Análise do jogo Fifa Soccer 09

21 de outubro de 2020 0 Por Markus Leite
Por: RssV – Zeebo Brasil
 
Apresentação: 8.0
Gráficos: 4.0
Som: 6.5
Jogabilidade: 4.0
NOTA FINAL: 5.0

Futebol, o esporte mais popular do mundo. Nenhum videogame que se preze pode deixar de ter um bom jogo para o esporte, ainda mais quando o videogame em questão é brasileiro! FIFA 09 preenche uma lacuna que sob hipótese alguma poderia ficar vazia no Zeebo, embora a assertiva sobre ser um “bom jogo”  ainda requeira um esforço extra por parte da produtora para tornar-se verdadeira.

Aproveitando-se da licença oficial da Eletronic Arts, FIFA 09 traz um extensa lista de ligas internacionais com seus respectivos times – e o campeonato brasileiro também está lá, com várias das equipes da série A. As escalações, em sua maioria, estão atualizadas até o fim do ano passado, com os nomes dos jogadores exibidos corretamente, sem “apelidos” estranhos. Sem dúvida, este é um atrativo e tanto para qualquer jogo, e que atualmente só é fornecido pela franquia da EA. Um bom começo.

Os modos de jogo trazem algumas opções. Pode-se optar por partidas rápidas, em que é só escolher um time e iniciar o jogo contra a CPU; por amistosos com um ou dois jogadores simultâneos; por “desafios”, onde são oferecidas situações de jogos já iniciados que devem ser revertidas pelo jogador (como, por exemplo, virar um jogo começando pela metade do segundo tempo); por “temporadas”, um modo mais completo em que enfrentam-se sucessivas partidas em campeonatos do tipo liga; e por “torneios”, que são os campeonatos específicos de cada país, ou envolvendo seleções.

Apesar de não ter a mesma quantidade e profundidade de modos de jogo que outras versões, é possível dizer que a versão Zeebo de FIFA 09 já oferece um pacote maduro de opções para uma estreia. O mesmo não pode ser dito sobre o jogo em ação – com uma ou duas partidas percebemos o quanto ainda pode ser melhorado, não só em gráficos, mas principalmente na dinâmica geral das partidas.

Na parte visual, vemos modelos poligonais bastante básicos para os jogadores. Todos eles têm praticamente a mesma aparência, além de apresentarem a mesma animação, que é até sincronizada. No início do jogo já se nota um único movimento programado para todos os personagens da tela, que movem as pernas como se estivessem aquecendo-se. Essa escassez estende-se à movimentação dos jogadores na partida: eles vão para frente, para trás e para os lados, além de terem movimentos diagonais bastante definidos, que não apresentam qualquer animação específica para suavizar as trocas de direção enquanto correm. Em decorrência disso, a impressão visual que temos é a de um jogo bastante “cru”, sobretudo quando tentamos um posicionamento para chutar, tocar ou tomar a bola.

Essa impressão transfere-se também ao que é apresentado pelos comandos. Com a bola, temos botões para toque, passe em profundidade, lançamento e chute, sendo que a força deste último é regulada pelo tempo que o botão é pressionado. Sem a bola podemos trocar de jogador e dar carrinho; e claro, podemos sempre usar o ZR, pressionando-o repetidamente, para correr. Sente falta de alguma coisa? Pois bem, não há um botão específico para o desarme, que é feito de forma semiautomática com a simples aproximação ao jogador que está com a bola. A superficialidade continua quando levamos em conta a movimentação da partida em si: o time adversário – assim como o seu –  move-se de uma maneira bastante simplificada, não há um sistema defensivo formado. Com isso, durante o jogo não há grande necessidade de trocar muitos passes; quase todo o tempo é possível dar dois ou três toques, correr e chutar a gol.

Algo que foi trazido da versão PC para o Zeebo é a narração em português, feita por Nivaldo Prieto. É um bom extra, embora limite-se a poucos tipos de fala, que logo repetem-se um bocado – nada próximo às diversas linhas de diálogo que ouvimos nos PCs. A trilha sonora dos menus fica por conta do instrumentista brasileiro Curumin, com sua “Magrela Fever”, que também é uma das várias faixas contidas em outras versões.

Se pensarmos em outros títulos de futebol que já foram lançados para plataformas como PC, PlayStation 2, Xbox e até PlayStation e Saturn, vemos que já se estabeleceu um nível considerável para jogos do gênero, inclusive em máquinas já antigas. É pensando nesse nível que pode-se dizer com facilidade que a versão Zeebo de FIFA 09 deixa a desejar: sua jogabilidade é superficial, seus gráficos e animações são bastante “crus”. O fato de ser uma grande franquia traz as vantagens das licenças para os campeonatos internacionais, do suporte na parte sonora e de um bom número de opções de jogo. Mas assim como acontece no futebol, o resultado dentro das quatro linhas importa bem mais que qualquer firula fora de campo. E nesse sentido, espera-se que a próxima versão do jogo seja melhor desenvolvida.

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