Análise de Virtua Fighter 2
9 de janeiro de 2021Por: Augusto Aragão
Ficha do Jogo: |
Data de lançamento do jogo original: novembro de 1994 Projetista: Yu Suzuki Plataformas: Arcade – Fliperama, Sega Saturn, Mega Drive (Sega Genesis), Playstation 2, PlayStation 3, PC – Computador (Microsoft Windows, Linux), Celular – Mobile, Wii, Xbox 360, Xbox One, Xbox Series X | S. |
NOTA: 9.0
Continuação do inovador Virtua Fighter, foi uma das adaptações mais aguardadas para o Saturn. Também é um dos mais finos exemplos da capacidade 3D do Saturn e do esmero da Sega em produzir o jogo para seu console de 32 bits.
O jogo em si apresenta dois novos lutadores, além dos oito originais, mas agora todos estão com um visual mais trabalhado (detalhes corporais e faciais estão mais nítidos). Este é um aspecto realmente impressionante, pois a renderização deu mais detalhismo ao jogo. A movimentação está a 60 frames por segundo e isso é uma agilidade necessária para um bom jogo de luta 3D. Entre as outras novidades há o Ranking Mode, Team Battle e a possibilidade de jogar contra um personagem do computador, após este ter “aprendido” (sim, isto é possível) o padrão de luta do jogador. Há a possibilidade do jogador escolher entre as músicas originais do Arcade ou de versões remixadas (o jogo é a versão 2.0 e 2.1).
Uma das grande melhorias está na jogabilidade e nos combos. Os primeiros Virtua Fighter (o 1 e o Remix) tinham uma jogabilidade meio dura e pouco ágil. Na segunda versão a jogabilidade está bem macia e bem solta, permitindo o jogador se movimentar mais livremente. Apenas os pulos ainda se mostram exagerados (altos demais). Os combos são bem fáceis de serem feitos e exigem apenas cadência nos botões de soco e chute. Para isso há um modo que ensina os golpes, por sinal, que somam mais de 200! O sistema de comandos ainda é o mesmo: A é defesa, B é soco e C é chute.
O padrão gráfico dos lutadores já foi comentado e é um dos melhores no Saturn. Os que já viram a versão Arcade sabem que o cenário também é 3D, mas no saturn eles foram substituídos por dois ou três planos de fundo. Eles não passam a mesma tridimensionalidade do arcade, mas satisfazem os olhos (especialmente no cenário de Dural). Outro aspecto que visualmente é muito bom, são os ringues. Eles possuem uma textura bem realista, que simula pedra, tijolo ou mesmo cerâmica. O único aspecto negativo dos ringues é que rotacionam demais, dando a parecer que estão soltos no cenário.
A apresentação do jogo é simples, mas boa. São mostrados os lutadores na forma antiga e então se transformando na versão nova. Então aplicam seus golpes especiais num modelo em wireframe.
A palheta musical também já foi comentada e é muito boa, realmente empolgando o jogo. Junto com a música, os efeitos sonoros das pancadas e quedas valorizam o jogo. A grande mancada nos efeitos sonoros está nas vozes dos lutadores! Elas estão péssimas, com uma qualidade realmente lamentável. Mal dá para discernir o que os lutadores falam! Ponto negativo para a Sega! Talvez as únicas que se salvam sejam as que anunciam os rounds e vitórias.
Este é um jogo de luta 3D para os fãs de Virtua Fighter, mas que pode ser substituído por Fighters Megamix, Last Bronx, Dead or Alive ou Zero Divide. Pode valer boas horas de pancadaria com os amigos.
Deixe o seu comentário abaixo (via Facebook):