Erros e acertos do Nintendo Switch Online

30 de novembro de 2020 0 Por Gustavo Lima

Lançado oficialmente em 19 de setembro de 2018, o Nintendo Switch Online, é o serviço online por assinatura da Nintendo para o console Switch.

Quando anunciado em uma apresentação “Nintendo Direct” (Observação: Nintendo Direct é o nome dado a uma série de vídeos publicados na internet, pela Nintendo; cada vídeo traz uma compilação de anúncios com os próximos principais lançamentos para o console da empresa), o vídeo continha uma tonelada de notícias, mas o anúncio do novo serviço online por assinatura que estava chegando realmente se destacou, por diversas razões; afinal, após mais de um ano no mercado, o console Nintendo Switch finalmente teria o seu próprio serviço de assinatura online paga. Seria finalmente a resposta da Nintendo aos serviços PlayStation Plus da Sony e ao Xbox Live Gold da Microsoft.

Antes do anúncio completo, na transmissão do Nintendo Direct, os fãs estavam especulando sobre quais funcionalidades o novo serviço online da Nintendo iria oferecer, pois a Nintendo já havia esboçado os parâmetros básicos: salvamento em nuvem, acesso aos jogos do Nintendo Entertainment System (NES), ofertas especiais e, claro, possibilidade de jogatinas multiplayer online. Mas havia uma sensação de que a Nintendo teria mais alguma coisa a dizer, acreditava-se que algo mais seria divulgado posteriormente, como parte de uma revelação completa; e o público tinha algumas dúvidas, como por exemplo: como funcionariam as ofertas especiais? Haverão outros jogos, além dos títulos NES? Haverá alguma surpresa emocionante?

Quando do anúncio oficial, a Nintendo revelou apenas o que eles já haviam definido, incluindo algumas informações menores (porém importantes), que iremos abordar aqui, mas, em verdade, não houve grandes (agradáveis) surpresas. Se você verificar qualquer comunidade online, provavelmente verá um pouco de angústia dos fãs: as pessoas estavam -e continuam-, mais uma vez, decepcionadas com a abordagem que a Nintendo deu aos serviços online.

É bem verdade que existem alguns problemas no serviço, mas nem tudo é desolador. Algumas das atitudes tomadas pela Nintendo estão plenamente de acordo com o que outras empresas de jogos também estão fazendo; e, no fim das contas, estamos presenciando uma transição da indústria de games para um novo modelo de entrega de conteúdo: A difusão de conteúdo por vias digitais; que está cada vez mais difundida pelas atuais empresas do ramo de jogos eletrônicos.

E assim, agora que o sistema online da Nintendo completou três anos, e todos nós tivemos tempo para assimilar todos os seus méritos e deméritos, acreditamos que seria uma boa oportunidade para fazer uma revisão em tudo de bom e de ruim (e talvez o potencial também) que o serviço Nintendo Switch Online nos trouxe.

Vamos começar analisando os prós e os contras dos principais pilares do serviço.

O primeiro -e mais óbvio- elemento do serviço Nintendo Switch Online é a possibilidade de jogar na modalidade multiplayer, com oponentes do todos os locais, através Internet. Não há muito o falar sobre isso, eis que há alguns anos nós já podemos jogar conectados através dos consoles da Nintendo.

É importante ressaltar que a Nintendo, historicamente, vinha se recusando de cobrar uma assinatura para multijogador online, mesmo quando a Sony e a Microsoft fizeram disso uma parte essencial de suas ofertas (há um número limitado de jogos que você pode jogar online nos consoles Playstation 4 e Xbox One, sem que seja necessário contratar assinaturas pagas).

Por um lado, temos esperança de que uma base crescente de assinaturas ajude a Nintendo a financiar uma infraestrutura online mais robusta e continuar a oferecer suporte para vários jogadores online, em jogos específicos por um longo período de tempo. Mas, por outro lado, é definitivamente complicado pedir às pessoas que paguem por algo que elas estão acostumadas a obter de graça, mesmo que, para isso, seja com recursos mais modestos do que os encontrados na Xbox Live e PlayStation Plus.

