God Of War (2018) – Análise (Review)
21 de fevereiro de 2021Ele destruiu o Olimpo, acabou com os deuses gregos, foi ao Hades e retornou à vida, tudo isso por seu desejo de vingança, corajoso, embora imaturo. Agora em um universo nórdico, Kratos parte rumo a uma missão pessoal, e que irá trazer à tona o passado que ele tanto quis enterrar.
God Of War, foi desenvolvido pela Santa Monica Studios e lançado em 20 de Abril de 2018 como título exclusivo do Playstation 4, sob direção de Cory Balrog.
Um Novo Mundo, O Mesmo deus
Kratos agora vive com seu filho Atreus em terras nórdicas, domínio dos deuses Odin, Thor, Freya e tantos outros dessa fantástica mitologia. Embora não tenhamos tantos detalhes sobre sua vida após os eventos de God Of War 3, onde ele acaba com todo o Olimpo e até mesmo com o próprio Zeus, seu pai, é nítido o quanto ele amadureceu e aprendeu com o seu passado, neste jogo, temos um Kratos que busca pensar antes de agir, diferente dos jogos anteriores que a fúria o dominava de tal maneira que não importava quem estava à sua frente, parecendo com que suas lâminas do caos tivessem vida própria.
Foi lançado um livro auto intitulado apenas como God Of War, escrito por J.M Balrog, pai do diretor do game, Cory Balrog, que aborda a história do jogo de forma bem minuciosa, o que pode nos esclarecer alguns detalhes que possam ter passado despercebidos durante a gameplay, afinal, nada como um bom livro para imergirmos em uma história.
Uma Promessa A Cumprir
Não se sabe muito sobre a vida atual de Kratos através do jogo, sabemos que ele se casou novamente com Laufey, uma gigante do reino de Jotunheim e que com ela teve um filho, Atreus. Sua missão consiste em levar as cinzas de sua esposa que veio a falecer após adoecer-se e despejá-las no pico mais alto dos nove reinos nórdicos. Partindo por um mundo cheio de surpresas e encontros marcantes, Kratos irá ensinar ao seu filho Atreus a como ser um homem perante um mundo cruel e desafiador, mas o que ele não sabia, é que ele também teria muito o que aprender com Atreus durante sua jornada
Camera e Ação
Diferente dos jogos anteriores da franquia nos quais tínhamos uma câmera travada sobre Kratos, neste temos o modo shoulder view, visão por cima do ombro, o que traz uma experiência bem diferente no que diz respeito ao modo de combate, movimentos e visão do mundo a sua volta.
Mesmo se tratando de um mundo linear, ele é bem amplo e nos dá liberdade de conhecer e explorar cada lugar que esteja ao nosso alcance.
Escolher, Analisar e Aprimorar
O aprimoramento das armas de Kratos permanecem, mas com um adendo, desta vez ele também possui armaduras, as quais encontramos várias durante a aventura e que além de terem um belo design, nos ajuda a subir o nível do personagem, algo bem apropriado para algumas batalhas.
Confesso que a primeira vez que vi Kratos empunhar um machado, não achei algo interessante, afinal, as lâminas do caos eram incríveis e para mim, difícil de sem superadas, porém depois de ter iniciado o jogo foi paixão à primeira machadada, o Leviatã é sem dúvida alguma um dos adendos mais inovadores deste God Of War. Uma característica bem legal, é que o Machado Leviatã, funciona como o Mjolnir, o Martelo de Thor, que ao esticar o braço ele volta para a sua mão.
Atreus é um garoto que ainda desconhece o mundo perigoso no qual vive, mas isso não reprime sua coragem e sede por conhecimento. Durante os combates ele é de extrema ajuda ao empunhar seu arco e flecha, algo de grande valia para quando há vários inimigos a se enfrentar. Assim como as armas de Kratos, as de Atreus também podem ser aprimoradas, além dos ataques rúnicos, uma forma de ataques mágicos e que podem ser poderosos se aprimorados e usados da forma correta.
Inovações e Carregamentos Rápidos
Os combos para finalização dos inimigos mais fortes não estão presentes como eram antigamente, nos quais devíamos apertar uma sequência de botões para que Kratos terminasse o “serviço”, ao meu ver, isso é ótimo, pois desta forma conseguimos visualizar melhor as finalizações, apresentando um modo de jogo mais fluido.
As transições do jogo para as cutscenes são contínuas, o que traz maior imersão na aventura, pois não há cortes ou longos períodos de carregamento para que elas aconteçam.
Explorando O Reino Nórdico
Seu mapa não é grande, justamente por se tratar de um mundo linear, mas mesmo assim temos vários lugares que podemos explorar e encontrar colecionáveis, como artefatos, espólios, tesouros, pergaminhos e etc. Portanto, explore-o o máximo que puder.
Nessa aventura contamos com diversos personagens icônicos da mitologia nórdica, como a “Serpente do Mundo”, Jormungandr; Brokk e Sindri, os irmãos anões ferreiros, responsáveis por forjar o Mjolnir, o Martelo de Thor; Freya, conhecida como a deusa do amor e da fertilidade, entre outros.
E em meio a todos esses deuses temos Mimir, um sábio conhecido por sua sabedoria e conhecimento em todos os nove reinos nórdicos, ele irá ajudar Kratos e Atreus em sua aventura rumo ao seu objetivo, além de contar várias histórias que envolvem essas terras misteriosas.
Navegando Pelos Reinos
Nosso principal meio de locomoção é um pequeno barco, mas que nos garante o acesso à todos os lugares, principalmente o Lago dos Nove, lugar onde encontramos os portais que nos levam a outros reinos além de Midgard. É neste barco que ouvimos várias das mais fantásticas histórias de Mimir, diversas vezes naveguei apenas para ficar ouvindo-o e conhecer um pouco mais sobre essa incrível mitologia.
A Imersão Musical
Um dos pontos que mais me marcam nos jogos, além de sua estória, é a trilha sonora, acho fantástico o poder que a música tem em nos envolver com determinada cena, seja ela um momento de reflexão, saudade ou fúria, e neste God Of War ela faz isso de forma esplêndida. Essa incrível experiência musical ficou a cargo de Bear McCreary, músico e compositor responsável pela trilha da série Outlander, muito boa por sinal.
Muito Mais Que Um Jogo
A primeira vez que joguei o primeiro jogo da franquia para o Playstation 2, também sob título de God Of War, foi em meados de 2006. Ao jogar esta sequência me identifiquei muito com Kratos, no que diz respeito à sua maturidade, o quanto ele evoluiu como pessoa, embora seja um deus, e como pai, afinal na primeira aventura eu tinha apenas 19 anos, e hoje muitos de meus pensamentos não são mais os mesmos que daquela época. Uma coisa é certa nesta obra, ela nos mostra que o tempo pode nos moldar e nos tornar pessoas melhores do que já fomos um dia.
Durante o showcase de lançamento do Playstation 5, foi divulgado o teaser de uma sequência, até o momento intitulada de God Of War Ragnarok, ainda para 2021.
Nota Final: 10.0 / 10.0
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