Análise de Batman: Arkham City

Análise de Batman: Arkham City

24 de março de 2021 Off Por José Daniel
Ficha do Jogo:
Lançamento: 18 de outubro de 2011.
Gênero: Ação e aventura, beat ’em up, stealth.
Desenvolvedores: Rocksteady Studios.
Publicadora: DC Entertainment e Warner Bros. Interactive Enternainment.
Plataformas: Playstation 3, Playstation 4, Xbox 360, Xbox One, PC – Computador (Microsoft Windows e MacOS), Cloud (OnLive) e Wii U.

Classificação Indicativa: +14.

SELO DE OURO: Jogo Altamente recomendado; permita-se viver essa experiência!

Apresentação Inicial

Já sabemos o sucesso que Batman: Arkham Asylum foi e se tem uma coisa que era mais que esperado, era uma continuação para essa magnífica história. A prova do sucesso está que Arkham Asylum e City acabaram se tornando GOTY (Game Of The Year ou simplesmente Jogo do Ano) em seus respectivos anos de lançamento. Foi um lançamento que novamente fez história. Sabemos o quanto esse game foi uma gigantesca evolução de seu antecessor e como que isso impactou o mundo dos jogos. Foi maravilhoso ver o Batman novamente em ação, com novos vilões e em um mapa bem diferente do que estávamos acostumados. Valeu a pena esperar por essa obra-prima.

Vale a pena lembrar que muito do que for dito nessa análise valerá para os próximos jogos da saga Arkham.

Enredo

Após os acontecimentos do game anterior, Quincy Sharp, anteriormente diretor de Arkham Asylum, agora é prefeito de Gotham City. Depois de algum tempo como prefeito, Sharp decide que Arkham Asylum e a prisão de Blackgate são perigosas demais para a cidade e quer encerrar as atividades por lá. O então prefeito, ordena ao professor e cientista Dr. Hugo Strange, isolar uma parte da cidade e mandar todos os delinquentes para essa região, a famosa “Cidade de Arkham”.

Bem-vindo à Arkham City.
Coringa com seu belo e sádico sorriso.

Bruce Wayne dá uma coletiva de imprensa anunciando que apoia o fechamento do Asilo Arkham. Muitos vilões acabaram escapando de lá e obviamente isso não é nada bom. Logo após a coletiva, Bruce acaba sendo sequestrado por Hugo Strange que tem novos planos para a Arkham City. O vilão sabe da identidade secreta de Batman e usa isso contra ele. Strange iniciará o chamado Protocolo 10 que destruirá toda cidade de Arkham. A cidade agora está cercada, cheia de muros e bloqueios e com muitos bandidos à solta. Dessa forma, cabe ao nosso Homem-Morcego evitar que mais tragédias ocorram.

Em meio a todo caos, Batman se vê em uma situação extremamente complicada, sozinho e se sentindo o responsável por tudo que está acontecendo. Bruce é, definitivamente, somente uma segunda personalidade de Batman e não o contrário. A salvação de todos está em suas mãos que já não estão mais tão limpas como quando começou a atuar como um super-herói.

O Detetive das Sombras
Screenshot de Batman: Arkham City.

Como o Jogo Funciona?

Batman: Arkham City pegou tudo que funcionou em Arkham Asylum e aprimorou 100%, desde sua história até a jogabilidade e a presença dos aclamados vilões. Um de seus maiores diferenciais foi seu extenso mapa. Após a saída do grande Asilo, a cidade se tornou um excelente lugar para se explorar. Maior, mais denso, inimigos espalhados pela cidade, cada um com sua gangue específica. Na região do Pinguim, internos característicos, na região do tribunal de Gotham, o do Duas-Caras e por ai vai. Tudo foi feito da melhor forma possível.

Internos conversando.

Batman pode planar por praticamente toda a cidade e com a ajuda de seu gancho, desfila escalando os prédios (bem no estilo Homem-Aranha) e até mesmo podendo dar um rolezinho preso no helicóptero da Tyger, que faz a vigilância da cidade. Enquanto plana por Arkham, Batman pode ouvir os internos conversando na rua.