Imagem com os valores das assinaturas, disponível no site da Nintendo do Brasil.

O serviço Nintendo Switch Online também é muito mais barato do que os concorrentes. O consumidor tem a possibilidade de assinar o serviço pagando um pacote individual mês a mês, por R$14,80; pagando um pacote individual por três meses, por R$29,70; pagando um pacote individual por doze meses, por R$74,25, ou fazendo a assinatura de um pacote familiar, com direito de até oito contas acessarem, pelo período de doze meses, por R$129,95 (valores válidos até a data de publicação dessa matéria, 30 de novembro de 2020).

Imagem: Nintendo Brasil, editada por Ninten.go

Durante a apresentação do sistema, na Nintendo Direct, a Nintendo utilizou boa parte do tempo para mostrar os benefícios do seu aplicativo Nintendo Switch Online para smartphones.

Testamos o uso do aplicativo com o jogo Splatoon 2; e para ser completamente justo, ele fornece uma maneira única e interessante de estender a experiência do jogo principal (você pode solicitar equipamentos exclusivos por meio do aplicativo, por exemplo, e você pode ver de forma rápida e fácil todas as suas várias estatísticas, bem como verificar as rotações de estágio atuais). É um grande ponto positivo!

Mas nem tudo são flores, há um revés a ser considerado: a insistência da Nintendo em enviar o bate-papo de voz multiplayer para um dispositivo de terceiros é desconcertante. Se você realmente usa o sistema, ele funciona muito bem – configurar grupos e chats é muito rápido e fácil, graças a uma UI intuitiva, entretanto, você não pode se conectar facilmente com seus amigos e, simultaneamente, ouvir o áudio do jogo pelo mesmo fone de ouvido (a menos que você compre aquele pequeno dispositivo Splat e Chat da Hori), e isso é um grande ponto negativo!

Na apresentação do Direct, a Nintendo realmente tentou defender o valor de usar o serviço de viva voz em seu smartphone, para que qualquer pessoa aleatória em sua casa pudesse se juntar à diversão. Talvez eu esteja ficando velho, mas não consigo imaginar isso sendo nem remotamente divertido; Posso imaginar que seja uma dor de cabeça e prejudique a experiência.

Até o momento de publicação dessa matéria, a Nintendo não efetuou melhorias no aplicativo para smartphone, apenas alguns poucos jogos foram incorporados e algumas funções aprimoradas. Também não conseguimos entender até agora o motivo de a empresa não ter incorporado o bate-papo de voz diretamente no Switch OS… embora tenhamos certeza de que devam existir razões válidas… o fato é que exigir um smartphone separado para bate-papo com voz online sempre será uma opção incômoda (e de certa forma, pagar pelo privilégio simplesmente não parece certo).

Imagem: Nintendo Brasil, editada por Ninten.go

Um dos recursos que provavelmente nos deixou mais animados – apesar de ser algo bastante óbvio – é a capacidade de fazer o upload dos meus jogos salvos para a nuvem. Salvar o progresso do jogo em um console Switch (em vez de na nuvem ou no cartão de jogo) sempre me pareceu questionável; se eu perder meu switch ou se ele quebrar, não quero perder todo o meu progresso no jogo. Isso é uma loucura nos dias de hoje. Portanto, é ótimo que a Nintendo esteja fornecendo um recurso de salvamento na nuvem melhor, mesmo que esteja bloqueado por meio da assinatura paga (embora, devemos enfatizar que salvar dados na nuvem também é um privilégio feito através de assinatura paga nos consoles da Sony e Microsoft).

A principal diferença – pelo menos por agora – é que a Nintendo não está se comprometendo a reter salvamentos na nuvem se sua assinatura expirar.

