
Split Fiction – Análise (Review)
7 de março de 2025Eu sempre fui fascinado por jogos que me desafiam não apenas mecanicamente, mas também emocionalmente. Aqueles jogos capazes de me prender diante da tela por horas a fio, fazendo com que eu esqueça do tempo, completamente imerso em um mundo único, cheio de personagens memoráveis e situações inesperadas. Quando ouvi pela primeira vez falar sobre Split Fiction, meu coração de gamer veterano disparou instantaneamente, pois sabia que estava diante de algo com potencial real para se tornar inesquecível. Admito que as minhas expectativas já eram elevadas desde o anúncio, mas jamais imaginei o quanto seria surpreendido positivamente, pois desde que joguei It Takes Two, não imaginava que a Hazelight Studios poderia ir além daquele patamar já elevado que havia alcançado. Eu, sinceramente, achei impossível que conseguissem superar aquele nível quase perfeito de diversão cooperativa. Pois bem, eu errei completamente, eis que chega a ser difícil explicar o quanto Split Fiction é soberbo!
Ao iniciar Split Fiction, fui tomado por uma mistura de empolgação e curiosidade. A promessa de uma narrativa que mistura elementos de fantasia e ficção científica, envolvendo dois universos aparentemente incompatíveis, parecia audaciosa demais para funcionar na prática. Mas bastaram poucos minutos jogando para entender que não apenas funcionava, mas que eu estava diante de um dos jogos mais criativos, divertidos e originais dos últimos tempos. A experiência cooperativa que a Hazelight Studios já havia apresentado em It Takes Two, aqui ganhou contornos ainda mais impressionantes, levando a ideia de colaboração a um nível superior e revolucionário.
Controlando Mio e Zoe, duas escritoras talentosas mas completamente diferentes entre si, fui jogado de cabeça em uma aventura completamente insana e absolutamente irresistível. A premissa é brilhante e inovadora: ambas acabam presas dentro de uma avançada simulação virtual que materializa suas próprias histórias e ideias, criando uma colisão épica entre os universos que cada uma idealizou. Mio é fascinada por ficção científica, com cenários futuristas, luzes neon, robôs e tecnologia avançada, enquanto Zoe é apaixonada pelo universo da fantasia, recheado de dragões majestosos, castelos encantados e criaturas mágicas de todos os tipos. E o mais impressionante é que o jogo consegue transitar entre esses dois mundos com uma facilidade e fluidez absolutamente invejáveis.
A cada novo nível e a cada nova história contada, me vi completamente fascinado pela maneira como esses mundos opostos eram combinados. As diferenças de personalidade das protagonistas se refletiam diretamente nas fases do jogo, criando uma diversidade visual e narrativa sem precedentes. E, apesar dessas diferenças gritantes, a relação entre Mio e Zoe se desenvolve com tanta naturalidade que logo eu já estava completamente investido na evolução da amizade das duas, ansioso por saber qual seria o próximo passo de suas jornadas pessoais.
Além de ser uma narrativa extremamente cativante, o que mais me impressionou em Split Fiction foi sua coragem em explorar diversos gêneros, referências e estilos de jogabilidade. Nunca em minha vida como gamer eu havia encontrado um título que se permitisse experimentar tanto, que ousasse misturar elementos que à primeira vista poderiam parecer incompatíveis, mas que, na prática, se complementavam perfeitamente. Uma hora eu estava pilotando veículos voadores em batalhas frenéticas, outra hora resolvendo quebra-cabeças criativos usando poderes mágicos recém-descobertos, e em outro momento me divertindo com missões secundárias absurdas, dignas das melhores comédias. Essa capacidade do jogo de sempre oferecer algo novo, inesperado e incrível é, sem dúvida, um dos maiores trunfos desse game.
O mais fantástico é perceber que cada detalhe, cada elemento inserido no jogo, foi cuidadosamente planejado para reforçar a ideia de colaboração e parceria. Não há um único momento que eu tenha sentido que estava ali simplesmente cumprindo uma tarefa obrigatória; pelo contrário, todas as situações exigiam que eu estivesse em constante comunicação com meu parceiro de jogo, criando estratégias, dividindo tarefas e superando juntos obstáculos cada vez mais criativos e surpreendentes. A sensação de união, cumplicidade e amizade que Split Fiction proporciona é algo raro de encontrar, até mesmo em jogos cooperativos mais tradicionais.
É difícil traduzir em palavras o impacto que esse jogo teve sobre mim. Enquanto jogava, tive momentos de gargalhadas sinceras, de surpresas genuínas e até mesmo de reflexões emocionais profundas sobre amizade, criatividade e superação. O jogo não se limita a entreter; ele nos faz questionar como nossas experiências pessoais e nossa imaginação moldam nossas histórias e nossos mundos particulares. Foi uma experiência poderosa, inesquecível, daquelas que vão muito além da diversão momentânea.
Desde agora, aqui mesmo, no início desta análise, quero deixar claro: Split Fiction é um jogo mais do que especial especial, e merece ser jogado por todos aqueles que amam videogames não apenas como passatempo, mas como uma forma de arte e expressão. Uma obra que, com sua ousadia criativa, sua história emocionante e sua jogabilidade envolvente, não apenas conquistou um espaço entre os melhores jogos cooperativos já criados, mas também redefiniu para sempre os limites e as possibilidades desse gênero. Posso garantir desde já que cada aspecto do jogo merece ser apreciado e celebrado em detalhes. Afinal, não é todo dia que nos deparamos com algo tão profundamente divertido, criativo e surpreendente como Split Fiction.
