Análise (Review) de Dragon Force II

29 de junho de 2023 Off Por Markus Norat

Por: Augusto Aragão

Ficha do jogo:
Data de lançamento: 2 de abril de 1998
Gênero: RPG de estratégia
Plataforma: Sega Saturn

A saga do reino de Legendra continua com a segunda versão de Dragon Force. O jogo ostenta importantes melhorias em relação ao primeiro, mas a fórmula básica ainda é a mesma: oito generais a serem escolhidos, cada um com seu reino e história, possibilidade de fazer alianças com vencidos e capturados e a necessidade de se unir todos os reinos de Legendra.

O ambiente se passa 500 anos depois que o demônio Madruk foi derrotado pelos oito escolhidos. Muito se modificou nos reinos e estranhos cavaleiros negros sacodem o continente com um exército de demônios. Os novos líderes dos reinos em Legendra sentem o perigo e começam a investigar o que está acontecendo. Cada reino está com nova localização e com novos soberanos. O único personagem remanescente do Dragon Force original é Teiris, mas o personagem Abel, do reino das Highlands, lembra muito o prícipe Wein. O reino de Bozac agora é representado por homens tribais, que ostentam tatuagens. Já o reino de Izumo está sob o comando de uma imperatriz (com uma armadura samurai e um arranjo de cabelo pra lá de estranho…). Como já é tradição no reino de Tristan, seu soberano ostenta uma veste negra e uma máscara sinistra. Em suma há muitos personagens novos e secretos a serem descobertos durante o jogo.

Entre as melhorias gráficas do jogo, tanto o mapa como as cenas de batalha e os retratos dos personagens, se mostram muito mais detalhados. O mapa do jogo está maior, com visual mais limpo e um efeito 3D melhor. Nas cenas de batalha, há efeitos de rotação e deslocamento da câmera (use Y e direcional) que dão maior tridimensionalidade. Isso é mais reforçado quando as magias são soltas. Por falar em magias, todas as antigas estão presentes e há muitas novas, todas com visual novo.
Quem jogou o primeiro jogo percebeu que montar exércitos de apenas uma classe era um tanto pobre. Já nesta segunda versão é possível constituir exércitos de até duas classes. Como se não fosse suficiente, além das classes tradicionais, há sete novas classes (como chimeras, demônios, lanceiros, ladrões)! É um show a parte no jogo! Fazendo exércitos de dois tipos de guerreiros, é possível criar novas táticas, algo totalmente novo!

As cenas de batalha contam com cenários muito mais amplos, belos e detalhados. Aqui a luta entre os exércitos é mais intensa e eles não tiram tanta energia dos chefes.

A palheta sonora do jogo conta com novos efeitos sonoros, especialmente se levar em conta as falas dos personagens. Sim, aqui o jogo conta com diálogos escritos e falados, embora em japonês. No mais os efeitos sonoros das batalhas são bons, sendo possível ouvir cortes, rajadas de fogo, trovões entre outros. Aqui os chefes falam os nomes das magias antes de lançá-las.

No que diz respeito às músicas, o jogo apresenta a palheta totalmente nova. Em sua maioria as músicas são boas, contudo algumas pecam, estão inferiores diante das do primeiro Dragon Force. É uma pena…Entre as músicas, uma das mais belas é a da apresentação (“anata o mata tatakai ni sasou toshite mo”), interpretada em um tocante vocal feminino!

A jogabilidade está melhor do que nunca, com acesso mais rápido dos menus e no deslocamento no mapa. Mesmo o deslocamento das tropas no mapa está mais rápido (no primeiro era uma lerdeza!). Todo o padrão dos menus no primeiro Dragon Force continua o mesmo na segunda versão, de modo que os veteranos saberão jogar mesmo diante dos escritos em kanji.

Esta segunda versão renova o prazer em jogar no estilo RPG/Estratégia da Sega. A dificuldade é alta, a mesma do primeiro jogo. Apesar de algumas mancadas na parte musical, os melhoramentos gráficos e na estrutura do jogo vão valer horas de diversão. É escolher o seu general, unir os demais reinos e salvar Legendra do mal. Sempre sempre Dragon Force! Curtam os desenhos animados ao longo do jogo, especialmente o da apresentação!

NOTA: 9.5

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