Análise de Biomutant — misture tudo e o resultado será bom
11 de novembro de 2021Ficha do Jogo: Lançado em: 25 Maio 2021 Jogadores: 1 jogador Gênero: RPG de ação, tiro em terceira pessoa, hack and slash Publicado por: THQ Nordic Desenvolvido por: Experiment 101 Tamanho do arquivo: 13.6 GB Idiomas disponíveis: Inglês e português Plataformas: PC – Computador via Epic Games e Steam, Xbox One, Xbox Series S|X, Playstation 4 e Playstation 5 |
Disponível gratuitamente na Xbox Live entre os dias 28 à 31 de outubro de 2021, Biomutant teve tempo suficiente para mostrar seu potencial.
O game da desenvolvedora sueca, Experiment 101 e distribuído pela THQ Nordic, une diversos gêneros em um, e faz isso de uma forma incrivelmente positiva.
Una animais antropomórficos à um RPG de ação em mundo aberto, combate corpo-a-corpo ao melhor estilo hack and slash, tiro em terceira pessoa e, uma pitada de puzzles para serem resolvidos. Biomutant consegue unir todos esses atributos de maneira muito respeitosa, o que é garantia de uma gameplay, no mínimo, divertida.
O game inicia com a escolha das características de nosso personagem, ao melhor estilo dos RPGs que já conhecemos, são 6 raças com diferentes atributos cada, são elas:
Primal — É uma espécie antropomórfica com velocidade desenvolvida. Híbridos dotados de uma mutação genética, que os torna ágeis e hábeis, à custa de um intelecto menos desenvolvido.
Dumdon — Dumdon é a espécie antropomórfica menos desenvolvida. Um ramo híbrido que compensa a falta de aptidão mental com força física.
Rex — Rex é uma espécie antropomórfica com um desenvolvimento extraordinário. Híbridos proscritos, cuja sequência de DNA os torna aptos tanto para desafios físicos quanto mentais.
Hyla — Hyla é uma espécie antropomórfica com capacidades regenerativas muito desenvolvidas. Híbridos dotados de uma mutação genética que os torna muito fortes e resistentes.
Fip — Fip é uma espécie conhecida por ter uma mente superdesenvolvida. Sua genialidade está diretamente ligada ao poder do Ki, que amplifica suas capacidades psiônicas.
Murgel — Murgel é a definição de espécie idealizada. Sua linhagem evolucionária seguiu um curso que prefere forma e aparência em lugar de função.
Sem grandes diferenças entre si, as raças além de alterarem a aparência de nosso personagem, garantem uma escolha de atributos principais que consistem em ter uma maior performance nos combates corpo-a-corpo, inteligência para resolver puzzles, vitalidade para aguentar mais danos e aparência para ter uma melhor aceitação. Contudo, ao subir de nível, ganhamos pontos de atributos extras para balancear nossos status, que são dividos em vitalidade, força, intelecto, agilidade, carisma e sorte.
Além da raça, existem as classes, são elas que definirão as armas que usaremos em nossa jornada. Nesse caso, as classes são divididas em 5:
Pistoleiro — São ladinos habilidosos e traiçoeiros que optaram por uma vida fora da lei e dos valores da sociedade.
Soldado — Soldados são treinados como agentes de uma força-tarefa especial. Eles costumam trabalhar em pequenas equipes.
Psicodoido — Psicodoidos fazem experimentos com poderes psiônicos e mutações. Costumam ser exilados à margem da sociedade.
Sabotador — Sabotadores são exploradores sagazes e habilidosos, treinados para operar secretamente tanto em ambientes urbanos quanto selvagens.
Sentinela — Sentinelas dedicam suas vidas a proteger seus lares. Essa dedicação é pela organização como um todo, incluindo a crença veemente em sua doutrina.
Em conjunto com as raças, as classes definem as características do personagem. Habilidades extras serão incluídas aos atributos.
A jogabilidade é fluida, durante o game a movimentação é rápida e focada nos combates, os golpes de Kung-Fu garantem uma plástica interessante nos combates, que muitas vezes são épicos, contra seres gigantescos. As características das armas de fogo — ataques secundários — que são separadas entre rifles de assalto e pistolas, basicamente, alterando a força e velocidade delas, dão um ar de Devil May Cry à gameplay.
A história possui sua profundidade, sendo inicialmente contada na infância de nosso personagem, que teve episódios traumáticos envolvendo seus pais, é preciso, após adulto, escolher entre seis facções para fazer parte e dar início à nossa jornada num mundo pós-apocalíptico. Cada facção possui suas próprias características e costumes, mas em suma, serão os bons ou os maus.
Independente da escolha, a história de nosso personagem fará sentido com aquela facção, e o enredo do game será baseado nessas escolhas. Ao melhor estilo Fable, também podemos optar por nosso próprio caminho, o da bondade e da honra, ou do caos e da maldade.
Biomutant foi desenvolvido no motor gráfico Unreal Engine 4, e mesmo nas gerações passadas (Xbox One e PS4), o game possui gráficos deslumbrantes, principalmente no cenário, que conta com muito verde e vegetações em contrastes com locais urbanos. Os ângulos de câmera propositalmente irão proporcionar vistas incríveis. Não fazer screenshots desse game é um desafio, para não dizer um pecado.
Como qualquer RPG, Biomutant possui algumas possibilidades no que tange à duração da campanha. O game pode ser concluído numa média de 10 à 12 horas, mas se dermos a devida atenção às side quests, esse tempo pode subir até cerca de 20 horas.
Por se tratar de um game majoritariamente RPG, a duração é relativamente curta, principalmente ao pensarmos que Biomutant não possui um modo multiplayer, tampouco co-op. Mas como as seis facções influenciam diretamente na história, podemos re-jogar a campanha para descobrir novos eventos.
Por fim, o tempo que Biomutant ficou disponível na Xbox Live, foi um bom teste para os jogadores de Xbox decidirem se realmente vale a pena adquirir o game. O preço ao meu ver é absurdo, pois pagar R$ 332,45 no Xbox e R$ 299,00 no PlayStation, é completamente fora da realidade, o que pode ser ainda pior nas versões em mídia física. Em algumas lojas o valor supera os R$ 500,00. Nas versões de PC, vendidas na Steam e Epic Games, o valor é “um pouco” mais justo, fica na casa de R$ 199,00.
Se conseguirem uma promoção o game vale a pena, e fica aqui uma crítica. Por melhor que um título seja, nada justifica seu valor chegar a praticamente meio salário mínimo. Pensem nisso.
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