Análise de Sonic the Hedgehog 3

Por: Cosmão

Ficha do jogo: Plataformas: Mega Drive (Lançamento original), PC – Computador (Microsoft Windows), Saturn, Wii, Xbox 360 Lançamento: 2 de fevereiro de 1994 Desenvolvedora: Sonic Team Produtora: Sega Gênero: Plataforma / Aventura Jogadores: Até 2 jogadores Nota: 10,0

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Falar bem de Sonic 3 é chover no molhado. O jogo que veio para dar sequência à espetacular segunda versão precisava mostrar realmente que Sonic merecia o lugar de mascote da Sega. E ele provou, mais uma vez, que criatividade, quantidade e qualidade eram palavras que andavam junto com o porco-espinho na saudosa época do Mega Drive…

Em Sonic 3, foi introduzido um novo personagem que já é apresentado logo no começo do game: Knuckles, o equidna. Mas o que é uma EQUIDNA ?

Segundo a Wikipédia: “Equidna é um animal de hábitos diurnos e/ou noturnos, está adaptado para escavar formigueiros e o solo a procura de formigas e cupins, devido as potentes garras presentes tanto nos membros dianteiros quanto traseiros.” Bom, explicado isso, vou me ater ao jogo novamente…

Ao final de Sonic 2, a fortaleza Death Egg de Robotnik caiu numa ilha flutuante, a tal Angel Island. Ao passo de tentar consertar sua fortaleza, Robotnik conheceu Knuckles, o último de sua espécie, responsável por guardar a Master Emerald, esmeralda responsável por fazer toda ilha levitar. Nesse contexto, já podemos imaginar o que aconteceu… Robotnik, temendo que Sonic estragasse seus novos planos na ilha, enganou Knuckles, dizendo que Sonic e Tails estavam chegando ali para roubar a Master Emerald.

Ao pousar na ilha, Knuckles rapidamente rouba todas as esmeraldas conseguidas por Sonic e Tails em Sonic 2 e foge, dando início ao terceiro game da série.

Em Sonic 3, algumas mudanças bacanas foram introduzidas. Além dos sprites serem totalmente novos, modos de corrida multiplayer, saves e 3 novos poderes foram adicionados, dando um ar realmente novo à série.

O jogo ainda pode ser jogado à dois, mas, desta vez, Tails tem um papel muito maior do que apenas acompanhar Sonic: ele pode VOAR e levar Sonic até áreas escondidas no alto das fases. Claro, o vôo é limitado, mas, mesmo assim, adiciona um bom tempero à exploração das fases no game.

O 3 novos poderes de Sonic podem ser encontrados nos famosos monitores (ou televisões), encontrados nas fases. Eles são usados apertando-se o botão de pulo duas vezes, enquanto ainda estiver no ar. São eles:

Fogo – torna Sonic imune à chamas nas fases, bem como adiciona um ataque bem bacana capaz de, inclusive, atravessar abismos mais facilmente.
Água – permite respirar dentro da água e permite quicar no chão como uma bola de basquete, alcançando lugares mais altos.
Eletricidade – além da proteção, permite dar dois saltos seguidos e tem o poder de atrair anéis, tornando mais fácil conseguir vidas.

Esses 3 poderes adicionam muito à jogabilidade, principalmente em áreas onde existem muita água ou muito fogo, bem como locais com muitos anéis ou que necessitem de saltos maiores.

O save também é uma novidade aqui. Já que se começa o game, são dados vários slots para salvar. Enquanto se escolhe um deles, dá pra se escolher se vai jogar só com Sonic, somente com Tails ou com os dois juntos, sendo que a CPU (ou um amigo) controlará Tails durante a jogada.

O multiplayer é bem bacana também: aqui a disputa é por tempo ou com uma simples corrida pra ver quem chega primeiro.

Além disso, as 5 fases aqui são exclusivas pro modo multiplayer, possuindo design e músicas totalmente diferentes das fases single player. É um único modo onde Knuckles também é jogável.

No aspecto técnico, é impossível achar defeitos no jogo. Desde simples detalhes como a pose de Sonic ao ficar parado, até mesmo efeitos bacanas como na segunda etapa, onde túneis aquáticos fazem Sonic correr até na frente da tela ou na rápida e sensacional fase de gelo, é visível a qualidade e compromisso da Sega com seu personagem símbolo.

Chefes criativos, fases totalmente interligadas (nada de sair de uma fase e entrar em outra completamente diferente, tudo é interligado como se fosse mesmo um único caminho a se percorrer no jogo), músicas bacanas e efeitos sonoros caprichados, tudo nos leva crer que o pessoal da Sonic Team buscou sua redenção com Sonic 3 (e, consequentemente, com Sonic & Knuckles – leia abaixo).

A jogabilidade continua agradável como todo Sonic deve ser e os controles, simples e eficazes. No departamento sonoro, temos algumas das mais belas canções em um jogo de videogame, totalmente grudante, desde a intro até o final.

Falando em final, aqui temos também finais diferentes, que mudam conforme o desepenho do jogador ao coletar as esmeraldas. Falando nelas, as 7 estão presentes no game, sob uma nova forma de Special Stages.

Agora, é preciso percorrer um enorme globo com um efeito semi-3D, coletando todas as bolas azuis e evitando as vermelhas. Em alguns, a coisa pode realmente complicar, o que exige muita habilidade se quiser ver o final verdadeiro.

Os Special Stages dessa vez são acessados em anéis gigantes escondidos em várias partes de todas fases, portanto, explorar bem as fases em busca de passagens secretas é primordial para se conseguir ver o final secreto.

Além dos Special Stages, temos também os Bônus Stages, que visam dar anéis, vidas ou poderes ao jogador. São acessados quando se passa por um daqueles postes de marcação de fase com, pelo menos, 50 anéis. O Bônus consiste em uma máquina, tipo aquela de chicletes, onde deve-se acionar a alavanca e fazer despencar os itens de dentro.

Sonic 3 pode ser descrito como um jogo completo, onde temos uma grande aventura, com controles/gráficos/sons perfeitos. Não dá pra se reclamar de nada aqui, talvez uma ou outra ponta na história que fica meio coberta, mas isso é totalmente relevante.

Velocidade, itens criativos, fases enormes (dizem ser cerca de 2 a 3 vezes maiores que as de Sonic 2) e uma dificuldade atraente fazem deste jogo um clássico sem precedentes.

NOTA: 10

O melhor: correr com o velho Sonic de sempre em fases estonteantes!
O pior: nada!
E fica melhor ainda: se acoplado ao Sonic & Knuckles!

Curiosidades: – Sonic 3 era pra ter saído juntamente com Sonic & Knuckles, mas, devido aos altos custos, foram obrigados a separar os dois jogos em dois cartuchos distintos e lançá-los em épocas diferentes. Por isso, ao conectar Sonic 3 ao cartucho Sonic & Knuckles (com a inovadora tecnologia Lock-On), temos um jogo mais completo e maior, com Knuckles jogável desde o início e algumas novidades bacanas nas fases; – Sonic 3 teria o mesmo estilo visual do Sonic 3D, lançado bem depois, para o Mega Drive. Ainda bem que os produtores acharam que seria uma mudança muito radical pra época e preferiram fazê-lo do modo tradicional; – Michael Jackson havia sido escalado para compor as músicas de Sonic 3, mas, devido aos escândalos na época, a Sega tratou de arranjar outra pessoa, com medo de ter o jogo manchado de alguma forma.