Hitman: Blood Money – Análise (Review)

Hitman: Blood Money – Análise (Review)

21 de março de 2023 Off Por Rafael Castillo

Mesmo após 17 anos de seu lançamento, este é um dos melhores jogos do Assassino 47! Vamos relembrar essa aventura juntos?

Ficha do Jogo
Lançamento: 26 de Maio de 2006
Jogadores: Um Jogador (Single-Player)
Gênero: Ação; Aventura; Tiro em terceira pessoa.
Desenvolvedora: IO Interactive, Morpheme Wireless Ltda
Publicadora: Eidos Interactive
Idiomas Disponíveis: Inglês
Plataformas: PlayStation 2, Xbox, PlayStation 3, Xbox 360, PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows.
Tempo de Jogo: 12 horas, aproximadamente.
Versão do Jogo Analisada: Versão Americana de Playstation 2

Classificação Indicativa: +18 anos.

Por Dentro do Jogo

Ainda me lembro da primeira vez que dei o “New Game” nesse jogo. Até então, não havia tido muitas experiências com jogos no estilo Stealth, embora já existisse alguns nessa época. De cara, o que me chamou a atenção foi a arte de se disfarçar, algo parecido com a franquia de filmes Missão Impossível, embora não faça o uso de máscaras dos personagens, e sim apenas suas roupas.

O enredo de Hitman Blood & Money, gira em torno do jornalista Rick Henderson em uma visita a casa de um ex- diretor do FBI, Alexander Leland “Jack” Cayne, na esperança de entrevistá-lo sobre um ataque à Casa Branca . Porém, Cayne revela que a entrevista foi apenas uma forma de camuflar algo muito maior e que Rick foi convidado a receber detalhes completos do Agente 47, um assassino contratado pela Agência Internacional de Contratos (ICA), uma organização global.

Rick, embora cético em relação à existência do Agente 47, o qual era considerado um mito urbano, decide ouvir a história de Cayne e tem acesso a documentos que fornecem evidências sobre diversos contratos de assassinatos idealizados pelo Agente 47.

Mas, Diana, uma das responsáveis da ICA e que fornece ordens diretas ao Agente 47, elabora um plano para que a identidade de seu agente permaneça no anonimato. Fazendo o uso de um tipo de veneno que diminui os sinais vitais, com isto, o Agente 47 é dado como morto, sendo capturado e mantido no jardim de Cayne, no qual é realizado o seu suposto funeral. A idéia de Cayne é criar vários clones de assassinos através da medula óssea do Agente 47.

Em certo momento, Diana dá as caras no funeral, sem que ninguém saiba de fato quem ela é, tira de sua bolsa um batom munido de antídoto e o passa calmamente em seus lábios. Ao se aproximar do Agente, lhe dá um beijo e coloca suas clássicas armas de combate em seu colo, as “Silverballer”, duas semi automáticas de calibre 47.

E como planejado, o antídoto faz o seu efeito e aos poucos o Agente 47 volta a si, exterminando todas as possíveis testemunhas presentes em seu funeral, inclusive Cayne. E mais uma vez, consegue manter sua identidade em segredo.

Jogabilidade

A franquia Hitman é muito conhecida por seu modo Stealth de combate, um estilo que se resume em eliminar os inimigos sorrateiramente, sem que te vejam. Porém, isso não quer dizer que não podemos realizar combates corpo a corpo, embora não seja muito recomendado a princípio, ao menos que você já tenha certa familiaridade com o jogo, e claro, esteja bem equipado, pois, uma vez dando início a esse estilo de combate, inimigos virão por todos os lados e o recomendado é manter-se bem protegido e com um estoque de armas e munição considerável para que não corra o risco de ficar sem e fracassar na missão.

* Escolha suas armas com sabedoria.

Há uma grande variedade de armas presente no jogo, como pistolas, espingardas, metralhadoras, Snipers, granadas de luz e de explosão, seringas com sedativos e veneno, além da clássico arame usado para estrangular os oponentes de forma rápida e silenciosa, além de diversos itens espalhados pelo ambiente que também podem ser usados como martelos, chaves de fenda, garrafas, entre outros.

