Análise de Solar Eclipse

19 de junho de 2021 0 Por Markus Norat

Por: Augusto Aragão

Ficha do jogo:

Data de lançamento original: 1995
Gênero: Ação, Simulador
Desenvolvedora: Crystal Dynamics
Publicadoras: Red Queen Inc., Crystal Dynamics
Jogadores: Um jogador
Plataformas: Celular – Mobile (Android), PlayStation, Sega Saturn

NOTA: 9.5

No final do século 21 a humanidade está espalhada pelo espaço com colônias em diversos planetas, mas algo está errado: uma mensagem do sistema saturno alerta para uma invasão. Várias colônias relatam o mesmo problema e cabe a força espacial à bordo do transporte Tomlinson resolver o problema.

O jogo da Crystal Dynamics vai agradar os fãs de simuladores espaciais e mais ainda os que gostam do estilo “Star Fox”. Aqui o jogador vai pilotar um avançado caça espacial e encarnar o personagem “Stuntman”, um integrante novo na esquadrilha do Tomlinson. A história em si é mostrada na forma de um filme que passa antes e depois de cada fase, de forma que entender as falas ajudará a compreender o panorama da história. O destaque no filme do jogo é a participação da atriz Claudia Christian (que interpretou a comandante Susan Ivanova na série Babylon 5), que faz o papel de Major da equipe. Há outros integrantes na esquadrilha e que se comunicarão com o jogador ao longo do jogo num pequeno vídeo da nave. Atenção pois eles passam valiosas informações e lhe guiam nos lugares mais “apertados”.

Como um simulador, o jogador pilotará o caça espacial SCA-111G Polecat, dotado de turbinas duplas e dois canhões nas extremidades das asas. Neste jogo é possível escolher uma visão dentro do cockpit da nave ou ainda fora dela. Ambas são muito boas e mostram um painel fácil de ser interpretado. Há 4 barras que indicam a energia do escudo e 4 barras que se formam quando o jogador pega itens de tiro (somam 4 níveis da arma). Curiosamente quando a energia do escudo se esgota, o computador da nave desvia a energia das armas para o escudo. Isto pode salvar o jogador nos momentos mais difíceis. O Polecat conta ainda com um pequeno vídeo que mostra os contato de com os pilotos da esquadrilha e ainda mostra detalhes dos inimigos e chefes. Ouvir as instruções é o caminho para a vitória.

A parte gráfica do jogo é boa, passando claramente variados ambientes no qual o jogador terá de fazer os assaltos. Em muitas fases o jogador passará primeiro por um cinturão de asteroides e depois descerá no planeta em questão. Nos planetas os gráficos são detalhados, apesar de irem surgindo à medida que se avança. Nestas partes os gráficos vão surgindo de forma dinâmica e passando claramente o ambiente cheio de vales, montanhas e cavernas. É preciso atentar para os ambientes em cavernas uma vez que há vários caminhos possíveis e alguns levam a verdadeiros becos sem saída! Mesmo as naves e inimigos são bem feitos e as explosões são boas e rápidas, mas pode acontecer de muitas ocorrerem ao mesmo tempo e isto satura a vista! Neste jogo as manobras em parafuso giram o cenário, dando incrível sensação de movimento. Serão oito planetas a serem explorados e alguns são ricos em água, outros são gelados e ainda há mundos quentes. O jogador percorrerá Janus, Hipérion, Tétis, Dione, Rea, Enceladus e Mimas, Fobos e Titan.

Em meio ao clima de batalha a música cumpre bem o seu papel, passando a sensação de ambiente crítico (algo pressionando) a até tons empolgantes. Mas diferente de outros simuladores, a música não é tão envolvente e alguns ritmos são tediosos. O destaque vai para a música do planeta Janus e de Tétis. Os efeitos sonoros variam de sons de explosões, tiros laser, mísseis, sons de interferência no rádio e muitas vozes digitalizadas. As vozes dos personagens são muito boas e mesmo a do computador da nave também é nítida. Ponto realmente positivo do jogo!

A jogabilidade é que deveria ser melhor. Quem jogou Darklight Conflict sentiu como a jogabilidade é suave, mas em Solar Eclipse a jogabilidade é um tanto dura e não tão ágil. É possível configurar o controle da forma que bem entender mas ainda sim será necessário habilidade para dominar a nave. Isso se deve aos movimentos de parafuso não serem muito rápidos e a subida e descida da nave serem um tanto duros. Mas, em suma, a jogabilidade não tira a emoção.

Entre os itens que o jogador encontrará tem-se: vidas, escudo de invencibilidade, invisibilidade, escudo absorvedor de tiros (converte em energia para a nave), mísseis, cápsulas de energia, tiros de fragmentação e teleguiados.

Os fãs de simuladores e do estilo “Star Fox” gostarão deste jogo e terão muitas horas de combates espaciais. O jogo salva automaticamente após cada fase e há 9 slots para os saves. Inimigos pintando de todos os cantos e viagens por dentro de cavernas vão manter a adrenalina no pico!

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