Paper Mario: The Thousand-Year Door – Análise (Review)
22 de maio de 2024FICHA DO JOGO: Lançamento: 23 de maio de 2024 Jogadores: 1 jogador Gênero: RPG, Aventura. Desenvolvedora: Intelligent Systems Publicadora: Nintendo Idiomas disponíveis: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Francês, Holandês, Inglês, Italiano, Japonês. Disponível nas plataformas: Nintendo Switch. Classificação Indicativa: Livre – Indicado para todas as idades. Versão do jogo analisada: Versão japonesa para Nintendo Switch. |
Se há um jogo que marcou a infância de muitos jogadores, esse jogo é Paper Mario: The Thousand-Year Door; o game foi originalmente lançado para o GameCube (console de 128 bits da Nintendo, concorrente dos seguintes consles: Dreamcast, PlayStation 2 e Xbox). Esse jogo é um grande clássico da Nintendo e conquistou corações com seu estilo único de RPG e narrativa encantadora. Agora, quase duas décadas depois, temos a oportunidade de reviver essa experiência no Nintendo Switch, com uma versão que promete não só reavivar a nostalgia, mas também trazer melhorias significativas. Como um ávido fã de RPGs e da série Paper Mario, mergulhei de cabeça nessa nova versão e estou aqui para compartilhar cada detalhe da minha jornada.
A premissa do jogo permanece fiel ao original: Mario recebe uma carta de Princesa Peach, contendo um mapa mágico que o guia até Rogueport, uma cidade repleta de mistérios e segredos. Peach, como de costume, desapareceu e cabe a Mario não apenas resgatá-la, mas também encontrar os sete Cristais Estelares necessários para abrir a lendária Porta dos Mil Anos. O que se segue é uma aventura repleta de humor, charme e momentos emocionantes, que ganha nova vida nesta remasterização para o Switch.
Mecânicas e Jogabilidade
A essência de The Thousand-Year Door está em suas mecânicas de RPG, que combinam elementos tradicionais com inovações únicas. O combate por turnos é dinâmico e envolvente, mantendo os jogadores atentos com comandos de ação que exigem timing preciso para maximizar o dano ou defender-se dos ataques inimigos. A introdução dos “movimentos estilosos” adiciona uma camada extra de profundidade, permitindo que Mario e seus parceiros realizem movimentos especiais que enchem o medidor de estrelas, usado para habilidades poderosas.
Os parceiros de Mario são outro destaque, cada um com habilidades únicas que são cruciais para a progressão. Desde a capacidade de voar sobre abismos até a habilidade de se esconder dos inimigos, cada personagem traz algo novo para a mesa. A troca rápida de parceiros sem a necessidade de acessar menus complexos é uma adição bem-vinda, tornando a experiência de jogo mais fluida e menos interrompida.
No entanto, a jogabilidade não é perfeita. Um dos pontos mais criticados ao longo dos anos é o excesso de backtracking, que pode tornar a progressão lenta e, por vezes, frustrante. Felizmente, a versão do Switch introduz atalhos inteligentes que minimizam esse problema. Por exemplo, todos os tubos de teletransporte no esgoto de Rogueport agora estão centralizados, facilitando a navegação entre diferentes áreas do jogo.
Gráficos
Visualmente, Paper Mario: The Thousand-Year Door no Switch é muito, muito, muito lindo! A arte em estilo papel, que já era charmosa no GameCube, foi aprimorada para tirar proveito do hardware mais poderoso do Switch. Os ambientes são vibrantes e detalhados, com cores que saltam aos olhos e texturas que dão vida ao mundo de Mario.
Uma das melhorias mais espetaculares que achei foi na floresta Boggly Woods, onde a vegetação arco-íris contrasta lindamente com o cenário monocromático. A proporção de aspecto mais ampla também contribui para uma melhor visualização dos ambientes e inimigos, proporcionando uma experiência mais imersiva.
No entanto, senti um pequeno incômodo com efeitos os gráficos do jogo: é o excesso de superfícies refletivas que, embora interessantes no começo, acabam por distanciar um pouco da estética de papel e artesanato do jogo.