Antes de iniciar cada missão, temos acesso ao case, no qual temos mais informações sobre o contrato a cumprir, bem como escolher quais armas usar, porém esteja ciente que nem todas as missões dará a opção de levarmos armas de grande porte conosco, alguns dos locais são altamente reforçados com seguranças espalhados pelo mapa e dependendo do lugar será usado o detector de metais ou simplesmente levantar suspeita.

*Case de informações sobre o nosso alvo.

Manter a restrição é algo primordial em Hitman, então fique atento à barra de notoriedade no canto inferior esquerdo da tela. A cor verde representa seu anonimato, a cor amarela nos alerta que alguém está desconfiado, e a melhor opção é sair do campo se visão dos oponentes e esperar a poeira baixar, agora, quando atingir a cor vermelha esteja preparado para ou eliminar todos os inimigos que surgirem ou esperar com muita, mas muita paciência até que ela baixe. Porém, nem sempre ao atingir a cor vermelha será sinal de fracasso, dependendo da região em que estiver e caso ali tenha apenas um oponente isolado dos demais, ao confrontá-lo a barra poderá alcançar a cor vermelha até que você o elimine e logo após, sair dali como se nada tivesse acontecido.

Seja no combate corpo a corpo, seja no Stealth, Hitman Blood & Money entrega uma ótima experiência. Mas, claro, se comparado aos jogos atuais da franquia pode causar certa estranheza para quem o joga pela primeira vez, principalmente em sua movimentação que aqui é mais engessada, mas que independente disto, no geral, funciona muito bem.

* A arte de se disfarçar.

Gráficos e ambientação

Quando vi esse jogo pela primeira vez, rodando em meu Playstation 2 conectado à minha, na época, atual TV de tubo de 21′ Polegadas da Philco, fiquei simplesmente encantado com tamanho realismo e riqueza de detalhes. Cada uma das missões que realizamos possui um ambiente rico e muito bem desenhado, seja em nossa primeira missão em um parque abandonado, seja mais a frente em missões como a que nos hospedamos em um SPA ou ao luxuoso teatro no qual, supostamente, iria ser apresentada uma peça de ópera. Ainda hoje, acho esse um dos jogos mais belos graficamente falando que já passou pelo saudoso Playstation 2.

Trilha Sonora

Já ressaltei em outras reviews que pra mim, a trilha sonora de um jogo, tem total importância, tanto quanto o enredo, jogabilidade, gráficos e etc. A trilha tem a capacidade, junto a esses outros fatores, de nos conectar ao mundo do jogo, proporcionando uma experiência mais fluida e de maior engajamento. Em Hitman Blood & Money, a trilha sonora nos acompanha o tempo todo, na qual cada missão possui a sua, muitos dos momentos ela está ali presente de forma tímida, quase que inaudível, mas com alguns nuances que nos fazem se conectar a ela novamente, como se estivesse treinando nossos ouvidos para ouvi-la com mais atenção. A composição da trilha sonora ficou a cargo do talentosíssimo Jesper Kyd, o compositor responsável por diversas outras trilhas icônicas dos games, como a de Assassin’s Creed 2 (Incluindo suas sequências Revelations e Brotherhood).

Conclusão

Hitman Blood & Money, é um jogo que se comparado ao atuais da franquia, possui muito mais riqueza em sua narrativa, tornando-o capaz de nos prender à trama de maneira espetacular e que dificilmente será superada. Claro, como todo jogo há alguns pontos que poderiam fazer dele ainda melhor, um deles que me vêm em mente seria o tempo de jogo, acredito que caberia mais duas ou três missões facilmente. Sua vasta variedade de formas de concluir as missões o torna ainda mais divertido, nos permitindo jogar por diversas vezes a mesma missão e em cada uma delas concluí-las de um jeito diferente. Eu mesmo, perdi as contas de quantas vezes já o joguei.

Dentre tantos jogos atuais, clássicos como este, despertam em mim, a paixão que tenho por esse incrível universo dos games.

Pontos Positivos

+ Narrativa
+ Jogabilidade
+ Gráficos
+ Trilha Sonora

Pontos Negativos

– Áudio e legendas somente em Inglês

Avaliação
Gráficos: 10.0
Diversão: 10.0
Jogabilidade: 9.7
Trilha sonora e Efeitos Sonoros: 10.0
Performance e Otimização: 9.8
Nota Final: 9.9 / 10.0

Por Rafael Castillo

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