História e Personagens
Split Fiction nos coloca na pele de Mio e Zoe, duas escritoras com personalidades e estilos literários totalmente distintos: Mio é introspectiva, séria e fascinada por ficção científica, enquanto Zoe é uma sonhadora apaixonada por fantasia e finais felizes. Elas se encontram na editora Rader, onde são convidadas a testar uma tecnologia que transforma ideias em simulações realistas. No entanto, após um acidente, ambas são jogadas numa mistura caótica dos universos criados por elas mesmas. O que parecia ser apenas uma experiência criativa logo se revela um pesadelo, com a sinistra editora querendo roubar suas ideias através da máquina.
A dinâmica entre Mio e Zoe é cativante. No começo, Mio é fechada, pragmática e desconfiada, enquanto Zoe é uma figura carismática, otimista e até ingênua. Conforme avançam pelos níveis, a amizade se constrói de maneira autêntica e com diálogos naturais. Admito que me emocionei diversas vezes com suas conversas, revelando lentamente seus passados e os traumas que influenciaram suas escritas. Ao longo da aventura, você realmente sente o crescimento emocional e psicológico das personagens.
Jogabilidade e Mecânicas
Quando iniciei minha jornada em Split Fiction, não estava exatamente preparado para o que encontraria pela frente. Sendo fã assumido de jogos cooperativos, sempre procurei experiências que testassem minha habilidade de comunicação e sincronia com outro jogador. No entanto, aqui, eu encontrei algo que ultrapassou em muito as minhas expectativas iniciais. Não só fui surpreendido por uma história fascinante e criativa, mas principalmente por um gameplay que mistura gêneros com uma elegância e fluidez absolutamente incríveis. Vou tentar explicar cada detalhe dessa experiência que literalmente me tirou o fôlego em diversos momentos, tamanha foi a sensação de inovação e surpresa a cada fase.
Logo de início, percebi que a essência das mecânicas básicas era sólida, intuitiva e muito agradável de controlar. Tanto a protagonista Zoe quanto Mio possuem uma gama ampla de movimentos comuns essenciais, como correr, saltar (incluindo o famigerado salto duplo), escorregar, esquivar, usar dash para atravessar curtas distâncias rapidamente e até mesmo utilizar ganchos de agarramento para se lançar por grandes espaços. Todos esses movimentos são muito bem executados e responsivos, dando-me a sensação imediata de liberdade total e precisão absoluta dos comandos. A suavidade do controle é notável, me dando plena confiança desde os primeiros minutos de jogo, como se fosse um veterano da jogabilidade logo ao tocar o controle pela primeira vez.
Mas o mais fascinante está justamente no que vem depois disso. Split Fiction não é um jogo comum que apenas introduz algumas novas habilidades conforme você avança, mas sim um verdadeiro festival criativo onde cada fase é uma experiência radicalmente nova. Quando pensava que já havia visto tudo, me deparava com mais uma mudança na jogabilidade que me fazia vibrar, sorrir e ficar perplexo simultaneamente. Houve momentos em que me vi pilotando veículos futuristas numa perseguição digna de filmes hollywoodianos, tendo que sincronizar com precisão absoluta os comandos com meu parceiro, enquanto desviávamos freneticamente de obstáculos, inimigos e tiros em alta velocidade. A adrenalina subiu a níveis absurdos, e após finalizar essas sequências, percebia que meu coração batia forte no peito, tamanho foi o envolvimento emocional e físico causado pelo gameplay.
Em outras ocasiões, fui colocado em cenários que exigiam uma abordagem mais estratégica e cerebral, com puzzles incrivelmente criativos e inteligentes que necessitavam de intensa comunicação com meu parceiro. Algumas mecânicas envolviam alterar a gravidade, manipular objetos através de poderes telecinéticos e até mesmo assumir a forma de criaturas fantásticas e robóticas, com habilidades específicas para resolver desafios. Essas seções me conquistaram pelo uso de ideias muito bem implementadas, que sempre faziam uso das forças individuais dos personagens para impulsionar a colaboração em níveis máximos.
Houve um capítulo específico onde precisei controlar um dragão, utilizando-o para planar por vastas regiões, enquanto minha parceira usava outro dragão com habilidades diferentes para escalar superfícies e abrir caminhos que eu não conseguia alcançar sozinho. Essa dinâmica colaborativa é o coração pulsante de Split Fiction e uma das razões pela qual me apaixonei tanto pelo título. A sensação de interdependência entre jogadores é constante, mas nunca frustrante, já que sempre há uma lógica clara que facilita a compreensão do que deve ser feito a seguir. Não há momentos em que você sinta que está “carregando” ou sendo “carregado” pelo outro jogador. A experiência é perfeitamente equilibrada, e ambos são igualmente essenciais para o avanço da narrativa e das fases.
As batalhas contra chefes também merecem um destaque especial. Cada uma delas é um verdadeiro evento cinematográfico, oferecendo mecânicas únicas e diferentes de tudo que você já experimentou em fases anteriores. Algumas exigem rápidas reações e muita agilidade nos dedos, enquanto outras demandam paciência, coordenação e até mesmo estratégias de combate elaboradas. Não são apenas batalhas para derrotar inimigos, mas verdadeiras experiências coreografadas, nas quais a vitória só é possível se ambos os jogadores estiverem em perfeita sintonia. A diversidade nessas batalhas me deixou constantemente impressionado, me forçando a constantemente adaptar minhas estratégias e comunicação com minha parceira para vencer.
Outro elemento importante e absolutamente surpreendente da jogabilidade são as chamadas “Side Stories”, pequenas missões paralelas completamente opcionais, mas imperdíveis pela criatividade alucinante que apresentam. Essas missões me jogaram em universos completamente malucos e inesperados, incluindo seções onde controlávamos personagens absurdos, como porcos voadores soltando arco-íris ou mesmo transformando-se em seres estranhos, cada um com uma jogabilidade única que durava apenas alguns minutos, mas que ficavam marcados na memória pela genialidade da execução. Esses pequenos momentos oferecem uma pausa muito bem-vinda entre as fases principais, enriquecendo ainda mais a experiência geral e evitando qualquer sensação de repetição ou monotonia.
