Análise de Batman: Arkham Asylum

13 de março de 2021 0 Por José Daniel
Ficha do Jogo:

Lançamento: 25 de agosto de 2009.
Gênero: Ação e aventura, beat ’em up, stealth.
Desenvolvedores: Rocksteady Studios.
Publicadora: Eidos Interactive e Warner Bros. Interactive Enternainment.
Plataformas: Playstation 3, Playstation 4, Xbox 360, Xbox One, PC – Computador (Microsoft Windows) e Ouya.

Classificação Indicativa: +18.

SELO DE OURO: Jogo Altamente recomendado; permita-se viver essa experiência!

Apresentação Inicial
Quem nunca ouviu falar no maior detetive do mundo? Batman é um dos maiores heróis de todos os tempos e isso é fato. Sempre esteve presente na cultura pop, indo desde de filmes e jogos até brinquedos e bugigangas (ou para os mais íntimos “bat-gangas”). O nosso super-herói favorito conseguiu revolucionar os jogos de beat ’em up e o nicho de heróis. É impressionante o trabalho que a Rocksteady Studios fez. A empresa era novata e até então havia desenvolvido apenas um game, o não tão conhecido Urban Chaos: Riot Response (para conferir a análise de Riot Response, clique aqui).

Por muitos anos, diversos jogos do Batman foram baseados ou derivados de alguma mídia externa, seja os filmes ou animações, mas dessa vez, a saga Arkham teve uma inspiração na HQ de Arkham Asylum. Apesar dessa inspiração, o game possui um enredo original e muito bem feito, por sinal. Infelizmente o game não apresenta legendas em português na versão original, apenas na versão remasterizada.

Vale lembrar que muito do que for dito nessa análise valerá para os outros jogos da saga Arkham.

Enredo

O nosso queridíssimo vilão, Coringa, foge do Asilo Arkham, mas se entrega para o Batman. Batman acha tudo muito suspeito e decide ele mesmo levar o Coringa de volta ao Arkham, pois ele imagina que o palhaço pode estar tramando alguma coisa. O objetivo era exatamente esse, atrair o Batman para dentro do Asilo, uma vez que muitos outros vilões do Homem-Morcego foram encarcerados lá. A ideia era conseguir uma toxina e transformar os internos em “mini-Banes”, por assim dizer. Para isso, o Coringa precisaria causar uma rebelião para poder dominar Arkham e ter o apoio dos detentos.

Como o Jogo Funciona?

Batman: Arkham Asylum trouxe um novo jeito de jogar. Fez uma reforma completa para deixar a jogabilidade leve, dinâmica e precisa. Um Batman como nunca visto antes no mundo dos games. O jogador enfrentará diversos inimigos ao mesmo tempo. Isso parece ruim, funciona mesmo? A resposta é: SIM! O jogo funciona da melhor forma possível, com um combate rápido, uma direção localizada, que proporciona uma mobilidade maior ao Batman e dessa forma consegue atacar os inimigos sem ter que posicionar o ataque. Um contra-ataque, onde os inimigos que estão prestes a te atacar, um raio azul pisca acima de sua cabeça, facilitando a identificação do golpe. Há também os raios amarelos (normalmente simboliza inimigos com facas e o modo de esquiva muda um pouquinho) e vermelhos (ataques que não podem ser defendidos).

Existe uma grande variedade de habilidades que o jogador poderá adquirir com pontos ganhos através de XP (pontos de experiência). Além dessas habilidades, também é possível desbloquear novos “bat-equipamentos” (se tem Batman, precisa ter o “bat” antes de qualquer palavra), esses equipamentos são necessários para realizar diversas ações no decorrer do jogo, seja na campanha ou na caça aos coletáveis que mencionarei mais para frente.

Screenshot da tela de habilidades

Os equipamentos ficam a sua disposição a partir do momento em que são adquiridos. Antes de conseguir todos, algumas ações não serão possíveis, então o jogador só poderá realizar assim que conseguir o bat-apetrecho. Entre eles estão: os batarangues, o rapel, o batarangue sônico, adesivo explosivo, bat-garra, controle de criptografia (utilizado para hackear computadores) e o batarangue remoto (pode ser controlado a distância).

