Análise (Review) de Super Metroid

Análise (Review) de Super Metroid

29 de outubro de 2020 Off Por Markus Norat

Por: Cosmão

Plataformas: Super Nintendo | Switch | Wii | Wii U | 3DS

Na época em que eu me matava de jogar os famosos jogos do Mega Drive, saía para seu rival um dos maiores expoentes no que diz respeito à jogos de plataforma e ação. Como eu só tive consoles da Sega, acabei por conhecer a série Metroid através dos emuladores em 1999, quando comprei meu primeiro computador. Então, não cheguei a ter contato com o cartucho original, muito menos jogar no próprio console, mas nem por isso deixei de aproveitar um dos melhores jogos de todos os tempos.

A série Metroid se iniciou no NES em 1986, contando a história da heroína caçadora de recompensas Samus Aran, a qual parte para o planeta Zebes na missão de destruir Mother Brain, criatura que pretendia atacar as civilizações no espaço. No segundo game, Samus segue direto para o planeta SR388, lar dos Metroids e acaba por erradicar tudo por ali, exceto por uma larva que acaba a seguindo. Samus então resolve levar a larva para o laboratório Ceres, na Space Colony, para que estudos pudessem ser realizados na criatura. Os cientistas descobriram que os poderes do Metroid poderiam ser usados para o bem da humanidade, mas, assim que Samus deixa o lugar para seguir em outra missão, recebe um pedido de ajuda e decide retornar.

O jogo se dá início nessa parte, onde devemos controlar Samus e descobrir o que aconteceu de fato na colônia. Ao descer até o laboratório no subsolo, vê-se um monstro enorme segurando o metroid em estudo. A luta é ferrenha, mas o maldito acaba por fugir e levar consigo o pequeno metroid. Tal monstro é Ridley, figurinha bem conhecida dos fãs da série. O laboratório entra em contagem regressiva para se autodestruir, enquanto Samus então parte atrás de Ridley, o que nos leva novamente até o Planeta Zebes…

Super Metroid é um dos jogos mais intrigantes e cheios de segredos do Super NES. Até hoje conheço pessoas que ainda se perdem nos labirintos subterrâneos de Zebes, ou que simplesmente quebram a cabeça pra achar um item ou passar de algum obstáculo natural no jogo. Tudo isso, na minha opinião, é o grande chamariz do jogo, um game com uma estrutura ímpar, o que acaba revelando uma dificuldade atraente ao mesmo tempo que muitas vezes frustrante, principalmente para pessoas sem muita paciência para explorar cenários.

E falando em cenários, Super Metroid reúne o que existe de melhor neles. Todo o planeta é dividido em setores, ou seja: temos um setor apenas subterrâneo, outro com muita água, outro com muita vegetação, túneis incandescentes, lugares cheios de areia e muitas, mas muitas passagens secretas e itens escondidos. Os produtores da série, liderados por ninguém menos que Gunpei Yokoi, não pouparam esforços em entupir o cartuchinho de itens escondidos. São muitos mísseis, super mísseis entre outras armas para encontrar. Além de armas, Samus também coleciona artefatos que a ajudam à transpor alguns obstáculos, como um pulo mais alto, botas para correr na velocidade da luz (ou quase isso), armaduras diferentes para aguentar altas temperaturas ou ignorar a pressão da água, etc.

a chegada em Zebes

O nível de detalhes de cada cenário faz toda a diferença quando se trata de um jogo com o tema espacial embutido até mesmo nas entrelinhas. Cada área é facilmente reconhecida e abre um leque de opções ao ser explorada, tudo muito bem gerenciado por um mapa extremamente útil. O mapa de Super Metroid pode ser acompanhado tanto no alto da tela, enquanto se joga ou no menu pause, para uma visualização mais detalhada. Esse esquema de mapas fez tanto sucesso que acabou por aparecer em inúmeros jogos da série Castlevania, a qual foi apelidada de Metroidviana devido às semelhanças com as características criadas em Super Metroid.

é possível baixar mais mapas durante o jogo ao lado, um sub-chefe que adora arremessar bolinhas

O sistema de som do jogo também é excelente. Desde a música que é sombria nas horas certas e agitada nas correrias, o som dos tiros e dos monstros são bem convincentes e variados. As várias temáticas dos cenários também são reproduzidas fielmente, como cenários caóticos em meio à lava ou dentro da água. A característica música que toca quando se encontra algum item importante acabou por se tornar um marco na geração.

uma das regiões é cheia de fungos, enquanto a outra, parece ter sido esculpida na rocha

Além de gráficos e sons de causar inveja, Super Metroid ainda compartilha de ótimos controles, um mapeamento que não deixa nem um pouco a desejar. Além de pular e atirar, conforme o jogado avança, algumas habilidades vão sendo adquiridas, como a escalada ou até mesmo se transformar na famosa bolinha e entrar em túneis ou buracos no meio de paredes. O botão SELECT muda as armas disponíveis, enquanto o L/R faz com que Samus atire nas diagonais do alto.

um dos principais e mais conhecidos chefes de Metroid: Kraid! ao lado, a Varia Suit, roupa que permite enfrentar altas temperaturas.

Se alguém ainda não conhece a série, recomendo muito que comecem a jogar neste terceiro game. Os dois anteriores para NES (ou até mesmo pro Game Boy) são ótimos também, mas o nível de imersão causado por Super Metroid é incomparável. Aliás, comparável com Super Metroid eu só colocaria um jogo: Castlevania Symphony of the Night.

Resumão:
+ gráficos excelentes;
+ um level design que deixa muito jogo atual com vergonha;
+ ótima trilha musical e efeitos sonoros;
+ dificuldade ajustável, baseada na exploração de cenário;

Final Score: 10

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