O ritmo em que Split Fiction introduz e abandona mecânicas é de tirar o chapéu. Nenhuma habilidade ou conceito permanece por tempo demais, evitando o desgaste que normalmente surge em jogos mais tradicionais. Cada ideia é explorada na medida certa e então substituída por algo novo, mantendo o frescor durante toda a campanha. Esse fluxo constante de novidade fez com que eu e minha parceira nos mantivéssemos sempre empolgados, curiosos e ansiosos para ver o que viria a seguir, gerando aquela sensação única de maravilha a cada nova descoberta.
Algo que também me chamou muito a atenção foi a liberdade e fluidez com que o jogo alterna entre diferentes gêneros. Um minuto estávamos em um shooter frenético, no outro em uma corrida eletrizante, logo após isso em uma fase com elementos de plataforma 2D clássico, e minutos depois enfrentávamos puzzles em terceira pessoa com visão isométrica. Essa transição entre estilos de jogo poderia facilmente dar errado em outros títulos, mas aqui é feita com tanta elegância e naturalidade que só posso concluir que os desenvolvedores foram extremamente competentes ao criar uma experiência coesa em meio a tamanha diversidade.
Finalmente, é importante destacar a acessibilidade do jogo, especialmente por permitir ajustes finos para jogadores menos experientes, oferecendo checkpoints frequentes, possibilidade de saltar desafios mais difíceis, e uma série de configurações para facilitar o gameplay caso seja necessário. Embora eu mesmo não tenha utilizado tais recursos com frequência, fiquei feliz em perceber que o título considera diferentes níveis de habilidade dos jogadores, tornando a experiência extremamente inclusiva e permitindo que mais pessoas possam aproveitar plenamente esse jogo espetacular.
Gráficos
Durante toda a minha trajetória pelo game, a experiência visual foi constantemente deslumbrante, mostrando um grau de capricho técnico e artístico que raramente vi antes em jogos do gênero.
Logo nos primeiros momentos, fiquei impactado pela qualidade gráfica do título. Cada cena, cada ambiente, cada detalhe do cenário é construído com um cuidado extremo, aproveitando ao máximo a potência da nova geração de consoles, especialmente do PlayStation 5, que foi minha plataforma de escolha. Os modelos dos personagens principais, Mio e Zoe, são incrivelmente bem feitos. As expressões faciais possuem uma riqueza absurda de detalhes, desde pequenos movimentos da boca até as nuances nos olhos, transmitindo emoções claras mesmo nas cenas mais rápidas. Não foi preciso ouvir uma palavra sequer para entender exatamente o que cada personagem sentia: o trabalho de captura de movimentos e as animações são dignos de uma grande produção cinematográfica.
À medida que avançava na campanha, os gráficos me conquistavam cada vez mais pela variedade e beleza incomparável dos cenários. O conceito do jogo permite que transitemos constantemente entre mundos de fantasia e ficção científica, e essa dualidade temática é explorada visualmente de forma magistral pela equipe de arte da Hazelight Studios. As fases inspiradas na fantasia são absolutamente deslumbrantes, com florestas encantadas repletas de cores vibrantes, criaturas mágicas detalhadas e impressionantes castelos medievais que surgem no horizonte com uma grandiosidade épica. A sensação que tive ao atravessar esses locais foi a de estar dentro de uma obra literária clássica, com uma paleta de cores quente, convidativa e alegre, que me fez sentir acolhido e curioso para explorar cada cantinho desses mundos encantadores.
Por outro lado, os cenários de ficção científica são igualmente incríveis, mas com uma abordagem completamente diferente. Nessas fases, somos apresentados a cidades futuristas cheias de neon, arranha-céus tecnológicos brilhantes, hologramas pulsantes e iluminação dinâmica que transforma radicalmente a atmosfera do jogo. A estética cyberpunk, carregada de luzes vibrantes e saturadas, me deixou em diversos momentos simplesmente parado, observando o cenário com admiração e surpresa. A combinação de efeitos luminosos, reflexos e partículas brilhantes é tão bem feita que chegou a parecer irreal de tão bonita, mostrando claramente que a Hazelight utilizou todo o poder do motor gráfico Unreal Engine 5 para entregar uma experiência visual impecável.
Algo que realmente impressiona nos gráficos de Split Fiction é a capacidade técnica da equipe em entregar ambientes grandiosos e detalhados sem qualquer tipo de tela de carregamento perceptível. Em diversos momentos eu atravessava áreas gigantescas, com uma variedade incrível de elementos interativos, personagens secundários e efeitos acontecendo simultaneamente, e nunca percebi qualquer queda de desempenho ou pop-in de objetos no cenário. A sensação foi a de estar sempre imerso em mundos totalmente vivos e contínuos, algo que eu jamais havia experimentado com tanta fluidez em outros jogos cooperativos semelhantes.
Um dos aspectos gráficos que também merece um destaque especial são as animações dos personagens principais. Cada movimento de Mio e Zoe é extremamente fluído e natural, desde as ações mais simples como andar ou correr, até movimentos mais complexos como saltos, esquivas e combates corpo a corpo. Durante as cenas de ação mais intensas, os personagens executam movimentos cinematográficos impressionantes, com câmeras dinâmicas que valorizam ainda mais cada detalhe. Em diversos momentos, tive a sensação de estar assistindo a um filme interativo, tamanho o cuidado e perfeição dessas animações.
E se por um lado as animações e cenários são incríveis, os efeitos visuais são igualmente impressionantes e indispensáveis para criar uma experiência visual tão rica. O fogo, por exemplo, é representado com um realismo chocante, com chamas que se movimentam de maneira extremamente convincente e deixam rastros luminosos em superfícies metálicas ou reflexivas. Explosões são outro ponto forte, gerando uma verdadeira tempestade visual repleta de partículas, fumaça densa e efeitos de luz e sombra espetaculares que adicionam peso e impacto a cada momento de ação.
