Análise do jogo Quake
21 de outubro de 2020Por: RssV – Zeebo Brasil |
Apresentação: 7.0 |
Gráficos: 6.5 |
Som: 6.0 |
Jogabilidade: 8.0 |
NOTA FINAL: 7.0 |
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Lançado originalmente para PCs em 1996, “Quake” forma, junto com “Doom” e “Wolf 3D”, uma espécie de “Santíssima Trindade” dos jogos de tiro com visão em primeira pessoa. Foram esses três títulos que deram moldes ao gênero, e com certeza influenciaram diretamente a grande maioria (se não todos) dos First Person Shooters subseqüentes. Eis que em junho de 2009, o Zeebo recebe “Quake” em sua linha de lançamento, um jogo que merece respeito pelo que representa, mas que claramente mostra sinais de sua idade.
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A versão para o Zeebo é exatamente aquilo que muitos já conhecem. São 28 fases divididas em 4 capítulos, que podem ser percorridos em três níveis de dificuldade – na verdade, existe um quarto nível escondido, para os super hardcore. As fases têm objetivos básicos e diretos: o jogador sempre está em busca da saída, enfrentando inimigos e resolvendo quebra-cabeças bem simples durante o percurso. Não há opção para jogo em rede local (que, ao menos por enquanto, é tecnicamente impossível) ou multiplayer em tela dividida.
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A adaptação feita pela Tectoy Digital é competente. De início, nota-se que os textos estão 100% traduzidos, o que é um “extra” bacana, apesar de a leitura deles não ser fundamental para o curso da jogatina. Os gráficos e sons foram fielmente transportados do PC para esta versão, não há nada notavelmente melhor ou pior: vemos as mesmas estruturas poligonais com texturas em baixa resolução, os inimigos com seus quadros bastante básicos de animação, os mesmos gritos e “gemidos” daqueles quando se aproximam e são atingidos, etc. Ainda que tenham-se passado longos 13 anos desde que foi lançado, pode-se dizer que Quake envelheceu bem, e no geral tem uma aparência aceitável. O desempenho do jogo no Zeebo também é “ok”; não há engasgadas ou qualquer problema de velocidade – nada além do que poderíamos esperar de uma adaptação como essa. Os comandos nos analógicos Z-Pad são responsivos, e funcionam bem depois de um curto período de adaptação (o ajuste de sensibilidade da mira pode ajudar nesse processo).
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Nos dias de hoje, fazer uma avaliação justa para um clássico como esse acaba sendo algo delicado. É um jogo que apresenta uma dinâmica bastante básica, mas muito competente e bem acabada; que tem gráficos e som envelhecidos, mas que correspondem ao que havia de melhor em sua época. Fazer uma afirmação objetiva sobre sua qualidade não é simples. Podemos dizer que é um marco dos jogos de tiro em 3D, cuja grandeza está mais no que representou no passado que pelo que oferece hoje. Mas ainda assim é uma experiência válida para os que não tiveram a oportunidade de explorá-lo antes, e que agora podem fazer isso contando inclusive com textos em português.
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