Assassin’s Creed Origins – Análise (Review) – O início de um novo legado na franquia

3 de novembro de 2023 Off Por Rafael Castillo

A cada ano que passa, a Ubisoft se consolida no universo dos videogames por meio de uma das maiores franquias da atualidade. E nesta review, vamos falar sobre um dos jogos que mudou consideravelmente o rumo de Assassin’s Creed.

Ficha do Jogo
Lançamento:  27 de outubro de 2017
Jogadores: Um Jogador (Single-Player)
Gênero: Ação; Aventura; RPG, Terceira pessoa
Desenvolvedora / Publicadora: Ubisoft Montreal; Ubisoft
Idiomas Disponíveis: Português (BRA), Inglês, Frances, Alemão, Espanhol, Italiano, Russo, Japonês.
Plataformas: Google Stadia, PC, PlayStation 4, Xbox One
Tempo de Jogo: 30 horas para a história principal
Versão do Jogo Analisada: Versão completa para Playstation 4 

Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos

Por dentro do enredo

Em Assassins’s Creed Origins, como o próprio título já diz, aborda a origem do clã dos assassinos. Ambientando no no Egito, próximo ao final do período ptolomaico de 49 a 43 a.C. A origem do clã foi idealizado pelo Medjay Bayek de Siuá e sua esposa Aya, após uma busca incansável pelos responsáveis pela morte de seu filho “Khemu”. Medjay é o nome dado aos principais e mais fiéis guerreiros que juram proteger os faraós. Bayek e seu filho, Khemu, são capturados por integrantes de uma seita até então misteriosa, levando-os até uma câmara secreta localizada no subterrâneo do Templo de Amón. Bayek, então recebe a maça do éden (item comumente citado na franquia), obrigando-o a abrir as portas da câmara, porém, Bayek se recusa alegando que não sabe como abri-la.

Após uma tentativa frustrada de fuga, Bayek acerta Khemu com um adaga quando um outro integrante da seita se desvia do golpe, tirando a vida de seu filho. A partir daí, Bayek sai em busca dos culpados e todos os que ali estavam presentes naquele dia, jurando fazer vingança ao seu filho e acabar com todos os envolvidos. A ideia central do enredo explora as origens da Irmandade dos Assassinos, referida aqui como os Ocultos e de seu conflito com a Ordem dos Antigos, os precursores da Ordem dos Templários.

Jogabilidade

Se comparado aos jogos anteriores da franquia, Origins teve mudanças significativas, em seu modo de jogo. O combate segue mais fluido e consideravelmente menos “cinematográfico” que os primeiros jogos, oferecendo mais imersão ao enfrentar os oponentes. O parkour segue rolando solto, é possível pular, rolar e subir em diversas estruturas das mais variadas alturas. Com uma vasta variedade de armas e escudos, é possível obter diversas espadas, adagas, maças e escudos ao longo da jornada, as quais podem ser melhoradas ou vendidas para os ferreiros espalhados pelo mapa em troca de algumas Dracmas, além das armaduras que também podem ser melhoradas através de itens como couro, madeira e cobre.

O escudo é de grande importância, principalmente ao enfrentar arqueiros, entre os golpes estão a esquiva, defesa com escudos, golpe leve e golpe pesado. Algo interessante, é que neste jogo temos a opção de personalizar o personagem principal, no caso, Bayek, deixando-o com ou sem capuz, com ou sem barba, com cabelo grande ou cabeça raspada, isto não influencia em suas habilidades de luta ou algo assim, mas é uma ótima opção para quando quiser mudar o visual. A montaria será um de nossos principais transportes, tendo a opção de andar a camelo ou a cavalo, ambos têm velocidade parecidas, porém é recomendado que caso queira enfrentar algum oponente montado, melhor escolher o cavalo devido ter mais precisão de direção.

A árvore da habilidades é algo que vira e mexe estamos melhorando, pois a cada conquista de missão ganhamos pontos aos quais podemos usar para desbloquear algum novo golpe ou habilidade que nos ajude a enfrentar os oponentes com maior precisão. Ao todo são habilidades disponíveis para desbloqueio. Tanto o combate corpo a corpo como em furtividade, são devidamente precisos, porém, é necessário tomar certo cuidado no combate corpo a corpo, pois dependendo da quantidade de inimigos que o cerca, pode não ser uma opção enfrentá-los de frente, principalmente se suas armas forem de baixa qualidade.