Mas um dos elementos visuais que mais me deixou impressionado foi, sem dúvidas, a iluminação dinâmica utilizada no jogo. Cada cenário conta com uma iluminação cuidadosamente construída para refletir o tom emocional da fase e da história naquele momento específico. Seja uma luz dourada do pôr do sol refletindo sobre castelos medievais, ou o neon pulsante de uma rua futurista que se reflete perfeitamente em superfícies molhadas pela chuva, a iluminação em Split Fiction não é apenas esteticamente bonita, mas também adiciona profundidade dramática e um senso de imersão único.
Outro ponto que me conquistou completamente foram as texturas e materiais aplicados no jogo. Absolutamente tudo parece tangível e detalhado, desde a madeira antiga e gasta das casas de uma vila medieval, até o metal brilhante e polido das construções futuristas. Cada objeto e superfície parece reagir perfeitamente à iluminação e ao ambiente, resultando em cenários tão críveis que quase posso jurar que se tratam de objetos reais digitalizados.
A direção artística também merece um elogio à parte. É notável o esforço em criar cenários não apenas tecnicamente impressionantes, mas também artisticamente memoráveis. A criatividade visual em Split Fiction é constante, com ambientes sempre diferentes uns dos outros, mas que ao mesmo tempo parecem se encaixar perfeitamente dentro da proposta do jogo. As transições entre fantasia e ficção científica são naturais, fluidas e sempre empolgantes, criando uma identidade visual singular que ficará marcada na minha memória por muito tempo.
Finalmente, o desempenho gráfico merece elogios, pois durante toda minha experiência no PS5, o jogo manteve um desempenho constante e impecável em 60 quadros por segundo, sem nenhum engasgo ou travamento aparente. Isso é um feito impressionante, especialmente considerando a quantidade de detalhes simultâneos na tela e a complexidade gráfica geral.
Após diversas horas imerso nessa aventura visualmente espetacular, posso afirmar sem medo que Split Fiction estabelece um novo padrão gráfico para jogos cooperativos. A Hazelight Studios fez um trabalho absolutamente brilhante ao criar mundos visualmente ricos, variados e belíssimos, utilizando todo o potencial das tecnologias atuais para oferecer uma experiência gráfica de primeira linha. Cada minuto que passei admirando os cenários, as animações, as texturas e os efeitos visuais foi um prazer imenso. É, sem dúvidas, um dos jogos mais bonitos e impressionantes que já tive o privilégio de jogar.
Side Stories e Conteúdos Opcionais
Um dos elementos que mais me surpreendeu nesse game foram as Side Stories. Estas são pequenas missões opcionais que aparecem no meio da campanha principal, representando histórias descartadas pelas autoras. Algumas são tão engraçadas e inovadoras que poderiam facilmente ser jogos completos. Em uma delas, viramos dentes que precisam escapar de um dentista insano num cenário açucarado; em outra, fomos porcos voadores, num momento hilário em que literalmente soltávamos arco-íris por aí. Esses trechos são simplesmente imperdíveis e contribuem enormemente para o charme e a variedade da experiência geral.
Som
Quando iniciei o game, confesso que minha atenção se prendeu inicialmente aos gráficos e à jogabilidade, que são verdadeiramente impressionantes. No entanto, logo fui tomado por algo que, em muitos jogos, pode acabar ficando em segundo plano: o áudio. Aqui, porém, a experiência sonora não só complementa como eleva todo o potencial do título a um patamar raramente visto antes. Posso afirmar, com absoluta certeza, que estamos diante de um verdadeiro espetáculo de som, cuidadosamente produzido para entregar emoção e imersão constantes ao longo de toda a aventura.
O primeiro impacto que tive ao colocar os fones e mergulhar no universo de Split Fiction foi a trilha sonora, simplesmente extraordinária. Cada composição parece ter sido feita sob medida para reforçar as emoções de cada cena específica. Em momentos épicos e heroicos, os arranjos orquestrais são grandiosos e vibrantes, com instrumentos de cordas e metais se destacando de forma majestosa, enquanto tambores poderosos ditam o ritmo acelerado das cenas de ação. Já nas fases mais tranquilas e contemplativas, a música assume tons suaves e delicados, com melodias serenas de piano e violino, proporcionando uma sensação de calma e introspecção quase hipnotizante.
A variedade musical presente no jogo é algo que me deixou impressionado durante toda a experiência. Como o game transita constantemente entre universos distintos – fantasia e ficção científica –, as faixas sonoras refletem brilhantemente essa dualidade temática. Nas áreas de fantasia, por exemplo, as melodias têm claras influências medievais e celtas, com flautas suaves, harpas delicadas e vocais etéreos que remetem aos contos clássicos e épicos que tanto amamos. Em contrapartida, nas fases futuristas, somos presenteados com uma sonoridade totalmente diferente: aqui, os sintetizadores, batidas eletrônicas intensas e efeitos digitais criam uma atmosfera que me fez sentir como se estivesse dentro de uma grande produção de ficção científica hollywoodiana. Essa capacidade da trilha de se adaptar perfeitamente a cada temática foi algo que me conquistou profundamente, mostrando um nível de cuidado sonoro poucas vezes visto na indústria.
Outro elemento auditivo que merece destaque absoluto são os efeitos sonoros. Posso garantir, sem exageros, que são alguns dos melhores que já tive o prazer de ouvir em qualquer jogo até hoje. Cada ação, cada objeto, cada ambiente conta com uma riqueza sonora incrível, fazendo com que tudo ganhe vida de uma forma extremamente convincente. Por exemplo, em cenas onde temos explosões ou batalhas intensas, cada tiro, cada impacto e cada pedaço de escombro que cai no chão possuem efeitos precisos e detalhados, dando peso real a cada ação executada na tela. Durante minha gameplay, fiquei maravilhado com o realismo dos sons de destruição, como vidros quebrando, metais se retorcendo, ou até mesmo a sutileza do som de madeira rangendo sob nossos pés em fases mais tranquilas.
