Análise (Review) de Bad Run – Turbo Edition

15 de dezembro de 2022 Off Por Olivia Marinho
FICHA DO JOGO:
Lançamento: 21 de abril de 2020
Jogadores: 1 jogador
Gênero: Casual, Plataforma
Desenvolvedora: Headbang Games, Oray Studios
Publicadora: Headbang Games
Idiomas disponíveis: Inglês, Hebraico e Indonésio
Plataformas: PC – Computador, Celular – Mobile (Android)
Classificação Indicativa: Livre

Versão do jogo analisada: Versão Americana, para PC – Computador

O gênero de jogos runner sempre buscou inovar suas mecânicas, seja adicionando movimentos de parkour, como visto no clássico mobile VECTOR, ou então histórias mais elaboradas como na adaptação jogável do filme MAZE RUNNER, também para celulares. No jogo de “correr sem parar” analisado aqui, estaremos tratando de um spin off que conta com uma trilha sonora de metal hardcore intensa, muitos poderes desbloqueáveis e uma estória bem engraçada.

Square em sua mochila jetpack.

O maligno vilão Evil Pen ataca de forma certeira o herói Square, utilizando sua mais nova e terrível invenção, a Run-O-Matic 2000, fazendo com que nosso protagonista não possa jamais parar de correr. E cabe a nós ajudá-lo a derrotar seu arqui-inimigo estando em uma condição tão nefasta. Serão muitas fases repletas de plataformas, espinhos e inimigos nesse jogo runner extremamente veloz.

Produzido pela Headbang Games em colaboração com a Oray Studios, Bad Run – Turbo Edition é um spin off de outra série das produtoras, Chamado Bad Pad, onde encontramos o início de uma louca história sobre criaturas que são botões de controle que ganharam vida e que se engalfinham em uma batalha insana por poder.

Apenas pular e correr, mas 1001 desafios.

Tanto o jogo original quanto seu spin off mostram ter se inspirado em títulos como Meat Boy ou I Wanna Be The Guy, que são jogos que requerem do jogador altos níveis de precisão no controle e muita paciência, pois as tentativas e continues serão muitas.

Mas morrer em Turbo Edition não é um problema. Por se tratar de um jogo casual, é necessário passar pela experiência de tentar e perder, tentar e perder, para poder matar inimigos, coletar moedas e conseguir melhorar níveis de habilidades como salto, altura do pulo, velocidade do personagem e até mesmo poderes extras.

ASPECTOS TÉCNICOS

O jogo possui um único comando: pular (que na versão de PC pode ser executado apertando o botão X, ESPAÇO, ou o botão esquerdo do mouse, uma característica bem interessante até). Como essa função e outras habilidades do personagem vão sendo desbloqueadas aos poucos (chegando ao máximo no nível 5), o jogador pode se sentir um pouco mais frustrado no início do jogo, com partidas bem lentas e a escassez de moedas, que fazem retardar a evolução da campanha.

Apesar do jogo mostrar velocidade no trailer e até mesmo em sua gameplay mais tardia, é naquela primeira meia hora que pode capturar a atenção do novo jogador, que ele pode acabar se afastando. Não é um erro dos mais graves, mas torna o que deveria ser um jogo casual, ou seja, para jogar rapidamente para o tempo passar, em uma situação frustrante de início. 

“Tá ficando apertado!”

O jogo vai tomando forma conforme jogamos, com a evolução da quantidade e do valor de moedas que podem aparecer, com armas, turbos e até mesmo lutas com chefões, fazendo de BAD RUN um ótimo runner, no conjunto geral.

Outro ponto a se questionar é a execução da geração procedural de fases que apesar de servir como uma ótima maneira de gerar plataformas com espinhos e inimigos, dificultando a vida do jogador, mas acabam pecando na geração procedural de itens, também.

Prepare a destreza para desviar dos inimigos.

Em algumas missões é necessário coletar uma quantidade mínima de itens para passar de fase. Como os itens aparecem aleatoriamente, pode ser que uma fase dessas leve de 2 a 5 minutos, já que alguns itens ficam simplesmente inalcançáveis, seja devido a altura deles ou porque há muitos inimigos e espinhos em volta. Considerando o problema anterior da velocidade inicial, isso acaba tornando a experiência bastante frustrante.

Como o jogo é casual, não conta com checkpoints. Ou seja, é necessário recomeçar uma fase e sua missão do zero e esperar muito que a aleatoriedade de aparição de itens esteja a seu favor.

Esses problemas, certamente, não são tudo o que o jogo apresenta, pois, para além de sua performance, é preciso parabenizar a riqueza pixelada dos gráficos, com plataformas bem preenchidas de terra, metal, espinhos e inimigos. O jogo possui gráficos bem agradáveis de se ver e possui ótima resolução na versão para PC.

HARDCORE!!!

Tudo isso complementado com uma trilha sonora hardcore bem empolgante. São riffs de guitarra altamente ácidos e/ou sujos, acompanhados de baterias com cavalgadas secas e uma sensação de batalha épica bem estridente.

O jogo é bem gostoso, apesar da lentidão em começar a de fato dar suas caras e entregar toda diversão que promete. É preciso ter paciência e ver a evolução gritante do início para o meio da campanha.

CONCLUSÃO

Bad Run não é um jogo que vai tomar boas horas do seu histórico de gameplays no PC, e tudo bem, afinal é um jogo casual. Mas ele tem um ótimo fator repetição, que, apesar dos problemas apresentados anteriormente, consegue capturar o jogo mais ávido por um novo vício ou um novo desafio em platinar um título já que aqui contamos com muitas conquistas que são conquistadas sem muita dificuldade.

PONTOS POSITIVOS

  • Trilha sonora marcante. Ótimo para fornecer a ambientação necessária.
  • Muitas conquistas para desbloquear, deixando o jogo com um gosto de quero mais muito bom.

PONTOS NEGATIVOS

  • Fases às vezes longas demais para um jogo casual.
  • Má geração procedural de itens, dificultando a velocidade de progresso no jogo.
AVALIAÇÃO:
Gráficos: 10.0
Diversão: 7.0
Jogabilidade: 5.0 
Som: 8.0
Performance e otimização: 7.0
NOTA FINAL: 7.4 / 10.0

Essa análise foi produzida a partir de uma cópia cedida pela produtora do jogo.

Para acessar as mídias de Bad Run – Turbo Edition:

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