Análise (Review) de Michael Jackson’s Moonwalker

Análise (Review) de Michael Jackson’s Moonwalker

13 de maio de 2023 Off Por Rafael Castillo

O rei do Pop não foi apenas um ícone da música, todo seu glamour e talento renderam não apenas videoclipes históricos, mas um jogo absolutamente empolgante baseado no longa de mesmo nome. Hoje lhes apresento uma incrível jornada de Michael Jackson no universo dos videogames!

Ficha do Jogo
Lançamento: 25 de Agosto de 1990
Jogadores: Um Jogador (Single-Player)
Gênero: Beat em Up, aventura, ação.
Desenvolvedora: Sega, Triumph
Publicadora: Sega
Idiomas Disponíveis: Inglês
Plataformas: Mega Drive, Master System, Game Gear, PC – Microsoft Windows
Tempo de Jogo: 2h (Aproximadamente)
Versão do Jogo Analisada: Versão americana para Mega Drive.

Classificação Indicativa: Livre

Por dentro do jogo

O longa metragem Michael Jackson’s Moonwalker, foi lançado em 25 de Agosto de 1990, e claro que o esperado aconteceu, o filme foi o maior sucesso e até hoje é um dos melhores trabalhos já feitos de um artista musical dos últimos tempos. Com ótimos efeitos visuais para a época e uma excelente performance do astro Pop Michael Jackson. Sua narrativa se intercala com seus videoclipes, aos quais sempre tiveram um enorme capricho. Tamanho foi o sucesso do longa, que a Sega lançou um jogo de mesmo, e hoje, vamos falar um pouco sobre essa jornada virtual de Michael Jackson.

Mesmo tendo sua maior inspiração no longa, algumas fases do jogo não constam nele, como é o caso da fase do cemitério que tem como trilha sonora “Thriller”, nada mais justo, obviamente. No jogo, partimos em busca de acabar com os planos maléficos de um traficante de drogas conhecido como Mr. Big, que não medirá esforços para nos impedir de derrotá-lo. Mas, com grande estilo passaremos por fases desafiadoras e que irão exigir paciência e agilidade se quisermos chegar até o final. Nesta review, iremos falar do jogo em sua versão 16 bits, pois há outra versão em 8 bits desenvolvida exclusivamente para o Arcade e que têm algumas mudanças consideráveis quando comparadas uma com a outra.

Jogabilidade

O início do jogo não poderia ser melhor, ao som de umas melhores músicas de Michael, “Smooth Criminal”, abrindo a porta do “Clube dos 30”, um de salão de baile, com seu terno e chapéu brancos, estilosos como sempre, jogando uma moeda que aleatoriamente cai em um jukebox e dando início à canção.

Os poderes de Michael, a princípio, consistem em chutes mágicos e são com eles que derrotamos alguns dos inimigos, sua jogabilidade se assemelha muito a jogos do estilo beat ‘n up (Andar e bater), além da função de pular e dar um giro dançante expelindo magia. E, é claro que algumas marcas registradas do rei do Pop não poderiam faltar, sejam seus “gritinhos” (Uuuh!), e até mesmo o seu saudoso passo “Moonwalk”, aquele em que ele caminha deslizando com passos para trás.

Para passarmos de fase, será necessário encontrar uma garotinha, a “Katie”, pelo cenário, abrindo portas e janelas. A cada fase temos um total de sete “Katies” para serem encontradas. Após localizar todas elas, chegou a hora de enfrentar o Boss, que não é necessariamente um, pelo menos não nas fases iniciais do jogo. Virá então, uma leva de gangsteres capangas do Mr. Big para enfrentarmos, mas é nessa hora que um dos movimentos mais legais do jogo acontece, o nosso “poder” especial, consiste em segurar por alguns segundos o botão que o faz dar o seu “giro dançante” para que ele e todos os capangas comecem a dançar a coreografia original da música tema da fase, então se prepare para ver essas performances no melhor estilo 16 bits possível, dentre essas canções estão “Smooth Criminal”, “Bad”, “Beat it”, “Thriller” entre outras.

