Análise (Review) de Assassin’s Creed – O início de uma longa jornada

22 de outubro de 2023 Off Por Rafael Castillo

Não há dúvidas de que a franquia Assassin’s Creed, é o carro forte da Ubisoft, o que não é pra menos, pois ao longo de 16 anos desde o lançamento de seu primeiro título, foram lançadas diversas continuações e adaptações dessa incrível jornada, e ao que parece, isto não está nem perto de acabar.

Ficha do Jogo
Lançamento: 13 de Novembro de 2007
Jogadores: Um Jogador (Single-Player)
Gênero: Ação; Aventura; RPG, Mundo Aberto
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Publicadora: Ubisoft
Idiomas Disponíveis: Inglês
Plataformas: Xbox 360, PlayStation 3, Microsoft Windows – PC
Tempo de Jogo: 15 horas (História principal)
Versão do Jogo Analisada: Versão americana de Xbox 360 (Produzido no Brasil, áudios somente inglês).

Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos.

Por dentro do jogo

Ainda me lembro da primeira vez que vi o trailer deste jogo, o primeiro Assassin’s Creed a ser lançado, um título que prometia ser diferente de tudo o que havíamos visto até então em termos de mundo aberto e “liberdade” de exploração. Fiquei empolgado logo de cara, entusiasmado e ansioso por seu lançamento. Nesta review vamos falar sobre o início de tudo e a importância que o primeiro jogo tem na franquia Assassin’s Creed.

Em seu enredo, temos a jornanda de Desmond Miles, um ex-barman, que através do “Animus”, um tipo de simulador desenvolvido e monitorado pela empresa “Abstergo”, revive as memórias genéticas de seu ancestral, Altaïr Ibn-La’Ahad.

Diante disto, é abordada a rivalidade entre duas facções, a Irmandade dos Assassinos, que visa preservar a paz e o livre arbítrio, e a Ordem dos Templários, que acreditam e buscam a qualquer custo ter o controle necessário para manter a paz.

Ambos os lados buscam os artefatos conhecidos como “Peças do Éden”, aos quais possuem poderes de origens misteriosas.

Em paralelo aos tempos atuais com Desmond, temos os eventos passados durante o século XII com Altaïr, um Assassino membro da Irmandade dos Assassinos, que parte em busca de recuperar sua honra, após falhar em sua missão e não conseguir recuperar um desses artefatos das mãos dos Templários.

E então seguimos em uma incrível e imersiva jornada durante a Terceira Cruzada na Terra Santa em 1191.

Jogabilidade

Imagine voltar no tempo e visitar as cidades de Jerusalém, Damasco e Acre (Cidade situada na costa ao leste do Mar Mediterrâneo), no período da Terceira Cruzada (1191 D.C), mas melhor que isto, explorar estas cidades ricas em detalhes, caminhando ou correndo por suas ruas e realizando Parkour pelos telhados de suas edificações.

O modo de combate hoje pode ser visto como algo mais “engessado”, sem muitas variações, principalmente se comparado aos últimos títulos da franquia, mas convenhamos, estamos falando do início de tudo, é claro que aprimoramentos iriam surgir ao longo dos anos, mas, vamos enfatizar o que o combate foi para a sua época.

Com uma mecânica embora simples, entre atacar, defender e esquivar, é preciso ter cautela ao enfrentar os oponentes de frente, principalmente se for em maior quantidade. A dica é atacar enquanto eles abaixarem a guarda e sempre defender após um ataque para não correr o risco de sofrer dano.

Apesar de fazer o uso de espadas, o combate requer mais estratégia do que rapidez, diferente de estilos como o “hack n’ slash” por exemplo, no qual quanto mais atacamos, menos chances de sofrermos dano. Uma outra questão muito legal e que certamente é um dos pontos altos de toda a franquia é o seu “Parkour”, a arte incrível de correr e pular obstáculos com estilo e precisão.

