Análise (Review) de Croc: Legend of the Gobbos
4 de maio de 2022Por: Cosmão
Detalhes sobre o jogo: Data de lançamento: 1997 Gênero: Plataforma Desenvolvedores: Argonaut Software, Virtucraft ltd. Publicadora: Fox Interactive, Media Quest, THQ Plataformas: Playstation One, PC – Computador (Microsoft Windows), Sega Saturn, Game Boy Color Versão do jogo analisada: Playstation One |
Acho que muitos aqui sabem que tenho uma certa preferência por dois gêneros de jogos: os de plataforma e os RPGs. Quando saiu o PSX, o primeiro game que me fez comprar o console foi um RPG, o tal do Final Fantasy VII. Mal sabia eu que teria, no pacote, uma enorme gama de excelentes jogos de plataforma, encabeçados por ninguém menos do que Crash Bandicoot.
O Playstation não ficou devendo nada pros consoles anteriores à ele nesses dois gêneros, os quais saiam muitos games todos os meses. Mas, no meio de tantos, era fácil esquecer alguns e dar atenção pros mais badalados. E o jogo de hoje é um desses que ficaram no meio termo, um jogo que não fez muito sucesso, apesar de ter tido uma continuação , ainda que pífia. Hoje vou falar de Croc, o jogo do simpático jacarezinho que encantou a molecada no finalzinho do anos 90.
Croc tinha a missão de resgatar os Gobbos, simpáticas criaturinhas peludas que foram sequestradas e aprisionadas em vários locais pelo malvado Baron Dante. Croc foi encontrado por tais criaturas ainda pequeno, foi criado por eles e se sentiu na obrigação de ajudá-los quando o malvado Baron os raptou. O objetivo principal acaba se tornando revirar as fases em busca dos Gobbos, antes mesmo de procurar uma saída.
Sendo um jogo ambientado em 3D (diferente de Crash, por exemplo, que se passa em trilhas), Croc tinha controles firmes pra época. Não havia suporte ao analógico do Playstation, pois o mesmo ainda não havia sido lançado. Portanto, era necessário se adaptar ao controle digital para controlar Croc pelas fases. Hoje em dia, isso soa um pouco trabalhoso, mas na época, não era difícil não. Era a mesma coisa que controlar Lara Croft em Tomb Raider: intuitivo e, de certa forma, simples.
As fases acontecem em ilhas, cada uma contendo várias etapas até alcançar o topo. Croc entra por portas e canos, acessando novas áreas, com novos itens, desafios e inimigos. Além de saltar e ter o pisão (duas vezes o botão de salto), Croc ainda dá suas rabadas para destruir inimigos, gruda em grades, nada, empurra caixas e escala paredes.
Falando em caixas, são nelas que se encontram os itens do jogo, bem como alguns Gobbos também. Chaves, cristais e vidas são encontrados com uma certa abundância, mas não pense que isso facilita as coisas.
Em Croc coletamos dois tipos de cristais: os normais, que valem energia (similar aos anéis do Sonic) e os coloridos, sendo 5 deles em cada etapa, dando direito de acessar a porta secreta perto do final da mesma. Além deles, chaves especiais abrem desde portas até grades onde Gobbos estão presos, liberam passagens entre outras coisas. Como as fases são jogadas por partes, algumas vezes é preciso buscar alguma chave ou item em outra parte da fase e voltar até ali para usá-lo.
A dificuldade de Croc é subjetiva, podendo ir desde a adaptação aos controles rudes até ao fato de tentar coletar tudo das fases. Algumas delas (as mais avançadas), escondem passagens rodeadas por pântanos, espinhos e inimigos bem chatos, onde perder uma vida é questão de segundos. Como o ataque de Croc é relativamente curto, morrer ou perder cristais nos inimigos acaba sendo normal, infelizmente.
Os gráficos eram bons pra época. Simples efeitos, cenários de fundo praticamente vazios e poucos objetos na tela, mas nada que tire a diversão ou atrapalhe o frame rate do mesmo. Croc é bem articulado, assim como os inimigos, que variam bastante. As fases são temáticas, indo da tradicional floresta até campos gelados, desertos e cavernas. Uma coisa que chama a atenção é a quantidade de etapas, são muitas fases para serem exploradas. Quando se pega o jeitão dos controles, tudo acaba agradando mais no jogo.
As músicas são um show à parte. A Argonaut caprichou no tema principal e distribui várias releituras da mesma canção nas fases, cada uma adaptada ao tema da mesma. Portanto, espere algo mais natalino nas fases de neve, algo mais radical nas cavernas, mais agitado no deserto, etc. A música tema de Croc é, ainda hoje, uma das grandes criações nos games de plataforma. Não há quem não goste dela.
Croc andava meio esquecido, mas aposto que muita gente jogou ou, pelo menos, experimentou esse jogo na época. Pra quem não conhece, vale o download do mesmo, pois saiu tanto pra PSX, Saturn e PC. O jogo tem um sólido gameplay, unido à fases criativas com muita coisa pra procurar, entretendo por horas. Se ignorar os quadradões do Playstation, encontrará um belo jogo de plataforma até para os padrões atuais.
Resumão:
Prós:
+ joguinho muito caprichado;
+ dificuldade na medida;
+ lotado de coisas escondidas pra se achar;
+ músicas memoráveis.
Contras:
– o controle pode atrapalhar um pouco.
Final Score: 8.0
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