Análise de Risky Woods
27 de fevereiro de 2022Por: Cosmão
Ficha do jogo: Data de lançamento: 1992 Gênero: Rolagem lateral Jogadores: Um jogador Desenvolvedores: Zeus Software, Dinamic Software, Dinamic Multimedia Estúdios: Electronic Arts, Tactical Soccer, The Hit Squad Plataformas: Mega Drive, PC – Computador (Amiga, DOS, Atari ST, MS-DOS, AmigaOS) Avaliação: Nota: 8,5 |
Risky Woods, eu diria, é um jogo excepcional pro Mega Drive. Ele não segue nenhum padrão estabelecido, mistura arcades com plataformas de forma diferente e tem uma dificuldade enorme, mesmo pra quem já tenha aprendido suas manhas e macetes. É um daqueles jogos que surgem do nada, te impressiona e fica gravado na memória, mesmo que sejam jogados apenas poucos segundos do mesmo…
O negócio é que Risky Woods é intrigante! Você controla Rohan, um mago aprendiz que precisa libertar algumas estátuas que escondem a sabedoria de Lost Lands. Para isso, em cada fase, é preciso destruir as tais estátuas, naturalmente espalhadas por todo o cenário, para libertar os sábios, que possuem o segredo da sabedoria de Lost Lands. Enquanto não destruir todas, a fase não termina.
O segundo objetivo envolve coletar duas metades de anéis e usar em uma espécie de estátua de gárgula, fazendo em seguida a combinação direcional que elas pedem. Só nisso mora o segredo do jogo, a parte onde muitos desistem: pra estátua liberar a sequência, é preciso segurar o botão C. Após repetir a sequência, o jogador pode prosseguir na fase.
Risky Woods é cheio de pormenores interessantes. Se você chegar no gárgula sem ter o anel completo, ele própria te joga próxima da metade faltante, geralmente no início da fase. Enquanto não acertar a sequência, não poderá prosseguir, lembrando que existe tempo no jogo. Além do tempo, muitos itens são estranhos aqui. Existem itens que te enchem a energia de graça, outros que te fazem voltar um bom pedaço da fase (tudo isso com tempo correndo), outro que te rouba o tempo em troca de energia, outros dão pontos, vidas e o poder especial, usado ao se segurar o botão de ataque.
Mas, talvez o item mais estranho, sejam os discos que os inimigos liberam. As diferenças já começam na forma de coletar os mesmos: é preciso se abaixar com Rohan para que ele colete os discos. Junte isso ao monte de discos que os inimigos derrubam e verá Rohan fazendo mais exercícios que Schwarzenneger no auge da carreira… Ao coletar uma determinada quantidade de discos (33, pra ser mais preciso), Rohan terá um upgrade na armadura. Com 66, ocorre mais um upgrade, deixando Rohan mais resistente aos ataques inimigos, dessa vez com uma armadura dourada.
Rohan faz uso inicialmente de uma faca, que pode arremessar infinitamente nos inimigos, tal qual Arthur em Ghouls’n Ghosts (que, aliás, PARECE ter servido de inspiração aqui, principalmente no mapa). Conforme vai liberando caminho através das estátuas de gárgulas, novas armas podem surgir, como um bumerangue, uma arma de arcos e o poderoso machado, a arma mais forte que consegui. Além das armas, Rohan ainda pode dar um ataque mais poderoso segurando o botão de ataque por alguns segundos, o que gasta uma espécie de item de caveira.
Deixando um pouco de lado o aspecto gameplay de Risky Woods, temos um jogo com gráficos bonitos, no entanto. Rohan é relativamente grande na tela, as fases possuem efeitos simples e bonitos, os inimigos são bem feitos e animados (mesmo que repetidos ao extremo) e os chefes são bacanas. Falando em chefes, são réplicas uns dos outros, mantendo o mesmo ataque a adicionando novos desafios, como bolas girando ao redor, novos tipos de tiro, etc. Sob o ângulo visual, Risky Woods não deixa a peteca cair, mesmo quando a tela se enche de inimigos, itens e tiros pra todo lado.
Nos controles o jogo pode atrasar sua vida um pouco. Os saltos de Rohan são meio duros, e, em certas ocasiões (beira de precipícios, por exemplo), fica fácil cair e perder uma preciosa vida. Como saltar não é muito sua praia, não são muitas as partes assim, mas ainda assim, elas existem e podem frustrar. Na parte do “tiroteio”, Rohan se dá bem, com controles firmes e simples (pular e atirar, basicamente).
O som eu diria que fica na média, sem muitas novidades. Não notei vozes e as músicas são deveras singelas, sem nenhuma inspiração maior.
Risky Woods é uma boa surpresa no Mega, visto que saiu em diversos sistemas também (como o Amiga). Como um bom jogo de pule-e-atire, Rohan cumpre bem seu papel em um jogo com idéias criativas, mesmo que às vezes possa frustrar quem pense que se trata de um simples jogo de plataformas.
Resumão:
Prós:
+ é um jogo bem bonito visualmente;
+ ideias diferentes de gameplay, incluindo os puzzles das estátuas de gárgula;
+ itens criativos, como o que te faz voltar na fase;
+ dificuldade na média, mesmo que frustrante para alguns (eu incluso).
Contras:
– os controles podem falhar nos saltos;
– apesar de tudo, não há muita variedade nas fases.
Final Score: 8.5
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