Animaniacs – Análise (Review)
16 de julho de 2021Por: Cosmão
Ficha do jogo: Data de lançamento: 1994 Gênero: Plataforma Desenvolvedores: Konami, Factor 5 Publicadora: Konami Plataformas: Super Nintendo Entertainment System |
Nos atuais dias, infelizmente, vemos que há desenhos animados tão chatos e sem personalidade e carisma que nós praticamente ficamos obrigados a sentir pena da criançada. É sério, alguns dos atuais desenhos animados parecem misturar histórias tão sem nexo com personagens tão genéricos que não dá a mínima vontade sequer de saber do que se trata. Fora que, visualmente, quase todos os desenhos parecem até que foram feitos no mesmo computador, pelo mesmo artista, e que usou o mesmo programa pra fazer todas as franquias no mesmo dia. Mas, deixando a falta de criatividade dos desenhos animados atuais de lado, vamos falar de um tempo antigo, sobre um jogo baseado em um dos desenhos animados mais bacanas que já pintaram na televisão: Animaniacs!
Eu sempre gostei de Animaniacs. É um desenho completamente bobo, mas é daqueles que são divertidos, inovadores e, verdadeiramente engraçados; além disso, o carisma dos personagens principais, os irmãos Warner, é enorme. Baseado no desenho, essa versão do Super Nintendo se difere bastante da versão do game que foi lançado para o console da Sega, o Mega Drive. A diferença existe tanto na questão dos gráficos, quanto na jogabilidade.
Aqui controlamos os três irmãos Warner, passando por fases baseadas em estúdios de um set de filmagens; e é por esse motivo que temos fases muito diversificadas: em florestas, em oceanos, em um local futurístico, entre tantos outros. As similaridades com a versão do console da Sega acabam por aí. Se no jogo para o Mega Drive os desenvolvedores procuraram adicionar uma pegada mais adventure, com foco nos poderes exclusivos de cada um dos personagens, aqui, no game lançado para o Super Nintendo, o lance é sair vivo de cada etapa, custe o que custar!
Podemos controlar qualquer um dos três personagens à qualquer momento, trocando-os facilmente com um simples apertar de botão no controle. No que se refere a jogabilidade, eles são totalmente iguais entre si (nenhum dos três irmãos possui algum poder ou característica especial, e a forma de controlar é igual entre todos), o que me leva a crer que, na prática, servem como vidas pra se atravessar a fase. Ah sim, podemos empilhar os três pra alcançar alguns lugares mais altos, mas nada tão necessário assim. É possível passar pelo jogo todo com um deles apenas, caso seja habilidoso o suficiente para tal proeza.
O jogo lembra um beat’n up na movimentação, pois podemos andar por um plano subindo e descendo na tela, diferente de jogos puros em 2D, como Mario por exemplo. Esse lance faz a versão do Super Nintendo ser bem mais abrangente, com muito mais exploração que o normal. No game encontramos moedas, juntando uma certa quantia, abrimos um bônus na parte debaixo da tela do tipo caça-níquel que concede pontos, vidas e outras coisinhas. Tá certo que não é lá grande coisa, mas serve pra dar uma temperada na jogabilidade e forçar o jogador a coletar muitas moedas no cenário.
Os gráficos do jogo estão ótimos. Bastante coloridos, as fases são bem variadas, com momentos bem diferentes entre si. No mar, por exemplo, podemos andar sobre balsas e barris, enquanto desviamos de tubarões famintos. Na floresta, uma gorila enorme tenta agarrar os pobres irmãos à todo custo, enquanto nas ruas o já famoso guarda tenta recapturar os três e mandá-los de volta à caixa d’água da Warner.
O som tem as músicas clássicas do desenho com algumas novidades bem vindas, sempre mantendo a qualidade desde o início. Ouso dizer que a versão do Super Nintendo tem músicas bem melhores que a versão do Mega Drive.
Animaniacs não é um jogo fácil, apesar de parecer. Cada encostada no inimigo leva um irmão Warner de volta à caixa d’água, o que nos obriga a ir até ela pelo mapa para salvar o coitado se quiser ter mais chances de passar as fases. Isso pode cansar após um tempo, pois perder um deles é bem fácil graças à jogabilidade e à quantidade de inimigos na tela. Praticamente TUDO te mata, mas não chega à um nível tão ridículo quanto…. quanto… quanto ao The Immortal, por exemplo.
Pra finalizar, eu diria que é um jogo feito pra se divertir sem compromisso algum. É engraçado, cheio de cenas baseadas no desenho e não é muito longo, o que ajuda o jogo a não se tornar enjoativo.
Resumão:
PRÓS:
+ gráficos caprichados;
+ melodias muito bem feitas.
CONTRAS:
– os três personagens são idênticos na jogabilidade.
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