É impressionante o nível de detalhe, já que cada um tem algo a dizer e são várias faixas de áudios, demora um bom tempo até começar a repetir os diálogos. Eles podem reclamar do clima, por estar muito frio, dizer algo sobre o Batman ou contar algo que eles sabem sobre os vilões. Os agentes da Tyger quando avistam o Batman também fazem comentários, como: “O Batman está dando uma surra em alguns caras na rua! ” ou “Ele acabou com aqueles loucos para valer”.

Internos conversando.
Artes conceituais de alguns capangas do Coringa.

Durante a exploração da cidade, é possível encontrar elementos de quem domina a área que está. Plantas, palhaços, balões, blocos de gelo e até chapéus e ursinhos de pelúcias são possíveis de se encontrar espalhado pelo mapa. O nível de detalhe é inacreditável. Algo muito superior ao que já estávamos acostumados.

Batman no helicóptero da Tyger na região da Hera Venenosa.

Equipamentos

Arkham City trouxe diversos equipamentos novos para diversificar ainda mais o gameplay do jogador. Reprisaram os equipamentos do Asylum, porém a presença de uma “garra rápida”, ajuda na dinâmica de exploração do mapa. Bomba de gelo, granada de fumaça, arma de choque são alguns dos novos apetrechos. Para conseguir novos equipamentos é necessário progredir na história e fazer os desafios da Wayne Tech espalhados pelo mapa (são necessários para conseguir o 100% e ajuda no decorrer da história).

Alguns dos equipamentos iniciais.
Árvore de habilidades do Batman.

Habilidades

A árvore de habilidade do Homem Morcego está bem maior. Agora é possível encontrar cada habilidade separada por “camadas”, indo desde o bat-traje até o instinto predador do Batman. São muito necessárias para conseguir um bom desempenho no jogo, então recomendo muito sempre prestar a atenção na hora de upar seu herói.

Vilões

Dentre todos os pontos positivos mencionados até agora, esse definitivamente é um dos maiores e melhores, se não for o melhor. Arkham City deu a devida atenção ao conteúdo apresentado de cada vilão. Alguns continuam presentes, outros novinhos em folha, como o Dr. Victor Fries, mais conhecido como Mr. Freeze, Bane, Charada (dessa vez de forma física), entre outros. Para aumentar a interação com eles, cada um possui uma série de missões próprias, que são as missões secundárias do game, além de alguns crimes espalhados pela cidade e os pontos de realidade aumentada (desafios da Wayne Tech). As missões possuem objetivos relativamente simples, porém, assim que realizados por completo, pode ocorrer uma batalha entre Batman e o determinado vilão, contribuindo para a história principal, revivendo acontecimentos anteriores ou complementando a história do inimigo.

Mapa

O mapa está bem maior que Arkham Asylum e oferece um fator replay bem grande para poder explorar tudo. Isso faz com que realizar o Novo Jogo+ seja prazeroso. Apesar de ser cercado por muros gigantescos e cheios de arame, a cidade é bem diversificada, cada ponto possui suas próprias características e por todo ele estão os troféus do Charada. A coleta desses troféus torna a aventura desafiadora, uma vez que para resgatar, é necessário fazer alguma coisa, seja apertar um botão ou resolver um quebra cabeça. Tudo isso oferece um grau de desafio elevado. Agora é possível marcar um local específico no mapa, dessa forma, funciona como um GPS e orienta o jogador para chegar no local.

Os locais que estão marcados com um contorno azul são locais em que se pode entrar, como: delegacia, tribunal e museu.

Charada

Além de coletar os troféus, o jogador pode encontrar alguns pontos históricos ou marcações específicas pelo mapa para poder desbloquear algumas habilidades, artes conceituais e artes em 3D. Também é possível desbloquear informações sobre alguns locais, como: Ace Chemicals e Teatro.

Desafios e coletáveis do Charada.
Biografia do Batman.

A tabela de biografia está bem completa e mais bonita que a anterior. Ao avançar na história, os acontecimentos e personagens descobertos são registrados no menu de biografia. Diversos áudios de personagens são salvos e complementam o entendimento do enredo.

