Análise (Review) de Cadillacs and Dinosaurs

30 de maio de 2021 0 Por Olivia Marinho

Ficha de Jogo
Gênero: Beat’em Up
Jogadores: 1 – 2 jogadores
Desenvolvedora: Capcom
Lançamento: 01 de fevereiro de 1992
Plataforma: Arcade, Super Nintendo, Sega CD

Um cenário pós-apocalíptico ao estilo Mad Max, com carros modificados, poeira e DINOSSAUROS! Sim, dinossauros! Baseado nos quadrinhos e na série animada de 1993, o jogo “Cadilacs & Dinosaurs” é um Beat’em Up (jogo de pancadaria) bastante inovador, mesmo para um jogo cuja mecânica é “bater e correr”.

Com sua ambientação bem rica em detalhes: cidades arrasadas, árvores com cipós e rios com uma movimentação bastante bonita. O design de cada personagem também é bem agradável e marcante, além das imagens que foram produzidas dessas personagens, que completam a estética do jogo, o que consegue fazer quem joga se sentir mergulhado num universo tão estiloso quanto brutal.

Falando em brutalidade, o jogo é bastante violento, com altas doses de sangue e tripas voando para todo lado. Os socos são fortes, apesar de nem sempre precisos. Além disso, vemos o uso de palavrão numa cena do jogo, que apesar da censura estar lá, é interessante ver isso já que era algo bastante ousado para a época.

Sua jogabilidade é simples, um botão para bater, um botão para pular. Além disso, ao mover rapidamente duas vezes para o lado que se quer, o personagem corre. Se apertar o botão de ataque depois do comando de correr você realiza outro ataque. Correr, depois apertar o botão de pulo e depois o ataque gera mais um golpe. Além é claro de, se apertar o botão de pulo e o de ataque você lança aquele golpe “arrasa-quarteirão”, que gasta um pouco da barra de vida

Quanto a estória, nada muito inovador, apenas a velha ideia de derrotar o mal, só que dessa vez ele, além de ser um cientista louco, também é modificado geneticamente para ter os atributos de vários dinossauros dentro de si. Partindo dessa imagem agressiva, é fácil notar o porque o jogo é atrativo, devido a essa violência pesada, mas que ainda não é tão exagerada, só é algo “maneiro”.

Entretanto, isso não é uma crítica, afinal é um jogo da mais alta qualidade, do qual se quer jogar e rejogar várias vezes mesmo que isso custe muitas fichas (muitas fichas mesmo), já que o jogo possui uma dificuldade exageradíssima. Talvez essa dificuldade também seja um fator para se querer jogar o jogo até o fim: vencer seus limites.

E é partindo dessa ideia de dificuldade que me fez pensar, por que seguir jogando um jogo difícil? Qual a alegria na dor dos dedos de tanto apertar um botão até acertar uma sequência ou derrotar um chefão? É mesmo tão aliviante zerar um jogo difícil mesmo sabendo que talvez fosse melhor nem jogar ele?

É nesses questionamentos que paira a graça desse clássico dos beat’em ups. Em te dizer que independente da dificuldade e de quantas mortes você venha a ter, você vai querer jogar e, sim, vai chegar no final.

Chega a ser engraçado pensar o quanto de tempo passamos em jogos extremamente difíceis que vão nos render mais de 50 horas nos nossas históricos (Dark Souls manda um “oi”). E mesmo com os dedos doendo após dias de jogatina, não largamos de nossos amados jogos. Cadillacs & Dinosaurs entra na lista de quase impossíveis, mas muito amados com excelência.