Análise (Review) de Call of Duty: Modern Warfare II (2022) – A parte tática da guerra!

22 de março de 2023 Off Por Gabriel Capuani
Ficha do jogo:
Lançamento: 28 de outubro de 2022.
Jogadores: Um jogador.
Gênero: Tiro em primeira pessoa, ação e aventura.
Desenvolvedora: Infinity Ward, Raven Software, Beenox, Treyarch, High Moon Studios, Sledgehammer Games, Activision Shanghai e Toys for Bob.
Publicadora: Activision.
Plataformas: Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, PC – Computador (Microsoft Windows).
Idiomas disponíveis: Português (Brasil), inglês, espanhol (Espanha), espanhol (América Latina), francês, italiano, alemão, coreano, polonês, russo, japonês, árabe, chinês tradicional e chinês simplificado.
Tempo de conclusão: 8 – 10 horas.
Classificação indicativa: +18 (drogas, conteúdo sexual e violência extrema).

Versão do jogo analisada: Versão americana para Playstation 4.

Introdução

Call of Duty: Modern Warfare II faz parte história da saga “Call of Duty”. Existem várias histórias diferentes de CoD e se passam em tempo e espaço diferente, como: a saga “Black Ops” ou “Vanguard”. Sendo este, o 19° game da franquia, mas, na realidade, a série “Modern Warfare” recebeu um “reboot”, uma continuação direta do Call of Duty: Modern Warfare (2019). Por se tratar de um reboot da série, seu enredo e campanha são diferentes da versão original, porém, os personagens são os mesmos.

Call of Duty é um nome de peso no mundo dos games. Teve seu primeiro game lançado em 2003 e até hoje faz muito sucesso, devido a franquia estar sempre se moldando e se reinventando com passar do tempo. Graças a direção da franquia, seus jogos sempre são os mais vendidos do ano, mesmo tendo seus altos e baixos. Aclamado pela crítica por sua jogabilidade realista e dinâmica, personagens carismáticos e história envolvente.

Como diz o nome “Modern Warfare”, o game se passa nos tempos modernos e que possui uma incrível variedade de cenários, tornando cada missão uma surpresa e oferecendo uma campanha menos repetitiva. Podemos utilizar os recursos tecnológicos atuais, o que torna o seu contexto de guerra ainda mais violento. No entanto, claramente a campanha do game é mais focada na furtividade do que em tiroteios frenéticos, tendo, como inimigo principal, grupos terroristas e rixas entre nações. Controlamos diversos personagens durante a campanha principal, na maioria das vezes será o amigo do “Protagonista Badass”.

O game foi jogado no Playstation 4; e todas as screenshots foram capturadas durante o gameplay.

Enrendo

No dia 24 de julho de 2022, a Força Tarefa 141, liderada pelo tenente Ghost, é enviada sob às ordens do general Shephered e Laswell para eliminar o general do grupo terrorista iraniano, Golbrani. Meses depois, Hassan assume a liderança e se torna aliado de uma organização terrorista chamada de “Al-Qatala”, onde uma nova missão é liderada pelo Ghost e o sargento Soap é enviado para eliminar ou capturar Hassan em Al Mazrah. Contudo, Hassan consegue escapar e os soldados descobrem que mísseis americanos estão em posse dos terroristas. Laswell entra em contato com o capitão Price para descobrir o paradeiro de Hassan. Assim, ele descobre que o mesmo está aliado com o cartel de Las Almas na fronteira do México com os Estados Unidos.

Gráficos e ambientação

Os gráficos são dignos de nova geração. As expressões faciais dos personagens são muito bonitas e realistas, principalmente durante as cenas e o personagem chamado Ghost. Nota-se como o olhar dele é diferente dos outros personagens, transmitindo uma sensação de liderança e intimidação (ou talvez seja por causa da máscara). As armas, roupas de personagens e cenários são muito bem-feitos, o que contribui para uma experiência mais imersiva. Além disso, o cuidado que tiveram para com a participação das “força especiais americanas” fez com que aumentasse a imersão, como se aqueles acontecimentos fossem parte de eventos da vida real, e claro, o jogador se sentirá como um soldado de elite.

Tenente Ghost.

Jogabilidade

Como todos já sabem, CoD é um jogo de tiro em primeira pessoa. Na jogabilidade, ele busca inovar no seu realismo. A movimentação do personagem é a melhor que eu já vi em um “FPS”. Os movimentos são suaves e parecem que nenhum outro é o mesmo. A física aplicada e o investimento na jogabilidade deixa o jogador confortável e com ainda mais motivação para jogar. Também dá para apoiar a arma em alguma borda de caixa ou muro para ter uma maior estabilidade da mira, assim como nos jogos anteriores.

