Análise de Mortal Kombat Trilogy

6 de setembro de 2021 0 Por Markus Norat

Por: Augusto Aragão

Ficha do Jogo:
Data de lançamento inicial: 1996
Gênero: Luta
Publicadora: Midway Games, GT Interactive, Tiger Electronics
Desenvolvedora: Midway Games, Avalanche Software, WMS Industries, Point of View
Plataformas: PC – Computador (Windows, DOS, MS-DOS), Nintendo 64, PlayStation, Sega Saturn

Avaliação:
Nota: 9,5

“There is no Knowledge… That is not power…”

Depois do decepcionante Mortal Kombat 2 e do satisfatório Ultimate Mortal Kombat 3, os donos do Saturn finalmente foram agraciados com a versão definitiva: o Trilogy. Muitos incrédulos acreditavam que só o PC, PlayStation e o Nintendo 64 teriam esta versão… no fim eles engoliram as especulações…

A versão do Sega Saturn é idêntica a do PlayStation, contando com 32 lutadores, 4 caminhos a escolher, modo 2 contra 2 e todas as finalizações que consagraram Mortal Kombat; já a versão do Nintendo 64, por sua vez, é mais capada, em virtude das limitações do cartucho do Nintendo 64 (todas as demais plataformas utilizam o CD como mídia, só a Nintendo que optou par dar essa limitação ao seu console de 64 bits), contando com uma quantidade inferior de personagens e também não possui algumas arenas. Tirando essas limitações do Nintendo 64, que, cá entre nós, nem foi tanta coisa, todas as versões disponíveis para as múltiplas plataformas são bastante semelhantes. Mesmo com as versões atuais de Mortal Kombat em 3D, ainda acho a versão Trilogy, a definitiva dos amantes da série.

Graficamente MKT do Saturn é igual à do PlayStation (a versão do Nintendo 64, obviamente, possui gráficos mais bem acabados e bonitos). Todos os detalhes dos lutadores, cenários, sangue (bastante por sinal!!! É de vampirizar…) e finalizações são iguais e sem slowdown. Esta versão foi transcrita pela Point of View, diferente da tradicional Eurocom.

Os característicos tons sombrios estão presentes e fazem jus a ser Mortal Kombat! É de se agourar os detalhes do “The Pit” e no seu fundo, ou ainda as “Wastelands”! Todos os cenários com stage fatalities estão presentes, embora o The Pit 2 não seja possível. Uma pena, já que era um dos melhores e mais agonizantes… As músicas continuam bem sombrias, características de Mortal Kombat. Alguns notarão diferenças marcantes nas músicas dos cenários de MK 2, mas são aceitáveis. A música da apresentação e a do game over são as mais sombrias, realmente envolventes! Os efeitos sonoros estão bons, variados e com vozes bem variadas. Quem não gostou de ouvir os personagens agonizando diante de um fatality ou animality? Mas também é nesta parte que MKT peca. As vozes são diferenciadas entre os personagens, mas algumas ficaram estranhas: a voz de Sheeva parece a de um homem… a voz de Liu Kang é um tanto afeminada…e a voz de Kano parece que ele está tendo uma diarreia… Bem, as vozes poderão valer boas risadas…

A jogabilidade é boa, cumpre bem o seu papel mas o ponto negativo está no fato das recuperações serem lentas. Para a CPU isto não é problema mas com o jogador isto pode custar o round inteiro… Alguns lutadores foram enfraquecidos e com isso, muitos de seus combos saíram prejudicados. O ninja Rain é um bom exemplo, pois seu super roundhouse kick não permite mais a clássica sequência de 3 chutes e um gancho.

Mas o ponto mais negativo são os loadings entre os rounds e nos morphs de Shang Tsung. Cada vez que este personagem realiza um morph, o jogo congela por alguns segundos. É horrível! Para compensar isto há um modo no options que permite pré-selecionar os lutadores que Shang Tsung irá se transformar. Pelo menos isso… Um ponto positivo está nos cenários duplos: quando há mudança para o plano superior, a música também muda e sem loading. Muito bom!

Enfim um Mortal Kombat que vale a pena ter em casa! Donos do Saturn, podem contar com esta versão para seu deleite mortal! Escolha algum lutador ou Boss e… você decide…

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