Análise do jogo Zero Divide: The Final Conflict
5 de dezembro de 2020Por: Augusto Aragão
NOTA: 9.0
O jogo de luta Zero Divide é um velho conhecido dos adeptos do PlayStation, que possui as versões 1 e 2. O Saturn foi agraciado com a terceira e última versão, que ainda mantém o padrão típico da série: lutadores robôs com armadura e ambiente cyber espacial.
Para os que não conhecem a história, ela se passa no cyber espaço. No futuro, a integração de computadores promoveu não apenas a troca de informações como também a possibilidade de invasões e domínios. Uma torre que deveria controlar todo a rede acaba for ser invadida pela velha entidade da série: o mutante XTAL. Nisto diversas corporações promoveram lutas virtuais para definir qual melhor programa iria se sobressair. Os programas são robôs virtuais que lutam em arenas delimitadas ou não. Zero é um destes robôs e junto com outros, deverá provar qual é o melhor. Este jogo poderia ser descrito como uma mistura de Virtua Fighter com Fighting Vipers, pois os robôs possuem armaduras e as perdem durante a luta. Por debaixo delas eles apresentam uma pele feita de circuito integrado, num efeito muito bonito. Não há apenas lutadores humanóides, há também lutadores animais como o personagem Draco (um dragão), o personagem Cancer (um caranguejo) e o personagem Tau (um escorpião). Todos são muito bem detalhados e com movimentos muito particulares, alguns nitidamente devastadores.
A movimentação dos personagens animais é bem compatível com cada um. O padrão gráfico é muito bom, se levar em conta os personagens. O que não ficou bom foram os cenários, muito pobres e sem muita imaginação. Eles não dão muita sensação de cyber espaço. Por outro lado eles podem ser delimitados ou não, o que deverá ser observado pelo jogador pois os “ring outs” são constantes. Em Zero Divide o personagem na borda do ringue não cai, mas fica dependurado, podendo voltar à luta com um golpe. Isso é muito bom para surpreender os desavisados. Há efeitos de zoom e rotação constantes no jogo, especialmente quando são feitos golpes de arremesso. Mas os efeitos que vão surpreender mesmo são os das pancadas, que parecem impactos de energia. Muito bom mesmo!
Junto com a ação, a música é das melhores! Tons de rock e tecno criam arranjos ideais para um clima de luta futurista. Todas as músicas são boas e tocam de forma ininterrupta nas lutas. A música do último chefe e do final são as mais marcantes. Outro ponto forte do jogo são os efeitos sonoros. Os sons de pancadas e de quebra das armaduras são muito bons mesmo e soam de forma estridente. Também os efeitos sonoros das vozes são bons e complementam a ação. Enfim, a palheta sonora do jogo é compatível com o ambiente.
A jogabilidade segue o padrão de Virtua Fighter, tendo um botão de defesa, um de soco e um de chute. O jogo conta ainda com botão para se fazer esquiva, ideal para escapar de tiros (alguns personagens possuem armas) e golpes rápidos. Detalhe que a jogabilidade não é tão solta, mas cumpre seu papel. Além disso, ela passa bem a sensação de como os personagens são pesados. O jogo conta não apenas com o modo 1P como também possui um modo VS, um Training e um Time Attack. O modo story serve apenas para mostrar a história de Zero Divide 1, 2 e também do 3, mas está tudo em japonês, então pelo menos curta as imagens.
Para os fans de luta 3D e que conhecem Zero Divide do PlayStation, a versão do Saturn vale a pena. O personagem final, o Zulu (que não tem nada de africano ou tribal…), é uma surpresa e possui uma voz bem sinistra. Ouça-a pois está em inglês e explica a história. Além disso a forma Zulu é apenas aparência pois o verdadeiro inimigo final é XTAL, um robô aberrante! Chegue até ele e vença-o se for capaz!
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