Ainda falando sobre efeitos sonoros, não posso deixar de mencionar o brilhante trabalho feito com as armas e habilidades específicas dos personagens principais. Quando Mio empunha sua espada futurista, é possível ouvir nitidamente o zumbido energético da lâmina cortando o ar, enquanto Zoe, em suas fases mágicas, lança feitiços que são acompanhados por sons brilhantes e mágicos, quase como pequenos sinos ecoando no ambiente. Cada elemento de gameplay ganha mais vida com esses detalhes sonoros refinados e criativos, o que reforça minha sensação de imersão absoluta em cada universo apresentado.
Um dos pontos que mais me impressionou foi a espacialização sonora, especialmente ao utilizar fones de ouvido com áudio 3D. O jogo faz um trabalho fenomenal ao posicionar cada som precisamente no espaço ao nosso redor, criando uma sensação fantástica de profundidade e realismo auditivo. Em várias ocasiões, consegui identificar perfeitamente a direção de inimigos ou objetos interativos apenas pelo som, o que é uma experiência verdadeiramente gratificante. Houve momentos em que precisei fechar os olhos por alguns segundos só para apreciar melhor essa ambientação sonora meticulosamente construída – algo que raramente me aconteceu em outros jogos.
O trabalho feito com as vozes dos personagens também merece aplausos calorosos. A dublagem original é primorosa, com interpretações incríveis dos atores principais. As atrizes que interpretam Mio e Zoe conseguem transmitir emoções profundas com suas vozes, desde os diálogos mais sérios e dramáticos até as conversas leves e divertidas. Em cenas mais tensas, é possível sentir a ansiedade e o nervosismo nas vozes das personagens, o que adiciona uma carga emocional genuína à narrativa. É um trabalho excepcional que ajuda a construir personagens memoráveis e extremamente cativantes.
Outro destaque da ambientação sonora está nos diálogos secundários e ruídos de fundo que povoam os cenários. Seja em uma vila medieval cheia de camponeses e vendedores anunciando suas mercadorias com vozes distintas e bem caracterizadas, ou em uma cidade futurista cheia de anúncios holográficos, sons mecânicos e vozes robotizadas que ecoam pelas ruas, o detalhamento é tão grande que eu realmente me senti em um mundo vivo e pulsante. Cada cenário ganha uma camada extra de realismo e profundidade graças ao excelente design sonoro implementado pela equipe responsável pelo áudio do jogo.
Algo que também merece menção são os pequenos sons de interação dos personagens com o ambiente. Ao caminhar por grama alta, por exemplo, o som suave das folhas se movendo ao redor dos pés é extremamente reconfortante e detalhado. Em fases onde a chuva está presente, pude ouvir perfeitamente as gotas batendo contra diferentes superfícies, cada uma com um som específico: o metal, o vidro e a madeira recebem efeitos sonoros diferenciados e realistas, elevando ainda mais o nível de imersão auditiva.
Por último, quero elogiar a impecável mixagem de som, que equilibra perfeitamente todos esses elementos. Durante minhas horas de jogo, percebi claramente como os sons ambientes, trilha sonora e diálogos estavam sempre em harmonia, sem jamais se atropelarem ou ficarem confusos. Em cenas mais intensas e agitadas, o áudio se adapta para reforçar o clima caótico, enquanto em momentos mais tranquilos, tudo fica delicadamente ajustado para criar uma atmosfera serena e agradável.
Posso dizer sem exagero que o som do jogo é um espetáculo à parte. A trilha sonora magnífica, os efeitos sonoros impecáveis, a dublagem cativante e a ambientação auditiva minuciosa tornaram minha experiência memorável e imersiva como poucas vezes já tive. O trabalho de áudio aqui é digno dos maiores elogios, mostrando como um cuidado genuíno com a parte sonora pode transformar completamente a maneira como vivenciamos um jogo. Sim, estamos diante de um game com um marco sonoro, capaz de emocionar, empolgar e transportar jogadores diretamente para dentro da incrível aventura de Mio e Zoe. Uma experiência auditiva simplesmente inesquecível.
Diversão
Para começar, preciso destacar algo muito importante: a diversão proporcionada por Split Fiction está diretamente ligada à sua genialidade em explorar a cooperação. Jogar este game sozinho é simplesmente impossível, já que a colaboração entre os dois personagens principais, Mio e Zoe, é o coração pulsante dessa jornada inesquecível. Tive o prazer de jogar ao lado de um amigo, e a experiência foi tão imersiva e divertida que perdemos completamente a noção do tempo. Ríamos constantemente, discutíamos estratégias, comemorávamos nossas vitórias e até mesmo nos desesperávamos nas cenas mais caóticas. Em suma, foi uma experiência profundamente humana e incrivelmente prazerosa, como raramente experimentei em outros jogos.
Um dos fatores que torna Split Fiction tão divertido é a constante variedade de mecânicas que o jogo apresenta. Eu nunca senti que estava repetindo a mesma coisa duas vezes, já que cada fase introduz algo completamente novo e inesperado. A sensação que tive foi a de estar diante de um verdadeiro parque de diversões virtual, com uma atração mais empolgante que a outra. Em um momento, estava pilotando uma moto futurista enquanto meu parceiro atirava freneticamente nos inimigos que nos perseguiam; pouco depois, já estávamos voando sobre dragões mágicos e desviando de bolas de fogo lançadas por criaturas fantásticas. A transição entre essas atividades tão diferentes é tão natural e fluida que parecia quase mágica, mantendo o ritmo do jogo sempre acelerado e empolgante.
