Análise de Macross SDF (Robotech)
24 de dezembro de 2021Por: Augusto Aragão
NOTA: 9.0
A série Macross (também conhecida como Robotech nos EUA) é clássica entre os animes e já apareceu nos videogames desde o Nintendo. O SNES contou com a versão “Scrambled Valkyrie” (muito boa por sinal) e o PlayStation com a VFX – Digital Mission (um tanto fraca). A história combina muita ação, tecnologia e romance, além da luta dos humanos contra os alienígenas Zentraedis. Toda tecnologia que permitiu a construção de naves e dos caças Valkyries veio de uma nave Zentraedi, que caiu na Terra, precisamente na ilha Macross. Logo os Zentraedi chegam para recuperar a nave perdida, encontram-na remodelada (com o nome de SDF-1: Super Dimensional Fortress) e sob a posse dos humanos. A luta começa e muito se desenrola na descoberta dos costumes de uma raça sobre a outra. Este enredo, da história original, é que está presente na versão do Saturn.
O jogo em si é um shooter horizontal em dois CDs. Apesar do aparente tamanho, grande parte do espaço nos CDs foi usado para a colocação de imagens de desenho combinadas com computação gráfica. Estas imagens são muito boas e contam toda a história, apesar das falas estarem em japonês. No jogo propriamente, há onze fases a serem percorridas e muitas se mostram curtas. Este é um aspecto que pode decepcionar os que esperam um desafio (como foi com a versão do SNES). Por isso este jogo é mais recomendado aos fãs da série (como eu).
Visualmente o jogo se mostra bem detalhado, com todos os cenários típicos da série. Há vários planos de backgrounds, alguns feitos a mão e que são visualmente bem feitos. Os efeitos de tiros e explosões são muito bons, especialmente os mísseis. O que decepciona é que os efeitos zoons (feitos pelos inimigos) deixam sinais de granulação. O caça que o jogador controla, o Valkyrie, é muito bem feito, continua com a habilidade de se tranformar em robô e numa forma intermediária entre caça e robô (use L ou R). Cada forma possui suas vantagens e tiros próprios.
As cenas entre as fases são numerosas e alternam entre desenho animado e quadros falados. Todas as cenas são muito bem feitas, particularmente as que combinam desenho com FMV.
Há a disposição do jogador o tiro comum, um tiro sequenciado (usa uma barra ao lado da energia e se auto recarrega), mísseis teleguiados (infinitos e que podem ser ajustados para um ou vários alvos) e bombas especiais (podem explodir ao lado da nave ou ser atiradas nos inimigos). O jogador pode ainda realizar manobras em parafuso para evitar os tiros (use o botão Y). Não há itens para melhorar as armas. O único item no jogo são cápsulas para repor a energia do escudo da nave.
A jogabilidade é muito boa, bem suave e com botões distribuídos de forma inteligente. Para usar o tiro use o botão A e se for pressionado duas vezes (segurando na segunda vez) solta o tiro sequenciado. O botão B solta os mísseis e basta segurá-lo para travar os inimigos no fundo ou na frente da tela. Cada forma solta determinado número de mísseis. O botão C solta as bombas.
O que marca a série Macross são as músicas e aqui elas estão presente com todos os méritos. As canções típicas de Lin Min-Mei tocam nos desenhos e vão satisfazer os fans. Os efeitos sonoros do jogo também valem elogios e mantém a ação. Os sons das armas, transformações e explosões são ótimos.
Este jogo é fácil porque os continues são infinitos, mesmo tendo-se apenas uma vida. Permite ainda salvar antes de cada fase (há três slots para isso).
Deixe o seu comentário abaixo (via Facebook):