha sonora, composta por Christopher Larkin, é majestosa, com composições que se ajustam perfeitamente a cada momento e ambiente do jogo. As melodias vão de temas suaves e tristes, que acentuam a solidão do cavaleiro, a intensos e urgentes crescendos que elevam a adrenalina durante as batalhas. Cada faixa parece feita sob medida para reforçar as emoções que o jogador experimenta, seja explorando uma área nova e desconhecida ou enfrentando um chefe que parece impossível de ser derrotado. A música conecta o jogador ao mundo e à sua história de uma forma que poucos jogos conseguem.

E, claro, não podemos esquecer a vasta gama de personagens que você encontra ao longo da sua aventura. Muitos deles são companheiros inesperados, como a destemida guerreira Hornet, cujas interações instigantes deixam pistas sobre o enredo e até prenunciam reviravoltas chocantes. Outros, como os mercadores, exploradores e estudiosos que se espalham por Hallownest, trazem momentos de humor, mistério ou até melancolia, tornando este mundo ainda mais rico e complexo. As interações são frequentemente enigmáticas e deixam muitas perguntas no ar, incentivando o jogador a prestar atenção aos mínimos detalhes para conectar as peças do quebra-cabeça.

E o que dizer das inúmeras áreas secretas, dos segredos mais bem escondidos que somente os mais atentos e persistentes conseguirão desvendar? Cada canto deste reino possui algo a ser descoberto, seja uma nova habilidade, um item raro ou mesmo uma entrada oculta que leva a outra dimensão da história. Esse senso de curiosidade recompensada é o que mantém o jogador engajado, mesmo após horas e horas de gameplay. É o tipo de jogo que faz você querer explorar cada centímetro, conversar com cada personagem e examinar cada mural.

Hollow Knight é o que se pode chamar de verdadeira essência de experiência em imersão e descoberta. É o tipo de título que convida você a se perder e a se maravilhar com o mundo em sua volta, mesmo enquanto enfrenta criaturas perigosas e tenta decifrar a verdade oculta nas ruínas de Hallownest. Ele é, ao mesmo tempo, uma carta de amor aos jogos clássicos do gênero metroidvania e um passo ousado rumo ao futuro desse estilo. O que a princípio pode parecer um jogo simples, se revela como uma complexa obra de arte interativa, onde cada detalhe foi pensado para criar uma experiência inesquecível.

Para os fãs de desafios, de exploração profunda e de uma narrativa instigante e sombria, este é um jogo essencial. E mesmo aqueles que não se consideram aficionados pelo gênero vão se surpreender com o quanto este jogo é capaz de fisgar e prender sua atenção. É, sem dúvida, um dos maiores e mais refinados exemplos de como os jogos podem ser expressões artísticas e narrativas complexas, e não é por acaso que ele conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo.

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