Além disso, preciso mencionar as missões secundárias chamadas “Side Stories”. Esses pequenos momentos, que inicialmente parecem ser apenas atividades opcionais, na verdade se revelaram verdadeiras pérolas da diversão. Cada uma dessas histórias paralelas trouxe ideias criativas e até bizarras que me surpreendiam constantemente. Um exemplo inesquecível foi a fase em que nos transformamos em porcos que literalmente soltavam arco-íris pela traseira, uma ideia completamente hilária que nos deixou às gargalhadas por muito tempo. Essas missões secundárias, que aparentemente são apenas um intervalo cômico, se mostraram tão ricas em diversão e originalidade que não poderíamos deixar de explorá-las todas. Elas reforçam a sensação de que cada detalhe em Split Fiction foi pensado para manter o jogador constantemente entretido e encantado.
Outro elemento que contribui diretamente para a diversão é o próprio design das fases, que conseguem misturar perfeitamente desafios com momentos de pura descontração. O equilíbrio entre dificuldade e acessibilidade é algo que me impressionou profundamente. Mesmo em trechos que exigiam precisão extrema ou reflexos rápidos, eu nunca senti frustração, pois o jogo oferece checkpoints generosos e permite recomeços imediatos após falhas. Essa abordagem amigável possibilita que jogadores de diferentes níveis de habilidade consigam se divertir sem grandes problemas. Eu e meu parceiro de jogo tínhamos níveis de experiência bastante distintos, mas o jogo conseguiu nos proporcionar uma experiência igualmente divertida para ambos. Essa acessibilidade torna o título ideal tanto para veteranos quanto para novatos no mundo dos games.
Também preciso ressaltar como Split Fiction usa suas diversas mecânicas para promover momentos genuínos de cooperação. Várias vezes precisei comunicar claramente com meu amigo para resolver quebra-cabeças complexos ou coordenar ações precisas. Foi nesses momentos que percebi o quanto a diversão deste jogo estava ligada diretamente à interação entre nós. Uma fase que ficou marcada em minha memória foi uma em que um dos personagens precisava controlar o movimento de plataformas enquanto o outro pulava sobre elas no tempo exato. A comunicação constante e a sincronia que desenvolvemos geraram uma satisfação incrível, fazendo com que cada vitória tivesse um gosto ainda mais especial. Não havia espaço para egos ou disputas individuais; aqui a diversão máxima só acontecia quando estávamos perfeitamente alinhados.
Outro aspecto que adorei foi a grande quantidade de referências à cultura pop, especialmente ao universo dos jogos. Diversas vezes, fui pego de surpresa por homenagens claras a outros clássicos do videogame, sejam na forma de mecânicas inspiradas em títulos consagrados ou pequenos easter eggs escondidos nos cenários. Essas referências criam momentos nostálgicos extremamente prazerosos, e reconhecer essas pequenas surpresas gerou uma sensação quase infantil de alegria, aumentando ainda mais o meu envolvimento com o jogo.
Além de toda essa diversão dinâmica e criativa, Split Fiction possui algo raro em jogos atuais: um humor realmente bem feito. A comédia está presente de forma inteligente e espontânea, sem nunca parecer forçada ou deslocada. Desde diálogos afiados e engraçados entre os personagens até situações absurdas que arrancam gargalhadas inesperadas, tudo é executado com maestria. Uma cena específica envolvendo um concurso de dança com um macaco gigantesco foi uma das coisas mais engraçadas que já vi em jogos recentes. Momentos como esse garantem que o tom do jogo nunca fique monótono, mantendo sempre uma atmosfera leve e extremamente agradável.
Também é importante destacar a sensação constante de descoberta que o jogo proporciona. Em nenhum momento senti que estava preso em uma rotina ou realizando tarefas repetitivas. Pelo contrário, cada nova fase era uma oportunidade para descobrir algo diferente e empolgante, seja um novo cenário, uma nova mecânica ou uma nova história secundária. Isso criou uma ansiedade positiva constante, me fazendo querer explorar cada canto dos cenários em busca de mais diversão e novidades. Não foram poucas as vezes que eu e meu amigo simplesmente esquecemos do objetivo principal da fase para aproveitar ao máximo as diversas atividades e interações divertidas que estavam disponíveis pelo caminho.
Finalmente, preciso mencionar o impacto emocional que a diversão do jogo me proporcionou. Apesar da leveza e do humor constante, Split Fiction consegue equilibrar momentos emocionantes e intensos com grande competência. A conexão que desenvolvi com os personagens, potencializada pelas interações cooperativas constantes, tornou cada vitória e cada avanço especialmente gratificante. A sensação de cumplicidade com meu parceiro de jogo, fortalecida pelas inúmeras situações que enfrentamos juntos, foi algo genuinamente tocante, e contribuiu muito para que a diversão do jogo fosse ainda mais profunda e significativa.
Fiquei com a sensação de que vivi uma das experiências mais prazerosas e completas que já tive em minha vida como jogador. Este é um título que entende profundamente o significado de diversão, oferecendo uma experiência variada, original, cheia de momentos memoráveis e repleta de surpresas agradáveis. É um jogo que, acima de tudo, celebra a alegria genuína de se jogar com alguém que gostamos, proporcionando uma diversão autêntica, contagiante e inesquecível.
Performance e Otimização
O jogo mantém uma estabilidade impressionante nos seus 60 quadros por segundo. Durante toda a minha aventura não senti em nenhum momento aquelas quedas que costumam tirar o jogador da imersão, mesmo nas cenas mais caóticas e repletas de efeitos especiais. Considerando que Split Fiction é recheado de sequências intensas, explosões vibrantes, perseguições frenéticas e lutas contra chefes gigantes, fiquei impressionado com a capacidade do jogo em manter a fluidez constante. Jogar um título tão criativo e variado com uma performance tão sólida e estável foi um prazer absoluto, aumentando significativamente a minha diversão e satisfação.
