Análise do jogo Need for Speed Pro Street

14 de agosto de 2020 0 Por Markus Leite

Por: Eduardo Furlan

PLATAFORMAS: PC – Computador | Nintendo DS | Playstation 2 | Playstation 3 | Nintendo Wii | XBox 360

Gráficos: 17/20

Som: 8/10

Jogabilidade: 18/20

Arte: 14/20

Diversão: 17/30

NOTA FINAL: 74/100

Introdução

Need For Speed é uma das mais longevas e famosas séries de corrida dos games. Desde o lançamento de seu primeiro capítulo para o console 3DO, já são mais de uma dezena de jogos, alguns excelentes, outros nem tanto.

Em 2003, foi lançado Need For Speed Underground, que deu uma guinada na série. Saíram os carrões de luxos, entrou a cultura tuner, cortesia do fenômeno Velozes e Furiosos. Embora essa guinada tenha desagradado alguns dos fãs da série, atraiu uma legião de novos seguidores, e tornou-se sucesso de vendas.

Pro Street representa uma nova guinada nos rumos da série Need For Speed. Agora, ao invés de corridas clandestinas no meio de cidades, há eventos patrocinados por grandes empresas, organizados por grupos especializados, e que ocorrem em circuitos de rua ao redor do mundo todo, em locais como Alemanha, Japão e EUA.

O tunning, presença forte durante a série Underground, continua presente em Pro Street, com ainda mais opções de customização.

Gráficos
Pro Street é um jogo bonito. Os cenários são legais, as texturas são muito bonitas, a física não é uma maravilha mas convence. Os modelos dos carros são bem bonitos, Embora alguns detalhes sejam estranhos, como as maçanetas. Há ótimos efeitos de reflexo e luz, e as superfícies como terra, areia, asfalto, grama, tecido parecem reais.

O único revés fica por conta dos modelos da platéia, que são absurdamente medonhos, coisa de PSOne.

Som
Os efeitos sonoros cumprem seu papel, arrancadas, derrapadas, batidas, narração, tudo está ok. A seleção de músicas é mais voltada para gêneros eletrônicos, e não é lá grande coisa pra quem não gosta do estilo. Mas deve agradar os aficionados, e não chega a incomodar.

Jogabilidade
Need For Speed, sobretudo na série Underground, caracterizou-se por uma jogabilidade completamente arcade. Pro Street tem uma jogabilidade mais refinada, que exige que saibamos frear e acelerar no tempo correto, que evitemos bater o carro (as batidas prejudicam o desempenho do carro e custam dinheiro para serem reparadas), saibamos usar corretamente recursos como vácuo e nitro e por aí vai. É, sem duvida, uma evolução. Embora ela não seja totalmente simulação, possui uma certa curva de aprendizagem, e impede totalmente as barbeiragens que fazíamos na série Underground.

Diversão
Aqui é que a coisa fica feia. Pro Street tinha tudo pra ser um excelente jogo de corrida. No entanto, ele possui uma série de aspectos que o tornam frustrante e cansativo.

Pra começar, os carros controlados pelo computador sempre possuem vantagem. Primeiro, porque sempre largam antes do seu, que larga em último em 99% das corridas. Depois, mesmo que os carros do computador sejam exatamente idênticos ao seu, eles sempre irão correr mais rápido, e de uma hora pra outra irão te ultrapassar e abrir 10 segundos de vantagem sem nenhuma razão lógica. A coisa é tão absurda, que em certos modos como Sector Shootout e Time Attack, é praticamente impossível chegar em qualquer posição que não a última.

Também é preciso dizer que as pistas não são exatamente bem pensadas. Muitas vezes elas são totalmente estreitas, o que impede ultrapassagens e favorece deveras os carros que largam na linha de frente.

Por fim, há os eventos chamados Challenge, onde todos os competidores correm com os mesmos carros. Esses eventos são absurdamente frustrantes, chatos, cansativos, difíceis. E o pior: alguns deles são obrigatórios, sem vencê-los não é possível avançar no jogo.

Enfim, o jogo é divertido. Mas só no começo. Chega uma hora em que tudo fica tão difícil, que poucos terão saco pra terminar o jogo.

Arte
Pro Street capta muito bem o clima do universo tuner. Os cenários, baseados em localidades reais, são bem feitos. No entanto, as pistas são poucas e em poucas localidades diferentes. Senti falta também de uma maior gama de personagens. Os “vilões” sequer aparecem, apenas seus carros. Isso quebra o clima. Também faltou maior identidade visual para as diferentes organizações de corrida.

Conclusão
Pro Street podia ter marcado época. No entanto, mostrou-se um jogo mal pensado, cheio de defeitos frustrantes demais, e que contrariam sua proposta de ser mais voltado para a simulação. Esperemos que numa próxima versão esses defeitos sejam corrigidos. Tecnicamente, ele supera com folga seu antecessor, Carbon. Mas na diversão, não chega nem perto disso.

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