Análise de Road Rash 3

11 de agosto de 2021 0 Por Markus Norat

Por: Cosmão

Ficha do Jogo:
Data de lançamento do jogo original: março de 1995
Gênero: Jogo de combate de veículos
Desenvolvedora: Monkey Do Productions, Electronic Arts
Publicadora: Electronic Arts, Tec toy
Plataformas: Calular – Mobile (Android), Mega Drive

Avaliação:
Nota: 9,0

Se existe uma franquia que deveria dar as caras na geração atual essa franquia é Road Rash. Desde os primórdios do Mega Drive, quando a primeira versão foi lançada, em 1991, a série conquistou o mundo com seu jeitão descolado e totalmente rebelde.

Em Road Rash controlamos um sujeito que participa de rachas de moto pelos Estados Unidos, ganhando dinheiro para viver e incrementar cada vez mais sua motoca. Na terceira versão não é diferente, mas o conteúdo é muito mais recheado que as versões anteriores. Se isso faz dele o melhor entre os 3 ou não, cabe ao jogador decidir.


Nesta terceira versão, a EA deu uma renovada no visual, adicionou algumas coisinhas novas e refez o sistema de armas praticamente do zero. As pistas também são totalmente novas, inclusive uma no Brasil, novidade bastante comentada na época. Além disso, temos mais efeitos sonoros também, bem como toda uma paleta de cores novas, pistas bem diferentes entre si e até perseguições com helicópteros.

Diferente da segunda e da primeira versão, agora corremos por diversos países diferentes, entre eles a ItáliaQuêniaU.K., Alemanha e “Brazil“. Passando pelas iniciais, liberamos outras novas como no Japão, onde a corrida é à noite e até na Austrália, em meio à cangurus na pista. Falando nisso, todas as pistas são bem reproduzidas, mas não são fiéis, pois esse nunca foi o foco da série. Na Itália por exemplo, é comum atropelarmos galinhas, pois pista se passa nas regiões mais rurais do país. Toda essa irreverência da série foi preservada e é comum dar umas boas risadas com coisas acontecendo nas pistas, assim como nas duas versões anteriores.

Os gráficos do jogo, no que diz respeito à movimentação, permaneceram os mesmos. Somente menus e as motos tiveram modificações. Agora os pilotos parecem estar mais “em pé” nas motos, uma mudança que não me agradou muito à princípio. Preferia o sprite da segunda versão, dava um ar de Hang On :D! As pistas são bem diferentes umas das outras. Enquanto na Itália corremos durante a tarde, no Brasil corremos com o sol à pique e no Quênia nem preciso comentar. A pista da Alemanha é na neve, com um visual bem incomum, assim como no Japão, onde a corrida é à noite, uma bela novidade na série. Além disso, existem pedestres, casas e animais espalhados pela estrada, atravessando ou apenas observando os motoqueiros na beira da pista.

Os efeitos sonoros ganharam algumas novidades também. Agora o som dos outros pilotos respeitam o sexo do mesmo, sendo que mulheres (como a Rhonda) berram como mulheres e os homens em geral gritam da mesma forma. A única coisa que senti falta foi o berro tradicional do nosso personagem quando bate ou cai da moto. O grito do cara no Road Rash 2 era tão bacana que deveriam tê-lo preservado nessa versão.

A loja do jogo também recebeu melhorias. Agora podemos comprar, além das motos novas, peças para a nossa motoca, como motor, pneus e até amortecedores novos, tudo para melhorar a performance. Claro, tudo isso custa dinheiro, portanto correr e chegar em boas posições ainda é o foco principal do jogo.

Falando nisso, a dificuldade continua animalesca. Em alguns pontos é quase impossível não bater! No Brasil e no Japão, principalmente, é comum aparecer dois carros na pista, algum carro quebrado tomando um dos lados dela ou animais deitados que lhe fazem rampar no momento de uma curva mais acentuada. Tudo isso resulta em quedas inevitáveis, o que acaba irritando um pouco.

Nos combates foram acrescentadas algumas armas novas, como o taser que eletrocuta o inimigo, deixando-o sem controle da moto por alguns instantes, uma arma que lembra a shotgun, pois derruba o cara na hora (também pudera) e o óleo, que você sai jogando pela pista pra fazer os outros derraparem. Além dessas temos a tradicional corrente, o porrete entre outras. O combate ficou bem bacana com essa variedade. Outra novidade é que você continua com a mesma arma até que resete o console, ou seja: dá pra ficar com a corrente até terminar o jogo, caso prefira (ou tenha tanto tempo livre assim).

As músicas do jogo, ao meu ver, ficaram devendo, principalmente se comparadas com as trilhas de Road Rash 1 e 2. Faltou algo mais focado no rock, como nos jogos anteriores. A trilha não ficou ruim, mas muito aquém dos outros jogos. Em algumas fases, como no Brasil, rola até um sambinha bizarro!

Pra finalizar, Road Rash 3 veio mesmo pra fechar a trilogia com chave de ouro, trazendo novidades ao customizar as motos, mais armas, mais fases e muita diversão. São 5 níveis que vão liberando novas fases e etapas, tudo com a dificuldade característica da série. Se você gosta da série e aprecia jogos de moto, Road Rash 3 é uma bela pedida.

Resumão:

Prós:
+ gráficos renovados;
+ armas novas;
+ inclusão de pistas novas e criativas;
+ podemos equipar as motos.

Contras:
– músicas toscas.

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