Análise do jogo Nangoku Shounen Papuwa-kun
11 de fevereiro de 2021Por: Cosmão
Hoje resolvi trazer um jogo praticamente desconhecido do Super Nintendo. Nangoku Shounen Papuwa-kun é um daqueles jogos que ficaram restritos ao público japonês, sabe-se lá por quais cargas d’água. O jogo é um divertido jogo de plataforma, com um visual bem caprichado e um gameplay simples e sólido, todos os requisitos básicos pra fazer sucesso aqui desse lado do mundo. O porque da sua produtora, a Daft, e de sua distribuidora, a famosa Enix, terem mantido o game apenas no Japão ainda é uma incógnita…
Nagoku é, como é natural notar em sua caixinha e nas fotos in-game, baseado num mangá. Seu personagem principal, chamado de Shintaro, é um garoto com um rabo de cavalo que lembra, em vários momentos, um Goku em miniatura e cabeludo. A história do anime, resumidamente , se baseia em uma disputa entre duas pedras possuídas por duas entidades, uma vermelha e uma azul. Uma simbolizando a esperança e a outra o desejo. Após um conflito intenso, ambas foram separadas: o ser que detinha a pedra azul foi posto em um sono profundo, enquanto o que possuía a pedra vermelha foi arremessado e ficou vagando nos céus, até o dia em que se encontrarão denovo…
A descrição acima foi totalmente traduzida do texto apresentado na Wikipédia sobre o anime. Informações sobre a história do jogo em si, não consegui localizar, mas, acredito que tanto o jogo quanto o anime compartilham da mesma história. No game, controlamos, como já mencionei, um garoto chamado Shintaro. Shintaro é membro comandante da Armada Ganma, um grupo que detém a pedra do desejo, ou seja, a esperança. Antes da chegada de Shintaro ao grupo, os mesmos eram responsáveis por atos grotescos e que pretendiam dominar o mundo. Shintaro chegou, pôs ordem na casa e agora eles lutam por justiça, mesmo que isso signifique destruir todos que são contra os ideais deles… Sim, muitas reticências aqui…
Bom, falando do jogo em si… Nangoku funciona como um jogo de plataforma comum, onde Shintaro, como formas de ataque, pode usar seus punhos e pés, desferindo socos, voadoras e rasteiras, bem como um bem útil slide com os botões L e R do controle. Além disso, é possível usar uma espécie de “kamehameha” quando se tem um item azul, uma espécie de esfera. Esse ataque destrói todos na tela e é bem útil, tanto contra grupos de inimigos quanto contra apenas um chefe. Mas, cuidado: alguns chefes são imunes à essa técnica!
Shintaro começa sua aventura em uma ilha, supostamente a ilha desconhecida ao sul, local onde a batalha das entidades se deu. Ali existe todo tipo de inimigo bizarro que vai atrapalhar Shintaro: desde guarda-chuvas com pernas até fontes de água, daquelas japonesas, sendo levadas por pássaros… Sério, a gama de inimigos desse jogo supera qualquer bizarrice já feita na época… Tá, talvez não supere Cho Aniki….
Apesar das peripécias do personagem principal, controlar Shintaro não é lá muito fácil. O personagem é leve demais no controle, o que pode ocasionar quedas indesejáveis, além de levar danos por qualquer coisa. Os botões tem um certo atraso mínimo, o que compromete em alguns momentos os golpes que precisam ser certeiros, principalmente nos chefes. Tirando esse fator, ou seja, acostumando-se com os controles, o jogo flui muito melhor.
O visual é bem convidativo. O jogo tem uma belíssima palheta de cores, com cenários bem variados, desde florestas, praias, cavernas, cidades, edifícios e até com clima variado, como noite e dia. Shintaro tem uma boa movimentação e o jogo quase não tem slowdowns, apenas em momentos específicos com muitos inimigos na tela. O design das fases é bem feito, apesar de soar uma preguiça aqui e ali, mas, no geral, cumpre bem seu papel de entreter o jogador e esconder alguns itens em passagens de difícil acesso.
As músicas e efeitos sonoros são ótimos, principalmente as músicas. Não é difícil decorar os temas e sair procurando pela internet a OST do jogo que, infelizmente, não tenho como confirmar se seguem fielmente o anime ou não. A dificuldade dele também é razoável, dependendo mais da sua habilidade (e de se acostumar) no controle do que qualquer coisa. Os chefes, principalmente, requerem algum macete para serem vencidos. Pegando-se o padrão, fica simples.
Nangoku Shounen Papuwa-kun é um divertido e esquecido jogo do Super Nintendo. Por ter se mantido exclusivo do mercado japonês, conseguir uma cópia original dele acredito ser bem difícil. Já pra quem usa emuladores, uma versão parcialmente traduzida para o inglês está disponível na internet.
Resumão:
Prós:
+ visual muito bonito;
+ diferente estilo de combate, com socos e voadoras;
+ o level design pelo menos é inspirado.
Contras:
– depois que se aprende, o jogo fica fácil;
– infelizmente não está completamente em inglês.
Final Score: 7
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