Análise de Last Bronx

12 de janeiro de 2022 0 Por Markus Norat

Por: Augusto Aragão

Ficha do jogo:
Data de lançamento inicial: maio de 1996
Gênero: Luta
Desenvolvedoras: Sega AM3, Sega
Publicadoras: Sega, Tectoy, Xplosiv
Plataformas: Sega Saturn, PC – Computador (Microsoft Windows), PlayStation 2 (coletânea Sega Ages), Arcade.

Avaliação:
NOTA: 9.5

Os donos de Sega Saturn amargaram a dura notícia de não terem Virtua Fighter 3 adaptado para este console. Por outro lado receberam uma das melhores adaptações de um arcade de luta para este console.

Last Bronx poderia ser definido como uma bem sucedida mistura de Virtua Fighter (qualidade gráfica, comandos e combos) com Toshinden (uso de armas estilizadas). A história de Last Bronx é um tanto sombria e bem sentida na música de abertura: no futuro próximo, a cidade de Neo Tóquio está mergulhada em um ambiente de criminalidade (quanta semelhança com uma certa Detroit… não é?) e as gangues lutam para assumir o controle. Nisto, oito integrantes lutam entre si para decidir quem será o chefão (ou chefona, afinal o game também tem mulheres…).

Como tem se tornado uma constante nos últimos jogos da Sega para o Saturn, a abertura de Last Bronx é um desenho animado, bem ao estilo japonês. É muito boa e passa toda a emoção da cantora. Mesmo em japonês, a música possui legenda, o que ajuda a entender a história. Mesmo no final de cada personagem (no modo Saturn), há um pequeno desenho animado, alguns bem engraçados.

Fiquei realmente impressionado com a qualidade gráfica do jogo. Todos os lutadores são bem detalhados, com roupas bem estilizadas e principalmente: as faces têm expressão! É possível notar detalhes dos olhos e das bocas quando falam. Mesmo as armas são bem feitas, com tons de cores compatíveis e com efeito estroboscópico (os quadros de movimentos são visíveis) quando se movimentam. Aliás, cada lutador possui sua arma, de modo que o jogador encontrará: Bo (bastão de madeira), Nunchaku, Sai, espada de madeira, Tonfas, martelo de madeira, barras de metal e barra tripla (ou nunchaku triplo). Os cenários também são um destaque, pois passam um ambiente bem urbano. Diferente de muitos jogos de luta em 3D, em Last Bronx os cenários passam uma clara sensação de tridimensionalidade! Eles também são limitados, não havendo o famoso “ring out”.

Agora é uma pena que este jogo tenha uma música apenas razoável. Poucas músicas são empolgantes e isso causa uma certa monotonia. Last Bronx foi feito pela mesma equipe de Virtua Fighter, então por que ficou com uma música apenas razoável? Uma pena… Por outro lado os efeitos sonoros são ótimos e as vozes dos lutadores são bem diferenciadas. Aliás, a versão americana mantém as vozes em japonês, provavelmente para não tirar o clima do jogo (afinal, se passa em Neo Tókio). Os sons de pancadas e golpes com as armas também estão bons. A jogabilidade é ótima e simples.

Quem jogou Virtua Figher não terá dificuldade de jogar Last Bronx. Ou seja, se o inimigo cair no chão, não hesite e acerte-o! Há um sistema de combos em Last Bronx que é muito presente, mesmo quando se trata de golpear o oponente no ar. O jogo possui dois modos para ensinar os jogadores a fazer os combos. Sem sombra de dúvida, este é o jogo de luta 3D definitivo do Sega Saturn. Não hesite em jogá-lo!

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