Os serviços concorrentes retêm esses dados, mesmo se sua assinatura expirar. A ideia é que, depois de renovar sua assinatura, você possa acessar os dados novamente. No momento, a Nintendo aparentemente não implementou um período de buffer específico – eles estão simplesmente dizendo que seus salvamentos na nuvem são armazenados desde que você tenha uma assinatura ativa. E isso é ruim. Muito ruim se for o caso de alguém esquecer de renovar a sua assinatura ou não ter como pagar o próximo mês.

Para ser justo, a Nintendo não disse explicitamente que você perderá os dados. A linguagem que eles usam nas perguntas frequentes é bastante ambígua – é muito viável que os dados permaneçam lá e você pode acessá-los novamente após a renovação, mesmo se passar um período de tempo sem uma assinatura ativa. No entanto, a Nintendo não foi explícita sobre isso, e isso é um problema. Por enquanto, faz sentido supor que seus salvamentos na nuvem serão perdidos se sua assinatura expirar, visto que a Nintendo não negou isso abertamente.

A parte negativa, que precisamos frisar aqui é que alguns jogos não oferecem suporte para o salvamento na nuvem. Na maioria das vezes, a menos que seja especificamente declarado, você pode assumir que todos os jogos devem oferecer suporte a ele. No momento, aqui estão as exceções (prepare-se, pois a lista é absurdamente longa):

  • 1-2-Switch
  • 8-BIT ADV STEINS; GATE
  • A Duel Hand Disaster: Trackher
  • A Fold Apart
  • A Sound Plan
  • Air Hockey
  • Arcade Archives IKARI III -THE RESCUE-
  • Asphalt 9: Legends
  • Bass Pro Shops: The Strike — Championship Edition
  • Battle Supremacy — Evolution
  • Battleground
  • BINGO for Nintendo Switch
  • Blade II — The Return Of Evil
  • Bookbound Brigade
  • Bowling
  • Bubble
  • Cabela’s: The Hunt — Championship Edition
  • Catan
  • Chapeau
  • Clue: The Classic Mystery Game
  • Color Zen Kids
  • Creepy Brawlers
  • Curious Cases
  • DAEMON X MACHINA
  • DAEMON X MACHINA: Prototype Missions
  • DARK SOULS: REMASTERED
  • Darts
  • Dawn of the Breakers
  • Dead By Daylight
  • Deadly Premonition 2: A Blessing in Disguise
  • Deployment
  • Doggie Ninja The Golden Mission
  • Dungeon Stars
  • EA SPORTS FIFA 20 Nintendo Switch Legacy Edition
  • Escape First
  • Eternal Card Game
  • EXORDER
  • Fear of Traffic
  • FIFA 18
  • FIFA 19
  • Fledgling Heroes
  • Fortnite
  • Fractured Minds
  • Gates Of Hell
  • Gato Roboto
  • Gems of War
  • Gigantosaurus The Game
  • Go Vacation
  • Golf
  • Guess the word
  • Gurgamoth
  • HAUNTED: Halloween ’86
  • Hidden
  • Hidden in Plain Sight
  • Hulu
  • Idle Champions of the Forgotten Realms
  • InkyPen
  • IN-VERT
  • It’s Spring Again
  • izneo
  • JUMANJI: The Video Game
  • Just Black Jack
  • Lanternium
  • Lightseekers
  • Little Shopping
  • MetaChampions
  • Minecraft: Nintendo Switch Edition
  • Miner Warfare
  • Miniature — The Story Puzzle
  • MISTOVER
  • Modern Combat Blackout
  • NBA 2K Playgrounds 2
  • Neverlast
  • New Super Lucky’s Tale
  • Nidhogg 2
  • Ninjala
  • No Time to Relax
  • North
  • Onigiri
  • Orbitblazers
  • Othello
  • Overwatch — Legendary Edition
  • Party Trivia
  • Pet Care
  • Pixel Devil and the Broken Cartridge
  • Pizza Parking
  • PLOID SAGA
  • Pokémon HOME
  • Pokémon Shield
  • Pokémon Sword
  • Pokémon: Let’s Go, Eevee!
  • Pokémon: Let’s Go, Pikachu!
  • POOL
  • Ragtag Adventurers
  • Red Hot Ricochet
  • Robbie Swifthand and the Orb of Mysteries
  • Robox
  • Royal Adviser
  • Santa Tracker
  • Sheep in Hell
  • Slam Land
  • Slot
  • Smash Rush
  • Speaking Simulator
  • Splatoon 2
  • Spot the Difference
  • Squidlit
  • SUPER DRAGON BALL HEROES WORLD MISSION — Launch Edition
  • Super Holobunnies: Pause Café
  • Taimumari: Complete Edition
  • Teddy Gangs
  • The Lord of the Rings: Adventure Card Game
  • The Otterman Empire
  • The Raven Remastered
  • The Town of Light: Deluxe Edition
  • Theatre Tales
  • Theme Park Simulator
  • Tokyo Mirage Sessions #FE Encore
  • Trailer Trashers
  • Trials Rising Standard Edition
  • V.O.I.D.
  • Wanba Warriors
  • Warface
  • Warhammer Age of Sigmar: Champions
  • while True: learn()
  • World Soccer
  • Yu-Gi-Oh! Legacy of the Duelist: Link Evolution
  • ZOMB