Assim como no longa, a partir da segunda fase, veremos algumas estrelas cadentes caírem do céu, que ao sermos atingidos por elas, teremos poderes ainda mais especiais, podendo até se transformar em um Robô atirador (Confesso que eu acho isso um máximo).

Diferente dos jogos de hoje em que temos “Saves” automáticos e “Checkpoints” de começar de onde perdemos, na era 16 bits nem todos os jogos são assim, quando acabam nossas vidas e se não tivermos os milagrosos “Continues”, teremos que voltar e começar nossa aventura tudo de novo.

Gráficos

A gameplay do jogo é muito bem fluida, e isto tem muito a ver com sua otimização gráfica e design de cada um dos cenários vistos em suas fases. Cada uma de suas fases são inspiradas no filme, claro, que com algumas mudanças, mas ainda sendo muito fiéis. Estamos falando aqui de um jogo em 16 bits, algo muito diferente do que temos nos dias de hoje, mas que não deixa de ser belo por isto. Os movimentos de Michael Jackson foram milimetricamente estudados para que estivessem presentes no jogo, seja seu estilo de andar nos palcos, seja sua performance ao dançar.

Trilha Sonora

Eu já ressaltei diversas outras vezes sobre a importância, que ao meu ver, a trilha sonora tem em um jogo, pois ela é responsável por nos “conectar” ao jogo de forma surpreendente, e aqui temos uma das mais incríveis trilhas já compostas para um jogo de videogame, afinal, estamos falando de composições originais do rei do Pop em versão 16 bits. Algo muito legal, é que quando entramos no menu de opções do jogo, temos acesso a alguns efeitos sonoros, entre eles algumas falas de Michael, e também a todas as músicas presentes no jogo em versão 16 bits, perdi a conta de quantas vezes acessei esse menu só para ficar ouvindo essas faixas.

Conclusão

Sempre fui muito fã de Michael Jackson, um dos artistas mais completos que já passou por nosso planeta. Ainda me lembro da primeira vez que vi a capa do jogo em uma locadora, extasiado não pensei duas vezes e logo aluguei o jogo para um final de semana (Sim, antigamente tínhamos as chamadas locadoras em que pagávamos para passar um tempo com alguns jogos, bons tempos!). A sensação em jogar com o próprio Michael foi surreal, um jogo de um dos meus artistas favoritos e ainda acompanhado da melhor trilha sonora possível. Claro, o jogo tem algumas limitações, que hoje com um olhar mais crítico, vejo que poderia ter tido uma atenção maior, tanto em sua jogabilidade como na narrativa, mas, isto não quer dizer em hipótese alguma que seja um jogo ruim, pelo contrário, ele é realmente fantástico.

Acredito, que hoje, ele fica ainda melhor ao lembrarmos do quanto o Michael Jackson foi um artista completo, desde seu início como cantor no grupo “Jackson 5”, como em sua carreira solo, na qual adquiriu maior reconhecimento. Embora tenha sido envolvido em algumas polêmicas em dado momento de sua vida, sempre foi muito admirado por milhares de fãs ao redor do mundo. Infelizmente, vivemos em mundo cada vez mais crítico, no qual nossa opinião vale mais do que a do próximo e Michael muitas vezes foi alvo disto.

Deixo aqui minha singela homenagem com esta breve review deste jogo, a esse ícone incontestavelmente talentoso que deixou sua marca no mundo, sua falta é eminente, mas de certa forma, ele sempre estará vivo na memória e nos corações de todos os seus fãs.

Muito obrigado, Michael Jackson!

Pontos Positivos

+ Boa Jogabilidade
+ Ótima Trilha Sonora
+ Ótimos Gráficos

Pontos Negativos

– Tempo de Jogo Muito Curto
– Poucas fases e de curta distância
– Idioma disponível somente em Inglês
– Narrativa razoável

Avaliação
Gráficos: 9.8
Diversão: 10.0
Jogabilidade: 9.7
Trilha sonora e Efeitos Sonoros: 10.0
Performance e Otimização: 9.8
Nota Final: 9.9 / 10.0

Por Rafael Castillo

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