Os melhores e piores títulos da história do Sega Dreamcast

10 de abril de 2020 0 Por Markus Norat

O surgimento de jogos de extrema qualidade e excelência no Dreamcast se deu logo na primeira leva de jogos, desde o surgimento do console de 128 bits da SEGA, em 1998 com o lançamento do excelente Sonic Adventure (o Dreamcast foi lançado em 27 de novembro de 1998 no Japão, em 09 de setembro de 99 nos Estados Unidos, para aproveitar o marketing em cima da data 09/09/99, e lançado no mesmo ano no Brasil, pela TEC TOY). Apesar de apresentar alguns pequenos problemas de câmera, o game apavorou a galera em virtude da alta velocidade de processamento.

Sonic Adventure

Em seguida vieram Power Stone e Marvel vs Capcom, da Capcom, dois jogos de luta surpreendentes! Para quem não se lembra, Power Stone era um título de luta diferente, em que o jogador tinha uma grande liberdade de movimentos nos ambientes 3D. Já o clássico Marvel vs Capcom era uma conversão perfeita do arcade, com um tempo de download quase imperceptível.

Em 1999 o melhor jogo para Dreamcast foi Soul Calibur, produzido pela Namco, uma obra-prima convertida com perfeição do arcade. A Namco soube como usar todo o poder gráfico do console da Sega e melhorou muito o game que já era ótimo nos arcades.

Resident Evil Code: Veronica

Se o Dreamcast já estava bem na foto, no ano 2000 o videogame detonou todas com os sucessos que saíram. A empresa que mais se destacou no console de 128 bits foi a Capcom, que lamçou logo no início de 2000 o jogo Resident Evil Code: Veronica, que era exclusivo para o console da Sega. Na época, muita gente acabou comprando o Dreamcast só por causa desse título. Code: Veronica era a quarta edição da séria Resident Evil, e nessa versão (que ainda hoje é considerada por boa parte da crítica como o melhor jogo da série) tudo nela, incluindo cenários, monstros, personagens e as cenas de computação gráfica, ficou perfeito. 

Marvel vs Capcom 2 também inovou: o sistema para obtenção de cenários, roupas e personagens secretos era feito por pontos. Mas alguns deles só podiam ser conseguidos no arcade e outros, no Dreamcast. Só que o mais sonhado game de luta ainda estava por vir: Capcom vs SNK, em que essas duas empresas rivais se uniram para fazer um tira-teima entre seus personagens. Nem é preciso dizer que o jogo ficou animal, com gráficos em 2D e cenários com efeitos nunca vistos até então! Ainda no gênero de luta, a Tecmo produziu outro sucesso, Dead or Alive 2, que trazia personagens muito caprichados e garotas com pouquíssima roupa!

Entre os RPGs, os melhores foram Grandia II e Skies of Arcádia, ambos excelentes.

No gênero ação, Quake III Arena, da Activision, é o principal destaque. O game não ficou devendo nada à versão de PC: a jogabilidade e os gráficos são idênticos, e o console suporta quatro jogadores que podem ser conectados à rede.

Shenmue

As softhouses mandaram muito bem, mas quem fez mais jogos de sucesso para o Dreamcast em 2000 foi mesmo a própria Sega. Entre os títulos mais surpreendentes, Shenmue é o primeiro colocado. Considerado a obra suprema de Yu Suzuki, o adventure mistura muita interatividade, uma história sólida e elementos de ação e luta, sendo um jogo absolutamente inovador, até os dias de hoje!

Crazy Taxi

No ano 2000, também surgiu um game alucinante para o Dreamcast; trazido diretamente do arcade: Crazy Taxi chegou para atualizar o conceito de jogo viciante. Se você tem o mínimo de experiência com os videogames, você já deve ter experimentado alguma das loucuras gamísticas que jogos maravilhosamente viciantes como Crazy Taxi causam nos jogadores. Sim! Crazy Taxi é daqueles jogos que você joga, joga, joga, joga, fica com dor no dedão …aumenta a dor do dedão …fica com a mão inteira doendo, e mesmo assim você pensa em jogar só mais uma vez, sempre que olha para as mãos doloridas!

Outros destaques da Sega são Jet Grid Radio, jogo muito criativo que retrata uma disputa entre pichadores; e Ecco the Dolphin, que traz as aventuras ecológicas do golfinho Ecco debaixo d’água.

Na área dos esportes, o grande destaque da Sega foi a linha 2KI, cujos games – NFL 2KI (de futebol americano) e NBA 2KI – podem ser disputados online nos Estados Unidos, via SegaNet – o portal do Dreamcast lançado em setembro de 2000 (O Dreamcast foi o primeiro videogame a ser lançado com um modem embutido, o que permitia o acesso à internet, jogatinas online e tudo mais).

Phantasy Star Online

No início de 2001, a Sega lançou mais dois títulos de arrasar – Daytona USA 2001 e Phantasy Star Online -, e ninguém poderia supor que o console iria se aposentar tão logo! Daytona USA 2001 traz o tradicional game de corrida dos arcades com retoque gráfico especial, além da possibilidade de jogar online. Já Phantasy Star Online inaugurou a era dos RPGs para consoles online: é possível jogar em cinco línguas diferentes e montar times com pessoas de várias partes do mundo.

TROFÉU ABACAXI

O Dreamcast teve poucos jogos ruins, mas muita softhouse pisou na bola no Dreamcast! Vamos relembrar quais são os títulos do console que merecem o troféu abacaxi!

Filme trash, jogo trash: isso é o que se pode falar de Chef’s Luv Jack (game horrível com os personagens de South Park) e de Evil Dead: Hail to the King. Este último pretendia concorrer com Resident Evil, mas passou longe!

Os fãs de Toy Story também tiveram que engolir Buzz Lightyear of Star Command, jogo de ação sem atrativos e com jogabilidade irritante.

Outro desastre: Sengoku Turb, que era para ser um RPG simples e divertido, ficou bem confuso, com jogabilidade extravagante e uma proposta gráfica que não agradou.

A Eidos, apesar de toda a experiência, pisou na bola com o jogo Urban Chaos, game que tem ambientação escura demais, missões sem nexo e um controle pavoroso. Se os jogos já citados são ruins, um outro merece troféu abacaxi duplo: Wild Metal, que tem texturas lamentáveis e um manual confuso e superficial.

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