Outro ponto digno de destaque é o tempo de carregamento, praticamente inexistente. Ao passar de um cenário grandioso para outro completamente diferente, esperava encontrar aquelas telas tradicionais de loading, comuns em muitos jogos ambiciosos. Porém, a transição foi sempre imediata e suave, criando uma experiência quase cinematográfica de fluidez. Em vários momentos, até parei para refletir sobre como é possível que cenários tão amplos e detalhados sejam carregados tão rapidamente, sem nenhuma interrupção ou quebra na imersão. É nítido que os desenvolvedores tiraram proveito máximo das capacidades do SSD do PlayStation 5, garantindo uma experiência tecnicamente impecável e contínua.
Em relação ao modo cooperativo online, também fiquei positivamente impressionado com o nível de otimização do jogo. Joguei com um amigo, cada um em sua casa, conectado à internet, e não tivemos absolutamente nenhum problema de latência ou atraso significativo nas respostas dos comandos. Todas as nossas interações, mesmo as mais rápidas e precisas, eram imediatamente refletidas na tela, permitindo que pudéssemos resolver puzzles complexos e enfrentar inimigos de maneira extremamente coordenada. O netcode implementado pela Hazelight é de altíssima qualidade, e garante uma experiência fluida e responsiva mesmo em conexões mais modestas.
O modo multiplayer é robusto, mas não exige uma conexão absurdamente rápida para funcionar bem, algo que é uma verdadeira vitória em tempos onde jogos online costumam ser extremamente exigentes. A estabilidade das partidas online foi tão alta que, em vários momentos, era fácil esquecer que estávamos jogando à distância; parecia que meu parceiro de jogo estava ao meu lado fisicamente, dada a precisão e instantaneidade das nossas interações.
Em termos técnicos mais específicos, vale mencionar que a implementação da Unreal Engine 5 foi extremamente bem executada pela Hazelight. O jogo aproveita muito bem os recursos dessa poderosa engine gráfica, que normalmente poderia demandar bastante do hardware, sem que isso tenha impactado negativamente no desempenho. Pelo contrário, senti que a utilização dessa tecnologia de ponta foi feita com maestria, permitindo que os gráficos ficassem incríveis e a performance impecável ao mesmo tempo. A qualidade das texturas, iluminação dinâmica, sombras detalhadas e os inúmeros efeitos visuais foram exibidos sem qualquer prejuízo ao framerate, algo que realmente mostra a competência técnica da equipe desenvolvedora.
Algo que também chamou minha atenção foi a excelente otimização na hora de lidar com a divisão de tela, marca registrada da Hazelight Studios. Normalmente, jogos em tela dividida têm dificuldades em manter um desempenho estável, especialmente quando as cenas são graficamente intensas. Em Split Fiction, no entanto, cada metade da tela rodava com fluidez total, sem diferença perceptível na performance entre os jogadores. Foi realmente satisfatório perceber que a experiência não foi comprometida pela divisão, e que os desenvolvedores pensaram em tudo para assegurar a melhor performance possível nessa modalidade tão exigente.
Além disso, gostei bastante das inúmeras opções de acessibilidade e ajustes técnicos disponíveis. É possível adaptar a câmera, ajustar sensibilidade, reconfigurar os comandos e até mesmo mexer nas configurações gráficas para melhorar ainda mais a estabilidade, embora o jogo já venha perfeitamente configurado por padrão. Essas opções extras demonstram o cuidado especial que os desenvolvedores tiveram em garantir uma experiência personalizada para todos os tipos de jogadores, mostrando um nível de comprometimento e respeito que merece aplausos.
Durante toda a campanha, tive a oportunidade de observar os mínimos detalhes técnicos e fiquei surpreso por não ter encontrado absolutamente nenhum bug ou glitch que pudesse atrapalhar minha experiência. Mesmo durante os momentos mais caóticos, como lutas intensas contra chefes, perseguições cinematográficas ou cenas recheadas de efeitos especiais, o jogo manteve-se estável, polido e sem falhas. Em uma época onde muitos jogos chegam ao mercado com problemas técnicos significativos, encontrar uma obra tão bem acabada quanto Split Fiction é uma verdadeira raridade e motivo de grande satisfação.
A otimização também merece elogios por garantir que o hardware não fosse exigido de maneira exagerada. Mesmo após longas sessões de jogo, percebi que meu console se mantinha relativamente silencioso e com temperatura estável, sem sinais de superaquecimento ou barulhos excessivos dos ventiladores. Isso evidencia ainda mais o excelente trabalho de otimização e o cuidado que a Hazelight teve em não apenas entregar uma experiência impecável para o jogador, mas também preservar o equipamento durante sessões mais prolongadas.
Conclusão
Depois de muitas horas mergulhado no universo inacreditável de Split Fiction, eu posso afirmar sem sombra de dúvida que estamos diante não só de um dos melhores jogos cooperativos já criados, mas de uma das experiências mais completas, inventivas e marcantes que tive o prazer de desfrutar em toda a minha trajetória como gamer. Não digo isso levianamente; Split Fiction conseguiu superar não apenas minhas expectativas iniciais, que já eram altas, mas também estabeleceu novos padrões de qualidade, criatividade e diversão para qualquer outro título que venha a se aventurar pelo gênero cooperativo no futuro.
Desde o primeiro instante em que entrei nas histórias de Mio e Zoe, percebi que estava diante de algo verdadeiramente especial. A genialidade com que a Hazelight construiu as duas protagonistas, tão diferentes entre si e ao mesmo tempo tão complementares, fez com que eu me conectasse emocionalmente com a narrativa de uma forma que poucos jogos conseguiram anteriormente. A evolução das personagens, que começa com uma relação distante e evolui de maneira natural e convincente para uma amizade verdadeira, é algo que precisa ser experienciado pessoalmente para ser compreendido em sua total profundidade.
