Análise do jogo The Legend of Zelda: Link’s Awakening

29 de dezembro de 2020 0 Por Markus Norat

Por: Dinger

Ficha do Jogo:
Lançamento: 1993 para o Game Boy; 1998 para o Game Boy Color
Gênero: Aventura
Desenvolvedora: Nintendo
Plataformas: Game Boy, Game Boy Color

Este jogo marca a estreia da consagrada série The Legend of Zelda nos consoles portáteis da Nintendo, e o fez em grande estilo!

Certamente, é uma das melhores produções do bom e velho Game Boy.

A balada do peixe-vento

A história é a seguinte: Link está retornando de uma espécie de viagem de autoconhecimento e, quando está a caminho de Hyrule, seu navio é surpreendido por uma tempestade em alto-mar e acaba por naufragar. Link consegue chegar a uma praia e é resgatado por uma garota chamada Marin (que tem uma incrível semelhança com Zelda). Quando você desperta, Marin lhe explica que você está em Koholint Island. Esta misteriosa ilha chama a atenção pelo gigantesco ovo incrustado em sua montanha central, além do fato de que seus habitantes praticamente desconhecem o mundo fora da ilha. Ao procurar sua espada na praia, Link encontra uma estranha coruja que lhe diz para despertar Wind Fish, o que esclarecerá todas as suas dúvidas. De posse desta informação, Link se prepara pra viver uma misteriosa aventura.

Super Nintendo de bolso

Para despertar Wind Fish, Link deve recuperar oito instrumentos musicais que, juntos, permitem tocar a “Wind Fish Ballad”, música que despertará este misterioso ser. O game play deste título é muito semelhante ao clássico A Link To The Past do Super Nintendo: os instrumentos musicais estão guardados em oito dungeons, sendo que o herói deve explorar cada dungeon, encontrar seus itens, enfrentar os chefes, ganhar um coração extra e recuperar os instrumentos, partindo para as dungeons seguintes. Os itens encontrados em cada uma das dungeons são utilizados para, de alguma forma, matar o respectivo chefão, além de possibilitarem a Link explorar partes do mapa antes inacessíveis. Além disso, as dungeons estão repletas de inimigos e dos tradicionais puzzles, que são uma das marcas registradas da série. Você também deve procurar, em cada uma delas, o mapa (que mostra todas as salas do local), o compasso (que mostra onde estão os tesouros) e a Nightmare´s Key, que permite abrir a sala onde se encontra o chefão, além das Small Keys, que servem para abrir portas comuns/blocos com fechaduras.

Quanto aos itens, muitos já são conhecidos da série, como a Power Glove, Hookshot e o Fire Rod. Além disso, você pode comprar alguns itens na loja da cidade, como o arco e flecha e as bombas. Cada item adquirido permite acessar novas áreas da ilha, que possui um mapa indicando todos os locais relevantes e que vai sendo desvendado à medida que você explora mais e mais a ilha.

Como não poderia deixar de ser, este jogo possui muitos segredos a serem desvendados. Você deve explorar cuidadosamente a ilha a fim de encontrar objetos que, embora não sejam fundamentais na sua jornada, certamente irão ajudar bastante, como os pedaços de coração, o bumerangue e as conchas (junte vinte conchas e terá uma surpresa!).

Uma curiosidade é que este jogo possui um dos enredos mais atípicos da série, uma vez que a história não se passa em Hyrule e Zelda sequer aparece. Mas, tirando a história, toda a mecânica clássica da série está presente neste título.

Super produção

Graficamente, este jogo é surpreendente para os padrões do Game Boy. Os personagens são muito bem detalhados e o jogo possui cenários muito bonitos. A música também é muito boa, com melodias variadas e bem adequadas a cada dungeon/local. Destaque para a melancólica “Wind Fish Ballad”, uma das mais belas melodias do jogo. A jogabilidade também é um ponto alto, com comandos suaves e precisos. A exploração neste jogo é muito prazerosa, e a forma como você vai pouco a pouco desvendando a ilha e os seus segredos e conhecendo seus cativantes moradores é bastante envolvente. O único senão fica por conta dos chefões que, como de costume, são relativamente fáceis. Mas isto não chega a prejudicar o jogo, pois o foco da série Zelda nunca foi a dificuldade elevada, mas sim a exploração e resolução de puzzles, e nisso o game cumpre sua missão com louvor! Sem dúvida nenhuma, este é um dos melhores títulos disponíveis na imensa biblioteca do GB.

Dicas e easter eggs

• Está difícil juntar dinheiro para comprar algum item, especialmente aquele exorbitante arco e flecha de 980 rúpias? Não é problema, você pode simplesmente pegá-lo, distrair o vendedor e, quando ele estiver de costas, saia da loja sem pagar um centavo. O importante é que você dê um jeito de sair sem que o vendedor esteja olhando para Link. Mas cuidado: após cometer sua ladroagem, trate de ficar longe da loja, pois se você entrar de novo lá, o vendedor lhe fulminará com um raio (!) e, além disso, todos passarão a lhe chamar de LADRÃO. Pense bem se é esse tipo de reputação que você quer!
• Outra dica (mais honesta) para economizar dinheiro: quando comprar algo caro pressione rapidamente A, B, SLECET e START e selecione a opção SAVE AND QUIT. Se você for bem rápido, interromperá o pagamento e salvará suas rúpias.
• A dica de cima também serve para evitar que você perca vidas: quando estiver morrendo, pressione rapidamente A, B, SELECT e START, a fim de evitar que você perca uma vida.
• É importante evitar a perda de vidas, pois se você zerar o jogo com seu marcador em 000, você será premiado com um pequeno bônus no final!
• Para ouvir uma música diferente na tela de seleção de jogador, digite o nome ZELDA (em maiúsculas).
• Selecione as bombas e o arco e flecha de seu inventário e pressione A e B ao mesmo tempo. Você irá disparar uma espécie de flecha explosiva!
• Se você atacar diversas vezes uma galinha, uma horda de galinhas surgirá na tela pronta para atacar Link. Easter egg clássico!
• Quando você “pegar” Marin, experimente fazer várias coisas, como: jogar na Trendy Game, atacar as galinhas, tocar a ocarina, etc. Podem acontecer muitas coisas interessantes!

Zelda em cores

Para alegria dos fãs, a Nintendo relançou este jogo, em 1998, para o seu novo portátil, o Game Boy Color, com o título de The Legend Of Zelda: Link’s Awakening DX.

A primeira grande mudança é, obviamente, a adição de cores ao jogo, dando mais vida aos habitantes e à paisagem de Koholint Island. Além disso, a Nintendo adicionou alguns extras ao game, como uma nova dungeon com novos itens (opcional) e a possibilidade de tirar fotos, que podem ser impressas na Game Boy Printer.

Embora as cores e a dungeon nova só estejam disponíveis se você jogar no Game Boy Color, a versão “DX” do GBC é perfeitamente jogável no antigo Game Boy.

Vale a pena você conferir a versão DX, mesmo que você já tenha jogado a versão original!

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