Análise (Review) de Batman Begins – O Jogo

Análise (Review) de Batman Begins – O Jogo

20 de maio de 2023 Off Por Rafael Castillo

Sem sombra de dúvidas, Batman é um dos personagens mais conhecidos da cultura geek, desde filmes, desenhos, action figures, roupas e é claro, jogos de videogames.

Ficha do jogo
Data de lançamento: 14 de Junho de 2005
Modo de jogo: Single player
Gênero: Ação, Aventura, Stealth
Desenvolvedora: Eurocom (GC, PS2 e Xbox); Vicarious Visions (GBA)
Publicadora: EA Games
Distribuidora: Warner Bros. Interactive Entertainment, DC Comics
Compositor: Ian Livingstone
Plataformas: PlayStation 2, Xbox, GameCube e Game Boy Advance.
Tempo de jogo: 8 horas (Aproximadamente)
Versão do jogo analisada: Versão americana para Playstation 2

Classificação Indicativa: Acima de 13 anos


Por dentro do enredo

Nesta review vamos falar sobre o jogo baseado no primeiro filme de uma fantástica trilogia criada pelo aclamado diretor, Cristopher Nolan, e que até hoje, na opinião de muitos, é a melhor adaptação cinematográfica do vigilante de Gotham.

Batman Begins estreou em 15 de Junho de 2005, com Christian Bale (Reino de Fogo, O Exterminador do Futuro: A Salvação), tornando-se um sucesso absoluto! Outros atores renomados das telonas também deram as caras nesta adaptação, entre eles: Cillian Murphy (Peaky Blinders); Katie Holmes (Dawson’s Creek); Michael Caine (Interstellar); Gary Oldman (Harry Potter, O livro de Eli); Liam Neeson – (Busca Implacável, Star Wars) ; Morgan Freeman (Todo Poderoso, Um sonho de liberdade).

Um fato interessante é que o jogo foi lançado em 14 de Junho, ou seja, um dia antes do lançamento oficial do filme.

O jogo nos apresenta o herdeiro de uma fortuna milionária, que é assombrado pela morte repentina de seus pais durante um assalto ao saírem de um teatro. Seu pai, Thomas Wayne, é um dos homens mais conhecidos de Gotham City, dono da Wayne Enterprises, sua empresa multimilionária.

Com o passar dos anos, Bruce foi criado pelo mordomo da mansão dos Wayne, Alfred, e que cuida de Bruce desde pequeno como seu próprio filho. Mas, nem tudo são flores, agora já adulto, Bruce está em “Butão” e é apresentado ao líder da Liga das Sombras, Ra’s Al Gul com Henry Ducard como seu tutor, que o ensina as principais técnicas de como usar as sombras a seu favor e eliminar qualquer um que se opuser em seu caminho.

Em meio a seu treinamento, Ra’s Al Gul confessa seu plano de acabar de uma vez por todas com Gotham City, dado tamanha maldade das pessoas, mas que isto também custaria a vida de pessoas inocentes. Bruce não concorda em nada com suas intenções, e logo elabora um plano de fuga, causando uma explosão no templo em que está sendo treinado, eliminado todos que ali estavam, exceto Henry Ducard (Que mais tarde descobrimos ser o verdadeiro Ra’s Al Ghul, o líder da Liga das sombras), pois é salvo pelo próprio Bruce antes que caia de um penhasco. Ao voltar para Gotham, 7 anos depois, decide criar uma identidade que age em meio às sombras e usar o seu próprio “medo” para fazer justiça aos fracos e oprimidos, surge então o vigilante de Gotham, Batman!

Personagens

Sendo uma adaptação direta do filme, e em parceria da Warner Bros., foi possível manter uma caracterização fiel dos personagens com base em todos os atores principais do filme. Além de Bruce Wayne como o homem morcego, temos personagens importantes para o desenrolar da história, entre eles Alfred, o mordomo; Dr. Jhonatan Crane, O Espantalho; Ra’s Al Gul, lider da Liga das Sombras; Lucius Fox, o “cúmplice” de Bruce, funcionário da Wayne Enterprises e Rachel Dawes, amiga de infância e claramente uma paixão platônica de Bruce Wayne, além do icônico policial Jim Gordon, antes de ser promovido a comissário.