Era um ponto que realmente nos deixava ansiosos para ver o que a Nintendo faria com os jogos clássicos no Nintendo Switch Online. Até a data de hoje está disponível no sistema alguns jogos da coletânea do NES e alguns jogos da coletânea do Super Nintendo.

A grande questão, que faz com que boa parte dos assinantes do serviço da Nintendo fiquem intrigados é o porquê de não haver mais jogos disponíveis para Nintendo Switch Online; pois, de fato, a quantidade de jogos não é tão grande (sobretudo quando nós comparamos com serviços semelhantes nas empresas concorrentes, como o sistema do Xbox, da Microsoft).

Sobre a quantidade baixa de jogos, temos algumas constatações: Há poucos jogos de NES e SNES, como já dissemos; não há (até o momento) nada sobre jogos de Game Boy (e seus derivados), DS (e seus derivados), Nintendo 64 e, muito menos de Game Cube; também: o antigo serviço Virtual Console (que existia nos consoles anteriores ao Switch, incluindo até o 3DS) acabou e a Nintendo já deixou praticamente claro que não tem planos para lançar um console virtual com jogos do Wii e/ou Wii U para o Switch (até porque a Nintendo está recauchutando diversos jogos já lançados para o Wii U no Switch e vendendo cada um pela “módica” quantia de US$60; Pikmin 3 do Wii U é um bom exemplo disso, quando se transformou em Pikmin 3 Deluxe no Switch…), então essa situação não pode nem ser cogitada para um possível futuro de melhora no serviço.

Muitos jogadores parecem estar desapontados com o fato de que, pelo menos inicialmente, a Nintendo está oferecendo apenas uma pequena seleção de títulos do NES e SNES. Mas acho que é importante mencionar algumas coisas para adicionar algum equilíbrio à discussão:

  • Sempre que a Nintendo introduziu jogos clássicos, por meio de um serviço de download, a biblioteca foi construída ao longo do tempo, e, realmente, demorou um pouco, para que a quantidade de jogos fosse grande (a biblioteca efetivamente começou do zero no Wii U, por exemplo; embora o Wii tivesse acumulado uma biblioteca de console virtual considerável ao longo dos anos).
  • Os jogos do NES adicionados no serviço são aprimorados para serem jogáveis online, e é até possível assistir a um amigo jogar um jogo do NES e apontar segredos ou aplaudi-los com um cursor na tela. Tais funções também foram adicionadas nos jogos da biblioteca do SNES.
  • Jogos que não sejam da Nintendo nunca são garantidos. A Nintendo tem que gerenciar acordos de licenciamento complexos com cada editor, e esses acordos podem (e mudam) com o tempo; um bom exemplo é o jogo Donkey Kong Country, que mesmo sendo um dos games publicadas pela Nintendo, com um personagem que também é da Nintendo, o jogo foi desenvolvido pela empresa Rare, e a Microsoft comprou a Rare. Aliás, frise-se que graças ao Phil Spencer que mantem um bom relacionamento no mercado e, sobretudo com a Nintendo, podemos continuar sonhando com mais jogos da Rare aparecendo no console da Nintendo.