O reconhecimento de área é feito através da fiel águia de Bayek, a “Senu”, que sobrevoa os céus do Egito demarcando locais, oponentes e tesouros escondidos, bem como nossos alvos principais. Uma das habilidades disponíveis para desbloqueio, é usar “Senu” para atordoar os oponentes, gerando neles uma breve distração para então eliminá-lo sem alarde. Os pontos de sincronização seguem presentes neste título. Geralmente alocados em estruturas mais altas, as quais ao chegarmos no local, será realizado um giro de 360° graus fazendo o reconhecimento da área, além de serem usados como locais para “viagem rápida”.

Assim como em Assassin’s Creed IV: Black Flag, em Origins teremos a opção de navegar pelos mares e enfrentar inimigos em alto mar, embora em menor vezes que o jogo com o tema pirata protagonizado por Edward Kenway.

Gráficos e ambientação

Sem dúvidas, este é um dos jogos mais belos já produzidos pela Ubisoft, ao considerar a os diversos detalhes que a cultura egípicia aborda. Desde os templos, pirâmides, estátuas e a paredes com diversos hieróglifos entalhados. Sem contar os vilarejos e cidades principais como Alexandria e sua grandiosa biblioteca.

Um dos pontos algos do jogo é a sua exploração, principalmente nas tumbas à procura de tesouros secretos, capazes de gerar suspense e adrenalina em meio à escuridão que nos cerca, envolta a chama ardente de nossa tocha. Outra exploração muito interessante é o próprio deserto, após certo tempo caminhando de baixo do sol ardente em dunas de areia, Bayek, passará a ter miragens, ouvindo e enxergando pessoas e até locais como pequenas ilhas que logo são desfeitas pelo vento.

Tanto a noite como o dia, tem seus nuances de beleza, é algo encantador explorar essas terras durante o dia, mas a noite sob o céu estrelado e seus templos sendo iluminados por brasas de fogo dão um toque especial aos nossos olhos. O mapa é consideravelmente grande, possuindo uma vasta área para exploração e admiração de seus mais variados detalhes.

Trilha Sonora

As trilhas sonoras de Assassin’s Creed no geral, sempre são muito boas, embora, às vezes, possam soar um pouco repetitivas. Em Origins temos não apenas a trilha principal que nos acompanha durante nossa jornada com Bayek, mas também canções tocadas pelos habitantes, geralmente por meio de harpas, flautas, atabaques entre outros instrumentos típicos da época o que gera maior imersão à cultura e ambientação egípcia.

Conclusão

Assassin’s Creed Origins é um jogo excepcional, mas um fator predominante contribuiu muito na divisão de opiniões sobre ele, seu estilo RPG. Diferente de seus títulos anteriores, neste título, o jogador que quer seguir na história principal do jogo, obrigatoriamente precisa fazer as missões secundárias espalhadas pelo mapa, pois somente assim, irá conseguir adquirir pontos para subir de nível e enfrentar o alvo principal, então se você está no nível 15 e quer enfrentar um alvo que está no nível 20, tire o camelo de Bayek da chuva, pois o próprio jogo não irá permitir que você avance.

Essa questão de nível pode ser um problema ainda maior para os jogadores que jogaram ou que irão jogar o título pela primeira vez, afinal, quando iniciamos uma aventura, dificilmente iremos gastar tempo explorando o mapa ou caçar missões secundárias, afinal, nosso objetivo principal é ver o andamento e desfecho de sua narrativa. Porém, nem tudo está perdido. Tendo-o concluído uma primeira vez, será prazeroso voltar nessa jornada de Bayek, uma segunda vez e dar mais importância às missões secundárias, pois todas elas possuem uma boa narrativa, embora não tão elaboradas, mas que valem a aventura.

Apesar das críticas, este segue sendo um jogo épico, rico em narrativa e grande carisma de seu personagem, tornando Bayek de Siuá uma figura importante na franquia.

Pontos Positivos

+ Jogabilidade
+ Gráficos e ambientação
+ Narrativa
+ Trilha Sonora

Pontos Negativos

– Sistema de níveis para avanço na história principal
– Bugs na dublagem, idiomas instalados às vezes será necessário instalá-los novamente

Avaliação:
Gráficos: 10.0
Diversão: 10.0
Jogabilidade: 9.8
Trilha sonora e Efeitos Sonoros: 10.0
Performance e Otimização: 9.8
Nota Final: 9.9 / 10.0

Aproveite e deixe aqui o seu comentário. O que achou desta review? Já jogou ou ficou curioso em jogar Assassin’s Creed Origins?

Deixe o seu comentário abaixo (via Facebook):