Análise de Tiny Toon Adventures: Buster Busts Loose!

17 de julho de 2021 0 Por Markus Leite

Por: Cosmão

Confesso que sempre fui um pato nesse Tiny Toons do Super NES. Não tanto pela minha falta de habilidade, sempre me dei bem em jogos de plataforma. Só acho que a dificuldade do jogo era (e ainda é) casca grossa demais. Ou talvez seja minha habilidade que anda ficando velha. Sabem como é, os anos passam, os jogos difíceis ficam pra trás e quando resolvemos jogá-los novamente é aquela decepção…

Bom, o lance é que resolvi pegar o jogo pra jogar hoje e escrevi algumas linhas dizendo o que eu acho disso tudo.

Eu sempre gostei de Tiny Toons e acho que não sou o único. Era um desenho espevitado, moleque, travesso, peralta, mas que trazia um bem estar enorme, pois muitos de nós se identificava com algum personagem. Costumo dizer que sem Tiny Toons não teríamos Animaniacs, mas essa discussão fica pra uma outra hora, vou me ater ao jogo em si.

A primeira coisa que se nota no jogo são os gráficos caprichados. A paleta de cores do SNES foi muito bem empregada aqui, deixando o jogo com cara de desenho animado. Ele tem um ar de “jogo bem feito” que só a Konami sabia dar nos seus games na época. Tanto esse quanto a versão do Mega (que pra mim é melhor) dão um show no visual.

No SNES a historinha é diferente, não temos um mapinha esperto, mas o jogo ganha em novos movimentos e controles mais firmes. No Mega Drive a coisa deslizava muito rápido, quando se via já estava lá na frente da fase, pois a corrida era automática. Enfim, aqui é possível usar um dash esperto também, mas ele é acionado com um botão específico toda vez que precisar e que tiver a barrinha no alto cheia. Esse dash é útil tanto pra atravessar abismos quanto pra subir paredes e até destruir alguns inimigos.

Perninha não ataca apenas pulando sobre os inimigos, como na versão Mega Drive. Aqui é preciso apertar um botão pra que ele dê um pirueta e acerte uma voadora no inimigo, que prontamente deixará uma estrela assim que morrer. Juntando 100 delas, uma vida é dada ao jogador.

As fases progridem como num desenho animado mesmo. Perninha é um personagem famoso e precisa percorrer diversas fases baseadas em cenários do desenho, sempre resolvendo as paradas com o Valentino Troca-Tapas ou salvando algum personagem amigo.

Algumas etapas são bem diferentes e acrescentam uma boa variedade ao jogo. Por exemplo, existe uma fase em que corremos sobre um trem em movimento, quase a fase toda é  preciso usar o dash e o jogador precisa ser ninja pra pular nas horas certas e não morrer. Desnecessário dizer que morri MUITO aqui… Em outra, é preciso usar a velocidade do Perninha pra arremessar uma bola em um jogo de futebol americano e assim marcar pontos pra avançar.

Além dessas etapas, temos um bônus round toda vez que uma fase é terminada. Esses bônus são variáveis e tudo depende de uma roleta que escolhe um dos personagens do desenho. Cada personagem tem um bônus diferente, em que é possível acumular vidas. Só consegui testar o bônus do Presuntinho, a danada da roleta só caía nele ¬¬!

Uma coisa eu digo: o jogo é muito bonito, só que muito difícil também. Talvez pelos comandos serem um pouco diferentes, eu morri diversas vezes acertado pelos inimigos, que não dão moleza. As fases de correria então eu larguei uma boa quantidade de vidas, tudo porque o dash depende de itens que vão sendo achados pra ele se encher novamente. Sem pegar tais itens, sem dash e morte certa!

Apesar de tudo, ainda é um game que compensa jogar pelo seu visual e pelo carisma dos personagens. Diferente de Animaniacs (já resenhado aqui) e de Tiny Toons Adventures, lançado para o Mega Drive, o jogo tem um feeling único e diverte um bocado para quem se dedicar à ele.

Resumão:

PRÓS:
+ gráficos realmente caprichados;
+ músicas viciantes.

CONTRAS:
– dificuldade acentuada;
– exige um certo treino com o dash.

Final Score: 8.0

Deixe o seu comentário abaixo (via Facebook):