Análise (Review) de Tomb Rider – O Início da Trilogia Reboot
15 de maio de 2021Ficha do Jogo
Lançamento: 5 de Março de 2013
Gênero: Ação e Aventura
Desenvolvedores: Crystal Dynamics , Square Enix
Plataformas: PC – Computador (Linux, Mac OS, Microsoft Windows), Playstation 3, Playstation 4, Google Stadia, Xbox 360, Xbox One.
*Todas as capturas contidas nesta análise foram tiradas por meio do meu Playstation 4.
Desconstruindo o passado para construir algo novo
Esqueça tudo o que você já viu e ouviu sobre Lara Croft, neste Reboot acompanhamos a evolução de uma das personagens mais icônicas do universo dos games.
Lara, acaba de se formar em arqueologia, e junto à uma equipe com outros exploradores parte em busca do reino perdido de Yamatai, supostamente situada no Triângulo do Dragão no Japão, sua expedição é financiada pela família Nishimura que são descendentes do povo de Yamatai.
Após uma forte tempestade, o navio onde está Lara e seus companheiros de tripulação é completamente destruído, Lara chegando à uma ilha, sai em busca de seus amigos, agora separados pelo naufrágio, sem saber os segredos e desafios que esse lugar misterioso lhe aguarda.
No decorrer da aventura, descobrimos que a ilha em que estamos é realmente a Ilha Yamatai, um lugar cheio de mistérios. Segundo a lenda, Yamatai foi governada pela rainha Himiko, também conhecida como “Rainha Sol”, a qual foi abençoada com poderes xamânicos dando-lhe o poder de controlar o tempo, isso explica as tempestades e naufrágios recorrentes nessa região.
A ilha é habitada por uma seita, a Irmandade Solarii, constituída de mercenários e criminosos sobreviventes de outros naufrágios e que nunca conseguiram sair da ilha, por conta disto, passaram a servir à rainha Himiko e crer fielmente em suas leis e doutrinas.
Olhe bem por onde anda
Explorar Yamatai não é nem um pouco massante, muito pelo contrário, é incentivador verificar cada canto da ilha à procura de peças para melhorar nossas armas e os vários artefatos antigos que encontramos. Algo que pode agregar muito bem à narrativa do jogo e a entender ainda melhor sua trama, são os diários encontrados ao longo do caminho, eles são escritos pelos antigos habitantes da ilha, os criminosos da Irmandade Solarii e alguns até pelos companheiros de Lara, então não deixe de explorar.
A ambientação neste primeiro título da trilogia é muito bem construída, com uma direção de arte e fotografia que esbanja criatividade e beleza, esse impacto visual é ainda mais belo por nos trazer gráficos muito bem feitos, afinal, quem jogou os títulos anteriores sabe bem como eram.
Fluidez e aprimoramentos
A jogabilidade é bem fluida, tanto para combate como para saltos e escaladas no melhor estilo Parkour que sempre foi presente na franquia. Um diferencial seria o modo de interação com o cenário, principalmente quando acontece várias coisas ao mesmo tempo e tentamos assimilar sobre qual será o nosso próximo passo, garantindo boas doses de adrenalina.
As fogueiras são nossos pontos de save e onde aprimoramos nossas armas e desbloqueamos habilidades com os pontos que adquirimos conforme avançamos no jogo. Uma outra função das fogueiras é a viagem rápida, que existe basicamente para quem procura a platina dos troféus, pois conforme avançamos na estória não há motivos para voltar atrás, pois por não ser um jogo com um mundo aberto linear, não há tantos lugares para irmos e virmos.
Nosso arsenal de armas é bem diversificado, desde espingardas, pistolas, metralhadoras e o arco e flecha, algo que combinou muito bem nesse cenário, além de ser uma arma essencial para quem gosta de ficar mais no modo furtivo. A caça também é algo necessário nesta ilha, tanto para recuperar vida, como para aumentar nosso XP e consequentemente o level da personagem, além de garantir pontos para desbloquearmos novas habilidades.
Um leve arrepio na espinha
Embora seja um jogo de ação e aventura, uma dose de suspense foi muito bem aplicada sobre ele, isto se dá por um compilado de acontecimentos, seja ao passar por lugares estreitos, escuros e desafiadores sem saber o que nos espera mais a frente, e por sua trilha sonora que contribui fielmente para que esse suspense nos acompanhe durante toda a aventura, tornando este o título que mais traz essa sensação, se comparado aos outros dois títulos da trilogia.
As Tumbas secretas também estão presentes neste reboot, trazendo alguns puzzles de fácil solução, mas muito bem elaborados. Embora não tenha tesouros ou itens de melhoria, explorar essas tumbas pode ser bem prazeroso.
De Arqueóloga à Caçadora
Conforme avançamos no jogo, percebemos o quanto Lara evolui, fisicamente e psicologicamente, tentando entender que para sobreviver à um mundo caótico será necessário muito mais que seus conhecimentos em história e tudo que ela viu nos livros e nas lendas que já ouvira, pois sempre terá um inimigo à espreita tentando obter vantagem, e com seu desejo de poder fazer o tudo o que estiver em seu alcance para obtê-lo.
Considerações Finais
Um modo foto infelizmente não foi inserido neste título, uma pena, pois com seus lindos cenários, ambientação e todo o carisma de Lara Croft, viria muito a calhar e garantiria belas capturas de imagem. Se você, assim como eu, passa boa parte do tempo capturando imagens em um jogo, não desanime, pois sempre há de encontrar um melhor enquadro e aquele ângulo para deixar nossa captura mais atraente.
Os jogos da franquia Tomb Rider sempre nos trouxeram aventuras eletrizantes, repletas de exploração, ótimos combates e uma narrativa totalmente imersiva. Neste jogo vemos a “construção” de Lara Croft como muitos de nós já a conhecemos, trazendo o seu amadurecimento muito bem dividido durante toda a trilogia.
Este é um título obrigatório para todo fã de jogos de ação e aventura, além dos fãs de Tomb Rider desde os seus primórdios.
Por Rafa Castillo
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