Como nosso querido herói é um exímio detetive, ele possui incorporado em sua máscara, uma visão de raio x, que o permite ver pelas paredes, ver a condição emocional dos inimigos (se eles estão em um grupo grande, permanecem tranquilos, mas quando estão sozinhos com o morcegão, ficam em pânico e começam a cometer erros), se estão armados ou não e identificar algum item.

Screenshot do modo detetive

Batman possui uma armadura que protege contra armas de fogo e armas brancas, porém é necessário melhorar o traje para que isso se torne eficiente.

Outro ponto bem interessante do game são os inimigos e os vilões. Batman terá que enfrentar inimigos de diversos tipos e de gangues diferentes, cada vilão tem seus capangas. A variedade é boa, muitos vilões estão presentes. Entre eles estão: Era Venenosa, Bane, Crocodilo, Charada (somente por voz e enigmas), entre outros.

Há uma tela de biografia, contendo informações e áudios de vários personagens. Ela é constantemente atualizada, conforme o jogador avança na história e resolve enigmas, é destravado uma nova biografia ou ela é incrementada.

A princípio, o mapa parece ser pequeno, já que se passa dentro de Arkham, porém, não é bem assim. Arkham funciona como se fosse uma mini cidade. Existem várias alas espalhadas pelo cenário, desde ala médica até a ala prisional. A ambientação é lindíssima, tudo nos mínimos detalhes. Tudo remete de alguma forma à algum vilão. Diversas plantas espalhadas, dentaduras de brinquedo, itens psiquiátricos, relatórios e por ai vai. É tudo muito bem feito e trabalhado.

Também é possível ver pontos de interrogação no mapa, que representam os troféus do Charada e cada setor há uma charada diferente, que assim desvendadas libera alguma informação sobre o local.

Há um mapa para cada ala do jogo, por isso a sensação de ser pequeno.

Existem alguns troféus de artes que podem ser conquistados resolvendo os enigmas do Charada. São modelos em 3D dos personagens e veículos do Batman que são incrivelmente bonitos e detalhados. Esse foi um dos motivos de eu ter ido atrás de coletar vários para poder observar no menu após jogar.

Coringa e Scarface

Um dos pontos mais fortes do game são os gráficos. Era muito a frente do seu tempo e continua belíssimo até os dias atuais. Como é um padrão da saga, todos os jogos seguintes seguiram muito bonitos e detalhados, mantendo a qualidade e chegando ao seu ápice com Arkham Knight em 2015. Na minha jogatina eu não presenciei nenhum bug que atrapalhasse o desenvolvimento do jogo, somente alguns de personagens entrando em paredes e coisas do tipo, mas foram raros. O game apresenta um atraso de renderização em diversos momentos, mas nada que fosse atrapalhar (somente uma estranheza no início) e não fosse resolvido em segundos.

A trilha sonora é magnífica. Toda orquestrada e com uma característica única, que de longe é possível reconhecer que é do Batman. Nos momentos de ação ela está presente, nas partes em stealth, as cenas ficam mais emocionantes quando a trilha está presente, ainda mais por ser um fator muito recorrente no game. O stealth funciona muito bem, Batman pode andar abaixado e pegar de surpresa um inimigo desprevenido ou cair em cima dele e nocauteá-lo com um ataque por cima. Caso detectado, a música se intensifica e para fugir de inimigos, principalmente os armados, é necessário se esconder e ficar nas sombras.

Extras: Influências

A nova maneira de lutar que Arkham Asylum trouxe, foi passada adiante e diversos games adotaram essa nova mecânica, entre eles: Spider-Man (2018), Deadpool (2013), Remember Me (2013) e Shadows of Mordor (2014).

Nas imagens, respectivamente: Shadows of Mordor, Remember Me, Spider-Man e Deadpool.

Conclusão

Batman: Arkham Asylum é um marco histórico para os games e na história do herói. Um jogo digno de aplausos e elogios. Gráficos incríveis, juntamente com um enredo bem feito, jogabilidade prazerosa e dinâmica. Tempo de campanha vai de aproximadamente 15 horas e esse tempo aumenta caso forem tentar fazer o 100%. Trilha sonora perfeita para a proposta do jogo e uma renovação para o personagem. Recomendado para amantes de histórias em quadrinhos, heróis ou somente para apreciadores de um excelente jogo.

Nota: 10/10

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