Análise de Tiny Toon Adventures: Buster’s Hidden Treasure

16 de agosto de 2021 0 Por Markus Norat

Por: Cosmão

Ficha do Jogo:
Data de lançamento do jogo original: 1993
Desenvolvedor: Konami
Jogadores: Até um jogador
Estúdio: Konami
Gênero: Plataforma
Plataforma: Mega Drive

Avaliação:
Nota: 10,0

Convenhamos, nenhuma época, nos videogames, nos proporcionou tantos jogos excelentes de plataforma como no período dos videogames de 8 e 16 bits. Começando pelos jogos do Mario e do Sonic, passando por RistarJoe e Mac, entre tantos outros. A década de 90 realmente foi brilhante para esse estilo.

Infelizmente, nos dias de hoje, as produtoras estão mais empenhadas em entregar jogos cada vez mais realistas, geralmente focando no estilo FPS (first person shooter).

Claro, ainda há espaço para os saudosos jogos de plataforma, mas eles perderam um bom espaço no mercado de games atual…

Até durante o período em que o Playstation 2 estava ativo, tínhamos o esforço heroico de empresas como a Naughty Dog e Insomniac em entregar experiências bacanas de jogos de plataforma, como Jak and Daxter e Ratchet and Clank. Claro, ambos tinham influência dos jogos de tiro, tinham armas, mas mesmo assim, a essência ainda era sair pulando por plataformas e pisar em inimigos.

Hoje em dia a coisa é mais rara e, talvez somente os consoles da Nintendo possuam alguns raros exemplares…

Mas vamos falar do jogo de hoje, já dei muitas voltas e o review vai acabar ficando enorme…

Tiny Toons Adventures não é mais um jogo de plataforma fofinho, com saltos, inimigos fofos, chefes e muitas passagens secretas. Ele é bem mais do que simplesmente isso.

É um jogo de plataforma muito caprichado, possui um mapa similar ao do maravilhoso jogo Super Mario World, com inúmeras fases que possuem mais de uma saída, além de contar com gráficos ótimos e uma trilha sonora de primeira.

A Konami fez um trabalho de mestre com esse game, provando que, no passado, Snake era apenas uma sombra de seu verdadeiro sucesso.

Tiny Toons do Mega Drive é um game totalmente diferente do jogo com o mesmo nome que foi lançado para o Super Nintendo. No SNES temos Perninha que deve percorrer fases seguidamente, coletando estrelas, saltando e correndo muito; já no game que foi lançado para o Mega Drive, como eu já mencionei, temos um mapa para nos guiar, o que dá a possibilidade de voltar em qualquer fase para explorá-la novamente.

Inclua aí a possibilidade de duas saídas em algumas fases e temos um sólido e profundo jogo, em que a exploração é elevada ao ponto máximo como parte da jogabilidade.

Em se tratando de gráficos, o jogo brilha de novo. São florestas, cavernas, cachoeiras, montanhas e muitos outros cenários típicos de jogos de plataforma, todos muitíssimo bem representados aqui. Como o jogo se desenvolve em um enorme mapa, dá pra sacar as fases pelo próprio mapa, que começa numa floresta, passa por uma caverna, um vulcão, desce uma cachoeira e por aí vai…

As músicas são memoráveis. Os temas do desenho estão presentes, alguns até remixados, mas nunca sem a sua real essência. O jogo tem músicas cativantes, que mudam conforme a fase. Temos músicas alegres em descampados, como na primeira fase; temas mais sombrios em cavernas, mais heavy metal na parte dos vulcões, e por aí segue. A melodia do jogo realmente faz a diferença aqui.

Nos controles, jogamos com o Perninha, que corre, salta, consegue rebater em paredes e até se rasteja, ou seja, todos os movimentos que um personagem do estilo precisa ter. Perninha poderia figurar entre os personagens de Super Smash Bros tranquilamente.

Em algumas etapas, é possível se pegar uma grande velocidade para subir morros, ou é preciso passar rastejando por fendas nas cavernas, pular e escalar paredes pra escapar de um buraco e etc… Muitas fases tem passagens escondidas que escondem vidas, que são representas por sinos, energia, que são os corações, e os bônus, que são as cartinhas com o rosto de algum personagem do desenho, que pode ser chamado na fase pra lhe ajudar. À cada área nova do mapa, um novo personagem estará disponível.

Perninha, apesar de ágil, não aguenta os espinhos, tendo o mesmo MAL DE MEGA MAN em seu DNA. Claro, é preciso tomar cuidado em todo game, mas aqui, se morrer, fatalmente voltará ao começo da fase. Portanto, é bom ficar de olho onde você salta e onde você irá cair.

Tiny Toons representa os personagens do desenho com muita qualidade no Mega Drive, em um game que não deve nada para Sonic ou Mario nenhum. Um jogo colorido, bonito, viciante, com ótimas músicas e uma excelente duração.

O melhor: o mapa é enorme, um convite à exploração das fases.

O pior: morrer nos espinhos… isso já devia ter sido abolido.

Plataforma: um gênero que faz muita falta hoje em dia…

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