Análise (Review) de D-Xhird
14 de novembro de 2022Por: Augusto Aragão
Ficha do jogo: Data de lançamento: 30 de maio de 1997 Publicadora: Takara Desenvolvedores: Nex Entertainment, Takara Número de Jogadores: Jogo multijogador Gênero: Luta Plataforma: Sega Saturn |
Terceiro jogo produzido pela Takara para o saturn (depois de Toshinden Remix e Toshinden URA), continua no estilo luta 3D com armas. Em relação aos predecessores, D-Xhird apresenta um padrão gráfico melhorado e um visual que lembra vagamente Soul Calibur. Mas a despeito desta comparação o jogo peca em alguns detalhes.
O jogo conta com seis animações em FMV, todas muito boas. Duas delas são da apresentação e se mostram bem detalhadas e sem granulação. As demais apresentam os dois últimos mestres e os dois personagens secretos.
A história do jogo resgata o misticismo perdido em Toshinden URA e mostra o personagem principal, chamado de Boy (sim, este é o nome do figura…), à mercê de eventos muito sombrios. Ele perdeu a mãe aos dez anos (vítima de assassinato) e também sua namorada, quando completou vinte anos. Isso desencadeou o despertar de seu lado negro (o personagem Shadow Boy), que chamou a atenção da deusa Vênus (que não tem nada de amorosa aqui). Paralelamente a entidade Izanagui foi evocada e agora anseia enfrentar o rapaz e outros nove integrantes do torneio.
Todo o panorama é mostrado nas duas apresentações do jogo e embora as narrações e textos estejam em japonês, é possível discernir vendo estas cenas e as do final de cada personagem. A primeira abertura do jogo possui uma música cantada bem empolgante e a qualidade visual é ótima! Já segunda animação contém cenas muito fortes, com a mãe de Boy sendo assassinada e a imagem da namorada dele trespassada por um tridente numa árvore.
O jogo em si conta com um visual muito bem feito, muito detalhado tanto nos lutadores como nos cenários. A textura dos lutadores é bem nítida e vai desde as roupas até as faces. O cenário apresenta visual muito bonito, com detalhes ao fundo muito bem feitos. Vale a pena conferir cada cenário.
Como cada lutador possui sua própria arma, o jogador pode esperar por muitas espadas, ceifa, discos de metal, sabre, braceletes, tridente, lança e até leque. Todas as armas são bem feitas e possuem uma barra logo abaixo da energia do personagem.. Uma vez esgotada esta barra, a arma pode ser quebrada. Aí o lutador terá de sair no braço!
As músicas de D-Xhird tem a marca da Takara e se mostram muito empolgantes, particularmente as dos personagens Karen, Lucifer, Shadow Boy e Eiji (sim! Ele está presente aqui!). A música do personagem Izanagui é mística e sombria! Já a música de Vênus é celestial, com vocais muito belos…
Os efeitos sonoros são apenas razoáveis, tendo-se vozes digitalizadas, sons de metal, de magias e de quedas. Apesar de serem nítidos, os efeitos sonoros poderiam ser melhores. As vozes estão em japonês e também poderiam ser melhores.
Talvez o maior inimigo do jogador não sejam os adversários mas a jogabilidade. Aqui há muito golpes e magias, mas fazê-los exigirá mais que destreza, pois os comandos se mostram duros e lentos. As mudanças de plano são rápidas, mas se levantar no jogo é uma dificuldade e muitos golpes são lentos demais. Ponto realmente negativo!
O jogo conta com um total de 14 lutadores a serem escolhidos, incluindo os mestres (Vênus e Izanagui) e personagens secretos (Shadow Boy e Eiji). Há uma ficha detalhada para cada lutador e a foto de cada um é bem feita. Também são oferecidas muitas opções de luta e há ringues delimitados ou não. É um jogo que vale a pena conhecer, mas sem muitas expectativas.
NOTA: 8.0 / 10.0
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