Análise (Review) de Road Rash II

17 de maio de 2022 0 Por Markus Norat

Por: Cosmão

Ficha do jogo:
Data de lançamento inicial: 1992
Desenvolvedora: Electronic Arts, 3d6 Games
Publicadora: Electronic Arts, Tactical Soccer
Gênero: Corrida com combate
Jogadores: 2 Jogadores
Plataformas: Mega Drive, Game Boy Color

Apresento-lhes Road Rash II, um fenomenal jogo de corrida de motos, embalado por muita música boa, pistas insanas e porrada, MUITA PORRADA!

Road Rash sempre foi sinônimo de duas coisas: velocidade e violência. Claro, hoje você pega esse game, põe pra jogar e não nota nem 10% da velocidade e violência que temos nos jogos atuais. Mas, naquela época, só esse lance de descer a paulada no corredor rival já é de se espantar que isso não rendeu uma classificação diferente da maioria dos jogos do Mega Drive. Contudo, Road Rash apresentava tais características juntamente com um gameplay viciante e músicas excelentes no seu repertório. E isso tudo abrange as três versões originais para o Mega Drive.

Falando especificamente de Road Rash II, o game deu uma boa evoluída do primeiro game, principalmente no que diz respeito ao menu inicial. Se no primeiro game, os botões do controle simbolizavam cada ação na tela (botão A para selecionar jogador, botão B para ligar ou desligar a música, Start pra começar uma corrida, tudo sendo mostrado já na tela inicial), deixando tudo meio confuso numa primeira olhada, aqui o negócio ficou mais com cara de menu mesmo, facilitando muito na hora de escolher uma nova moto, inserir passwords, nome de jogador ou simplesmente escolher uma pista.

No âmbito geral, a série só veio apresentar uma diferença significativa no visual à partir do terceiro game, também pro Mega Drive. Em Road Rash II, a maioria dos cenários e sprites foram reaproveitados, acrescentando-se apenas mais pessoas na beira das pistas, carros e animais. O HUD do painel da moto também é diferente, mas apenas visualmente. O sistema de fases ainda é o mesmo (e se manteve no terceiro game), com um esquema de level, onde as 5 pistas vão ficando cada vez maiores conforme vencemos elas. As locações, claro, são outras agora, indo desde o Hawai até as colinas de Vermont, o deserto do Arizona e o cerrado do Tenessee. As motos dessa vez podem ser compradas sempre que se termina uma corrida, não limitando-se à terminar um level inteiro para realizar alguma compra.

Ainda é preciso chegar no mínimo no terceiro lugar para se classificar numa pista. Classificando-se nas cinco, sobe-se de level, onde as mesmas cinco pistas ficam maiores e mais desafiadoras. Os corredores rivais também evoluem, o que exige um certo grind de dinheiro pra comprar motos melhores antes de partir pro próximo level. Uma coisa que notei é que a policia aqui se apresenta muito mais incisiva, partindo inclusive pra cima do jogador insistentemente. Alguns trechos das pistas também notei uma sirene, mas sem nenhum policial por perto, apenas para que o jogador fique atento. Curvas fechadas, carros na pista contrária e inclusive carros atravessando algum cruzamento são os piores obstáculos presentes, além dos motoqueiros encrenqueiros.

Apesar de ser um game lendário (tanto o segundo como a série toda), há de se dizer que esse lance repetitivo de pistas que aumentam conforme o avanço, acaba cansando uma hora. As músicas do jogo ajudam bastante (nem todas, de fato), além das armas que, mesmo sendo apenas duas (porrete e corrente), agregam uma certa estratégia no combate. Os rivais, em levels mais altos, partem pra cima sem medo, chutando e socando sem parar, além do fato deles também roubarem suas armas se você bobear num golpe.

No mais, Road Rash II continua muito bacana, mesmo com seu primitivo visual que mais parece de papelão. Seu modo para dois jogadores com tela dividida, apenas para um duelo onde vence quem chegar primeiro, agrega mais valor ao jogo, diferente do primeiro onde isso não existia. Mesmo soando como uma expansão do primeiro, Road Rash II tem seu lugar ao sol e figura como um dos jogos mais amados do sistema.

Resumão:

Prós:
+ a diversão é contagiante, mesmo em plenos 2015;
+ as músicas são ótimas, principalmente do Arizona e Vermont.

Contras:
– mais parece uma expansão do primeiro, aproveitando quase que por completo o visual.

Nota Final: 8

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