Análise (Review) de Street Fighter 1 (1987) – O início dessa série de megassucesso da Capcom!

1 de março de 2022 0 Por Olivia Marinho
Ficha do jogo:
Gênero: Luta
Jogadores: 1 – 2 jogadores
Ano de Lançamento: 1987
Desenvolvido por: CAPCOM
Plataformas: Arcade, TurboGrafx-16 (PC Engine), PC – Computador (Amiga, Amstrad CPC, Commodore 64, Atari ST, DOS)

Com a confirmação de Street Fighter 6 esses dias, surgiu quase como dever dedicar uma parte das análises desse site ao passado da saga de jogos de “luta de rua”. Eu poderia optar por começar com Street Fighter 2 — já que muita gente começou a jogar dali — e todos os jogos bônus que vieram junto, mas por que não ir lá atrás onde o nosso queridinho dos fliperamas era bem diferente.

Street Fighter 1 (para não me repetir vou reduzir para SF1) era tão diferente que eu poderia dizer que era outro jogo. Começando pelo fato de nosso herói Ryu ter os cabelos vermelhos, sapatos vermelhos e suas clássicas luvinhas vermelhas. Como único personagem jogável, o Ryu de SF1 não difere muito das futuras versões que veriamos, exceto pela polidez dos golpes e precisão de seus poderes. SF1 também era uma espécie de jogo em modo campanha, lembrando beat’em ups da época, devido a parecer mais “um cara batendo em muita gente” do que o que outros jogos de luta entregavam.

Quanto a falta de polidez no jogo era quase impossível lançar um hadouken ou aquele “chute giratório de nome gigante” sem destruir os dedos no analógico da máquina ou no joystick de emuladores hoje em dia. O jogo não envelheceu tão bem, mas vale o fator nostalgia.

Também é possível jogar usando Ken, mas somente como segundo jogador no modo versus ou até mesmo no modo estória, apertando start pelo segundo controle. Mas como os personagens na época eram idênticos, tudo bem dizer que Ryu é o único personagem, já que ele possui um história ali e Ken não.

A estória — quase inexistente — de SF1 pode ser resumida da seguinte maneira: o lutador tailandês de Muay Thay, Sagat, o chefão aqui, abre um torneio, no qual o jovem Ryu decide participar para testar sua força e por fim se tornar o World Warrior (Guerreiro Mundial). Simples e direta, sem muito o que pontuar.

Ryu enfrenta diferentes lutadores ao longo do jogo, sendo 2 por fase, sendo cada fase um país. Os países do jogo são: Japão, EUA, China, Londres e Tailândia (onde enfrentamos os chefões do Jogo: Adon e Sagat). Após derrotar o chefão você vence o jogo e ganha o título de World Warrior (O guerreiro do mundo/mundial, em tradução livre). Mais uma vez: simples e sem mais a dizer. Se for explorar páginas de fandom, vai achar que o jogo possui alguna furos de roteiro e dificuldades em encaixar na linhagem histórica canônica de Street Fighter.

Quanto a jogabilidade, há pouco que se falar também: travada, imprecisa e desbalanceada. Mas, claro, antes de deslanchar comentários negativos há que se considerar que esse era o primeiro jogo da série e houveram alguns problemas de diálogo entre a galera produzindo o jogo e a CAPCOM, que tinham visões diferentes sobre o produto final, ainda que tudo tenha corrido bem no fim.

SF1 tinha intenções de ser grandioso e, honestamente, mostrava em suas propagandas até demais do que entregava na gameplay, como pode ser visto na imagem abaixo. Homens mal-encarados, com tacos e jaquetas e correntes. Parecia mais um Final Fight do que o Street Fighter que conhecemos hoje.

Antigo encarte do jogo (lindamente tosco)

O jogo não é dos mais falados da franquia Street Fighter, ainda mais se levar em conta toda a qualidade de jogos que viriam depois, que também serão analisados aqui, série por série. Contudo, o jogo não deixa de ser divertido. Hoje em dia é mais legal jogá-lo por sua tosquice e dificuldade insanas, do que por ser de fato um jogo estupendo, ainda que fosse um pouco a frente de seu tempo. Afinal com o diferente sistema de 6 botões para soco e chute, a máquina de SF1 era um tremendo achado!

Eu poderia ficar sem dar nota ou veredito para o jogo, pois acho que é um jogo datado, funcionava e divertia na época e hoje é mais uma experiência nostálgica com altíssimos graus de dificuldade (mais pelo desbalanceamento do que por dificuldade real), contudo porque não encerrar essa análise com as NOTA 6 que esse jogo merece. Até daria só UM ou DOIS, mas além de exagero, amo jogos de luta e Street Fighter ainda é STREET FIGHTER!

AVALIAÇÃO:
Jogabilidade: 0
Gráficos: 5
Diversão: 5
Som: 5
Nota Final: 4 / 10

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