Não poder comprar jogos individuais é interessante. Superficialmente, pode parecer um retrocesso óbvio. Mas a abordagem da Nintendo aqui é análoga ao que a Sony faz com os títulos mensais do PS Plus; contanto que você tenha uma assinatura ativa, você pode acessar e jogar esses jogos. No momento em que sua assinatura fica inativa, você perde o acesso a esses títulos. Nintendo, Sony e Microsoft estão cada vez mais migrando para um modelo “sob demanda” baseado em assinatura para entrega de conteúdo. No momento, apenas algumas partes de suas bibliotecas gerais são fornecidas por meio desse formato, mas a expectativa é que esse modelo se torne cada vez mais predominante com o passar do tempo. Se você está acostumado a consumir a maioria de seus filmes e programas de TV através de serviços como a Netflix, Amazon Prime ou Globoplay, por por exemplo, então você já está experimentando este modelo e já tem uma ideia de como tudo deverá ficar.

A principal diferença aqui (e, na nossa opinião, o grande problema, com a abordagem da Nintendo) é que você só poderá jogar os jogos do NES e SNES off-line por até sete dias. Se você não se conectar ao Nintendo Switch Online dentro desse período, não poderá mais jogar esses jogos de maneira off-line. Essa parece uma forma muito dura e punitiva de policiar o sistema, especialmente quando você considera que o Switch foi projetado com a portabilidade em mente.

Além do requisito de fazer o login na conta, em um período de até sete dias, à medida que você continua mantendo sua assinatura, mais e mais conteúdo será adicionado a uma biblioteca em constante expansão. No momento, como já dissemos, essa biblioteca consiste apenas em jogos NES e SNES, mas é razoável esperar que a Nintendo adicione mais jogos para as plataformas já disponibilizadas e para novas plataformas, ao longo do tempo.

Um modelo de assinatura também torna mais provável que a Nintendo e outras editoras sejam capazes de experimentar o serviço e oferecer títulos e experiências de nicho (novamente, consulte os exemplos de TV e filmes agora bem estabelecidos). Já temos jogos vindo em modelo de Stream como o Assassin’s Creed Odyssey (até o momento, exclusivo para o Japão), o Control, que foi lançado para diversos mercados e, ainda esse ano vem o Hitman para nosso Nintendo Switch.

Talvez a parte mais estranha do anúncio do Nintendo Switch Online tenha sido a breve menção a ofertas exclusivas para membros. No momento, essas ofertas não são muito atraentes: você (caso more nos EUA, pois ainda não há essa possibilidade no Brasil) pode comprar os controles de SNES e NES para o Switch (que, inclusive, para o usuário de Switch, somente são verdadeiramente interessantes para uma pessoa que seja assinante, para utilizá-los com os joguinhos do SNES e NES), além de algumas “coisinhas” gratuitas para o Splatoon 2 (titulares de contas Nintendo com assinaturas Nintendo Switch Online de 12 meses (individuais ou familiares) receberão códigos de download para equipamentos exclusivos para seu personagem usar no jogo Splatoon 2), Animal Crossing: New Horizons (membros do Nintendo Switch Online podem obter um tapete exclusivo em troca de Nook Miles no Nook Stop da sua ilha), e os jogos Super Mario Bros. 35 (o jogo foi oferecido por tempo limitado) e Tetris 99 inteiramente gratuitos; além disso, há o Game Trials, que permite que o assinante jogue um determinado jogo (selecionado pela própria Nintendo), disponibilizado durante o período de apenas uma semana, em uma periodicidade que geralmente é de uma vez ao mês.