Mas não é apenas a narrativa cativante e a química impecável das personagens que tornam Split Fiction um jogo excepcional. A variedade impressionante das mecânicas e a constante inovação na jogabilidade são absolutamente arrebatadoras. Em nenhum momento senti repetição ou tédio; pelo contrário, fiquei constantemente empolgado e maravilhado, sempre me perguntando qual seria a próxima surpresa ou desafio. Passei horas trocando empolgadas exclamações com meu parceiro de jogo, diante das inúmeras novidades que apareciam a cada fase. Foram momentos genuínos de alegria e surpresa, daqueles que lembram por que nos apaixonamos pelos videogames em primeiro lugar.
Visualmente falando, Split Fiction é um espetáculo absoluto. Não é exagero dizer que cada cenário é uma verdadeira obra de arte digital, seja pela riqueza dos detalhes, seja pela impressionante direção artística que une o melhor dos universos da fantasia e da ficção científica. Diversas vezes precisei pausar para admirar cada cantinho, cada textura, cada efeito de luz que transformava as cenas em momentos dignos das melhores produções cinematográficas. A excelência gráfica do jogo eleva ainda mais o nível da experiência, proporcionando uma sensação constante de imersão que só é interrompida pelas necessárias pausas para expressar meu deslumbramento.
E quando falo em excelência, não posso deixar de destacar a fantástica trilha sonora e os efeitos sonoros do jogo. Raramente vi uma integração tão perfeita entre música, efeitos e narrativa. Cada fase possui um conjunto próprio de trilhas e sons que enriquecem a atmosfera e aumentam a intensidade emocional das situações vividas pelos personagens. Os temas musicais vão do épico ao intimista, sempre acompanhando o tom exato exigido pela história. Tudo é tão bem orquestrado que é impossível não sentir arrepios durante algumas sequências chave, principalmente nos momentos mais emocionantes ou dramáticos. É uma demonstração clara do cuidado e da atenção que os desenvolvedores tiveram com cada elemento do jogo.
Agora, o que realmente me conquistou e ficará marcado para sempre em minha memória é o quanto Split Fiction é absurdamente divertido. Não me lembro da última vez que um jogo proporcionou tantas risadas, momentos de tensão compartilhada e até mesmo pequenas discussões saudáveis sobre a melhor forma de solucionar um puzzle ou derrotar um chefe especialmente difícil. Jogar em dupla torna cada vitória muito mais saborosa e cada derrota mais motivadora. Com frequência, me peguei pensando que não queria que a aventura terminasse nunca, tamanha a alegria genuína proporcionada por cada nova descoberta e interação.
Outro aspecto que merece reconhecimento absoluto é a performance técnica impecável do jogo. Rodando de forma fluida e estável, com uma otimização que aproveita ao máximo as capacidades da nova geração de consoles, Split Fiction entrega uma experiência praticamente perfeita do ponto de vista técnico. Não encontrei nenhum bug, nenhuma queda de framerate, e até mesmo o modo cooperativo online funcionou perfeitamente sem apresentar atrasos ou qualquer problema técnico. A sensação de jogar um título tão ambicioso sem preocupações técnicas ou interrupções frustrantes é algo que engrandece ainda mais o valor deste jogo, mostrando que é possível sim unir inovação, ambição criativa e perfeição técnica.
Diante disso tudo, não consigo encontrar razões para não recomendar Split Fiction para absolutamente qualquer jogador que goste de experiências cooperativas, ou mesmo para quem nunca tentou um jogo nesse formato antes. Este é um título obrigatório, daqueles que vão ficar marcados na história dos videogames e, certamente, no coração de todos que tiverem a oportunidade de jogá-lo. Sua capacidade de unir mecânicas variadas, narrativa envolvente, gráficos impressionantes, som impecável e diversão genuína o coloca em um patamar muito acima de quase tudo que já experimentei antes no gênero.
E o que mais impressiona, talvez, seja justamente a coragem da Hazelight Studios em não ter medo de ousar, de ir além dos limites tradicionais e arriscar criar algo único e inovador. Split Fiction não apenas cumpre o que promete, como excede todas as expectativas possíveis, criando uma experiência que será lembrada por muitos anos como um verdadeiro clássico dos jogos cooperativos. Não há dúvidas: este é um jogo que merece e precisa ser jogado, não só por sua qualidade excepcional, mas também por sua capacidade rara de nos lembrar o quanto os videogames podem ser poderosos quando feitos com criatividade, paixão e dedicação.
Portanto, posso afirmar com toda segurança que Split Fiction é uma obra-prima gigante, uma experiência obrigatória e inesquecível, e desde já um fortíssimo candidato a melhor jogo do ano. Não deixe que essa oportunidade passe despercebida: chame um amigo ou amiga, prepare-se para muitas horas de diversão, emoção e maravilhas, e mergulhe de cabeça nessa aventura fascinante e apaixonante que é Split Fiction. Garanto que você não vai se arrepender e, assim como eu, certamente ficará sonhando com o dia em que poderá voltar a vivenciar mais experiências mágicas assim, novamente.
É o tipo de jogo que faz você se lembrar o verdadeiro motivo da sua paixão pelos videogames!
Pontos Positivos:
- Jogabilidade incrivelmente variada e criativa
- Visuais espetaculares
- Narrativa profunda e emocionante
- Personagens carismáticos e bem construídos
- Side Stories extremamente criativas e divertidas
- Excelente performance técnica e gráficos impecáveis
Pontos Negativos:
- Falta de dublagem em Português Brasileiro
- Alguns puzzles poderiam ser mais desafiadores
Avaliação:
Gráficos: 10.0
Diversão: 10.0
Jogabilidade: 10.0
Som: 10.0
Performance e Otimização: 10.0
Nota Final: 10.0 / 10.0 – Obra-prima absoluta!
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