Pela primeira vez, Call of Duty pode ser jogado em terceira pessoa. Sim, pode parecer estranho, mas a jogabilidade e a câmera desta visão é um fator que recebeu bastante atenção, além de muito divertido de se jogar. Infelizmente, só é possível jogar com esta perspectiva no multiplayer online e não na campanha principal.

Visão em 3° pessoa.

A campanha principal conta com muitas missões de furtividade. O game se propõe a mostrar o lado mais tático da guerra, onde não há tantos tiroteios ou explosões. Um detalhe que me agradou é que, em momentos mais escuros, podemos utilizar a visão noturna, onde a posição da arma fica inclinada e miramos com a mira a laser, ao invés da convencional. Em certas missões, podemos escolher qual tipo de explosivos iremos usar ao selecionar a “mochila” (como granada de fragmentação, coquetel molotov, gás lacrimogênio, etc), além de criar alguns itens como explosivos. Em diversos momentos da história, existem diálogos onde podemos escolher a fala do personagem e obedecer os comandos do companheiro para disparar ou armar misseis.

Programando o lançamento de um foguete.
Seleção de arremessáveis da mochila.

Em relação aos inimigos, eles possuem uma inteligência artificial muito realista. Se eliminar um inimigo furtivamente, os aliados ouvirão o corpo dele caindo no chão e irão checar a direção oposta onde o corpo caiu. Sempre vão procurar alguma maneira de cercar você. Isso cria uma experiência de realismo tremenda, na qual eu nunca havia presenciado em um jogo de tiro antes. Esse fator é melhor ainda no multiplayer. Além disso, as lutas contra “chefões” são diferentes do habitual e entrega uma experiência diferente dos últimos CoD lançados.

Foi a melhor foto que consegui capturar deles.

Além da IA redefinida, agora existem muitos inimigos com colete a prova de balas, se parecendo com uma armadura. Para eliminá-los, é preciso atirar várias vezes em seu corpo ou um tiro certeiro na cabeça. Ele aparece com frequência, proporcionando um certo desafio.

O game conta com 17 missões e com 5 opções de dificuldade para a campanha principal, sendo do mais fácil ao mais difícil: Recruta, Normal, Casca-grossa, Veterano e Realismo.

Como dito, além das melhorias gráficas e gameplay refinadas, eu senti que o foco desse game é o multplayer online. Existem vários modos de online, sendo os principais: Jogo rápido, Moshpit em 3° pessoa, Jogo por ranking, DMZ e Cooperativo.

Durante o modo multiplayer, é possível selecionar um personagem, chamado de “operador”, e mudar o seu traje, assim como personalizar as armas, veículos, cartão de visitas, emblema e tela de carregamento. O sistema de personalização de armas merece destaque, há muitas opções para isso, cada mudança que fizer irá oferecer uma vantagem e uma desvantagem, cabe ao jogador decidir qual o melhore. E cada melhoria será liberada conforme evolui o nível da arma, para isso é preciso jogar com ela e fazer mais baixas. Cada temporada o game oferece mais operadores, mais trajes, mais armas e mais mapas.

Operador Oni Piroclasto.
Personalização da arma.

Trilha e efeitos sonoros

Não há muitas músicas marcantes que acompanham as cenas deste CoD. No entanto, os efeitos sonoros são tão realistas e condizentes com os gráficos do jogo. Principalmente o som emitido pelas armas.

A dublagem brasileira esta muito boa e combina com os personagens, porém, a dublagem original é mais “realista” e proporciona uma maior imersão durantes os diálogos.

Operações especiais.

Perfomance e otimização

Houveram alguns momentos de lag e falta de renderização que me desagradaram. Entretanto, não me impediram de prosseguir. A maioria dos problemas apareceram enquanto eu jogava o multiplayer online, onde, muitas vezes minha conexão com a internet estava estável, mas o servidor caia sem motivo aparente.

Houveram muitos relatos de problemas nas versões de PC em seu lançamento, onde o jogo estava tão bugado a ponto de ser quase impossível de jogar em qualquer modo. Contudo, diversas atualizações foram lançadas para corrigir os problemas.

Conclusão

Como fã de Call of Duty e de jogos de tiro, eu tive experiências únicas jogando Modern Warfare II devido à sua “engine” avançada e jogabilidade satisfatória. Vários modos online divertidos, principalmente com a visão de 3° pessoa. História envolvente, missões variadas e personagens carismáticos que me fizeram querer platinar o game.


O game foi jogado no Playstation 4, a partir de uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Activision; e todas as screenshots foram capturadas durante o gameplay.

Avaliação:
Gráficos: 10.0
Diversão: 9.0
História: 9.0
Jogabilidade:
10.0
Som:
10.0
Perfomance e otimização: 8.0

NOTA FINAL: 9.3/ 10.0


Me siga nas redes socias:

Deixe o seu comentário abaixo (via Facebook):