A Nintendo deve ainda estar trabalhando nesse quesito, porque não tem mais nada para citarmos sobre essas “ofertas especiais”, além de futilidades ou controles que nem são ofertados aos assinantes…

Uma coisa é -muito- certa: se a Nintendo pretende chegar perto de se equiparar aos seus concorrentes Sony e Microsoft, no quesito ofertas para assinantes, eles precisam correr -e muito- atrás do prejuízo e passar a oferecer descontos verdadeiramente substanciais na compra de conteúdo pelos assinantes; eis que, regularmente o PS Plus do Playstation e o Live do Xbox aparecem com descontos absolutamente fantásticos.

A Nintendo até já dá descontos e ofertas especiais em alguns produtos na eShop (ofertas especiais só disponíveis para os países que têm a Nintendo eShop direto no console Switch), mas há uma oportunidade maior aqui de oferecer algo especial aos assinantes (é claro, descontos não são o único tipo de oferta que faz sentido aqui – seria ótimo se a Nintendo oferecesse outros produtos exclusivos , como Amiibo especial por exemplo, para assinantes). No entanto, infelizmente no momento, é muito cedo para dizer quando e como isso vai mudar; mais acreditamos que isso é um ponto que pode ser sim – facilmente – corrigido, pois, por exemplo, hoje, dia 30 de novembro de 2020, durante a redação dessa matéria, a Nintendo divulgou a data de lançamento da eShop no Brasil, e já disponibilizou o português brasileiro no sistema operacional do console Nintendo Switch; isso mostra que a empresa está se mexendo e querendo oferecer uma experiência melhor para o seu público.

Agora, com a volta da Nintendo para o Brasil, esperamos que os consumidores brasileiros possam usufruir de todos os produtos e promoções especiais que a Nintendo possua ou venha a adotar no futuro.

Embora a Nintendo tenha entrado relativamente atrasada com os serviços on-line do Nintendo Switch Online, não podemos deixar de verificar que a empresa lançou este serviço nitidamente incompleto.

Deixando de lado algumas das decisões estratégicas estranhas (como a falta de bate-papo por voz no console do Switch), alguns aspectos deste serviço obviamente exigirão uma solução rápida da Nintendo (mantendo salvamentos na nuvem e permitindo um acesso off-line aos jogos do NES) para evitar reações adversas significativas dos clientes.

Apesar dos pontos negativos do serviço, que levantamos aqui, não temos dúvidas que a Nintendo expandirá o serviço ao longo do tempo, implementando ferramentas e ouvindo mais os seus clientes, que, em muito, se utilizam das redes sociais para clamar pelos seus anseios, com relação aos serviço online e demais funcionalidades do próprio console Nintendo Switch em si. Acreditamos que se a empresa ouvir atentamente os assinantes e resolver rapidamente as falhas do sistema, esse será o ponto de partida para se alcançar um serviço online de qualidade comparável aos das empresas concorrentes e manter a sua comunidade consumidores-fãs satisfeita e engajada com o ecossistema do Nintendo Switch; fazendo que o fator de preço mais baixo não seja mais o grande único impulsionador de novas assinaturas.

No ano de 2020, com a forte situação de restrição social imposta pelo Covid-19, que manteve boa parte de população (por certo período de tempo) em casa, o Nintendo Switch Online atingiu a marca de pouco mais de 26 milhões de usuários. Entre os jogos que alavancaram novas assinaturas do serviço, estão Super Smash Bros. UltimatePokémon Sword & Shield e Animal Crossing: New Horizons, mas, sabemos, que, com a gigantesca base instalada do console Nintendo Switch (mais de 70 milhões de unidades vendidas até o momento), com algumas implementações o serviço seria muito mais atrativo para os fãs nintendistas e, consequentemente contratariam muito mais o serviço.

E você?! O que você acha do Nintendo Switch Online? Quais são as funções que o Switch e o o seu sistema Online merecem? Comente e compartilhe a sua opinião conosco.

Fonte: Nintendo ; iMore

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