E claro, não poderiam faltar os capangas e fanáticos seguidores das mentes mirabolantes que têm como objetivo dominar ou destruir Gotham City. Será com eles que iremos lutar a maior parte do tempo.

Dr. Crane, o “Espantalho”.

Jogabilidade

O jogo em si, tem comandos básicos, nada algo muito complexo, se comparado aos jogos do Batman da franquia Arkham, mas em todo caso, requer certa prática. (Se quiser conhecer mais sobre os jogos da série Arkham, confira as matérias de Arkham Asylum, Arkham City e Arkham Origins, todas elas feitas com muito capricho pelo nosso redator Jose Superfamr).

Desde combos de socos e chutes, é possível agarrar os oponentes para um ataque furtivo, executar contra ataques, arremessar “Batarangues” e até planar. Em partes, sua jogabilidade é algo bem fluido, principalmente quando comparado a outros títulos do herói até então, que em sua maioria se tratavam de jogos no formato 2D.

Algo que me deixou atônito quando joguei este jogo pela primeira vez, foi o momento em que chegamos à fase que pilotamos o saudoso Batmóvel! Um sorriso no rosto é inevitável no momento em que ele aparece na tela. Apesar de não seguir um modo de jogo em mundo aberto não linear, como o de Arkham Knight em que temos a “liberdade” de explorar a cidade em quatro rodas, aqui ele segue um modo linear com missões específicas para pilotagem, mas ainda assim, é algo que torna a gameplay bem divertida.

Gráficos e Cutscenes do filme

Você sabia que o Playstation 2 lançado em “data de lançamento ” , é capaz de reproduzir mídias de DVD? E, embora não tenhamos a confirmação se foi algo proposital, este jogo encontrou uma forma de “divulgar” surpreendentemente toda a performance do Playstation 2 , pois muitas Cutscenes com transições de pontos importantes da trama, foram inseridas as próprias cenas do filme, o que na minha opinião, deixou a experiência de jogar ainda melhor.

Trilha Sonora e efeitos sonoros

Diferente do filme, o qual teve dois compositores renomados como responsáveis pela trilha sonora, sendo eles “Hans Zimmer” (Gladiador, Piratas do Caribe, A Origem) e “James Newton Howard” (Jogos Vorazes, King Kon). A trilha do jogo ficou a cargo de “Ian Livingstone”, um escritor britânico com diversos trabalhos voltados ao ramo dos videogames. E mesmo não sendo a trilha oficial do filme, no jogo foi mantida a mesma atmosfera sombria que ouvimos nas composições de Zimmer e Howard, claro que não na mesma proporção teatral que eles fizeram, mas que de certa forma oferece um estilo mais dark ao jogo, e que traz um suspense durante a gameplay. Os efeitos sonoros em si são muito bons, desde a pancadaria ao ronco do motor do batmóvel, nada muito realista claro, mas que não deixa de ser bom por causa disso. Porém, ao meu ver, faltou mais ênfase na aplicação de sua trilha, poderiam deixar ela mais presente enquanto realizamos nossa jornada, o que certamente a tornaria mais empolgante enquanto avançamos no jogo.

Conclusão

Infelizmente, não tivemos a continuação desta fantástica trilogia iniciada em Batman Begins (Os outros filmes que compõe a trilogia de Christopher Nolan são: Batman – O Cavaleiro das Trevas e Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge). Mas, em todo caso, tivemos a chance de jogar com esse icônico personagem de uma forma jamais vista até então. Um jogo consideravelmente realista na época de seu lançamento e com mecânicas embora já usadas em outros jogos, nos traz uma experiência imersiva e totalmente conectado ao universo de Batman e sua incansável busca por uma cidade melhor.

“Não é o que você é por dentro, mas o que você faz que define você…” Rachel Dawes – Batman Begins

Pontos Positivos

+ Jogabilidade razoável
+ Bons Gráficos
+ Fiel à versão cinematográfica

Pontos Negativos

– Trilha sonora pouco presente
– Sem opções de idiomas para falas ou legendas

Avaliação
Gráficos: 9.2
Diversão: 9.3
Jogabilidade: 8.7
Trilha e Efeitos Sonoros: 8.5
Performance e Otimização: 9.1
Nota Final: 8.9 / 10.0

Por Rafael Castillo

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