O Parkour já havia sido visto em outros jogos como Prince of Persia e Tomb Rider, porém em Assassin’s Creed temos isso muito mais preciso e funcional, algo ideal para fugir dos inimigos ou simplesmente para explorar a cidade do alto.

Embora um dos “propósitos” do jogo seja ser um assassino que age nas sombras, um estilo mais stealth, é possível partir pra cima dos inimigos e contra-atacar, exceto, quando a missão exige cautela e em não ser visto, pois uma vez visto pelo inimigo, a missão será fracassada, por isto, é preciso ficar atento ao momento certo de atacar furtivamente e quando atacar de frente.

Outra função de combate de grande ajuda é a visão de águia, diferente dos jogos mais recentes em que usamos uma ave para fazer o reconhecimento do território, aqui temos uma espécie de raio-x, onde veremos os NPC’s iluminados, destacando em vermelho os inimigos e em amarelo os alvos principais de cada missão. No geral, este título apresenta um bom combate, embora não tão fluido, mas que se adequa ao propósito e dinâmica do jogo como um todo.

Gráficos e ambientação

Se tem algo que a Ubisoft sabe fazer muito bem, principalmente nesta franquia, é nos fazer imergir de fato na incrível ambientação construída em seus mínimos detalhes. Jamais havia visto uma ambientação tão bela e rica em detalhes e que poderia ser explorada nesse nível. Então quando o assunto é ambientação, Assassin’s Creed é especialista no assunto.

As construções presentes nesse jogo é um de seus pontos altos, desde as ruas e casas, à “Cúpula/Domo da Rocha”, santuário que é parte do centro histórico de Jerusalém, sendo uma experiência única.

O mapa deste título, é consideravelmente menor que seus sucessores, principalmente se comparado aos mais atuais, mas ainda assim é capaz de nos transportar para uma fantástica jornada através do tempo e oferecer uma ótima experiência de exploração.

Trilha Sonora

A trilha sonora é muito boa, sendo uma mistura de músicas medievais com algo mais eletrônico, mas que de certa forma nos remete ao período abordado na trama.

A composição ficou a cargo de Jesper Kyd, compositor dinamarquês que contribuiu em diversos outros sucessos aclamados pela crítica como Hitman Blood & Money, Hitman Absolution, Assassin’s Creed 2, Borderlands 2, Darksiders 2.

Conclusão

Este primeiro título é um marco na franquia Assassin’s Creed, a partir dele, muito se desenvolveu, tanto em termos de ambientação, como em jogabilidade e narrativa. A trajetória do personagem Altair é de suma importância, principalmente em sua sequência Assassin’s Creed II.

Esta é uma franquia que tem se consolidado ao longo dos anos e diversas melhorias foram sendo inclusas no decorrer de novos lançamentos.

Embora Assssin’s Creed seja um ótimo jogo em diversos aspectos, não deixa de ter seus pontos negativos, por exemplo a falta de localização para outros países em termos de legendas e áudio, é algo que deixa muito a desejar. Além disto, embora o combate para a sua época tenha sido inovador, algo que pode incomodar, principalmente novos jogadores é a falta de fluidez na movimentação do personagem durante as lutas.

Por fim, este é um dos melhores jogos de sua época e que serviu de inspiração para diversos jogos após ele, a considerar sua ambientação e modo de exploração em mundo aberto. Além, claro, de sua narrativa muito bem construída.

Pontos Positivos

+ Ambientação
+ Narrativa
+ Modo de exploração
+ Mundo aberto diversificado

Pontos Negativos

– Combate rígido sem fluidez
– Falta de legendas e áudio em outros idiomas

Avaliação:
Gráfico: 10.0
Diversão: 9.8
Jogabilidade: 9.0
Trilha Sonora e Efeitos: 9.5
Performance e Otimização: 9.5
Nota Final: 9.5 / 10.0

E você, já jogou este primeiro título de Assassin’s Creed? Qual o seu jogo favorito da franquia? Deixe aqui o seu comentário.

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