Som
A trilha sonora de The Thousand-Year Door sempre foi um dos seus pontos fortes, e a versão do Switch não decepciona. As músicas foram reimaginadas, trazendo novas versões dos temas clássicos que acompanham cada área do jogo. A possibilidade de alternar entre a trilha sonora original e a nova é um bônus que agrada tanto os fãs nostálgicos quanto os novos jogadores.
Além da música, os efeitos sonoros receberam uma atenção especial. Agora, cada personagem tem sons de diálogo específicos, substituindo o genérico “blip” das versões anteriores. Isso adiciona um nível extra de imersão e personalidade, fazendo com que cada interação pareça mais viva e autêntica.
Diversão
Paper Mario: The Thousand-Year Door é, acima de tudo, divertido. A narrativa é cativante e cheia de humor, com diálogos que arrancam risadas genuínas. A combinação de um enredo bem construído com personagens memoráveis faz com que seja difícil largar o controle.
Os desafios e quebra-cabeças são bem balanceados, oferecendo uma mistura de combate e exploração que mantém o ritmo do jogo agradável. As missões secundárias, como as do Trouble Centre, adicionam ainda mais conteúdo para os jogadores que desejam explorar cada canto do mundo de Rogueport. Mesmo com o ocasional backtracking, a diversão geral que o jogo proporciona é inegável.
Performance e Otimização
Em termos de performance, The Thousand-Year Door roda de forma suave no Switch, mas não sem alguns compromissos. O jogo opera a 30FPS, uma redução em comparação com os 60FPS da versão original. Apesar disso, não senti que isso impactou negativamente a jogabilidade, especialmente no que diz respeito aos comandos de ação que exigem precisão.
Os tempos de carregamento são rápidos e a estabilidade do jogo é exemplar, sem travamentos ou bugs notáveis durante a minha experiência. As melhorias na qualidade de vida, como a capacidade de pular cenas de diálogo repetidas e a facilidade de trocar de parceiros, contribuem para uma experiência de jogo mais polida e agradável.
Conclusão
Paper Mario: The Thousand-Year Door no Switch é uma remasterização que faz justiça ao original, melhorando-o em áreas-chave enquanto mantém tudo o que tornou o jogo um clássico. Desde suas mecânicas de combate envolventes até a narrativa charmosa e bem-humorada, o jogo oferece uma experiência RPG rica e gratificante.
As melhorias gráficas e sonoras, juntamente com os ajustes na jogabilidade para reduzir o backtracking, mostram que a Nintendo e a Intelligent Systems ouviram os feedbacks dos fãs e trabalharam para aprimorar o jogo onde mais importava. Embora não seja perfeito e ainda carregue alguns dos problemas do original, como o excesso de backtracking, as adições e melhorias fazem desta uma compra essencial para fãs de RPGs e da série Paper Mario.
Se você jogou o original e está ansioso para reviver essa aventura, ou se você é novo na série e está curioso sobre o que a faz tão especial, Paper Mario: The Thousand-Year Door é altamente recomendado.
Pode confiar, se você gosta de jogos RPG, você irá gostar bastante deste Paper Mario! O jogo é uma viagem nostálgica que se mantém firme no teste do tempo, proporcionando horas de diversão e uma história inesquecível.
Pontos Positivos:
- Melhorias gráficas e sonoras significativas;
- Mecânicas de combate dinâmicas e envolventes;
- Narrativa cativante e bem-humorada;
- Adições de qualidade de vida que melhoram a experiência de jogo.
Pontos Negativos:
- A Nintendo não incluiu o idioma Português no jogo, o que dificulta a jogatina de um jogo no estilo RPG para os brasileiros, portugueses e demais nativos do idioma;
- Ainda possui um nível considerável de backtracking;
- Reflexos excessivos em algumas superfícies;
- Redução de FPS para 30 pode incomodar alguns jogadores.
Avaliação:
Gráficos: 9.5
Diversão: 9.0
Jogabilidade: 8.5
Som: 9.0
Performance e Otimização: 8.0
NOTA FINAL: 8.8 / 10.0
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