Análise (Review) de Dungeons & Dragons: Tower of Doom

14 de novembro de 2022 0 Por Markus Norat

Por: Augusto Aragão

Ficha do jogo:
Data de lançamento: 1993
Projetista: Tomoshi Sadamoto
Desenvolvedora: Capcom
Publicadora: Capcom
Plataformas: Sega Saturn, Arcade, PC – Computador
Gênero: Beat ’em up, Luta, RPG de ação, Aventura

O inesquecível ambiente místico/medieval de Dungeons & Dragons está presente nesta conversão do Arcade para o Saturn. Este jogo foi a primeira produção da Capcom com o título da famosa série de RPGs, mas o jogo em si é ação pura! O que muitos não sabem é que esta aventura é uma versão melhorada do antigo sucesso da Capcom: King of Dragons. Esta adaptação dos Arcades se mostra muito empolgante se jogada a dois.

É difícil imaginar o que acontece na história pois todos os textos dos diálogos estão em japonês. Mesmo nos momentos em que se deve tomar decisões, não se sabe a resposta, embora isso possa ser avaliado quando se percorre o caminho escolhido. O jogo apresenta diversos caminhos a se seguir e muitos estão escondidos, exigindo que o jogador ache um mecanismo ou tenha uma chave. No mais os textos do options e as falas estão em inglês.

Apesar do jogo constar de ação tipo “Final Fight”, há elementos de RPG como aumento de level e características peculiares dos personagens. Os jogadores podem escolher entre quatro personagens possíveis: um cavaleiro (Fighter), um clérigo, um anão (Dwarf) e uma elfa (muito bonita por sinal). O cavaleiro possui energia mais elevada e é hábil no manejo de armas; o clérigo começa com energia mediana, possui magias de cura e de destruição de zumbis e esqueletos; o anão também possui energia mediana, possui algumas magias e sua sequência de golpes é rápida; a elfa é rápida, possui energia baixa mas é especialista em diversas magias. Ao se elevar de level a energia também aumenta e as magias se tornam mais poderosas. É bom o jogador procurar derrotar muitos inimigos e evitar morrer para não perder os pontos de experiência.

Há diversos itens no jogo e vão de moedas de ouro e prata (usados para comprar itens em lojas) a braceletes, joias, cristais, colares (servem para aumentar o level) e livros (ensinam as magias de cada personagem). Os jogadores poderão contar também com facas, martelos, arcos e flechas e potes flamejantes. O clérigo só usa martelos.

Todo o jogo apresenta um padrão gráfico excelente, muito detalhado e colorido. Desde os personagens a se usar e os inimigos, há um trabalho esmerado por parte da Capcom. Os chefes de fase são criaturas bem bestiais, como o “Displacer Beast” (uma pantera de seis patas e com tentáculos nas costas!) e o “Beholder” (uma cabeça ciclope e com olhos saindo dos cabelos). Nas fases é possível sentir a textura dos pisos e paredes. É preciso atentar para diversas armadilhas ocultas por trás da beleza.

A palheta musical e sonora é boa, bem variada e pertinente com o ambiente do jogo. Algumas músicas são bem místicas ao passo que outras passam muita tensão. Há vozes nítidas e diferenciadas de cada um dos personagens e dos inimigos também. Gritos, uivos, urros, resmungos, risadas e outros efeitos sonoros também estão presentes e enriquecem o ambiente.

A jogabilidade é muito boa, típica da parte da Capcom. É possível correr, desferir golpes rápidos ou fortes, defender e até acertar os inimigos enquanto estão caídos.

O que pode cansar os jogadores é o fato do jogo ser relativamente fácil, pois há continues infinitos. Os loadings entre as telas também podem ser enjoativos. Mas o prazer estará mesmo em dividir a ação com um companheiro. É descer a espada e a magia nas infelizes criaturas!

Para os que conhecem o universo lendário de Dungeous & Dragons, este jogo da Capcom valerá toda aventura mística/medieval! Quem quiser ir mais longe se satisfará com a continuação: Shadow Over Mystaria.

NOTA: 9.5 / 10.0

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