Assassin’s Creed Unity – O jogo mais controverso da franquia

Assassin’s Creed Unity – O jogo mais controverso da franquia

15 de janeiro de 2024 Off Por Rafael Castillo

Ao longo de 16 anos, a Ubisoft tem se firmado em sua franquia de maior sucesso, Assassin’s Creed possui diversos títulos, alguns mais aceitos do que outros, e nesta matéria vamos falar sobre um dos títulos mais controversos, até o momento, que faz parte dessa icônica franquia.

Assassin’s Creed Unity tem seu enredo ambientado em Paris no ano de 1789, durante a véspera da Revolução Francesa, protagonizado por Arno Dorian, um jovem que entra para a irmandade dos assassinos e usa seus dotes para enfrentar e impedir a Ordem dos Templários.

Graficamente falando, este é um dos jogos mais belos e mais ambiciosos da franquia. Os cenários, texturas e principalmente a iluminação, nesse jogo é algo fantástico, mesmo se tratando de um jogo de 8ª geração (PS4, Xbox One, PC), sendo este um dos pontos altos do jogo, para alguns, o único.

Quando falamos sobre ambientação em Assassin’s Creed, a Ubisoft é expert em trazer a melhor experiência possível, buscando oferecer maior imersão ao jogo, iremos nos deparar com diversos cenários, muitos deles, lugares reais reproduzidos para o o jogo, em Unity teremos estruturas icônicas como a Catedral de Notre dame, que inclusive, seguiu como modelo para a reconstrução de sua estrutura, após o incêndio que a assolou em 15 de Abril de 2019, assim como diversos outros lugares históricos como a Torre Eiffel, por exemplo.

A disposição de iluminação no jogo é algo que a Ubisoft desenvolveu de forma surpreendente, logo nas primeiras horas de jogo já é possivel desfrutar do quão “real” ele pode ser e do que nos espera ao longo da jornada.

Agora, em termos de jogabilidade, este é considerado como tendo o melhor parkour executado pelo personagem quando comparado a qualquer outro jogo da franquia, nele, a movimentação de Arno é algo mais fluida, com animações mais dinâmicas e flexíveis, o que dá uma sensação de movimento mais “humano”, menos denso, e por sua vez menos robotizada.

Diferente dos jogos mais atuais, o combate foi remodelado, lembrando muito o modelo de combate dos primeiros jogos da franquia, mas com um toque um pouco mais moderno, porém menos engessado.

O jogo conta com um vasto arsenal de armas, oferecendo ao jogador diversas formas de abordagem e finalizações durante uma luta, como espadas, pistolas e bombas de fumaça.

Acompanhado de ótima uma trilha sonora, o que sempre é algo muito bem feito nos jogos da franquia, Unity apresenta canções que “conectam” os jogadores de maneira mais incisiva ao personagem e tudo o que envolve esse período da Revolução Francesa.

O enredo do jogo é algo bem elaborado, embora, sinta que a Ubisoft “tentou”, repetir a fórmula de Assassin’s Creed 2, no qual temos como protagonista Ezio Auditore, um jovem que até então não tinha conhecimento sobre a Ordem dos Assassinos e no decorrer da trama tem seu desenvolvimento até o desfecho de seu “ciclo” como Mestre Assassino, e toda a sua contribuição com o clã.

Em Unity, iniciamos com Arno ainda criança correndo pelos arredores da mansão onde mora e presenciando prematuramente a morte de seu pai, o que no decorrer do jogo descobre o envolvimento de seu pai com a Ordem dos assassinos e passa a lutar pelo mesmo ideal que seu pai acreditava, além de buscar vingança por sua morte, um contexto parecido com o que acontece com Ezio e sua iniciação como assassino.

No tópico acima, falamos um pouco a respeito de todos os pontos “positivos” que Assassin’s Creed Unity possui e que merecem ser reconhecidos. Mas, nem tudo são flores, e este título tem seus tropeços, e não são poucos.

Embora o jogo tenha gráficos encantadores e deslumbrantes, o excesso de bugs “tira” parte da imersão que ele poderia oferecer. Desde estruturas sem física aplicada nas quais o personagem atravessa sem o menor sentido, NPC’s que mudam seu visual quando chegamos mais próximo.

Bem sabemos que o “mundo antigo” abordado em Assassin’s Creed, é uma simulação do Animus, o que obviamente pode apresentar “falhas” de carregamento até que o ambiente esteja completamente carregado, porém, em Unity, não é isto o que acontece exatamente, é visualmente claro que há bugs ao carregar os ambientes, exemplo disto é alguns NPC’s caindo do céu, ou flutuando nas nuvens.

Por mais que tenha tentado adotar o modelo de combate dos primeiros jogos, a física e comandos aplicados durante uma luta e até na realização do parkour, não são das melhores, o que por diversas vezes não corresponde ao comando do controle, podendo ocasionar na perda uma luta ou uma “morte” inesperada e sem sentido.

Mas, alguns jogadores, como eu no caso, tiveram problemas ainda maiores com este título, a considerar Saves corrompidos e telas travadas durante a gameplay em que é necessário fechar e abrir o jogo novamente.

Por mais que tenha o seu devido mérito, Assassin’s Creed Unity deixa a desejar em muitos quesitos, facilmente, este poderia ser um dos títulos da franquia que teria tudo para ser impecável, mas como diz o ditado “A pressa é inimiga da perfeição” e Unity é prova disso.

Mas, nem tudo está perdido. Apesar de seu excesso de bugs, alguns patchs de atualização foram realizados ao longo do tempo, permitindo que Unity seja um título mais jogável do que na época de seu lançamento, não completamente livre dos bugs claro, mas que irá permitir aos seu jogadores uma gameplay mais fluida e sem muitas “surpresas” drásticas, pelo menos não com tanto excesso.

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