Análise do jogo Need for Speed Carbon

21 de outubro de 2020 0 Por Markus Leite
Por: RssV – Zeebo Brasil
 
Apresentação: 7.0
Gráficos: 3.0
Som: 6.0
Jogabilidade: 4.0
NOTA FINAL: 4.0

Apesar de ter sofrido algum desgaste ao longo dos últimos anos, é inegável que a série Need for Speed é um ícone dos jogos de corrida. Certamente seu título está entre os que rapidamente remetem aos videogames, e ter um desses jogos em seu lançamento é benéfico para qualquer plataforma. Ou talvez.

Quando pensou em “Need for Speed Carbon” para o lançamento do Zeebo, é provável que a Tec Toy pensou em tê-lo como um chamariz em seus estandes de venda, um nome forte que mostre que o console também tem e terá títulos de grandes empresas. Isso talvez  se efetive com quem apenas tenha ouvido falar de NFS. Para ser otimista, quero acreditar que o prazo de finalização do jogo acabou manchando um bocado esses planos de ter um “arrasa-quarteirões”.

A apresentação de Carbon é interessante: transições de imagens com os personagens, diálogos em português e uma variedade bastante razoável de músicas completas na trilha sonora. O menu principal apresenta as opções “Domine a cidade”, o principal modo de jogo, em que o jogador percorre uma série de desafios (Circuitos, Corridas com um percurso linear, etc.) e tem acesso ao mapa aberto; “Partida rápida”, em que é só escolher um carro já melhorado e mandar ver; “Meu NFS” e “Extras da EA” que exibem uma série de estatísticas, informações e imagens do jogo.

Você começa a perceber que este não é bem aquele Carbon assim que começa o Domine a Cidade. É aí que se veem os modelos chapados e sem detalhes dos carros, a variação mínima no visual da cidade, assim como o pouco tráfego de outros veículos nas ruas. Em alguns trechos a impressão que fica é que o jogo se passa num circuito (e não numa cidade) escuro, pois o ambiente noturno não é compensado com efeitos de luz que deixem tudo bem visível.

Começa a corrida, acelerador embaixo… E o carro não anda. Leva um tempo até que haja a sensação de que saímos da segunda marcha, é tudo muito lento. A taxa de quadros também não colabora com o jogo, cujo tema remete a corridas de rua em veículos super potentes. Vem logo à mente a versão PS2, a mais simples do jogo para outros consoles de mesa, e que ainda assim é cheia de efeitos de luz, tem grande sensação de velocidade, inclusive com efeitos de vácuo dedicados a essa sensação. Os problemas com a velocidade são um pouco abrandados com o decorrer do jogo, à medida que se tem acesso a carros mais rápidos; ainda assim, persiste a baixa taxa de quadros.

O script que o jogo segue é similar ao de suas outras versões: corre-se para dominar territórios, tem-se acesso a mensagens deixadas por aliados e rivais, ganha-se dinheiro e há uma contagem de progresso. Os mapas de desafios, as telas de carregamento e a interface geral do jogo ficam bastante agradáveis em nosso português, o que deixa aquela lamentação de que, com uma boa otimização, principalmente no que diz respeito à velocidade, o jogo até poderia ser um bom passatempo para muitos enquanto não chegam outros títulos melhor trabalhados.

No fim das contas, Carbon para o Zeebo é um jogo que desaponta a todos aqueles que já tiveram algum contato com outras versões do jogo. Sua lentidão e pouco refinamento lembram e muito os jogos em 3D que temos para celulares ou títulos das primeiríssimas levas de lançamentos para PSOne ou Saturn, e a expectativa é de que os próximos jogos do gênero possam mudar esse cenário e agregar algum valor à lista de títulos disponíveis para a plataforma.

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