Análise (Review) de Captain America and The Avengers

26 de agosto de 2022 0 Por Markus Norat

Por: Cosmão

Ficha do jogo
Data de lançamento: 1991
Gênero: Beat ‘em up
Jogadores: Até 2 jogadores
Publicadora: Data East, Mindscape
Desenvolvedora: Data East, Realtime Associates, ISCO
Plataformas: Arcade, Super Nintendo, Mega Drive (Sega Genesis), Nintendo (NES), Game Gear, Game Boy

Em uma época onde fliperamas com jogos de porrada de rua eram mais comuns que lans houses em qualquer esquina, a Data East lançou, nos arcades primeiramente, sua versão de luta de rua do Capitão América e os Vingadores.

Claro, o jogo nos arcades é muito diferente do jogo dos consoles, sendo que a versão NES é a que mais se afasta do jogo original, partindo pra algo mais no estilo plataforma.

Enfim, a versão NES fica pra outra hora, vamos falar da versão do Mega Drive que é o que importa aqui.

Sendo um beat’n up, podemos esperar por muitos capangas, golpes bacanas, alguns chefes legais e muita porrada. Pois é, isso existe aqui, mas foi concebido de uma forma estranha. Os inimigos expressam sua dor via onomatopéias dos quadrinhos, com muitos WHACKCRASH e BLAM piscando na tela o tempo todo.

Além disso, a colisão dos golpes não ficou legal, parece que estamos batendo em seres de isopor, não existe um efeito sonoro convincente pra socos ou golpes.

Aliás, talvez a coisa mais irritante do jogo seja o som. E como em muitos jogos de Mega, é a VOZ quem faz o jogador broxar de vez…

De cara, escutamos alguém berrando “DIIIIIIIIIIIIII, AAVENNNNNGÃÃÃRRSS” com aquela rouquidão característica do chip de som do Mega, parecendo que o locutor estava possuído pelo capeta ou algo similar.

E isso se arrasta pelo jogo todo. Desde as falas clichês dos personagens até gritos dos chefes, etc. Deveriam ter deixado só as legendas, ficaria algo menos traumatizante.

Na época, qualquer dono de Mega que colocasse um jogo desses pra jogar com a galera logo era hostilizado pela pronúncia encapetada do locutor. No Street Fighter a coisa ficava pior ainda…..sim, eu sou traumatizado com isso…..snif…

Os gráficos são simples, os bonecotes são pequenos, principalmente se comparados com personagens de outros jogos de porrada de rua do Mega Drive. Para compensar isso, os cenários são bacanas e muitas vezes bem grandes e largos, com possibilidades de se subir em parapeitos e janelas dos prédios.

No game, temos 4 personagens pra escolher:

  • Vision, o cara de manto que só conheço porque joguei esse game, uma espécie de Dr. Manhattan com um cobertor branco;
  • Hawkeye, o atirador de flechas cor de rosa, bastante suspeito;
  • Homem de Ferro, atira lasers pra todo lado, tacando fogo em todo mundo;
  • Capitão América, o dono do jogo e, por consequência, talvez o melhor deles (ou não);

Já adianto: não existem muitas diferenças entre eles quando a porrada começa, cada um tem um botão de salto, outro de ataque e, juntando os dois, um poder específico de cada um que gasta a barra de energia.
O Capitão, por usar um escudo, tem o golpe especial dobrado, pois o escudo vai, acerta a CARA do inimigo e depois volta, acertando-o na nuca em seguida. Talvez por isso ele seja mais forte…

O jogo ainda permite que dois jogadores sofram juntos, uma maneira de amenizar a dor do pobre jogador solitário.

A dificuldade é alta, visto que, além de não ter o tesão de se estar socando alguém de verdade, os inimigos aqui são apelões pra cacete, usando poderes de todas as formas possíveis e buscando o jogador até no inferno se preciso for.

Um pró que eu citaria é variedade do jogo: não bastando as porradas nas ruas, temos fases em que os personagens voam da forma que podem. Vision e Iron Man já voam por natureza, Capitão e o Arqueiro montam numa espécie de navinha e seguem pelos ares destruindo monstros e sentinelas.

Outra coisa bacana é o fato de poder pegar muita coisa do cenário pra jogar nos inimigos, desde latinhas e pedras até tambores podem ser usados como armas.

Pra um adaptação dos arcades, até que não ficou de todo ruim. Poderiam ter apenas polido mais os personagens e abortado completamente qualquer voz do game. Dá pra se gastar uma horinha se divertindo, claro, com um amigo. Jogar isso sozinho é tortura. Não, não estou exagerando.

O melhor: conheci o Vision, personagem cosplay do Dr. Manhattan;
O pior: “DIIIIIII AVENGÃÃÃÃÃRRRSSSS”
Jogar sozinho: é tortura, podem acreditar.

NOTA: 5

Deixe o seu comentário abaixo (via Facebook):