Durante a campanha, será possível encontrar alguns gatinhos em locais específicos. Esses são os pontos de troca de personagem. Existe uma espécie de campanha que é possível jogar com a Mulher Gato, que está dando um apoio ao Batman. Suas missões são muito boas e a jogabilidade flui tão bem quanto jogando com o morcego. Na árvore de habilidades de Batman, há uma parte específica só para upgrades da nossa “heroína”.

A Mulher gato possui apetrechos que a auxiliam durante o combate. Ela possui um chicote, amarras (funciona como o batarangue, porém pode prender os inimigos), estepes, entre outros. Existem alguns troféus do Charada que só podem ser coletados por ela. Eles são rosas e normalmente exigem usar as habilidades da felina.

Imagem em 3D da Mulher Gato.

Desafios e Medalhas

Já pensou como que seria legal poder jogar com o Robin ou com o Asa Noturna? Pois é, agora isso é possível! Arkham City trouxe em seu modo desafio a opção de jogar utilizando, além do Batman e Mulher Gato, Robin e Asa noturna. Cada um com sua própria habilidade e modo de jogo. Jogando com o Robin, eu explicarei nos extras, agora o Asa Noturna possui dois bastões de choque que utiliza como equipamento principal. Além disso, ele pode utilizar uma explosão elétrica, bastão de esgrima, neutralizador, bat-garra, wingding (espécie de batarangue) e dardos.

Em modo desafio, o jogador tem que atingir uma pontuação específica para conquistar algumas medalhas. Para cada pontuação há uma medalha diferente. Esse modo é semelhante ao modo desafios de Arkham Asylum, porém é bem mais dinâmico e diversificado no City. Vale a pena lembrar que para jogar com o Asa Noturna e com o Robin é necessário ter a versão GOTY do game ou as DLCs dos respectivos personagens.

Asa Noturna no modo desafio.

Erros e Problemas

Como qualquer outro game, Batman apresenta pequenos bugs e alguns problemas de inteligência artificial, mas nada que impeça de progredir na história ou atrapalhe. Inimigos vão entrar diversas vezes na parede, no chão, cair todo torto e parecendo um boneco de posto. A inteligência artificial, pode acontecer de desligar e os inimigos ficarem cegos e surdos ou simplesmente ignorarem a sua presença. Apesar desses pequenos problemas, nada irá comprometer o seu jogo, apenas poderá causar risos.

Extras: DLCs e Trilha Sonora

O game apresenta DLC de skins (as famosas roupinhas de personagem), roupas para o Batman e até o Asa Noturna. Batman possui a maior quantidade, e são as mais bacanas. DLC do Asa Noturna como personagem jogável, e a mais importante delas, A Vingança de Harley Quinn, que acrescenta algumas boas horas de jogo e é totalmente jogável com o Robin.

Robin possui suas próprias habilidades e upgrades. Seus equipamentos são: batarangues, bat-garra, rapel, escudo, bastão. Como um assíduo atleta, Robin possui uma jogabilidade bem rápida e fluída, além de ser bem semelhante ao modo de luta de Batman. Todo o foco dessa DLC é voltado para Robin e Arlequina.

Novamente, a trilha sonora é feita de maneira magnífica e combina com todos os momentos em que aparece. Dificilmente a música cessa. Durante todo o gameplay, a trilha sonora irá acompanhar o jogador e tornará tudo mais envolvente e imersivo. Batman possui uma das melhores trilhas sonoras dos games e sem sombra de dúvidas vale a pena apreciar até mesmo fora do jogo.

Skins do Batman.

Conclusão

Batman: Arkham City é o ápice até então e traz uma maior imersão ao universo sombrio do Morcego. Suas inovações fazem o anterior parecer ultrapassado, mesmo que seja originalmente a essência do herói. Sua história é riquíssima, complementa e continua o que foi apresentado anteriormente. É essencialmente um jogo novo, digno de jogo do ano, definitivamente. A apresentação dos vilões é feita de forma clara e gradativa. Dessa forma, prende o jogador até o fim, na expectativa de ver o que está para acontecer. Proporciona boas horas de jogo, seja da história principal, desafios ou DLC. É um título obrigatório para amantes de heróis, quadrinhos e jogos de qualidade.

Nota: 10/10

*Para acessar as minhas redes sociais basta clicar nos botões abaixo:

Deixe o seu comentário abaixo (via Facebook):