Análise (Review) de Addams Family Values

31 de julho de 2022 0 Por Markus Norat

Por: Cosmão

Ficha do jogo:
Data de lançamento inicial: 1995
Desenvolvedora: Ocean Software
Publicadora: Ocean Software
Jogadores: Jogo eletrônico para um jogador
Plataformas: Mega Drive (Sega Genesis), Super Nintendo

Confesso que nunca vi muita graça na Família Addams, seja em desenho animado, filme ou seriado. Assisti alguns episódios do desenho quando era criança, vi algumas cenas de filme, cheguei a rir das trapalhadas da mãozinha, mas nunca passou disso. Sempre foi algo meio sem sal, forçado e sem graça. Nem o Raul Julia no papel do Gomez mudou minha cabeça….

Mas confesso que a série tem lá seu charme, os personagens são bacanas e a música tema se tornou um clássico inquestionável. Mas, e os games baseados nela?

É sobre um deles que vamos falar hoje…

Values tem seu foco em um adventure/rpg, mais voltado pra exploração de cenários. De cara, ele lembra muito Zelda, Alundra e outros similares, por sua visão ser de cima e os cenários serem cheios de passagens secretas e até alguns puzzles. Mas o jogo entrega mais que isso.

Algumas vezes é preciso procurar por chaves ou itens e entregá-los aos personagens corretos, para que esses abram passagens ou liberem algum caminho no qual devemos seguir. Esqueci de mencionar que aqui, ao contrário dos outros jogos da família, jogamos com tio Chico (Fester), ao invés de Gomez.

Tio Chico tem apenas um tipo de ataque, um raio azul que perde a força quando ele é atingido por inimigos. Com um humor ácido e sarcástico, tio Chico dá um bom tempero à história com alguns diálogos hilariantes.

Falando em história, o jogo segue quase à risca a história do segundo filme… bom, se alguém não assistiu ou não se lembra, segundo a Wikipédia (sempre ela), o enredo gira em torno do novo filho de Gomez e Mortiça, o Pubert.

No game, o moleque some e cabe a tio Chico ir atrás dele, desvendando os mistérios de locais sombrios.

Não assisti ao filme e tão pouco joguei até o fim o game, mas em inúmeras partes tio Chico parece bastante preocupado com seu sobrinho, portanto, é tudo em nome do resgate de Pubert… o que daria um sobrenome mais interessante ao game do que simplesmente VALUES…

Enfim, histórias confusas de lado, o game tem bons gráficos e controles firmes. Em alguns momentos é perfeitamente normal ficar perdido pelo cenário, visto que algumas passagens não dão o menor indício de existir, cabendo ao jogador explorar ao máximo todos os cantinhos de florestas e dungeons.

Os cenários são bastante vivos, com vegetação se movendo, tumbas cheias de detalhes, pântanos etc. Os gráficos do jogo são bem interessantes mesmo. O que não se pode dizer o mesmo do som e das músicas, bem precários. Na verdade, eles mal aparecem no game, pelo menos…

Values tem realmente seu valor (dã), é um bom game de exploração, tem vários segredos e muitos itens pra se colecionar, só não espere muito acabamento nos combates e puzzles. É um jogo pra se jogar num fim de domingo, apenas pra relaxar, sem nada tão complicado pra resolver ou destruir…

O melhor: o jogo tem gráficos bonitos, o que pode compensar os poucos desafios.
O pior: os combates são raros, a maior parte do tempo é passada explorando os cenários.
A planta viva-falante: salve-a do congelamento e depois destrua a safada.

NOTA: 7.0

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